Yalo lança agente virtual e promete revolucionar as vendas e operações

Oris, novo agente da empresa, é treinado e aprimorado para que saiba agir de forma personalizada, e não apenas responder

A chegada da inteligência artificial ganha novo patamar. A empresa de tecnologia Yalo, que já vem atuando há mais de 10 anos no mercado com a plataforma de comércio conversacional, acaba de lançar, globalmente, o primeiro agente de vendas inteligente, baseado em IA.

O Oris tem o objetivo de ser um novo funcionário digital para as grandes corporações, alavancando as vendas e o relacionamento com os clientes. A ideia é deixar a tecnologia operacionalizar funções em que os vendedores gastam mais tempo, sem ter foco no desenvolvimento do negócio.

“A tecnologia é capaz de entender mensagens de voz, fazer recomendações estratégicas, agir proativamente e vender, de forma contextualizada, personalizada e escalável, utilizando inteligência artificial em qualquer canal, podendo ser chamadas de voz, WhatsApp e aplicativos das próprias empresas”, explica Javier Mata, CEO da Yalo.

A inteligência artificial é totalmente personalizada para o negócio em questão, sendo varejista, financeira ou de outro segmento. Foi pautada no melhor da força laboral do humano e do conhecimento da tecnologia, a fim de ser um assistente aliado ao empresário. O CEO afirma que no final desta década, só será possível encontrar dois tipos de empresa no mercado: “as que usam inteligência artificial e as que já não existem”.

Mais do que automatizar, a ferramenta tecnológica tem por objetivo apresentar uma postura de uma pessoa de verdade e aprimorar instinto comercial, bem como habilidades de vendas. Com presença digital, os agentes são treinados e aprimorados para que saibam agir e não apenas responder.

O Newly esteve presente durante a coletiva de imprensa que aconteceu na tarde da última quinta-feira, 23 de maio, em São Paulo. O CEO e o desenvolvedor de tecnologia da companhia, Gustavo Bertucci, apresentaram uma demo de como a tecnologia opera. Por meio de uma conversa simulada via Whatsapp, o responsável passou a ser um dono de comércio que está pronto para fazer o pedido dos produtos vendidos no mês. Como a ferramenta já tem o histórico, conseguiu fazer sugestões personalizadas para o cliente, entendendo corretamente o que era solicitado via áudio ou até mesmo por ligação, por meio de linguagem natural entre pessoas.

A mesma IA teve a capacidade de compreender, com base no banco de dados, quais eram os outros produtos não solicitados que tinham melhor performance de vendas naquele momento dentro do mercado nacional e sugerir para o então dono do comércio. A ação teve duração de cinco minutos, o que mostra agilidade durante os processos burocráticos.

Fora esse exemplo, a novidade ajuda também na conversão de possíveis compras paradas em carrinhos dentro de sites e/ou aplicativos.

Para Mata, o futuro das vendas será híbrido, com humanos e trabalhadores digitais atuando em conjunto, deixando para trás a digitalização tradicional. A arquitetura da tecnologia é de multiagentes, cada qual com a sua função, tendo ainda agentes que supervisionam a performance de outros.

A performance vem de uma arquitetura robusta, apresentada pela empresa com “memória contextual, múltiplas interfaces generativas, roteamento entre modelos de linguagem e segurança de ponta. O agente realiza cross-selling, upselling e acompanhamentos inteligentes, com uma abordagem ativa: detecta oportunidades, inicia interações e entrega recomendações com precisão — sempre no momento certo”.

Números com a tecnologia

De acordo com a Yalo, o Oris pode triplicar as taxas de conversão em comparação com e-commerces tradicionais, além de aumentar o ticket médio em até 40%.

Com presença em mais de 40 países, a Yalo já conecta 4,2 milhões de pequenos negócios e registra mais de 100 milhões de interações com usuários, movimentando mais de US$ 4 bilhões em vendas. Entre os clientes da plataforma estão gigantes como Nestlé, Coca-Cola, Femsa e Mercedes-Benz.

“Não é uma onda. É um tsunami”, exclamou Javier Mata, CEO da Yalo. E a empresa quer alavancar o Brasil a nível de exportação, já que o cofundador brasileiro do Facebook, Eduardo Saverin, acreditou na empresa e é o único investimento dentro da América Latina feito até o momento. “Estamos muito orgulhosos com isso. Queremos que o Brasil seja reconhecido não só pela exportação de café e tantas outras coisas, mas pela tecnologia aqui desenvolvida”, finaliza Mata.

A inteligência artificial vem crescendo exponencialmente e está aprendendo três vezes mais rápido do que a inteligência humana, apresentando um cenário inevitável de adaptação para as gerações futuras, dentro e fora dos negócios.