Novos caminhos para o varejo: A revolução dos meios de pagamento por meio da tecnologia
Na era da digitalização, o varejo brasileiro se reinventa em busca de soluções inovadoras para enfrentar desafios econômicos e sociais
Nos últimos anos, o varejo brasileiro tem enfrentado um impacto significativo devido a mudanças globais, como crises de saúde, oscilações econômicas e uma demanda crescente por práticas sustentáveis. Diante desses desafios, o 3º Encontro RPE surge como um ambiente propício para discutir estratégias que possibilitem às empresas não apenas se manter, mas também se destacar em um cenário cada vez mais competitivo e instável.
A RPE – Retail Payment Ecosystem é uma empresa que se destaca na área de tecnologia financeira oferecendo uma gama abrangente de soluções para varejistas e instituições financeiras. Com foco na melhoria das transações financeiras, a RPE disponibiliza ferramentas que vão desde a gestão de pagamentos até a criação de produtos financeiros adaptados às necessidades dos clientes. Sua plataforma permite aos varejistas integrar soluções como cartões de crédito e pagamentos digitais, aumentando a eficiência e a lealdade dos consumidores por meio de uma inovadora transformação digital.
Com a RPE liderando este caminho de transformação, a evolução dos meios de pagamento promete beneficiar tanto consumidores quanto empresários, criando um futuro financeiro mais conectado e dinâmico. Seu compromisso com a inovação não apenas melhora a eficiência, mas também amplia o acesso a serviços financeiros, democratizando as opções de pagamento e contribuindo para um ambiente comercial mais inclusivo.
Transformação digital no varejo: Compreender para aplicar
A transformação digital tem sido um tema recorrente no mundo dos negócios, mas muitas empresas ainda tropeçam na implementação de suas estratégias. De acordo com especialistas, a maioria das organizações se concentra na adoção de novas tecnologias e canais digitais enquanto negligência aspectos fundamentais como a cultura organizacional e a estrutura de gestão.
A experiência de Eduardo Terra, presidente da SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo) e um dos principais nomes em marketing e transformação digital do país, revela que, sem uma revisão aprofundada da cultura empresarial e da arquitetura organizacional, as soluções digitais frequentemente falham. Segundo Terra, “a solução é ruim, não porque a tecnologia em si é falha, mas porque a arquitetura subjacente não está preparada”. Durante o 3º Encontro RPE, ele destaca a importância de um planejamento cuidadoso, especialmente em um setor como o varejo, que frequentemente lida com legados tecnológicos complicados.
Um dos pontos mais intrigantes discutidos por Terra é a ascensão da inteligência artificial (IA) no varejo. O lançamento do ChatGPT em 2022 marcou um ponto de inflexão, trazendo a IA para o mainstream. Apesar disso, o especialista argumenta que, enquanto a IA é uma prioridade, sua implementação ainda enfrenta barreiras significativas, como a falta de compreensão sobre seu potencial e a infraestrutura tecnológica inadequada.
Terra destaca o Walmart como um exemplo de sucesso, ao implementar soluções de IA que ajudam os consumidores a resolver problemas complexos, como a preparação de refeições. Essa integração de tecnologia e experiência do usuário pode ser um diferencial crucial no futuro do varejo.
O papel do varejo aliado à tecnologia e inovação
Com o crescimento das fintechs, empresas que combinam tecnologia e serviços financeiros para oferecer soluções inovadoras e acessíveis, e o sucesso do sistema de pagamentos instantâneos, como o PIX, o setor varejista passa a contar com novas ferramentas que facilitam o acesso ao crédito e ao consumo. A tecnologia não só melhora a experiência de compra, mas também abre portas para modelos de negócios mais inclusivos. A digitalização é uma aliada, permitindo que os varejistas atinjam um público mais amplo e diversificado.
O varejo tem um papel fundamental na inclusão financeira da população, especialmente nas classes C, D e E. A realidade atual mostra que 89,8% dos brasileiros possuem, pelo menos, uma conta bancária, uma melhora significativa em relação a cinco anos atrás. No entanto, o acesso à conta não é suficiente; é necessário oferecer produtos financeiros capazes de atender às necessidades dessas pessoas.
Varejistas estão começando a oferecer serviços financeiros, criando um novo modelo de negócios que não apenas fideliza os clientes, mas também amplia suas margens de lucro. A RPE está na vanguarda dessa mudança, disponibilizando a tecnologia necessária para que os varejistas desenvolvam seus próprios serviços financeiros, como cartões de crédito e soluções de pagamento. A isso se dá o nome de embedar finanças.
“Esse movimento de embedar finanças ficou famoso nos últimos dois anos, muito movido pelo mercado global e, óbvio, o Brasil já tem essa cultura de ter finanças embarcadas nos serviços majoritariamente varejistas. O que aconteceu nesses últimos dois anos foi que empresas de segmentos que não são varejistas tradicionais, empresas de serviço, por exemplo, estão embarcando finanças e essas finanças passam por meios de pagamento, por PIX, pagamento de boleto, adesão de serviços de seguros e o próprio cartão,” afirma Pedro Albuquerque, co-fundador da RPE e Diretor de Novos Negócios.
Horizon Pay: Inovação e Integração no varejo brasileiro
Em um mercado em rápida transformação, a Horizon Pay se destaca como uma solução inovadora que integra diferentes serviços financeiros, proporcionando uma experiência aprimorada para varejistas e consumidores. Co-fundada por Glauco Soares, a Horizon Pay nasceu da RPE, uma processadora de meios de pagamento que já atende a diversos varejistas no Brasil. Ao longo do tempo, a empresa percebeu a necessidade de expandir seus serviços, oferecendo não apenas processamento de cartões, mas um ecossistema completo que abrange onboarding, programas de fidelidade, CRM (Customer Relationship Management) e outras soluções essenciais para o varejo e também para o mercado financeiro.
A proposta da Horizon Pay é criar uma infraestrutura que conecte esses diversos serviços, permitindo que os varejistas ofereçam uma jornada fluida ao consumidor. “Quando um varejo procura a RPE, não encontra apenas um serviço de processamento, mas uma gama de opções que podem ser integradas ao seu negócio”, explica Soares. A plataforma é modular, permitindo que tanto o varejo quanto instituições financeiras acessem serviços como onboarding e cobrança, cada um adaptado às suas necessidades específicas.
Um dos grandes avanços da Horizon Pay é o desenvolvimento do produto PIX multibanco, que se aproveita da popularidade crescente do PIX entre os brasileiros. Soares observa que, ao substituir métodos tradicionais de pagamento, como boletos, por soluções via PIX, as empresas têm observado um aumento significativo na taxa de recebimentos. “Varejistas que implementam o PIX rapidamente veem 70 a 80% de seus recebimentos sendo feitos através desta modalidade”, afirma. Essa mudança não apenas acelera o fluxo de caixa, mas também proporciona uma experiência de compra mais satisfatória para os clientes.
Soluções Inovadoras
A Horizon Pay também se destaca pela implementação de soluções inovadoras, como o PixCard, um produto de crédito que permite que clientes de um varejista façam pagamentos parcelados em diversos serviços, aumentando a relevância do varejo na vida cotidiana das pessoas.
“Estamos transcendendo a relação mercantil, oferecendo ferramentas que ajudam o cliente a gerenciar suas finanças de forma mais ampla”, comenta Soares.
Outro destaque da Horizon Pay é a implementação da biometria facial como forma de pagamento, já testada em redes de varejo como a Oscar Calçados. Este método não apenas agiliza o processo de compra, mas também proporciona uma camada extra de segurança, permitindo que o cliente finalize a transação usando apenas sua identidade facial.
Desafios e Oportunidades
Embora a Horizon Pay esteja bem posicionada no mercado, Soares reconhece que os desafios são significativos, especialmente quando se trata da integração com sistemas legados. “A dificuldade em modernizar as infraestruturas existentes é um grande obstáculo que enfrentamos. No entanto, acreditamos que nossa abordagem pode facilitar essa transição”, afirma.
Além disso, a competição entre métodos de pagamento, como o cartão de crédito e o PIX, está mudando a dinâmica do consumo. A possibilidade de oferecer descontos para pagamentos via PIX, por exemplo, tem incentivado tanto consumidores quanto comerciantes a adotarem esse sistema, criando um ciclo de benefícios mútuos.
À medida que o varejo se adapta às novas demandas do mercado, a inclusão financeira e a digitalização se mostram essenciais para construir um futuro mais acessível e próspero. O setor deve continuar a inovar e a buscar soluções que atendam não apenas às necessidades dos consumidores, mas também que promovam um ambiente de negócios mais sustentável e inclusivo. A transformação do varejo brasileiro é um reflexo das mudanças sociais e econômicas em curso, e aqueles que se adaptarem a essa nova realidade estarão melhor posicionados para prosperar em um cenário de incertezas.