Opinião

Transformação digital garante melhoria na eficiência operacional das empresas

Quem adere a esse movimento está preparado para prosperar em um ambiente de negócios em constante evolução

A tecnologia está transformando rapidamente o cenário dos negócios em todo o mundo. A ascensão de novas tecnologias e a rápida adoção das mesmas proporcionam um ambiente altamente competitivo, em que as empresas precisam se adaptar e evoluir constantemente se quiserem permanecer relevantes e competitivas.

Rica Mello, gestor de pessoas, palestrante e empreendedor em diversas áreas de atuação, explica que uma das principais estratégias que as empresas estão adotando para enfrentar esse desafio é a transformação digital.  “Isso significa integrar todas as tecnologias nos mais diversos aspectos de uma empresa, desde a infraestrutura até os processos internos e a experiência do cliente. Essa abordagem permite a automação das tarefas, melhoria da eficiência operacional e, como consequência, oferecer produtos e serviços inovadores.

As empresas estão investindo cada vez mais em soluções como inteligência artificial, big data, Internet das Coisas (IoT) e armazenamento em nuvem para impulsionar sua vantagem competitiva. “Essas tecnologias permitem a análise mais avançada de dados, melhor tomada de decisões, automação de processos e comunicação mais eficiente”, aponta Rica Mello.

Uma das principais vantagens dessa transformação é a melhoria da eficiência operacional. A automação de tarefas rotineiras e a otimização de processos permitem uma redução significativa dos custos, além de economizarem tempo para utilizarem seus recursos de forma mais eficiente. “Isso resulta em uma produção mais rápida, um atendimento ao cliente mais ágil e uma maior capacidade de resposta às demandas do mercado”, ressalta o especialista em gestão.

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O movimento promove o desenvolvimento de uma cultura de inovação dentro das empresas. Ao adotar novas tecnologias e abraçar a mudança, as organizações encorajam seus colaboradores a pensar de forma criativa e buscar novas soluções. “Essa atmosfera nas empresas proporciona um ambiente dinâmico, no qual as ideias são valorizadas. Uma cultura dentro deste ritmo é essencial para se adaptar rapidamente às mudanças do mercado e, principalmente, para se manter à frente da concorrência”.

No entanto, Rica reforça que toda mudança abrangente requer uma estratégia bem definida, liderança eficaz e mentalidade aberta. Além disso, as empresas precisam investir na capacitação de seus colaboradores, visando o aproveitamento máximo das novas tecnologias e adaptação às novas formas de trabalho. “Quem adere a esse movimento está preparado para prosperar em um ambiente de negócios em constante evolução. Essa abordagem não apenas permite que as empresas enfrentem os desafios do mercado atual, mas também as posiciona para o sucesso a longo prazo, à medida que novidades nesse sentido continuam a surgir”, finaliza.

Sobre Rica Mello

Rica Mello é apaixonado por gestão, números, estratégia e pessoas. Dedicou uma década auxiliando grandes empresas como consultor estratégico da McKinsey e Bain & Company antes de criar seus próprios negócios. É empreendedor serial e está à frente de negócios em diversos segmentos como indústria, distribuição, importação, varejo, e-commerce e educação. Auxilia empresários a navegar no desafiante mercado brasileiro e é uma das lideranças da indústria que se preocupam com iniciativas de coleta e reciclagem de materiais. Possui MBA pela Kellogg School e especialização pela Singularity University. Ele aprendeu a gerenciar empresas de qualquer lugar do mundo, para alimentar sua outra grande paixão, que é viajar.  Conhece 136 países e almeja visitar todos os países do mundo até 2025.

Fonte: Carolina Lara Comunicação

Principais desafios enfrentados pelos times de TI e como superá-los

*Por Otto Pohlmann, CEO da Centric Solution 

É inegável que a transformação digital vivida mais intensamente nos últimos anos mudou a maneira como nos relacionamos uns com os outros e, como não poderia deixar de ser, com a própria tecnologia. Se antes os profissionais de TI eram vistos apenas como parte de uma atividade de suporte dentro das empresas, hoje se consagram figuras de peso em qualquer companhia, carregando o potencial de revolucionar processos internos e impactar significativamente qualquer negócio.  

No entanto, frente a uma sociedade que depende cada vez mais dos avanços tecnológicos e aspira por inovações digitais em todos os segmentos, os desafios que envolvem a área não são poucos. Manter-se atualizado em meio à velocidade na qual as novidades surgem deve ser, por exemplo, tarefa corriqueira. A célebre frase: “Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades” faz mais sentido do que nunca. 

Um levantamento feito pela TOTVS em parceria com a H2R Pesquisas Avançadas mostrou que 85% das empresas ampliaram os investimentos em TI durante a pandemia e que três em cada quatro organizações incluíram a área em discussões de negócio. A pesquisa Tendências em Tecnologiaque ouviu 414 executivos, também aponta que 76% dos empresários consideram a tecnologia como algo estratégico para suas empresas. 

Nesse contexto, mais do que pensar apenas nas oportunidades inerentes ao cenário, é preciso conhecer os principais desafios que acompanham o outro lado da moeda para aliar a força da TI aos negócios com excelência. Então, convém ressaltar algumas dicas: 

Importância da segurança da informação  

Gestores de TI precisam cada vez mais se atentar ao número de ameaças existentes à segurança de seus clientes, servidores e processos. Para isso, é preciso desenvolver políticas, práticas, treinamentos e até mesmo promover a mudança comportamental entre os colaboradores. Os líderes podem implementar uma cultura organizacional voltada à ciberproteção, que consiste em fazer os times entenderem a importância de proteger os ativos de TI, de se anteciparem aos possíveis ataques e falhas que podem comprometer qualquer negócio. 

Promover os benefícios da cloud computing 

Projetos que usam os benefícios do cloud computing têm potenciais ímpares, portanto articular a adesão a essa tecnologia é crucial atualmente. Isso porque migrar pelo menos parte da infraestrutura de TI para a nuvem reduz custos de manutenção, atualização e suporte e permite acesso a servidores mais robustos por uma fatia de preço. Além disso, é possível escalar o negócio mais facilmente quando a oportunidade surgir, alavancando a capacidade de atendimento sem precisar aumentar a operação na mesma medida. 

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Ferramentas para potencializar o atendimento ao cliente 

Pensar em maneiras de diminuir a distância entre qualquer tipo de empresa e seus clientes é um modo de qualificar as relações. Isso também está ao alcance da tecnologia. Com a inteligência artificial cada vez mais em alta e (em uso), soluções para automatizar e otimizar o atendimento ganham a cena. Os chatbots são um exemplo. Correspondendo às expectativas de cada negócio, é preciso em pouco tempo compreender as necessidades e disponibilizar soluções completas. 

Gestão da informação 

A gestão de informações adequada favorece a logística e as inovações nos negócios. Por isso, transformar dados brutos em conteúdo gerencial é um dos grandes desafios da era da informação. Assim, por meio de captação, armazenamento e tratamento de dados, a tecnologia pode e deve proporcionar o melhor desempenho para cada companhia 

Como se vê, atualmente, as equipes de TI são o motor principal dentro de diferentes organizações e o mercado já percebeu o poder envolvido de potencializar a produtividade e a rentabilidade dos negócios. Dessa maneira, à medida que o futuro exige maior atuação desse pilar estratégico nas empresas, os profissionais precisam entregar cada vez mais eficiência operacional, melhorando a experiência do usuário, sempre. Afinal de contas, apesar dos desafios intrínsecos à área, a tecnologia informatiza e transforma. 

*Otto Pohlmann é CEO da Centric Solution, empresa de tecnologia que fornece soluções completas para atender aos requisitos de segurança e da LGPD, com foco em implementação, treinamento e suporte, a fim de ajudar a sustentar o desenvolvimento de negócios de todos os portes e setores

Sobre a Centric Solution 

Empresa de tecnologia que iniciou as atividades em 2005 e oferece soluções completas com foco em implementação, treinamento e suporte para ajudar a sustentar o desenvolvimento de empreendimentos de todos os portes e ramos de atividade. Adota ferramentas voltadas a helpdesk, service desk, active directory, cloud, IT security, network performance, compliance, data protection, aplicações e remote app. Também realiza treinamentos, desenvolvimento de projetos e monitoramento em tempo real, 24 x 7, de processos, negócios, redes, link e sistema de missão crítica. Com sede em São Paulo e uma equipe de 20 colaboradores, a Centric ultrapassou a marca de 3 mil clientes. Entre eles estão Banco Safra, Crefisa, Unimed, CPFL e 60% do mercado hoteleiro.

Fonte: NB Press Comunicação.

Competição entre empresas não se dá apenas entre cadeias de suprimento, mas sim entre ecossistemas de fornecedores e clientes

Por Omar Tabach*

Diferente do que foi defendido no passado, ouso afirmar que a competição entre empresas não se dá apenas entre cadeias de suprimento, mas sim entre ecossistemas de fornecedores e clientes, incluindo serviços, soluções e tecnologias. Digo isto baseado não apenas em teorias, mas em observação do mercado e análises recentes sobre diferentes segmentos do mercado de tecnologia. Isso foi discutido em uma reunião exclusiva e fechada de CIOs de importantes empresas brasileiras, chamada de Headlines, onde se debatiam assuntos relevantes sobre o mercado fornecedor de tecnologia.

Em 2005, Thomas L. Friedman afirmou em seu livro “O Mundo Plano” que a competição estava mudando devido à globalização e a importância da eficiência das cadeias de suprimento, mas não destacou a relevância das alianças estratégicas entre empresas de tecnologia e seus clientes. Hoje, a competição ocorre entre ecossistemas de empresas, onde a escolha de um fornecedor de tecnologia por uma empresa impacta no arranjo competitivo de seu segmento e na relação dos demais players com seus fornecedores.

Ao longo dos últimos anos, notamos que existem três conjuntos de decisões que definem o sucesso de um líder de tecnologia da informação em grandes empresas. A primeira, e mais óbvia, é sua estratégia de tecnologia: a jornada de digitalização, arquitetura de soluções, estratégias de suprimentos, definições de outsourcing x insourcing, focos de inovação, entre outras. Já a segunda e a terceira vão definir o sucesso da execução desta estratégia que são, respectivamente, a escolha de sua equipe interna e a definição de seus parceiros chave de fornecimento de serviços de tecnologia.

Para compreender o desenvolvimento do ecossistema, basta pensar que, quando um banco escolhe um fornecedor de inteligência artificial para a digitalização da jornada do seu cliente, ele muda o arranjo competitivo do mercado, impactando toda a relação entre os outros players do seu segmento e seus fornecedores de inteligência artificial, de um lado para proteção de vantagens competitivas e propriedades intelectuais, e de outro lado para “correr atrás” de novos serviços e melhores experiências proporcionadas aos clientes pelo líder. Da mesma forma, quando uma empresa de varejo ou de bens de consumo seleciona seu parceiro de solução para e-commerce, vemos movimentos semelhantes de rearranjo dos seus concorrentes e sua relação com os fornecedores de tecnologia – seja para seguir o líder ou para se diferenciar.

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Antes da escolha do fornecedor de tecnologia, é fundamental que se tenha claramente qual o objetivo da aquisição e a estratégia de solução. Se a solução vai auferir uma vantagem competitiva ao cliente, o processo de aquisição não poderá ser centrado em preço e escala. Se buscamos inovação, o processo de seleção deve ser aberto, sem RFPs que definam a solução, mas que apresentem o problema  a ser resolvido, permitindo que os licitantes possam desenvolver alternativas de solução e mostrar suas competências específicas. A questão de propriedade intelectual e exclusividade também deve fazer parte da estratégia de sourcing. Se estamos falando de uma solução inovadora que se tornará um diferencial competitivo, como a empresa espera que seu fornecedor trate demandas semelhantes de seus concorrentes?

A escolha dos fornecedores de tecnologia, sejam eles de solução, integração ou serviços gerenciados, é complexa e, muitas vezes, de difícil reversão (geralmente, é mais fácil substituir membros de uma equipe do que trocar um fornecedor de tecnologia). Por este motivo, é fundamental que, antes de um processo de contratação, se conheça profundamente as ofertas de mercado, os fornecedores que se destacam em cada nicho de serviços e seus diferenciais. Existem várias formas de se manter atualizado nas ofertas do mercado brasileiro, seja através de publicações de pesquisas de mercado ou de eventos do setor.

Em resumo, a competição entre empresas mudou de cadeias de suprimento para ecossistemas, e a escolha de um fornecedor de tecnologia por uma empresa impacta no arranjo competitivo de seu segmento. O sucesso de um líder de tecnologia depende de três decisões importantes: estratégia de tecnologia, escolha da equipe interna e definição de parceiros de fornecimento de serviços. É imprescindível que o CIO defina as áreas estratégicas nas quais a tecnologia deve oferecer vantagem competitiva e inovação, bem como identificar fornecedores que aportam o conhecimento adequado às demandas de transformação da empresa. De forma análoga, ele deve saber onde não precisa de inovação e precisa de um parceiro que lhe dê eficiência em custos.

*Omar Tabach é sócio-diretor da TGT Consult e professor na Unicamp e ESPM

Fonte: Mondoni Press

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Por que o levantamento e a interpretação de dados são fundamentais para o crescimento das empresas?

Por Christophe Trevisani*

A gestão de dados e informações está cada vez mais sólida nas empresas. Isso porque ela possibilita tomadas de decisões estratégicas, justamente por fazer conhecer melhor seus potenciais clientes e, por que não, o mercado. Tendo sua relevância percebida pelas empresas recentemente, a gestão de dados e informações é um desafio não só para ser interpretada, como também praticada. 

Como é sabido, a gestão de dados e informações compõem a administração de todos os estágios das referências sobre clientes ou outra base que queremos analisar. Quando falamos em estágio, há de se separar a gestão de dados com a de informações, porque não serão a mesma coisa. Gestão de dados é o estágio inicial e, ainda, sem uma contextualização dela. É um dado, por exemplo, dizer que uma empresa emitiu 15 notas fiscais na semana. Mas por si só, esse dado é vago. Sem o contexto, não há muito o que extrair daí.

Contudo, se a partir desse dado extrair-se outros insights como quais os tipos das notas emitidas, os valores e comparar com períodos equivalentes, por exemplo, têm-se as informações. Por isso, é válido dizer que dado é o estado bruto dessa base, sem a devida “lapidação”. Já informação é o estágio mais avançado, com contextualização, permitindo uma melhor análise.

Então, é simples de se relacionar a gestão de dados e informações juntas, afinal, para que os dados sejam estratégicos, eles precisam ser transformados em informações e, desta forma, as tomadas de decisão podem ser mais assertivas.

Enquanto empreendedores e gestores, quando entendemos o que é gestão de dados e informações percebe-se que a sua principal importância é que ela dá embasamento para as tomadas de decisões. Tais escolhas tendem a ser mais assertivas com a análise de dados, que só poderá ser feita se houver uma gestão eficiente e organizada. Isso afeta decisivamente o bom crescimento da empresa, que entenderá melhor o seu público, o seu próprio negócio e o mercado em que como um todo.

Acredito que para realizarmos uma boa gestão precisamos partir de alguns princípios. Neste sentido, o especialista Ricardo Stumpf, publicou no artigo “O porquê de governanças de dados em organizações de controle” para o Tribunal de Contas da União, em 2016, alguns princípios:

Qualidade: diz respeito à organização, classificação e a definição de processos para que o dado ganhe qualidade; Gestão de risco: os dados normalmente podem trazer confidencialidades ou serem sensíveis. Por isso, é importante criar políticas e normativas para o seu tratamento; Federação: esse princípio é a respeito dos padrões importantes a serem realizados na gestão, como formatos de arquivo, priorização de dados; Eficiência: para Stumpf, o dado precisa estar disponível no timing adequado, no lugar certo e no formato ideal para ser analisado; Colaboração: tomados os devidos cuidados com LGPD, os dados precisam ser compartilhados e publicizados; Inovação: esse princípio diz respeito à necessidade de encontrar novas técnicas para ser eficiente e ter uma boa gestão constantemente; e Contextualização: a depender desse princípio, o dado pode ser analisado, tratado e armazenado de diferentes formas.

Tendo em mente os princípios de Stumpf, acredito que seja possível indicar algumas formas eficientes de realizar a gestão de dados e informações em uma empresa:

  1.     Proteção de dados

Antes de mais nada, é importante que a sua gestão de dados e informações esteja muito atenta em proteger esses ativos. Como um dos princípios, é necessário que dados sejam protegidos. Para isso, alguns profissionais serão requisitados, como os seguranças de informações, especialistas nessa área e que entendem de LGPD, ao mínimo.

A Lei Geral de Proteção de Dados regula que as empresas do Brasil precisam ter políticas e diretrizes para proteger os dados fornecidos por clientes, fornecedores e até mesmo colaboradores. Além de medidas legais, vale destacar que alguns dados internos são sensíveis e que, por isso mesmo, devem ser protegidos de maneira rigorosa para não comprometer o negócio.

  1.     Tenha um diagnóstico do que já possui

Para começar a uma boa gestão de dados e informações, é necessário saber o que você já possui em sua empresa. Assim, será possível entender quais são esses dados e as principais necessidades para tratá-los para, então, poder definir prioridades.

  1.     Faça uma organização e classificação

Tendo o diagnóstico e já sabendo quais são as necessidades, é possível também começar a organizar e classificar esses dados. Como você também já viu no mapeamento inicial, será possível realizar as prioridades além de saber o que é dado que precisa ser mantido e os que podem ser descartados, até para economizar espaço na nuvem.

  1.     Crie donos para a gestão de dados e informações

Cada dado e a estratégia para tratá-lo e analisá-lo, será preciso ter um responsável. Isso pode incluir terceirizações ou a contratação de um software para gestão de tarefas, até para criar prazos e que todos acompanhem o progresso dessas análises.

  1.     Tenha uma estratégia

Bom, com todos esses “passos” já podemos pensar em uma estratégia. E isso é essencial. Tenha metas a partir desses dados, com orçamentos, ferramentas definidas, quais equipes serão as responsáveis por aplicar a estratégia.

  1.     Garanta a integração de dados

Os dados de uma empresa são importantes para todos os setores e uma estratégia que parta do ponto da gestão de dados, só dará certo quando esse fluxo obedecer uma cadência em que todos estejam integrados. Não há como, por exemplo, um setor comercial agir sozinho sem que os dados do marketing possam fomentá-los de informações — e já bem trabalhadas.  É claro que cada setor ainda pode gerar seu próprio dado e informação e por isso, eles precisam ser integrados à análise juntos, sempre respeitando o princípio da contextualização. 

  1.     Acompanhe os resultados

Por fim, temos que acompanhar os resultados gerados por cada estratégia. Os resultados serão novos dados a serem analisados e o combustível de novas estratégias. Além, claro, de saber se as estratégias e a gestão de dados e informações tem funcionado. É importante definir metas e acompanhar os resultados ao longo da estratégia, não apenas no final. Como visto, é necessária muita atenção quando o assunto é dado e informações. Isso requer não só um cuidado especial com a segurança, mas também em como tratar esses dados. Quando se fala em dados e informações, esses ativos, normalmente, são bases alcançadas em campanhas digitais e em um número muito grande. O que se faz necessário é um processo automatizado e muito bem gerido, para que os profissionais e a empresa possam focar em tomadas de decisões estratégicas.


*Christophe Trevisani é fundador e CEO da eNotas. Christophe chegou ao Brasil em 2004, após concluir o ensino médio em Versailles, na França, onde viveu a maior parte de sua vida. No Brasil, cursou Informática Gerencial pelo Cotemig e Desenvolvimento de Sistemas pela UNA.  Iniciou a carreira como engenheiro de software na Cadsoft, onde ficou até 2011, quando passou a se dedicar integralmente ao negócio da eNotas.

Fonte: Seven PR

Realidade virtual: tecnologia “das antigas” e ainda à frente do tempo

Por Rodrigo Mello*

A Realidade Virtual (VR) é uma tecnologia que tem evoluído significativamente nos últimos 40 anos, tornando-se uma das mais promissoras. Curiosamente, sua história remonta ao início do século 20, quando o escritor e inventor francês Antonin Artaud descreveu sua visão de um “teatro total” que envolvesse todos os sentidos do espectador. 

A primeira demonstração pública de VR aconteceu em 1968, quando o pesquisador americano Ivan Sutherland desenvolveu um protótipo chamado “A Espada de Damocles”, que consistia em uma tela de visualização pendurada na frente dos olhos do usuário, que podia ver uma imagem em 3D de um cubo, controlada por um computador. Apesar de rudimentar, o modelo foi considerado uma das primeiras demonstrações do potencial da tecnologia.

No entanto, a verdadeira revolução na VR veio no fim dos anos 90 e início dos anos 2000, com o lançamento do dispositivo Oculus Rift, desenvolvido pelo estudante de ensino médio Palmer Luckey. O Oculus Rift era um Head-Mounted Display (HMD) que permitia aos usuários mergulhar em mundos virtuais de forma imersiva, com suporte a rastreamento de movimento e áudio 3D. O dispositivo foi lançado em 2012 e rapidamente se tornou um sucesso entre jogadores e desenvolvedores de aplicativos.

Desde então, a tecnologia tem evoluído rapidamente, com o lançamento de dispositivos como o PlayStation VR, da Sony; o HTC Vive, da HTC; e o Quest, da Meta. Além disso, a VR também tem sido utilizada em várias áreas, como jogos, entretenimento, treinamento, educação e saúde.

Hoje, essa tecnologia tem se mostrado promissora. De acordo com o relatório Global virtual reality market outlook 2016-2022, publicado pela Research and Markets, o mercado global de VR deve atingir US$ 45 bilhões este ano, com um CAGR (taxa composta de crescimento anual) de mais de 57% entre 2016 e 2023. A participação do Facebook Meta no mercado global de realidade virtual é significativa, e a empresa é esperada para liderar o mercado com uma participação de mercado de cerca de 20%. Além disso, o mercado de VR no Brasil também está crescendo, com a previsão de atingir R$ 1,2 bilhão, também este ano, segundo dados da consultoria IDC.

É importante notar, no entanto, que ainda há desafios a serem superados no campo da VR. Uma das principais preocupações é a falta de conteúdo de qualidade e acessível, que é essencial para atrair e reter usuários. Além disso, há questões técnicas a serem resolvidas, como o problema de náusea causado por alguns equipamentos (em especial os de baixo custo) pela discordância entre o movimento percebido e o movimento real.

Apesar desses desafios, as perspectivas para o futuro da VR são animadoras. Com o avanço da tecnologia, é esperado que os dispositivos sejam cada vez mais acessíveis e fáceis de usar, o que deve aumentar a adoção da VR em diferentes setores. Além disso, a incorporação de tecnologias como inteligência artificial e 5G deve permitir uma maior interação e imersão nos mundos virtuais.

Outra tendência importante é a crescente popularidade da Realidade Aumentada (AR), que permite superpor conteúdo virtual sobre o mundo real. A combinação de VR e AR, conhecida como mista ou XR (Realidade Extensa), tem o potencial de revolucionar a forma como as pessoas interagem com o mundo e com as informações.

A entrada de grandes players na realidade virtual tem sido um indicador importante do crescimento e potencial dessa área. Empresas como Meta, Google e Microsoft têm investido significativamente em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias de realidade virtual e ampliado sua presença de mercado. Isso tem ajudado a aumentar a conscientização e a adoção da tecnologia, bem como a competição; e, consequentemente, a acelerar o ritmo de inovação.

Em 2023 é esperado que a Apple entre também nesse mercado com o lançamento de seus próprios devices. Ela tem um histórico de criar ecossistemas de aplicativos e conteúdos para seus dispositivos, o que pode ajudar a impulsionar o crescimento desse mercado, além de contribuir com algum impacto disruptivo e certamente com a popularização da tecnologia.

A realidade virtual tem evoluído significativamente nos últimos 40 anos, passando de simples jogos e experimentos científicos para uma tecnologia com aplicações em diversos setores, como saúde, educação, entretenimento e treinamento. Além disso, ela tem se mostrado uma tecnologia econômica promissora, com previsão de crescimento significativo nos próximos anos. No entanto, ainda há desafios a serem superados para que a VR atinja seu potencial máximo.

Para aqueles que ainda não estão prestando atenção na tecnologia de realidade virtual, é importante lembrar que ela tem o potencial de mudar a forma como as pessoas trabalham, como se divertem e como se relacionam com o mundo. É uma tecnologia que não pode ser ignorada, e que deve ser acompanhada de perto para entender suas implicações e oportunidades. Não estar preparado pode resultar em desvantagem competitiva e perda de oportunidades valiosas.

A realidade virtual já nos levou para o futuro, e, se você não estiver preparado, pode ficar para trás. Então, o que você está esperando para se tornar um profissional nessa área?

*Rodrigo Mello é CEO da Corinfo e associado da Assespro-PR ACATE

Fonte: Engenharia da Comunicação

Além das reuniões: Como as soluções de videoconferência impactam o futuro do trabalho

Por Vera Thomaz*

Se durante a pandemia as telas foram protagonistas nos ambientes de trabalho, é certo que mesmo com o retorno ao presencial, as soluções de videoconferência e colaboração continuarão liderando transformações na sociedade. Seja no escritório ou no atendimento ao público, a oferta de equipamentos de videoconferência touchscreen e all-in-one ultrapassaram o uso restrito às reuniões online e já se consolidam como uma alternativa efetiva e econômica para diversos cenários.

Para quem ainda não está familiarizado com as soluções, basta imaginar que com apenas um toque é possível realizar uma videoconferência ou uma ligação, sem a necessidade de webcams, monitores extras, alto-falantes ou telefones de mesa, e ainda utilizar a tela como um quadro em branco para realizar anotações. Simples, não? Em muitos escritórios esta já é a realidade. Contudo, a tendência é que estes equipamentos saiam da sala de reunião e adentrem no varejo, no setor de saúde, estacionamentos, e onde mais a conectividade seja um diferencial.

Imagine encontrar uma promoção de vinhos no supermercado, mas não saber qual o melhor rótulo levar para a casa. Com uma pequena tela na prateleira é possível se conectar com um sommelier à distância e tirar dúvidas. Outro exemplo, gostaria de ouvir um especialista antes de comprar um novo smartphone? Conecte-se com um vendedor especializado que ainda pode exibir vídeos durante o atendimento em tempo real. Já em hospitais, a solução pode ser utilizada na hora da triagem ou no acompanhamento de exames em tempo real pela equipe médica.

No entanto, até mesmo dentro dos escritórios, soluções de videoconferência e colaboração – como a DTEN, marca de nosso portfólio vem apresentando – também podem ir além das reuniões. Na nova dinâmica de trabalho híbrido, as telas touchscreen podem ser utilizadas pelos colaboradores para fazer um check-in e visualizar quais as estações de trabalho estão disponíveis, ou até mesmo para ter acesso às vagas do estacionamento que estão liberadas e até que horas ficarão livres. A mesma dinâmica serve para outras reservas – de armários na academia à churrasqueiras em clubes.

O que está no horizonte é que a modernização de qualquer ambiente passa pelas telas, mas isso não significa um desafio para conectar milhares de dispositivos, fios e plataformas: com apenas uma solução inteligente é possível dar conta de uma profusão de cenários. O usuário cada vez mais digitalizado impõe novas necessidades, mas a tecnologia nos brinda com caminhos mais efetivos e simplificados. O futuro será conectado, mas também será plug-and-play.

*Vera Thomaz é Head of Sales da Unentel Distribuição

Fonte: Tropico Comunicação

Gestores de TI devem se preparar para tecnologias emergentes

Por André Martins*

É evidente que a IoT bate na porta dos gestores de TI há algum tempo, mas de maneira desordenada e sem integração. Atualmente,  temos uma oferta bem abundante de redes preparadas para essa tecnologia. Essas redes existentes permitem a implementação de grandes e relevantes projetos de IoT, que essencialmente caracteriza-se por um conjunto de tecnologias (hardware, software, network, cloud, machine learning e inteligência artificial, por exemplo). 

Com isso, as empresas já conseguem dar o primeiro e maior passo rumo à transformação digital, reduzindo seus custos operacionais, otimizando seus estoques, aumentando sua margem e, principalmente, garantindo mais segurança aos seus colaboradores. Essas soluções tecnológicas auxiliam as empresas a se destacar no mercado e garantir o sucesso nos seus negócios. 

A melhor maneira dos gestores de TI se prepararem para essa avalanche de soluções de IoT que estão chegando por aí é se capacitar nas novas tecnologias e inserir um requisito fundamental às suas solicitações: integrabilidade. Possuir um corpo técnico capaz de gerenciar seus prestadores de serviços na correta verificação do mapeamento do processo produtivo e seu planejamento de conversão manual/analógico para automatizado/digital, passando pela arquitetura da solução de IoT (hardware, software e network) e entrega da inteligência (gêmeo digital, machine learning e inteligência artificial), é fundamental para uma boa jornada rumo à transformação digital de sucesso.

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Podemos observar no estudo global “Top Strategic IoT Trends and Technologies Through 2023”, realizado pelo Gartner, que até o próximo ano haverá mais de 43 bilhões de dispositivos conectados à internet. A pesquisa “Transforma Insights” revela que a IoT será o futuro para diversas tecnologias. As conexões globais crescerão de 11,3 bilhões para 29,3 bilhões até o final de 2030, com ênfase para o 5G. 

As novas tecnologias de rede que chegaram ao Brasil em 2022, especialmente o 5G, trazem benefícios específicos que permitem novas funcionalidades ao IoT. A capacidade de transmissão de dados aumenta em torno de 100 vezes comparado com as tecnologias anteriores, possibilitando o envio de informações mais pesadas, como imagens de vídeo de alta resolução e realidade aumentada. 

Além disso, o número de dispositivos por célula 5G aumenta em torno de 1.000 vezes comparado com o 4G, permitindo muito mais dispositivos IoT conectados do que o número atual. A latência do 5G é significativamente menor comparado com o 4G (1ms contra 15ms), possibilitando o uso do IoT em atividades até então impossíveis, como a gestão de carros autônomos, drones online e até telemedicina de cirurgia. Também existem outros “saltos tecnológicos” que ainda nem foram mapeados.

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Sendo assim, o cenário apontado pelas pesquisas já pode ser observado no contexto brasileiro. As tecnologias emergentes alavancadas com o uso de IoT são uma tendência que não pode ser ignorada pelos gestores de TI do Brasil. Se preparar para essa nova realidade é um desafio, que deve ser superado com integrabilidade entre as equipes. A emergência desse cenário destaca a crescente necessidade de corpo técnico especializado na área de tecnologia no país. Sendo assim, investir em times capacitados também é uma necessidade a ser observada pelos gestores de TI. 

*André Martins é líder do Comitê de Redes da Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC)

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Blockchain 101

*Enio Moraes é CIO na Semantix

O mundo está mudando mais rápido do que nunca, mas apenas algumas coisas estão se movendo em ritmo acelerado, enquanto outras ainda são relativamente lentas e propensas ao atrito da manutenção de registros. Embora os avanços tecnológicos tenham possibilitado o armazenamento de grandes quantidades de informações eletronicamente, os métodos antigos permanecem em vigor, porque são adequados para a maioria das pessoas. Mas e se houver uma maneira melhor? É aí que entra o blockchain.

O que é blockchain?

Um blockchain é um livro-razão eletrônico, público e descentralizado, para armazenamento de todas as transações de criptomoedas que foram digitalizadas. O blockchain armazena informações como “blocos”, que são vinculados e criptografados. Isso significa que os dados em um blockchain são públicos e verificáveis – não podem ser alterados ou hackeados sem um enorme esforço, porque as informações não são armazenadas em um só lugar. Como o livro é descentralizado, qualquer pessoa pode acessá-lo pela internet.

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Blockchain no mundo real

A maioria das pessoas conhecerá o blockchain como um sistema de criptomoeda, já que o Bitcoin é a criptomoeda mais conhecida. Mas existem muitas outras indústrias em que o blockchain desempenha um papel importante.

  1. Finanças

Este é o aplicativo mais proeminente do blockchain. Os bancos se interessam pela ferramenta, porque ela fornece uma maneira segura de transferir dinheiro, sem a necessidade de um intermediário.

  1. Saúde

O uso de blockchain na saúde tem sido um tema quente. Essa tecnologia é vista como a próxima grande novidade no setor, pois pretende revolucionar a segurança de dados dos pacientes. Informações essenciais, alergias e medicamentos podem ser armazenadas e rastreadas pelo blockchain, especialmente em relação a dados confidenciais, como amostras de DNA.

  1. Cadeia de Suprimentos

Empresas que fabricam bens podem usar blockchain para rastrear os materiais usados para criar seus produtos. Dessa forma, é possível acompanhar a movimentação das mercadorias, garantindo que elas sejam entregues apenas no destino pretendido.

  1. Aeroespacial

O blockchain também pode ser usado para rastrear a condição e a manutenção dos aviões, por meio do monitoramento da cadeia de suprimentos das peças da aeronave, garantindo que todas as peças estejam onde deveriam estar e que cada uma seja autêntica e segura para uso. Ele também registra dados sobre as peças para que os engenheiros possam usá-las para qualquer finalidade.

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Quais são as vantagens do Blockchain?

  1. Velocidade e Precisão

Uma pesquisa do Fórum Econômico Mundial mostrou que os executivos listam a velocidade como a principal vantagem do blockchain, seguida por redução de custos, conformidade regulatória e risco reduzido. A velocidade remove as ineficiências de um banco de dados centralizado. Por exemplo, armazenar dados em vários servidores pode levar algum tempo para que essas informações sejam acessadas centralmente. Além disso, é necessário fazer backup de cada servidor e pode haver problemas de segurança adicionais. Com blockchain, cada servidor tem uma cópia do banco de dados, o que significa que os dados podem ser acessados simultaneamente. Isso economiza tempo e dinheiro porque torna todo o processo mais eficiente.

  1. Descentralização e segurança

Quando as pessoas falam sobre blockchain, não estão falando apenas de uma tecnologia. Eles estão falando sobre uma variedade de tecnologias com uma coisa em comum: descentralizada. Blockchain oferece a descentralização como uma vantagem importante porque não depende de autoridades centrais. Isso significa que não há um único local onde os dados são armazenados. As informações são distribuídas por uma rede de servidores, todos vinculados, mas descentralizados. Isso significa que não há pontos únicos de falha. Se um servidor ficar inativo, ainda haverá muitos outros com os mesmos dados. A descentralização é uma vantagem crucial do blockchain porque fornece segurança e privacidade de dados.

  1. Colaboração ponto a ponto

O trabalho colaborativo é uma das maiores tendências, mas o que acontece quando há um banco de dados centralizado? O banco de dados controla quem tem acesso a quê. Pode ser difícil fazer isso se você estiver tentando trabalhar com funcionários ou contratados que não tenham a mesma chave, ou se precisar compartilhar informações proprietárias com terceiros. Com blockchain, todas as partes podem acessar as mesmas informações em tempo real sem passar por um banco de dados centralizado. Isso significa que os colaboradores podem ter certeza de que os dados são precisos e acessíveis apenas para aqueles que devem ter acesso a eles.

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  1. Estabilidade da Rede

Mesmo que seu banco de dados blockchain seja seguro e tenha baixa latência, se a rede à qual está vinculado for instável, não valerá muito. Esta é uma das questões mais urgentes que as empresas enfrentam hoje. Muitas redes diferentes com protocolos diferentes não falam entre si. Isso pode criar instabilidade em seus sistemas internos e nas redes de terceiros das quais você depende. Os protocolos blockchain implementados pelas empresas são projetados para serem abertos e interoperáveis, o que significa que eles devem ser usados por uma ampla variedade de redes e sistemas diferentes.

Muitos equívocos sobre blockchain tornam difícil saber o que pensar sobre isso. No entanto, essa tecnologia veio para ficar, e pode transformar a maneira como as empresas operam. Se sua empresa está pensando em adotar o blockchain, você precisa encontrar um parceiro confiável que possa ajudá-lo a implementar o blockchain com sucesso.

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O papel dos gestores frente ao fenômeno do Quiet Quitting

Termo vem sendo adotado pelo mercado quando um profissional está desmotivado e decide entregar apenas o “básico” para poder manter o emprego

quiet quitting está se tornando uma expressão popular no mercado de trabalho. Em uma tradução livre para o português, o termo significa “desistência silenciosa” e essa tendência tem apresentado cada vez mais força entre os profissionais.

Apesar do nome sugestivo, isso não significa, efetivamente, dar entrada em um pedido de demissão. Mas sim, mostrar cada vez menos esforço em relação ao próprio trabalho, fazendo apenas o que lhes é solicitado. 

De acordo com Veridiana Barcelos, Líder de Pessoas e Cultura na ablerstartup que tem o propósito de trazer facilidade na gestão dos processos seletivos, a tecnologia ajudou a construir esse movimento. “Alguns conteúdos sobre o assunto estão começando a se popularizar em redes como o Twitter e o TikTok, que ganhou força com o uso de uma hashtag (#quietquitting), além de profissionais se identificando e compartilhando suas experiências. A ideia realmente é mostrar a insatisfação, falta de reconhecimento e remunerações que não são consideradas justas para o trabalho exercido”, relata.

O conceito de quiet quitting vem acompanhado do aumento da síndrome de burnout no ambiente de trabalho. “Isso começou principalmente nos Estados Unidos, onde o número de pessoas que se sentem sobrecarregadas e foram afetadas pela doença durante a pandemia cresceu absurdamente”, pontua a psicóloga.

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Para Veridiana, o crescimento da atuação em home office também foi crucial para esse cenário, fazendo com que a linha entre vida pessoal e profissional fosse reduzida ainda mais. “O quiet quitting ganhou força por ser uma forma dos profissionais dizerem que as coisas não estão bem, que falta propósito, equilíbrio e, até mesmo, condições humanizadas e dignas para se trabalhar. As empresas precisam estar atentas a esses movimentos e repensar se realmente estão oferecendo algo além de um salário e um pacote de benefícios. É importante motivar esses colaboradores a trabalharem diariamente e fazerem, efetivamente, mais do que o mínimo solicitado. Ao invés de se amedrontar, os gestores devem perceber isso como uma oportunidade de rever ações, cultura e a forma como é conduzida a tratativa com a equipe”, declara.

Quando um profissional não está feliz e chega ao ponto de criticar a empresa nas redes sociais, é um claro sinal de que a organização não fez sua parte para que ele tivesse uma boa experiência. “Quando isso acontece, o primeiro passo é analisar se aquelas reclamações realmente fazem algum sentido e, se sim, é necessário corrigir esses pontos o quanto antes. Isso irá evitar que outros talentos deixem a companhia no futuro e garante uma evolução na comunicação daqueles que permanecem na empresa”, pontua a gestora.

A abertura e liberdade para o diálogo é fundamental para evitar esse tipo de situação. “Se os colaboradores sentem que têm espaço para falar com as lideranças e apontar deficiências no tratamento, na distribuição de atividades ou, até mesmo, em relação à remuneração, pode-se evitar que esse movimento se enraíze na organização. Com essas informações em mãos, é possível analisar as mudanças que devem ser implementadas para uma melhor experiência dos profissionais naquele ambiente corporativo. Agir de forma preventiva também é uma possibilidade, com a realização de pesquisas de clima para identificar esse tipo de insatisfação”, finaliza a Líder de Pessoas e Cultura.

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Sobre Veridiana Barcelos

Psicóloga, com pós em Gestão de Pessoas, que ama trabalhar com pessoas, e entende que cada ser humano é único e alinhar seus interesses pessoais e profissionais dentro das organizações é um desafio constante. Ao longo de sua trajetória de 15 anos na área de Pessoas, já atuou em Consultorias de R & S, Indústria de Alimentos, grupos de Educação Superior, grandes nomes do varejo e nos últimos 3 anos descobriu o mundo das startups no qual se identificou. Seu foco sempre foi atrair e reter talentos, identificar em que áreas e atividades os profissionais podem se destacar com brilho nos olhos e desenvolver suas competências. Há 1 ano e meio na abler, atua como Líder do time de Pessoas & Cultura.

Sobre a abler 

Por quase dez anos, os fundadores atuaram no setor de recursos humanos. Essa bagagem trouxe experiências, vivências e principalmente, um olhar tecnológico sobre as dores do setor. No ano de 2016, a inconformidade com as necessidades da área de RH os impulsionou a iniciar a criação da abler, desenhando um software de recrutamento e seleção olhando para as maiores dores da área. Nestes quatro anos, a abler já conquistou mais de 300 clientes por todo o Brasil e mais de 55 mil vagas já foram fechadas através da plataforma, conquistando um tempo médio de 15 dias para o fechamento de vagas. Hoje, o software disponibiliza um banco de talentos mais completo, sendo mais de 4 milhões de profissionais cadastrados. Para mais informações, acesse https://abler.com.br/

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Trabalho híbrido: por que flexibilizar pode reconectar

*Por Priscila Pellegrine

A pandemia provocou uma revolução nas relações de trabalho. O modelo remoto, estabelecido para conter o avanço da transmissão do coronavírus, vem sendo substituído pelo trabalho híbrido por muitas empresas, na tentativa de resgatar as atividades presenciais, uma vez que a vacinação já avançou bastante no país. Nesse desafio de vermos os escritórios vazios e sem a energia que as pessoas trazem, o que ficou claro para a área de Recursos Humanos é que essa nova forma de trabalhar pode trazer benefícios para todos.

Uma empresa é por essência uma comunidade e como tal abre espaço para as relações humanas. O ambiente de trabalho é um local de troca, conhecimento e conexão, onde os aprendizados se tornam mais enriquecedores à medida que o processo colaborativo contribui para o desenvolvimento profissional e pessoal. Por outro lado, a pandemia fez com que todos descobrissem o valor de um bem muito precioso: o nosso tempo (quando empregado com qualidade…).

O estudo “Great Expectations: Making Hybrid Work Work”, da Microsoft, revelou que mais da metade dos profissionais (53%) está mais propensa a priorizar sua saúde e bem-estar sobre o trabalho do que antes da pandemia. O levantamento aponta, ainda, outros aspectos considerados “muito importantes” para os colaboradores, como a cultura positiva (46%), benefícios de bem-estar e saúde mental (42%), senso de propósito (40%) e flexibilidade no horário de trabalho (38%).

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E é exatamente essa flexibilidade que se pretende manter com o estabelecimento do modelo híbrido, com alguns dias de trabalho presencial e outros em home office, com a liberdade para chegar mais tarde ao escritório, sempre que preciso (dentro de uma margem de horas pré-estabelecidas) e para sair mais cedo todas às sextas-feiras, escapando dos engarrafamentos.

Ainda que a tecnologia tenha ajudado a manter as pessoas conectadas durante a pandemia, existe uma “falsa” sensação de maior produtividade quando trabalhamos em casa.  Analisando a fundo percebemos que situações simples, que poderiam ser resolvidas numa virada de cadeira, numa conversa rápida no corredor ou durante o cafezinho, se transforma num link de mais uma reunião dentre as tantas que acontecem sequencialmente em um tradicional dia de trabalho remoto.

Após dois anos, o tempo de reunião semanal para o usuário médio do Teams aumentou 252%, e os bate-papos enviados por pessoa a cada semana cresceram 32% – e ainda estão subindo. Esse excesso de links, mensagens e multicanais para o trabalho, quando a gente já retornou a um cenário de normalidade, é prejudicial às relações, ao que se entende por produtividade e ao bom funcionamento das relações humanas nessa “comunidade” que é uma empresa.

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Um dos pontos importantes do trabalho híbrido é que as equipes e os profissionais precisam ter bastante domínio sobre suas atividades, capacidade de autogestão e autonomia. Por isso, é necessário um conjunto de ações favoráveis a essa evolução do modelo de trabalho, com políticas claras e objetivas, treinamentos, quando necessário, e práticas que sustentem a real flexibilidade no mundo corporativo.

Pouco tempo após voltarmos ao trabalho presencial, no modelo híbrido, vários foram os feedbacks de colaboradores admitindo que gostavam mais de vir ao escritório do que podiam se lembrar, mas também vários deles ainda estavam com as rotinas muito acomodadas ao modelo remoto, e resistiram a entender a importância do retorno à cultura organizacional. Portanto, o modelo híbrido vem para atender o melhor desses dois mundos e mostrar que sim, é possível vivenciar as duas realidades.

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Um dos objetivos do modelo híbrido é tirar as pessoas da inércia provocada pelo isolamento do trabalho remoto, que gera solidão e desconexão com as práticas e rituais corporativos. O senso de pertencimento faz parte da experiência humana e estar no ambiente de trabalho é uma das formas de valorizar essa experiência e de sentir valorizado também. Afinal, mesmo os colaboradores com mais tempo de casa enfrentaram, ainda que em algum momento pontual, um descolamento do senso de pertencimento por estarem fisicamente distantes dos colegas de trabalho após meses de formato remoto.

Se a autonomia e a flexibilidade são as principais vantagens para os colaboradores, no modelo de trabalho híbrido as empresas experimentam a redução de custos operacionais, menores taxas de absenteísmo e otimização das atividades. Muitas companhias estão apostando nesse formato como futuro do trabalho, mas vale lembrar que ele requer planejamento, processos e ferramentas adequadas para que todos possam tirar o melhor proveito dos dois mundos: o presencial e o remoto.

*Priscila Pellegrine é diretora de Recursos Humanos e Comunicação da Farmacêutica Zambon. Formada em Administração de Empresas pela Universidade Mackenzie, é especializada em psicologia organizacional.