IoT é assunto muito falado pelo time de desenvolvimento das empresas mais atualizadas em delivery, e cada vez mais as empresas têm investido nisso para trazer inovação ao segmento, e o resultado vem sendo muito positivo.
Um exemplo disso, foi uma parceria realizada no Espírito Santo, entre uma empresa de logística e um shopping local. É oferecido aos consumidores um armário inteligente, em que o cliente faz um pedido, que é executado pelo restaurante e, quando está pronto, seja uma pizza, um sanduíche, uma porção, ou qualquer outro alimento, esse estabelecimento deixa o prato alocado em uma portinha desse armário para ser retirado pelo cliente. A inovação vem nessa retirada, já que por meio do aplicativo, que necessita de um cadastro prévio, é feita a identificação via reconhecimento facial para a liberação da porta e coleta do pacote.
Outra funcionalidade oferecida é a retirada pelo próprio entregador parceiro no caso de horário de pico, já que o restaurante pode usar esse armário. A forma de reconhecimento facial é a mesma, porém acessada em uma área destinada aos entregadores no aplicativo.
Em relação a investimentos, vivemos em um cenário bem mais democrático, já que hoje é possível pagar cerca de 200 dólares em uma placa que antigamente custava mil dólares. Todo esse movimento é benéfico para o cliente final e impulsiona essa busca das empresas de delivery por melhorias constantes.
Uma possível tendência para 2021 é os aplicativos de delivery além de já permitir que o consumidor acompanhe o pedido, mas passe a ter acesso a retirada no armário inteligente, vamos aguardar.
*Paullo Norato é PMO na Box Delivery, especializada em soluções tecnológicas para serviços de logística
Investir em inovação tem se tornado uma premissa para as empresas que buscam crescer ou até mesmo acompanhar as mudanças do mercado. O objetivo por trás desse movimento é se aperfeiçoar para entregar a melhor experiência para o consumidor, seja por meio de um produto ou serviço. Mas, o que não é tão claro é que por trás da inovação da entrega existe uma equipe que, a depender do clima organizacional, pode sofrer positiva ou negativamente, interferindo diretamente na produtividade e qualidade final. Sendo assim, apostar em estratégias de retenção de talentos e práticas que tenham por intuito melhorar o ambiente de trabalho tende a ser a chave de sucesso no século 21.
O conceito de experiência do funcionário, ou employee experience, ou EX, como o mercado tem chamado, é uma estratégia de gestão de pessoas projetada para atrair mais colaboradores – de maneira geral, é sobre como essas pessoas se sentem no local de trabalho e como a empresa comunica seus valores e os aplica no dia a dia. A proposta por trás disso é tornar a experiência do colaborador inesquecível tanto quanto a do consumidor, a ponto de influenciar suas ações em prol dos resultados do negócio. A tática, então, é investir em tecnologia e comunicação corporativa a fim de que os funcionários estejam cada vez mais integrados ao propósito do negócio, se sentindo parte da empresa e engrenagens essenciais ao negócio.
Se no UX – user experience – o foco é o consumidor, no EX é o colaborador no centro das tomadas de decisões por parte das equipes de RH, que assumem a função de rastrear como os colaboradores pensam e se sentem durante cada ponto de contato de sua jornada pela empresa, das interações com a liderança às relações com a equipe de produção, e que ocorrem desde o momento do processo seletivo até o desligamento. As ações que visam esse crescimento e bem-estar podem atuar em três frentes diferentes: ambiente físico, que remete a um espaço agradável e com infraestrutura acessível, segura e confortável; tecnológico, por meio de ferramentas modernas e simples, que otimizam a rotina do colaborador; e cultural.
As práticas, embora favoreçam o clima organizacional se aplicadas isoladamente, é na soma que ganha mais impulso, sobretudo porque se conectam e levam ao alinhamento da cultura da empresa. Reflexo das propostas internas, é esta cultura que guia as decisões coletivas e traz aos colaboradores quais são as expectativas que se espera de cada um sem menosprezar suas características individuais e posicionamentos. Essa estrutura promove, assim, um ambiente saudável, que apoia os objetivos pessoais enquanto busca alcançar suas próprias ambições. Uma empresa que promove a produtividade e a melhor interação entre colaboradores levam, impreterivelmente, a uma melhor performance de todos da equipe.
Com o framework de UX para os funcionários, como cultura de ux para a experiência do colaborador, é possível desenvolver na equipe a capacidade de solução de problemas, desenvolvimento estratégico e eficiência da comunicação para as áreas, assim como inovação intra departamental alinhada com os objetivos da organização. Tal qual pensamos produtos mais eficientes para as pessoas com as práticas de UX, com os colaboradores envolvidos na mesma orientação que os produtos e serviços, é até mesmo mais pertinente a criação de recompensas pelos resultados efetivos do produto, porque todos entendem melhor sua função atrelada ao serviço ou produto. O resultado é a melhora da coerência e estrutura de metas e desempenho para a organização.
Como em cascata, o trabalho prestado terá maior qualidade e os consumidores sentirão, na ponta, uma experiência otimizada, já que todo cliente deseja ser atendido por um profissional preparado e confiável. O employee experience é, portanto, a internalização de uma prática que busca melhorar performances e resultados e que impactam não apenas um ou outro membro da organização, mas todos que, juntos, fazem a empresa acontecer. É, assim, uma ferramenta que proporciona uma contínua autoanálise para promover profissionais mais valorizados e engajados.
*Melina Alves é CEO e fundadora da DUXcoworkers e uma das idealizadoras do Impacta Open Startups, um projeto que tem como objetivo fomentar o ecossistema de inovação e de novos negócios no Brasil em apenas cinco dias.
Os profissionais de TI nunca foram tão demandados quanto agora. Com a pandemia, a tecnologia se tornou a única forma de muitas empresas continuarem operando. Logo, a demanda por esses profissionais – que já era alta – ficou ainda maior.
Mesmo formando mais de 46 mil profissionais por ano, esse número está longe de ser suficiente. Como consequência, esses profissionais estão escolhendo seus empregos, fazendo com que as empresas precisem se esforçar muito mais para se tornarem atraentes.
Como trabalho com recrutamento e seleção de TI há muitos anos, estou em contato direto com eles e sei exatamente quais costumam ser suas maiores exigências no momento de avaliar novas oportunidades de carreira. Por isso, listei aqui cinco dicas preciosas de como chamar a atenção desses profissionais:
#1 CAPACITAÇÃO – Crie um ambiente de aprendizagem: Profissionais de TI gostam de estar por dentro das novidades – e tem sempre uma ferramenta, uma plataforma ou mesmo uma tecnologia totalmente nova. Então, é imprescindível que a empresa ofereça oportunidades para que eles estejam sempre em contato com o que existe de mais recente nessa área. Eles realmente levam muito a sério a ideia de estudar continuamente. A empresa tem que ser uma escola. É preciso proporcionar espaços de capacitação, seja internamente ou mesmo por meio da oferta de bolsas para cursos de especialização. Existem diversos cursos específicos voltados para as mais diversas áreas de TI que podem contribuir para a profissionalização desses profissionais e prepará-los para as demandas e exigências do mercado. É preciso investir nisso.
#2 BRANDING – Construa uma boa marca: Um levantamento feito pela Fundação Escolar mostrou que para 55% dos líderes das empresas, a competição com grandes organizações de tecnologia é um dos maiores desafios no recrutamento e retenção desse tipo de profissional. Muitos sonham em trabalhar nas big techs, que tem a tecnologia em sua atividade principal. Então, se sua empresa não é desse meio, o melhor a fazer é criar uma boa estratégia de marca, mostrando o quanto a área é relevante e valorizada pela empresa. Apresente grandes projetos com tecnologia de ponta, como e-commerces e ações de transformação digital, evidenciando que a empresa tem uma mentalidade voltada à inovação.
#3 EMPLOYER BRANDING – Invista em uma experiência de marca: Uma vez que sua empresa tenha conseguido contratar bons profissionais de TI, outro grande desafio é retê-los. Para isso, é importante investir na jornada do colaborador, mostrando o quanto a empresa trabalha para que ele viva experiências memoráveis em sua carreira. Crie projetos envolventes, que despertem o desejo de participar, de contribuir para a construção de algo realmente valioso e relevante não só para a empresa, como para a sociedade como um todo. É necessário criar engajamento e ser coerente com o propósito da organização. Para isso, o RH tem um papel fundamental, atuando positivamente no clima organizacional.
#4 JORNADA – Ofereça um bom plano de carreira: Com tantas vagas e poucos profissionais capacitados disponíveis, é natural que os salários fiquem inflacionados. Óbvio que uma boa remuneração faz diferença, mas um plano de carreira atrativo não quer dizer apenas cifras elevadas. É importante que a empresa ajude o colaborador a visualizar seu crescimento ali dentro, quais serão os degraus que irá subir e o que ele irá ganhar, aprender e contribuir durante sua jornada ali dentro. É importante dizer também que esses profissionais tendem a valorizar a flexibilidade de horários, o home-office e principalmente, uma proposta clara de crescimento profissional, tanto do ponto de vista da aprendizagem quanto da remuneração. Muitas empresas apostam em altos bônus e até em ações da companhia, despertando o intraempreendedorismo e uma remuneração com base em resultados.
#5 MISTURE-SE – Interaja e seja parte das comunidades: A melhor forma de se manter no radar dos profissionais de TI é estar onde eles estão. É importante interagir com a comunidade por meio de hackathons, que são verdadeiras maratonas de programação; Meetups, encontros que promovem a troca de experiências, cases e boas práticas ligadas a interesses em comum e os Bootcamps, que são treinamentos imersivos que visam o desenvolvimento de habilidades em diversas áreas, entre outros tantos caminhos. É preciso mostrar que a empresa, mesmo que não tenha tecnologia como sua atividade principal, investe fortemente na área e está preocupada com o constante desenvolvimento desses profissionais. Ter líderes inspiradores, que estão sempre em evidência, seja nos eventos ou universidades, é um atrativo e tanto para eles.
A dificuldade em contratar profissionais de TI qualificados é uma realidade, mas não desanime! Se sua empresa tiver uma forte cultura de inovação, as chances de atrair profissionais mais qualificados são maiores. Tenha em mente o que esses profissionais valorizam e trabalhe para que eles saibam que sua empresa tem tudo o que eles desejam para ter uma carreira brilhante.
Diego Barbosa é gerente da Yoctoo e formado em Administração de Empresas. Possui sete anos de experiência no recrutamento para áreas de tecnologia. Além disso, tem vasto conhecimento na contratação de talentos em toda a América Latina.
A pandemia trouxe vários ensinamentos e acelerou algumas tendências. Considero importante e, ao mesmo tempo, muito interessante observar o movimento que a transformação digital trouxe para as empresas e para os consumidores. Sobretudo para os consumidores.
O acesso rápido à informação influencia completamente a tomada de decisão. E nessa corrida, sempre levará vantagem aquele que tiver as melhores estratégias de customer experience para convencer o consumidor de que o seu produto ou solução é a melhor resposta aos seus problemas ou necessidades. Considerando que a pandemia pegou a todos de surpresa, muitas empresas tiveram que correr para se adaptar às mudanças e novos hábitos dos consumidores. A Neo é um claro exemplo desse movimento, pois a nossa própria transformação beneficiou os consumidores dos nossos Clientes.
Se antes a internet era uma “alternativa” para realizar compras e buscar informações, hoje a rede se transformou em uma via primordial para quem quer uma jornada customizada, ágil, prática e, sobretudo, desburocratizada. Sim, desburocratizar é o verbo do momento, é tudo o que o consumidor quer agora e, principalmente, um valor que deseja manter após a pandemia.
O cliente de hoje é muito diferente daquele de um ano e pouco atrás. Hoje ele está mais atento às tendências, entende melhor a tomada de decisão na compra de um serviço ou produto e, por consequência, está mais exigente. A diversidade de ofertas ao alcance de um clique transformou digitalmente a cabeça do consumidor, que agora prioriza experiências rápidas, eficientes e sem burocracia, e não só no ecossistema brasileiro. Hoje, com a facilidade para comprar em outros países sem sair de casa, ele simplesmente busca o que precisa.
Agora, pensando no pós-pandemia, é preciso considerar que o brasileiro está bem atento a diversas informações. Para fidelizar o cliente, é preciso entender que a transformação digital não é o fim, mas sim o princípio de tudo. Ou seja, antes de oferecer experiências customizadas e investir em hiper personalização, é necessário observar outros processos envolvidos. O consumidor quer facilidade para comprar e para se comunicar na mesma medida em que observa valores como sustentabilidade, condições dignas de trabalho daqueles que fabricam um produto ou prestam um serviço e respeito à diversidade. Em resumo, a tecnologia é só uma porta de entrada.
A pesquisa “2020 Digital Marketing Trends” da Adobe mostra que os melhores negócios são fechados a partir de experiências qualificadas dos Clientes da empresa, cujo customer experience ocupa a liderança com 20%. Concluindo, desburocratizar é preciso, e investir na experiência do Cliente não é um gasto, mas um bem necessário, para que o Cliente influencie positivamente a opinião de milhares de outras pessoas e gere mais receitas e mais negócios. A economia agradece.
*Ricardo Matheus de Alcântara é diretor de customer experience na Neo
As estratégias de segmentação contextual na publicidade, em que os anúncios online são direcionados às pessoas com base no contexto de navegação na internet, retornou aos holofotes da indústria programática. A análise de contexto vem ganhando protagonismo nas discussões sobre o futuro da publicidade online, tendo em vista movimentações do trade em direção a questões como brand suitability e privacidade de dados, além da busca incansável por anúncios que gerem experiências positivas e memoráveis para os usuários.
Por meio da análise de contexto, o anunciante consegue se comunicar com novos públicos associando-se a conteúdos alinhados com sua proposta de marca, criando um espaço propício para relações duradouras e alavancando o tão desejado engajamento. Para se ter uma ideia, de acordo com um estudo conduzido pela agência GumGum, anúncios contextualmente relevantes geraram 43% mais engajamento dos usuários do que os outros tipos, sendo 2,2 vezes mais lembrados por eles.
Vale mencionar, porém, que a ideia de segmentação contextual não é nova, apesar de ter evoluído muito. No passado, ela se baseava em uma abordagem simplista de associação por palavras-chave, enquanto que agora, com os avanços na aprendizagem de máquina, visão computacional e processamento de linguagem natural, os algoritmos de inteligência artificial podem decifrar o conteúdo da página de um publisher com extrema facilidade e precisão, e indicar por conta própria o contexto ideal para cada impressão de anúncio.
Abaixo elenco três importantes motivos pelos quais a segmentação contextual vem atraindo a atenção dos anunciantes para campanhas de awareness:
Campanhas que priorizam a experiência
Ao interpretarem o conteúdo de uma página da web, os algoritmos de inteligência artificial conseguem tomar decisões importantes e assertivas sobre onde, quando e como posicionar cada anúncio para garantir o mais alto nível de engajamento para cada campanha. A ideia é buscar sempre o match ideal entre o contexto da página do site, os objetivos de comunicação da marca, e o conteúdo do banner ou vídeo que será exibido, analisando os incontáveis pontos de dados disponíveis e suas variáveis.
Quando atrelada a técnicas de automação no processo de customização dos banners, a segmentação contextual permite gerar experiências excepcionais para o usuário, com um nível de personalização até então inimaginável. Para se ter uma ideia, hoje é possível ter campanhas de branding com incontáveis variações de um mesmo vídeo, todas elaboradas em tempo real pela inteligência artificial, mesclando produtos e elementos específicos para cada contexto.
Assertividade que se converte em resultado
Na RTB House, por exemplo, impulsionamos as campanhas de topo e meio de funil com o nosso motor ContextAI, uma solução de segmentação contextual exclusiva e baseada em algoritmos de deep learning, que já se mostraram até 50% mais eficazes para personalização de campanhas de mídia programática do que os de machine learning convencional. Isso garante ainda mais poder de processamento às análises contextuais, resultando em campanhas ainda mais assertivas.
Este formato de segmentação garantiu às campanhas publicitárias da Honda, por exemplo, impulsionadas pela RTB House na Polônia, um aumento de 300% nas taxas de engajamento. Isso se deve à análise precisa de milhões de sites e categorias em potencial, atrelada a criação e seleção de anúncios específicos por modelo de carro. O estudo de caso completo está disponível aqui.
Impacto e segurança para a marca
Hoje, mais do que nunca, estratégias focadas em brand safety e brand suitability são fundamentais para evitar que os anúncios sejam exibidos em contextos adversos e para garantir que o usuário terá uma experiência positiva com a marca. Isso porque, principalmente em campanhas de topo e meio de funil, vincular anúncios a contextos impróprios pode não apenas prejudicar os resultados da campanha, como gerar danos graves à reputação da marca.
A segmentação contextual, por definição, está preparada para lidar com esse desafio. A técnica se baseia em dados primários referentes à URL onde o anúncio será exibido, sendo assim, os algoritmos naturalmente analisam informações como categorias, tópicos e palavras-chave, fazendo correlações com os objetivos da marca e o conteúdo dos anúncios. Esta dinâmica permite que seja feito o bloqueio de conteúdos potencialmente sensíveis, ou ainda reforçar o vínculo dos anúncios a temas que realmente façam sentido para cada campanha por meio da identificação das palavras-chave.
Podemos ver que a segmentação contextual significa hoje muito mais do que aquela abordagem simples que aprendemos há alguns anos e, juntamente com os novos recursos de IA disponíveis, podem levar nosso setor a um cenário de personalização totalmente novo para campanhas de awareness. A pergunta que fica é: como a sua marca está se beneficiando disso?
*Leonardo Sales é Head of Programmatic Inventory LATAM na RTB House.
Parece que foi ontem que a revolução das telecomunicações começou. Em menos de 25 anos, conseguimos fazer com que houvesse mais de uma linha celular por brasileiro, tivemos 3G, estamos vivenciando o 4G, e agora é mais do que chegada a hora de pensarmos no 5G. Sim, a tecnologia que promete uma velocidade ultra rápida para a internet móvel deve chegar ao país em 2021 – ainda que em uma escala mais modesta na comparação com outros países, e com bastante atraso. Finalmente poderemos passar a experimentar parte do que o melhor da conectividade tem a oferecer – e o Brasil começará a se juntar à vanguarda dos países na liderança da acelerada transformação digital vivenciada em 2020 e que somente se intensificará.
Diversos fatores levaram o Brasil a esse atraso. O primeiro deles é a demora na revisão dos marcos regulatórios ainda provenientes da privatização do sistema de telefonia do país (fim dos anos 1990). Também é preciso levar em conta as mudanças ocorridas no papel da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) ao longo dos últimos anos (e governos) por conta das transições políticas em Brasília, aliadas à polarização em torno do 5G em todo o mundo, que vinculaos delicados aspectos técnicos do tema com questões mais amplas de políticas externas nacionais. Sem falar nas indefinições técnicas e estratégicas do poder público,, da inviabilidade financeira das primeiras soluções propostas e do baixo estímulo à participação de empresas interessadas nas simulações das primeiras condições do leilão de concessões para operação. Ah, claro, e teve também a pandemia de covid-19 em 2020, para adicionar a derradeira cereja no bolo.
As dificuldades, como se vê, são imensas – mas os desafios que surgirão caso não se avance com o 5G no Brasil certamente serão maiores. Chegamos a um momento em que essa decisão não pode mais ser adiada. Hoje, é condição fundamental de competitividade econômica. Países que não acelerarem drasticamente seus esforços nesse sentido terão uma desvantagem competitiva em relação às nações mais avançadas no tema, principalmente na Ásia, EUA e na Europa. Além disso, é preciso resolver em 2021 por que questões dessa magnitude tradicionalmente não costumam avançar em anos de eleições majoritárias no Brasil (como 2022) – e deixar para 2023 será muito tarde para estabelecer as premissas técnicas, regulatórias e comerciais que uma revolução desse porte exige. Inclusive, os primeiros testes do 6G já começam a acontecer enquanto escrevo este texto.
Observam-se no mundo diferentes estágios de progresso do 5G. A adoção, de forma geral, se iniciou em um ritmo lento, que vem se intensificando rapidamente conforme as primeiras redes de uso comercial vão sendo estabelecidas. A Coreia do Sul pode ser considerada um ótimo modelo de referência para uma melhor compreensão do que o 5G transformará em nossas vidas, já que atualmente 10 milhões de pessoas já possuem smartphones habilitados para a tecnologia.
Da Coreia, vejo pelo menos duas importantes lições nesse início de 5G no Brasil:
1) a necessidade de subsidiar/fomentar uma aceleração mais rápida da quantidade de pessoas com aparelhos habilitados para uso no 5G em mãos;
2) revisão das condições regulatórias exigidas para que se estabeleça todo o ecossistema técnico e comercial que viabilizará a existência destas novas redes, incluindo até mesmo a necessidade de maior capilaridade e número de antenas nas cidades. São condições essenciais para que o Brasil finalmente dê seus primeiros passos para entrar no maravilhoso mundo do 5G.
Quando esse futuro chegar (e ele está chegando), haverá uma enorme transformação na sociedade como um todo e também nos negócios. Antevejo aumento de desemprego em atividades com menor nível de especialização técnica e capacitação, com impactos econômicos na sociedade em esferas menos favorecidas. Empresas que ainda têm formatos de gestão baseados em modelos anteriores, se tornarão extremamente ineficientes para fazer negócios em uma realidade mais instantânea e personalizada. As transformações serão profundas, e o “analfabetismo digital” poderá cobrar um pesado encargo social de quem não se ajustar prontamente. Mas ainda há alguns (poucos) anos para que a sociedade se adapte, e torço para que este cenário potencialmente sombrio não se concretize.
Por outro lado, a pandemia de covid-19 causou oefeito colateral de dar o empurrão necessário para que as empresas que ainda não entendiam (em pleno 2020) que precisavam ter presença digital relevante aprendessem na prática da forma mais dolorosa possível. Minha recomendação para qualquer organização, portanto, é seguir acelerando seus processos de transformação digital, além de se informar e se preparar para antecipar projetos de mudanças em seus negócios com base no que as novas redes 5G poderão proporcionar. Por exemplo, companhias vinculadas ao entretenimento físico poderão se tornar líderes em experiências virtuais e altamente personalizadas, descobrindo novos formatos de negócio e mercados a explorar. No agronegócio, sensores de monitoramento trarão consigo uma novíssima revolução agrícola, que espero ajude a erradicar a fome em nosso planeta. E, setor por setor, as oportunidades de aplicação do 5G são infinitas.
Os efeitos da conectividade (seja ela lenta, rápida ou inexistente) afetam cada vez mais o dia a dia das pessoas em todas as esferas da existência humana: relações sociais, entretenimento, afazeres domésticos, hábitos familiares, negócios e muito mais. Praticamente nenhuma empresa, nem mesmo MEI (microempreendedores individuais), é independente de algum tipo de conexão para realizar suas transações. Assim, um aumento de velocidade (que pode chegar a ser cem, até mil vezes mais rápida do que navegamos com o 3G e 4G) certamente vai revolucionar todas as dimensões da vida dos brasileiros.
Pessoas, animais, organizações, objetos… tudo aquilo que puder ser conectado, será conectado. E essa fascinante jornada se iniciará em breve. É preciso estar preparado para 2021 : o ano do 5G no Brasil.
*Fernando Moulin é Business Partner da Sponsorb, consultoria boutique de business performance, professor e especialista em negócios, transformação digital e experiência do cliente. E-mail: fernando.moulin@sponsorb.com.br
Com a questão da Pandemia, tivemos que nos reorganizar para atender nossa demanda de trabalho. O que não estávamos preparados, era em como lidar com a comunicação a distância, em como manter nossa rotina interna dos escritórios, com tantos assuntos abordados diariamente.
A solução foi fazer reuniões online e discutir estes assuntos. A questão é que somos emocionais, precisamos falar e explicar a linha de raciocínio, uma ideia, um projeto, detalhes de condução junto ao cliente, enfim… todos os assuntos estão sendo abordados em reuniões online, que por muitas vezes são desnecessárias para muitos dos participantes.
Por muitas vezes, o funcionário ou colaborador tem que participar de reuniões, conferências em horários simultâneos. E como fazer com esta situação?
Na maioria das vezes o profissional participa dos compromissos de forma irregular, ou seja, um pedaço em cada compromisso, para não demonstrar ausência ou falta de interesse.
Mas na prática, isto causa estresse no profissional, ele não compreendeu o que foi apresentado, depois ele é cobrado por algo que desconhece e se frusta por não poder atender de forma consistente as suas obrigações.
Neste caso, o ideal é que o gerente ou gestor organize os assuntos, verifique se realmente é necessário, uma reunião para discutir a pauta e quem de fato deve participar.
O momento agora permite que possamos otimizar o tempo dos profissionais envolvidos e dar autonomia para que eles apresentem soluções para uma situação, exercitando o lado criativo de cada colaborador. Com isto, a empresa tem a possibilidade de descobrir novos talentos e inserir esta descoberta no crescimento da empresa.
Valorizar o tempo, definir se os assuntos serão por reuniões virtuais, comunicação e discussão por e-mail é o mais correto a ser feito.
Muitas vezes a comunicação por e-mail otimiza o tempo de fazer a reunião online para um assunto que não seja tão relevante.
Devemos focar em ajudar todos os envolvidos a oferecerem o melhor para a empresa, fazendo uma organização com os líderes dos setores e apresentando novos formatos de discussão nos assuntos importantes dentro da empresa.
Descobrindo um jeito novo de se comunicar, que funcione, para todos os envolvidos dentro da empresa, é a melhor solução. Pois, teremos alguns meses ainda incertos dos procedimentos sociais e corporativos. Sendo toda ideia e solução muito bem vinda nestes dias atuais.
O importante é não utilizar muito tempo útil em reuniões que não são produtivas e direcionar as comunicações das decisões e novidades através de canal específico por e-mail.
Vale a pena estudar suas necessidades e otimizar o tempo de seus colaboradores objetivando o crescimento da empresa e a produtividade de cada um e quem sabe apenas um email resolve?.
Pense nisto!
*Conceiyção Montserrat – É CEO da Montserrat Consultoria
Imagine que, por algum motivo, você precise chegar com urgência em um hospital. Para isso, abre o aplicativo de transporte, solicita uma viagem e aguarda. Ao perceber a demasiada demora da plataforma em prestar o serviço, você decide realizar uma verificação e percebe que o motorista foi erroneamente direcionado para o outro lado da cidade. Este é um tipo de situação que ocorre quando softwares não são testados.
Agora, vamos supor que você tenha conseguido chegar ao hospital. Porém, logo de início repara uma movimentação diferenciada: altíssima concentração de pacientes nas salas de espera, médicos ansiosos andando pelos corredores, familiares muito nervosos e funcionários pedindo calma. O problema? Uma falha generalizada no sistema deixou os arquivos de todos os pacientes inacessíveis, forçando a interrupção de atividades no local. Que bom seria se o software tivesse sido testado, não é mesmo?!
Segundo o estudo The Cost of Poor Software Quality in the US: A 2020 Report, os últimos dois anos foram marcados pelas maiores falhas de software da história recente. Dentre os lapsos, ataques de ransomware e ataques de cibersegurança. De acordo com dados disponibilizados pela Fortinet, até setembro de 2020, só a América Latina e o Caribe sofreram 20 bilhões de tentativas de ciberataques.
No ano passado, segundo o relatório divulgado recentemente pelo Consortium for Information & Software Quality (CISQ), apenas nos Estados Unidos o custo total da má qualidade de software (CPSQ) foi de US$ 2,08 trilhões. Em conformidade com o estudo, entre as principais causas deste valor estão projetos mal sucedidos e as falhas operacionais de softwares.
Tais dados são resultados da carência de testes, seja na fase de concepção ou de manutenção dos sistemas. Nos últimos anos, o mundo pôde observar as consequências da exiguidade de testes de software ao acompanhar o caso das aeronaves fabricadas pela Rockwell Collins Aerospace que, por conta de uma falha de sistema, efetuavam curvas para o lado errado em aproximações perdidas.
Diante dos fatos apresentados, fica evidente que se os softwares não forem testados e os procedimentos forem tratados sem a devida importância e como processos dispensáveis, os prejuízos serão cada vez maiores e não apenas financeiros.
Uma observação que tenho feito, por meio de testes práticos, é que a implementação de cobertura mínima de testes automatizados nos primeiros 30 dias de trabalho permite que erros sejam encontrados mais rapidamente, evitando crises de produção ou processos.
Além disso, na Prime Control os clientes relatam que, em média, a ocorrência de Rollbacks cai de 33% para 10%. Isso interfere de forma direta e positiva nos gastos das empresas que reduzem a carga de retrabalho, economizando tempo e aumentando a produtividade das equipes.
De forma geral, o teste de software tem como objetivo garantir a qualidade do sistema. Além de auxiliar o alinhamento de expectativas iniciais com o que está sendo produzido, os testes de software são responsáveis pela localização de problemas, detecção de imperfeições de design e estabilidade do sistema, diminuindo significativamente potenciais riscos nas operações dos mais variados setores.
* Roberto de Carvalho é Chief Revenue Officer da Prime Control
Normalmente, quando pensamos no mercado de tecnologia no Brasil, imediatamente vem à memória grandes nomes multinacionais, como Microsoft, IBM, Accenture, Capgemini, Atos, AWS e diversas outras. Mas, ao analisar com um pouco mais de atenção, hoje estamos diante de uma realidade muito diferente. Vou lhe mostrar…
A pandemia da Covid-19 impulsionou maior urgência do mercado brasileiro para a transformação digital e isso acelerou também novas perspectivas e mudanças de consumo e oferta. Em parceria com a empresa global ISG, a TGT Consult tem acompanhado este avanço nos últimos 3 anos, por meio de levantamentos periódicos. E os dados não mentem: das mais de 700 empresas identificadas, 282 estão em boas condições competitivas e das 107 empresas consideradas líderes – que têm um portfólio de serviços diferenciado e uma posição de mercado expressiva – 42% são empresas genuinamente brasileiras.
Movimentos de consolidação como os que ocorreram nas duas décadas passadas criaram gigantes de serviços e abriram oportunidades de mercado para o surgimento e crescimento de várias empresas especializadas em serviços e produtos específicos de tecnologias. Algumas que valem ser citadas são as com foco em segurança cibernética, analytics, gestão de serviços em cloud, automação de teste e inteligência artificial.
Como exemplo, é possível citar o movimento de deslocar a infraestrutura para serviços de nuvem. Se por um lado houve uma diminuição da demanda por provedores Data Centers locais, essa mudança abriu um oceano de oportunidades para gestores de cloudmanaged services e cloud híbridas. Há pouca ou nenhuma barreira de entrada nesse nicho, e aqueles que oferecem o serviço crescem rapidamente, com soluções de alta qualidade e de forma muito competitiva. Não é exagero dizer que 100% dos nossos clientes de consultoria estão em movimentos de migração para nuvem e vemos cada vez mais a escolha por empresas brasileiras para gerenciamento destes serviços.
Apesar do foco deste artigo não ser as grandes empresas, elas têm um papel importante na valorização do mercado de nicho. Grandes empresas globais aprenderam, talvez com a gigante de software ERP, da SAP, a utilizar um ecossistema de parceiros locais mais fortes, não apenas como forma de consolidar um canal de vendas, mas também para entregar soluções de forma mais eficiente e localizada. Neste movimento podemos citar: AWS, Google, Microsoft, ServiceNow, Salesforce, entre outras.
Trata-se de um movimento cíclico, que faz com que as empresas de nicho cresçam tanto em mercado como em capacidade de inovação, e se tornem alvos de aquisição das gigantes multinacionais de TI. As grandes aquisições deram lugar aos compradores em série, não mais no atacado, mas agora no varejo, adquirindo pequenas e médias empresas com um apetite voraz. Não é à toa que se entrarmos nas páginas de aquisições da Accenture, Atos ou Ernst & Young, por exemplo, veremos uma média de uma aquisição por trimestre.
Comparando 2018, quando 15 empresas brasileiras foram citadas entre as líderes e 6 entre as Rising Stars – empresas que têm um “portfólio promissor” e um “alto potencial futuro” – com 2020, quando 42 empresas foram citadas entre as líderes e 16 entre as Rising Stars, constatamos aumento considerável que coloca o mercado tecnológico brasileiro lado a lado com grandes nomes internacionais. Com isso, é possível compreender que a lente deve estar nos detalhes e nos subsegmentos. É lá que estão as pérolas brasileiras que nossos clientes querem como fornecedores e que as grandes empresas vão almejar adquirir.
fevereiro 25, 2021 fevereiro 25, 2021 / Por Redação Newly
Por Paulo Exel
Esses dias me deparei com um dado da Brasscom (Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação) que me deixou extremamente intrigado: Em apenas três anos, a demanda por profissionais de tecnologia no Brasil será de 420 mil profissionais.
Me recordei ainda de um outro dado que aponta que a média de profissionais formados em TI é de apenas 46 mil ao ano, ou seja, se seguirmos nesse ritmo, nós precisaríamos de 10 anos para formar o que o mercado precisará em apenas três. Isso quer dizer que a disputa por eles será enorme!
Como headhunter da área de tecnologia há mais de 12 anos, essa é uma realidade que me preocupa, uma vez que observo uma demanda crescente por profissionais qualificados de tecnologia, porém, um déficit cada vez maior na oferta qualificada destes.
Isso porque, o que acreditávamos ser aspectos do ‘futuro do trabalho’, já é o nosso presente. As relações de trabalho, as formas de contratação, os processos seletivos e a forma de se consumir produtos, serviços e informações mudaram de forma consubstancial a partir de 2020. E isso, consequentemente, tornou algumas funções em tecnologia muito mais valiosas do que antes.
Ainda que dados do IBGE apontem que há 14 milhões de brasileiros desempregados, posso dizer, com toda a certeza e responsabilidade profissional que, 2021 ficará marcado como um ano de grande disputa por profissionais da área de tecnologia. A oferta de vagas continuará sendo muito maior do que a disponibilidade de profissionais.
Mas, afinal quais funções e/ou áreas estarão mais aquecidas este ano?
Eu destaco cinco. São elas:
Engenheiros de Cibersegurança: entre os especialistas mais disputados, muito impulsionado pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e por constantes ataques a organizações e base de dados governamentais;
Cientistas e Engenheiros de Dados: que se concentram em transformar dados em informações que impulsionem o negócio das empresas ou melhorem a qualidade da tomada de decisão;
Engenheiros de software: que atuam no desenvolvimento de código orientado a sistemas, aplicativos, etc;
Arquitetos Corporativos / Enterprise Architects: profissionais com vasta experiência de aplicação de sistemas e com ampla visão de negócios. Garantem que a estratégia atual e futura da corporação esteja em linha com uma arquitetura de tecnologia sustentável e inovadora;
Líderes em TI: capazes de assumir cargos de gerência e diretoria da área.
Só na Yoctoo, consultoria especializada no recrutamento e seleção de executivos de tecnologia e digital, em 2020, a demanda por especialistas em cibersegurança correspondeu a 22% do total de vagas trabalhada no período, enquanto especialistas em engenharia de software representou 27%.
Diante da grande oferta de vagas, os profissionais mais qualificados nas áreas as quais destaquei possuem o privilégio de escolher seu próximo emprego. Dessa forma, as empresas apresentam um desafio enorme não só para atrair, mas principalmente, reter esses talentos.
Por esse motivo, uma parte delas estão experimentando os benefícios do employee experience, que nada mais é do que cuidar de cada detalhe da jornada do colaborador dentro da corporação, desde seu acolhimento até seu plano de capacitação e crescimento.
Além de um bom ambiente de trabalho, que privilegie a autonomia e espaço para experimentação, a empresa precisa oferecer uma grande pluralidade de tecnologias, permitindo que o colaborador tenha a oportunidade de conhecer, testar e estar sempre antenado ao que existe de mais novo nesse universo.
Vemos também em alguns casos, empresas estruturando planos de retenção, que além do salário e benefícios, oferecem também o ILP – Incentivo de Longo Prazo. Algumas, chegam a pagar quantias significativas para estimular a permanência desses profissionais por um determinado período (em média 18 meses). Caso o profissional peça seu desligamento antes desse período, o bônus, ou parte dele, deve ser devolvido. Passado esse tempo, um novo bônus é oferecido no intuito de incentivar sua permanência.
As empresas também têm adotado novas metodologias de entregáveis e ferramentas colaborativas que acompanhem a produtividade dos times e mantenham o engajamento mesmo com a distância física. Entre os frameworks em alta destaco o Ágil, que preza pela fragmentação dos projetos em etapas de curta duração (chamada de sprints), onde equipes conseguem colaborar em busca de um mesmo entregável.
Por fim, a mensagem que ressalto aqui é que as empresas não têm poupado recursos na hora de atrair e reter esses talentos. A eles, cabe o papel de se manterem sempre atualizados do ponto de vista técnico, sem deixar de lado as soft skills – habilidades comportamentais. Competências como: resiliência, visão de negócios, adaptabilidade, humildade, comunicação e bom relacionamento com pares e superiores também continuam em alta em 2021.
*Paulo Exel é administrador de empresas com MBA em Gestão Estratégica de Negócios e Certificação Profissional em Coach. Há 12 anos atua como headhunter de TI. Desde 2017, está no comando da operação da Yoctoo na América Latina.