Opinião

Mercado de Seguros: Como a tecnologia vem mudando a relação entre consumidores e proteção de seus bens

*Por Felipe Barranco

Que a tecnologia é responsável por grandes mudanças no mundo, não é mais novidade. Seus benefícios ficaram ainda mais em evidência durante a pandemia com as soluções que permitiram milhares de pessoas ficarem dentro de casa, seguras, e ainda assim, seguir estudando, trabalhando e se conectando com familiares e amigos. Além disso, as inovações tecnológicas são capazes de transformar também serviços tradicionais, facilitando a vida da população e, consequentemente, ajudando no crescimento de diversos negócios. 

Um exemplo claro que temos foi o “boom” das fintechs, que em menos de uma década, mudou o mercado financeiro quase que completamente. Graças a elas temos hoje taxas mais baixas, inclusão de desbancarizados, serviços mais rápidos e acessíveis e a possibilidade de abrir uma conta ou adquirir um cartão de crédito em apenas alguns cliques. É fato que a digitalização e democratização aos serviços tradicionais geram muito mais crescimento às empresas e giram a economia com menos sofrimento. Por isso, além do segmento financeiro, outros tantos começaram a repensar seus produtos e futuro dos seus serviços – e um deles foi o mercado de seguros.

As insurtechs vêm ganhando cada vez mais espaço, tornando o setor segurador mais disruptivo. Uma vez que há uma mudança de comportamento entre os consumidores, que buscam por serviços digitais, mais baratos, flexíveis, simples e rápidos, as empresas, principalmente as mais tradicionais, precisam acompanhar essa transformação se quiserem manter seus negócios vivos. 

Observando este cenário, em outubro de 2020, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) deu um passo importante para uma renovação dos serviços de seguros pessoais. O órgão anunciou o projeto “Sandbox Regulatório”, criado para incentivar a pesquisa e teste, dentro de um ambiente controlado, no setor de seguros, com algumas empresas selecionadas. Em três anos, a Susep pretende, assim como o segmento bancário tradicional, revolucionar a atuação das seguradoras e trazer mais benefícios ao consumidor. 

Mas, como isso vai acontecer? A resposta é simples: enxergando o seguro como um aliado ao dia a dia da população. Não é novidade para ninguém que o ato de comprar um seguro ainda é muito pouco cogitado e até mal visto por muitos brasileiros, ao contrário de outros países. Faz parte de nossa cultura achar que um seguro é um mal necessário e só lembramos dele quando precisamos. É preciso desmistificar este conceito e entender que ele, na realidade, o seguro é uma forma de prevenção, qualidade de vida e que , consequentemente, gera mais economia do bolso dos brasileiros. 

Com o apoio da Susep, as seguradoras digitais, assim como os bancos digitais, estão tendo autonomia em suas atuações para mudar suas formas de distribuição de um produto. Agora, o processo é muito mais simples, tal como abrir uma conta bancária ou, até mesmo, contratar um serviço de streaming por assinatura. Desta forma, o seguro deixa de ser um “complemento” de uma outra compra e traz mais identificação com as reais necessidades da população, reforçando ser um aliado ao bem-estar das pessoas e, também, das empresas. Afinal, quem não prioriza o cuidado com quem ou o que se gosta? 

Com um modelo baseado na inovação e uso de tecnologia, as insurtechs estão colocando a população como parte primordial nesse processo de mudança, possibilitando soluções baratas e que fazem mais sentido à rotina de cada um e com mais transparência na relação entre empresa e consumidor. Hoje, já é possível, por exemplo, adquirir em apenas uma apólice uma personalização que inclui proteção aos móveis, eletrodomésticos e eletroeletrônicos e, até mesmo, configuração de computadores ou proteção ao seu pet. Além disso, as contratações passam a ser menos burocráticas, com processos ágeis de compra e cancelamento de serviços. Em poucos cliques já é possível contar com os inúmeros benefícios que um seguro e assistência trazem em nosso dia a dia.  

A ideia dessa mudança de comportamento no mercado de seguros é justamente criar um novo horizonte para que mais pessoas possam contemplar, de maneira justa e segura, os serviços de proteção. Depois de um período atípico que a pandemia trouxe, é mais do que uma mudança de negócios, mas uma preocupação com um impacto positivo na vida de todos.

*Felipe Barranco é CEO e cofundador da Flix, seguradora digital com foco na venda de seguros e assistências residenciais. 

Fonte: VCRP Comunicação

Newly, o seu portal de tecnologia

Crise fez organizações perceberem que nossa TI não é cara e agrega valor ao negócio

Por Omar Tabach*

Em tempos pré-pandemia, CIOs eram confrontados com um questionamento sutil e incômodo: “que valor a Tecnologia da Informação agrega ao negócio?”. Uma realidade decepcionante para os gestores de TI, principalmente por perceberem que isso vinha justamente dos líderes das áreas de negócios. Era como se a TI fosse o goleiro, que só era lembrado quando o erro acontecia.

São ilações que perseguem e atormentam profissionais há décadas. E muitos não conseguiam respondê-las como gostariam. Mas, após sermos surpreendidos por um “novo normal” forçado pelo covid-19, passamos a ver muitas organizações desbravando territórios antes menosprezados para adotarem estratégias mais eficientes que viabilizassem seus serviços e garantissem a continuidade dos negócios. Sem dúvidas, a TI ganhou maior relevância.

A história vem nos ensinando que uma crise — como a que vivemos no último ano — sempre traz consigo uma nova era de novos pensamentos e a necessidade de quebrar paradigmas. Algo que vem acontecendo com a tecnologia. A necessidade deu às empresas uma oportunidade de voltarem a ver a TI como um investimento e não um custo.

Talvez, neste caso, o que pode ajudar as empresas nesse processo é o acesso à informação. Acesso a dados que lhes mostrem o quanto realmente custa a TI e o que ela agrega ao negócio. Acredite, comparado à média mundial, gastamos menos com TI, segundo aponta um estudo recente da TGT Consult.

No entanto, fazendo uma revisita a um trabalho anterior, os números reforçaram que existe um padrão. De acordo com o levantamento de 2021, a média dos gastos anuais de grandes empresas (de diversos setores) com TI no Brasil é de 2,7% da receita, enquanto os gastos globais ficam em 3,7%.

No que se refere à eficiência, o custo anual de TI por usuário no Brasil fica em pouco mais de R$ 35 mil, enquanto o anual ultrapassa os R$ 98 mil (claro que o efeito do câmbio incrementou esta diferença, mas não é só o câmbio). Pois, então, agora lhe pergunto: você ainda acredita que nossa TI é cara? Posso responder a essa questão com detalhes e comprovações numéricas. Claro que temos de olhar com uma ótica de mercado brasileiro com nossa realidade e limitações. Já fizemos isso em muitas empresas.

Pelo lado do usuário, para obter as respostas de que o cliente precisa e mostrar o quanto isso agrega de valor ao negócio, é fundamental termos uma base de dados para comparação, ou seja, um benchmarking com outras companhias com características comparáveis.

A maioria dos números a serem usados na resposta está disponível na empresa, mas a outra parte pode exigir boa dose de trabalho para sua obtenção, porque estão no mercado e em outras empresas do mesmo setor ou do mesmo porte. Como exemplo, podemos citar o caso de um cliente, no qual fizemos uma análise comparativa desses números, algo que trouxe o primeiro alívio para as angústias do time de tecnologia: a constatação de que os gastos com TI da empresa não estavam fora da média. Ou se estavam, era num grau inexpressivo, insuficiente para qualquer alegação de ineficiência ou desperdício.

Mas estando na média — ou seja, gastando proporcionalmente a mesma coisa que outras empresas, tanto para desenvolvimento quanto para manutenção — por que o resultado do investimento não era reconhecido como valor agregado ao negócio? Isso exigiu uma análise ainda mais cuidadosa das informações e entrevistas com os usuários finais, o que levou a duas conclusões importantes:

1) que a área de TI simplesmente aceitava quase qualquer solicitação. Qualquer demanda, independente da relevância, era atendida. Pessoas ou departamentos podiam fazer solicitações da mais variada importância, mobilizando recursos preciosos. Todas as demandas poderiam parecer importantes e absolutamente necessárias para quem as pedia. Mas, de fato, nem sempre traziam resultados significativos para o negócio.

2) o “time to market” dos projetos era longo demais. Mal comparando, era como encomendar pizzas perfeitas, mas que só chegavam depois que todo mundo já havia perdido a fome.

A solução desses problemas e dos muitos que estavam derivando desses dois surgiu com duas iniciativas.

Primeiro, o processo de gestão de demandas foi estruturado e ganhou etapas de qualificação, de responsabilidade da própria área usuária solicitante, com maior envolvimento de decisores desde a concepção da ideia até que ela chegasse à “fila de produção”. Claro que demandas diferentes foram tratadas por processos diferentes. Separou-se as emergenciais, as estratégicas, as de compliance e as desejáveis antes de entrarem no funil de inovação. Foi conseguida, assim, prioridade para todas as demandas que de fato tivessem impacto positivo para o negócio, ou seja, crescimento, produtividade ou compliance.

A segunda mudança veio através de uma certa transformação na cultura de TI da empresa: foi a implantação do modelo de Lean IT e de técnicas de desenvolvimento ágil e acelerando o “time to market” tanto da área de suporte das aplicações quanto da área de projetos (a empresa já dispunha de uma área de produtos digitais que ganhou relevância e vem ampliando seu espectro de atuação constantemente, mas isto é assunto para outro artigo).

A adoção da filosofia Lean — com melhoria contínua dos processos e da disciplina da gestão através de reuniões diárias, gestão visual, gestão de fluxo e a aproximação com os usuários finais — melhorou a capacidade e velocidade de entrega, com aumento de produtividade da equipe, redução de erros e melhoria da relação com os usuários.

Trata-se de uma jornada de transformação, mas após seis meses do início da implantação, o departamento de TI da empresa vai bem melhor, obrigado, tem um relacionamento muito mais próximo com os usuários e passou a ser visto como protagonista. Em poucas palavras, deixou de ser visto como freio e atualmente é visto como acelerador.

*Omar Tabach é sócio-diretor da TGT Consult

Fonte: Mondoni Press

Quais são os maiores desafios da cibersegurança?

Por Bruno Cedaro*

Os ataques cibernéticos a empresas brasileiras cresceram 220% no primeiro semestre de 2021, em comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo dados divulgados pelo grupo Mz. Somos o quinto país mais afetado por esses crimes, o que faz com que a preocupação em garantir a segurança dos dados esteja mais forte do que nunca. Mesmo diante de tamanha necessidade, muitas empresas ainda falham nessa missão, não dando a devida atenção e investimento necessário.

Apesar da vigência da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e o anúncio da aplicação de multas para aquelas que não cumprirem com as regras, cerca de 84% das organizações ainda não se adequaram às normas exigidas pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), de acordo com um estudo feito pela CodeBy. Neste cenário, a impunidade pode ser a grande influenciadora.

Leia também:

+ Cyber Security Summit Brasil vai reunir especialistas, governo e representantes de agências internacionais

Ainda não temos um consenso sobre a forma como a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), autoridade responsável pela verificação, irá aplicar tal fiscalização – o que faz com que muitas empresas ainda não se preocupem com possíveis multas. Até que o primeiro caso venha à tona, o modelo de gestão no país será passivo, dependente de uma atitude mais rígida perante o órgão para uma mudança efetiva.

A maior dificuldade em promover a cibersegurança está, sem dúvidas, na conscientização dos empresários perante sua importância. Muitas equipes não estão treinadas e informadas sobre os processos a serem cumpridos, disponibilizando, por exemplo, canais para cadastramento de dados e informações pessoais sem que estejam criptografados para garantir a segurança dos clientes.

Para piorar, a falta de um departamento exclusivo à essa tarefa, junto com a inexistência de políticas de acesso adequadas, como guias para a adequação à Lei, são descuidos que prejudicam ainda mais a proteção dos dados. Diante de tantos crimes cibernéticos – especialmente o sequestro e roubo de dados, para venda no mercado paralelo ou para que seja feito algo contra a base de informação – já está mais do que na hora de adotar práticas conjuntas visando a cibersegurança das empresas.

Ao contrário do que muitos imaginam, não existe uma ferramenta ideal ou única para essa tarefa. Na verdade, o preparo tecnológico representa apenas uma parte do todo, para garantir a segurança dos dados. Muito além do que dispor de firewalls de boa qualidade, antivírus, ou um DLP (Data Loss Prevention) atualizado, é imprescindível criar uma área dedicada à essa missão.

Leia também:

+ “Estamos vivendo uma pandemia cibernética”, alerta analista da TGT Consult

Busque também consultorias externas para contribuir com esse processo. Elas trarão um olhar de fora sobre como a organização está tratando seus dados e, o que deve ser aperfeiçoado – tanto em sua política interna quanto nos investimentos tecnológicos necessários. Em uma terceira ponta, um escritório de advocacia especializado na LGPD se torna fundamental para informar sobre os possíveis riscos e como enquadrá-la ao seu negócio.

Todas essas ações, quando desempenhadas por profissionais qualificados e preparados, proporcionarão a adequação necessária. Por isso, não deixe de investir em treinamentos e capacitações constantes, para que as equipes estejam prontas para lidar com as demandas. A atualização contínua sobre as melhores práticas do mercado, aliadas à conscientização dos colaboradores, com certeza contribuirão para que seu negócio consiga proteger seus dados e, evitar ao máximo, ataques que possam danificá-lo.

*Bruno Cedaro é COO Digital e CBDO da Pontaltech, empresa especializada em soluções integradas de voz, SMS, e-mail, chatbots e RCS.

Fonte: InformaMidia

Newly, o seu portal de tecnologia

everton-arantes-prime-control

Robotização: mudanças no mercado e oportunidades de negócios

*Por Everton Arantes

Há mais de um século que o futuro da robotização e a relação das máquinas com os seres humanos são tópicos de discussão e especulação. Há pouco tempo, um estudo internacional realizado pela empresa de consultoria empresarial McKinsey Global indicou que as máquinas fundamentadas em Inteligência Artificial (AI) estão progressivamente substituindo funcionários humanos. Segundo o levantamento, até 2030, 800 milhões de pessoas perderão o emprego para os robôs. Mas será que essas previsões estão corretas? Talvez as mudanças geradas pela robotização impulsionem outras transformações no mercado e gerem novas oportunidades de negócios. O foco precisa mudar e acompanhar a transformação digital. 

Para adentrarmos no assunto, é preciso ressaltar que, ao contrário do que as pessoas acreditam, quando falamos em robotização não estamos falando apenas de robôs. Trata-se da automação de processos, de hiperautomação, que de acordo com o Gartner, é uma abordagem que viabiliza às empresas identificar, analisar e automatizar o máximo de processos possíveis fazendo uso não apenas do Robotic Process Automation (RPA) e da Inteligência Artificial (AI), como também das Plataformas de Aplicativos de Low Code (LCAP) e dos assistentes virtuais.

Acredito que o futuro da robotização é uma revolução nos escritórios e nas tarefas manuais que são executadas nas funções administrativas e gerenciais e que não estão ligadas diretamente ao chão de fábrica, à indústria, ou à produção.  

Um estudo global da PwC apontou que mais de 40% das atividades profissionais realizadas por humanos poderiam ser automatizadas. Ao meu ver, o destino é que, de fato, todos esses encargos sejam automatizados.

Embora muitos especialistas acreditem que o mercado de RPA será reduzido nos próximos anos porque os mega vendors e os ERPs serão capazes de resolver todos os gaps existentes nos processos das empresas, o mais provável é que o setor expanda-se, pois quando junta-se o custo de licença, de execução, criação e infraestrutura, os gastos com os atuais líderes do mercado tornam-se extremamente altos e inviáveis para pequenas e médias organizações, que precisam de automação e dispõem de capacidade de investimento menor do que as grandes companhias. 

Leia Também:

+ Cinco passos para o treinamento de equipes para a automação

+ Como a RPA transforma a perspectiva estratégica das empresas

Ademais, existem muitos problemas regionais que as empresas multinacionais não conseguem atender e que podem ser resolvidos com o RPA e com a hiperautomação, que além de viabilizar uma perspectiva holística por possibilitar a visão de ponta a ponta dos processos, sempre será uma solução mais rápida, que entrega um ROI melhor e um prazo menor. 

Outro ponto que fortifica a minha visão sobre a futura exploração com soluções de automação de baixo custo no segmento de empresas de micro, pequeno e médio porte, é que em um cenário no qual ser digital é entregar para o cliente a experiência que ele deseja no tempo que ele tenciona, o Gartner aponta que apenas 2% do middle market tem iniciativas de automação de processos. 

Além disso, a robotização, que é alinhada com a necessidade das empresas de crescer rapidamente e entregar uma experiência digital diferenciada, vem para otimizar procedimentos que são muito manuais, integrar soluções e, ao contrário do que se pensa por aí, gerar novas oportunidades de trabalho. 

Na contramão da crença popular, as máquinas vão ser fomentadoras de mudanças positivas no mercado. Além de liberar profissionais de tarefas repetitivas e burocráticas para exercerem atividades inovadoras, criativas e estratégicas, a robotização também será responsável por trazer pessoas que estavam desempregadas para uma nova oportunidade de ofício.

E, se você está se perguntando como isso é possível, vou te dizer que é simples. Atualmente, existem empresas que treinam pessoas para robotizar processos. Os profissionais deixam de ser indivíduos que efetuam processos manualmente para ser pessoas que constroem as automações. 

Assim, o nosso cenário é: as empresas precisam se transformar, se automatizar e, muito provavelmente, nenhum ERP vai conseguir resolver todos os problemas que as companhias têm. Portanto, o futuro da robotização consiste em empresas que combinarão tecnologias Core, ERP, CRM, plataformas de e-commerce, plataformas de pagamento, WMS, de logística, entre outras, para otimizar processos, aumentar produtividade, entregar experiências digitais que os clientes esperam que aconteçam e dispor de equipes mais motivadas, criativas e focadas em inovação.

*Everton Arantes é fundador e CEO da Prime Control e participa ativamente de projetos de automação, quality assurance, implantação de modelos ágeis e DevSecOps. Na Prime Control, atende grandes contas como Grupo Boticário, Vivo, C&A, Alpargatas, B2W, Yamaha, entre outras.

Newly, o seu portal de tecnologia

Robinson-Klein-ACI

Desenvolvimento low-code – menos códigos e mais negócios

*Por Robinson Klein

Robinson-Klein-ACI
Robinson Klein – CEO da CIGAM

Desenvolver softwares com menor uso de códigos é uma tática que há quase três décadas apoia provedores de TI na entrega de sistemas mais práticos e flexíveis. Apesar do conceito ser empregado há bastante tempo, o termo low-code foi criado em 2014 pela consultoria Forrester Wave, e nos últimos cinco anos a tecnologia ganhou uma considerável fatia de mercado com o surgimento de fornecedores de plataformas para desenvolvimento de aplicações, das mais simples às mais complexas.

O cenário promissor colocou o low-code no radar dos grandes institutos de pesquisa. Antes da pandemia do coronavírus, a consultoria Forrester estimava que a movimentação no setor de plataformas de desenvolvimento de low-code chegaria a US$ 21,2 bilhões em 2022, ante os US$ 1,7 bilhão contabilizados em 2017, com crescimento acima de 40% ao ano. Já as previsões do Gartner apontavam que até 2024 65% dos aplicativos seriam desenvolvidos com pequena ou nenhuma codificação.

O low-code é uma alternativa que gera altos ganhos de produtividade, uma vez que, livres das milhões de linhas de código necessárias para cada aplicação, as áreas de desenvolvimento têm mais tempo para direcionar o foco nas necessidades do usuário.  No setor de ERP, por exemplo, o desafio é oferecer soluções aderentes a enésimos modelos de negócios, que variam de acordo com porte, setor, localização e outros inúmeros fatores, num universo em que cada organização tem particularidades operacionais que precisam ser pensadas para o sucesso na automação de processos gerenciais.

Leia Também:

+ Corrida pelo Low-Code: empresas buscam soluções de baixa programação para adequar as necessidades

+ Microsoft anuncia novos recursos para Power Platform e Dynamics 365

Além disso, no modelo convencional de codificação, acompanhar transformações ou evoluções operacionais significa reescrever o sistema de gestão, tanto para atualizar procedimentos, como no atendimento às novas demandas que surgem cotidianamente. Mas no low-code, ajustes podem ser facilmente agregados a uma solução já existente, permitindo modernização e implantação de recursos, bem como o aumento da escalabilidade, tudo sob medida para atender novas necessidades ou especificidades, sem perdas para a operação.

Outra vantagem das plataformas low-code é facilitar o entendimento das aplicações, dispensando treinamento adicional a cada atualização no sistema. Isso é possível porque a geração de aplicativos e softwares com menos códigos proporciona velocidade e flexibilidade às áreas técnicas na implementação de soluções mais intuitivas, que podem ser acessadas, inclusive, por colaboradores que não sejam especialistas em TI, otimizando a gestão como um todo.

Na prática, com a carga de trabalho de desenvolvimento reduzida, as equipes de TI podem dedicar-se à melhor compreensão do cliente, melhorando a usabilidade e propondo melhorias que apoiem a produtividade, uma vez que, aptos a operar sistemas, colaboradores de diferentes setores, como RH, comercial, projetos e relacionamento com o cliente, por exemplo, participam da gestão de forma mais proativa.

Quem escolhe trabalhar com poucos ou nenhum código de programação (no-code) não precisa se preocupar com atualizações, que ficam sob a responsabilidade do fornecedor da plataforma. Nesse sentido, um parceiro de confiança é diferencial competitivo na oferta de funcionalidades únicas e direcionadas ao desenvolvimento do negócio, especialmente no que tange à segurança de dados. Mas vale ressaltar a plataforma low-code, ou no code, por mais completa e segura que seja, não dispensa a expertise em TI para evitar que um erro de programação leve à exposição de dados ou abra brechas de vulnerabilidade de segurança.

* Robinson Klein é CEO da CIGAM S.A.

FONTE: Capital Informação

 

Newly, o seu portal de tecnologia

Tecnologia e recrutamento: O match perfeito?

Por Eber Machado*

O match ficou popularizado nos aplicativos de namoro quando duas pessoas que têm características ou gostos em comum demonstram interesse uma no perfil da outra, e com um “click” se conectam como uma “combinação perfeita”. Apesar de popular nesse contexto, o match não fica restrito somente aos relacionamentos afetivos e, atualmente, também podemos ver essa tecnologia de combinação de perfis sendo muito usada em outras áreas, como a de recrutamento, por exemplo.

Dentro de empresas focadas em recrutamento e seleção, o match nada mais é do que o direcionamento de perfis  para os recrutadores de candidatos que são mais aderentes à vaga. Para isso, é preciso levar em consideração alguns aspectos, como a localidade, habilidades necessárias para atender à função, e assim por diante. Do ponto de vista do candidato, também é necessário garantir que as oportunidades apresentadas para ele estejam de acordo com o seu interesse profissional e que suas capacidades estejam adequadas aos requisitos solicitados pela empresa. Quando temos o candidato adequado para a vaga de interesse consideramos ter encontrado “o match”.

Para que o “match” funcione de forma eficiente, técnicas de Machine Learning são utilizadas, sendo possível analisar todos os dados de candidatos e vagas e gerar recomendações cada vez mais adequadas tanto aos candidatos quanto aos recrutadores. Na Catho, por exemplo, trabalhamos a taxonomia dos dados de forma a padronizar informações importantes para os dois lados, tais como cargo pretendido, para potencializar essa combinação. Também usamos técnicas de processamento de textos para extrair informações relevantes,  fazer o tratamento de sinônimos, permitindo assim normalizar os dados e aplicar com eficiência as técnicas de aprendizado de máquina para classificação e recomendação de perfis e vagas.

Sem dúvidas um dos grandes desafios da contratação sob a perspectiva do recrutador é ter que lidar com o grande volume de pessoas se aplicando para as vagas e entender claramente quais são os candidatos mais aderentes para que possam ser eficazes nas abordagens e reduzir o esforço para a contratação. Neste aspecto, os sistemas de busca e recomendação impactam muito positivamente na eficiência do processo. Na fase de descoberta de candidatos, esses sistemas garantem a seleção dos melhores perfis para aquela posição.

Assim como nos aplicativos de relacionamento em que após o match,  o casal se encontra para comprovar o ‘fit’, no processo de contratação o próximo passo não é muito diferente. Apesar das técnicas de machine learning estarem cada vez mais sofisticadas e presentes em nosso dia a dia, ainda é muito desafiador automatizar por completo o processo de fit de candidatos, sobretudo o conhecimento mútuo que se dá nos processos de entrevistas, onde, pessoalmente, o candidato consegue compreender melhor o desafio e a cultura da empresa, enquanto o recrutador avalia aspectos mais subjetivos do candidato que são mais difíceis de serem analisados de forma automatizada.

É notável que a tecnologia ajudou a automatizar e agilizar processos quando se trata das contratações através do match, entrevistas virtuais, ferramentas de gestão de documentos e assinaturas digitais, mas a humanização ainda continua sendo essencial nesse processo, especialmente em um país desigual onde a tecnologia e a internet de qualidade ainda não são para todos.

Mesmo com a tecnologia em constante evolução sempre existirão desafios para aprimorá-la com novas técnicas a fim de eliminar, cada vez mais, dificuldades e ineficiências dentro do processo de contratação e, consequentemente, proporcionar o match ideal. Contudo, a humanização continua sendo de suma importância e deve andar junto com os processos tecnológicos. Afinal, cada vez mais precisaremos de pessoas com habilidades mais humanas e emocionais, dado que há uma tendência de automação de tudo aquilo que é repetitivo. Afinal, habilidades mais sofisticadas para realizar as tarefas que não podem ser automatizadas acabam se tornando essenciais.

*Eber Machado é CTO da Catho

ciro-arendt-prime-control

Automação: primeira revolução humana e o setor de RH

*Por Ciro Arendt

ciro-arendt-prime-control
Ciro Arendt – Head de Inovação da Prime Control

A revolução digital – a qual gosto de chamar de primeira revolução humana porque retirará as pessoas do trabalho repetitivo e lhes devolverá o direito humano de viver – está baseada em automação de processo, que nos próximos dois anos, ganhará efetivamente espaço no coração das empresas. Corroborando com esta afirmação, a McKinsey & Company divulgou que, até 2025, a automação por software substituirá cerca de 149 milhões de trabalhos full-time.

Por serem habilitados para efetuar tarefas repetitivas de forma mais eficiente, os robôs são capazes de transformar os âmbitos de uma empresa, assegurando a otimização de tempo, de artifícios e o aumento da produtividade. Para a área de Recursos Humanos, a adoção da automação viabiliza que os profissionais do setor deixem de realizar atividades reiterativas e passem a atuar em funções que nutram e desenvolvam os talentos presentes na organização.

Como Head de Inovação da Prime Robot, frente de hiperautomação da Prime Control, conheço robôs que são aptos para acelerar procedimentos de RH descomplicando processos de recrutamento, seleção e entrevista. Além de “varrer” o LinkedIn para selecionar candidatos compatíveis com as vagas disponíveis, há automações que também são capazes de traçar perfis comportamentais e cruzar informações com os ideais das empresas até 300 vezes mais rápido que um recrutador.

Leia Também:

+ Cinco passos para o treinamento de equipes para a automação

+ Como a RPA transforma a perspectiva estratégica das empresas?

Para a próxima década, este tipo de tecnologia mudará drasticamente a forma como profissionais de RH trabalham. Hoje, há um grande contingente de pessoas atuando como hunters, mas no futuro haverá um contingente de business partners, que ajudarão na evolução do time em termos de desenvolvimento humano e organizacional. Isso auxiliará as empresas a reterem talentos ao longo do tempo.

Para finalizar, destaco um ponto para o qual eu também tenho me atentado, que é o fato de a tecnologia artificial acelerar os processos de RH com insights sobre possíveis futuros funcionários, algo que tem sido um grande diferencial, posto que para os próximos anos, os softs skills serão elementos determinantes no sucesso de profissionais e empresas. Neste tópico, já é possível observarmos organizações como Google, Tesla e outras grandes multinacionais contratando não por hard skills, mas por comportamento.

Embora um recente estudo global da PwC tenha apontado que mais de 40% das atividades profissionais realizadas por humanos poderiam ser automatizadas, uma previsão feita pelo Gartner já indicou que, até 2022, o mercado mundial de hiperautomação terá um aumento de mais de 20%, alcançando a marca dos US$ 600 bilhões.

* Ciro Arendt é Head de Inovação da Prime Control

Newly, o seu portal de tecnologia

 

Como a transformação digital se relaciona com o conceito de ESG?

Por Fernando Brolo

Fernando Brolo – Sales Partner na logithink.

Com o passar dos anos, a transformação digital tem tornado-se uma necessidade básica para todas as empresas. Investir em soluções tecnológicas, seja para automatizar processos operacionais ou para aprimorar o desempenho das equipes, é tão crucial que pode definir, até mesmo, o êxito das companhias no atual cenário, marcado pelo alto investimento em inovação com o intuito de aperfeiçoar processos e captar a atenção de um público cada vez mais exigente.

Ainda neste contexto de jornada digital, ganhou proeminência também o conceito de ESG (Meio Ambiente, Social e Governança, em tradução livre), indicador que avalia as empresas de acordo cos seus impactos nesses três eixos da sustentabilidade. As mudanças constantes no perfil do público, bem como da sociedade em geral, vêm pressionando as empresas a adotarem ações inéditas no desenvolvimento de seus serviços e produtos. Com isso, a transformação digital e o ESG assumiram o topo das discussões sobre novos modelos de gestão.

Como transformação digital e ESG se conectam

A jornada digital é uma evolução necessária no mercado corporativo, não há como negar. Afinal, a adoção de ferramentas tecnológicas capazes de aprimorar a execução de processos, melhorar entregas e facilitar a integração entre sistemas e equipes, é crucial para que as empresas se adaptem melhor às rápidas mudanças de cenários e target, além de ajudar na construção de culturas organizacionais voltadas à inovação e com perspectivas mais abrangentes sobre o seu real papel na sociedade.

No entanto, as cobranças recentes têm demonstrado que apenas a adoção de novas tecnologias não é suficiente. É preciso também se preocupar com outras questões como social, de governança e ambiental. Ou seja, essas demandas precisam estar alinhadas e inseridas na jornada digital das companhias, para produzirem resultados efetivos, de fato, satisfazendo, assim, as expectativas dos seus clientes.

A conexão existe porque a transformação digital busca otimizar a execução dos processos e aperfeiçoá-los, enquanto que o ESG visa compreender exatamente qual é o negócio das empresas, de que forma elas impactam o mundo e atendem às necessidades da sociedade. Dessa forma, cria-se, portanto, um interesse mútuo de atender as expectativas do público, seja por meio de novas experiências ou pela atenção atribuída a temas que os clientes julgam importantes.

Leia Também:

+ Por que o conceito de ESG deve estar em pauta na sua empresa?

+ Média nacional de transformação digital aumentou em 2021, aponta novo índice ABEP-TIC de Ofertas de Serviços Públicos Digitais 

Benefícios da digitalização para o ESG

A digitalização de processos sofreu grandes mudanças nos últimos anos. A partir do surgimento de soluções tecnológicas de automação e análise de dados, por exemplo, as empresas conseguiram aprimorar toda a cadeia de produção, mantendo a qualidade e ganhando mais agilidade na execução de processos. Com isso, a tomada de decisões foi maximizada, uma vez que passou a se basear na análise dos dados disponíveis nos sistemas internos das organizações, alimentados em tempo real.

Todavia, para além da tomada de decisões, as tecnologias digitais permitiram aos gestores personalizar os processos para oferecer ao público itens exclusivos e inovadores, sem precisar flexibilizar suas práticas sustentáveis. Ou seja, a digitalização de processos permite às companhias elevarem sua produção sem desrespeitar normas do ESG. Assim, essas empresas conseguem desenvolver serviços e produtos customizados sem gerar custos adicionais para o consumidor ou encargos para o meio ambiente, por exemplo.

A maior autonomia na cadeia de produção proporcionada pela digitalização se conecta diretamente com os principais objetivos do ESG, que são cuidar do meio ambiente; ampliar a responsabilidade social; e adotar melhores práticas de governança. E a tecnologia é a melhor aliada das empresas neste processo de transformação digital e adequação às normas e exigências do público.

O ESG é a próxima transformação corporativa e surgiu em resposta às necessidades da sociedade, que cobra das empresas uma atuação mais ativa na adoção de práticas sustentáveis contra problemas sociais que impactam a vida de todos. Neste sentido, a cobrança será ainda mais incisiva nos próximos anos e companhias que não se atentarem a essas questões poderão ter sérios problemas.

Assim como a jornada digital, o ESG é uma transformação necessária e que caminha junto à digitalização. Por isso, a conexão de ambos permite uma atuação cada vez mais estratégica e benéfica para as organizações e para a sociedade como um todo.

 

*Fernando Brolo é Sales Partner na logithink.

FONTE: IDEIACOMM

 

Newly, o seu portal de tecnologia

lucas-barbosa-brlink

Data-driven business: entenda com antecedência a necessidade do cliente

*Por Lucas Barbosa

lucas-barbosa-brlink
Lucas Barbosa – Head Cloud Sales Specialist e Cientista de Dados na BRLink

Você já parou para pensar o quão longe a tecnologia chegou e o que isto implica em seus negócios? Ou, então, já teve aquela famosa sensação de que seu dispositivo está ouvindo todas as suas conversas e por isso sabe exatamente quais são os seus desejos de compra? Já se perguntou como isto é possível?

Pois bem, as redes sociais, as ferramentas de buscas e lojas virtuais fazem uso da Inteligência Artificial (IA), que ainda é um elemento que assusta as pessoas, para evidenciar o desejo dos clientes, seja em uma recomendação, notícia ou livro, por exemplo. A verdade é que seus dados estão por TODA parte!

Como as pessoas consomem produtos, a informação sobre os consumidores está tão consolidada que o desejo torna-se algo passivo e o comportamento deixa de ser individual. Este é o principal motivo pelo qual o Machine Learning (ML), e a Big Data tornaram-se os grandes hot topics na geração de vantagem competitiva. A estratégia de dados é a evolução lógica para qualquer empresa que almeja entregar um atendimento personalizado a cada cliente em larga escala.

Trabalhando como cientista de dados na BRLink, ficou óbvio como muitas empresas coletam informações de seus clientes diariamente, mas não sabem como utilizá-las, gerando apenas custos desnecessários. Agora, considere que ao transformar essas informações em dados proveitosos é possível compreender o comportamento do seu cliente, identificando padrões.

Estes padrões são a chave de qualquer tipo de previsão, assim, é factível entender o que pessoas de perfis similares consumiram e recomendar tais produtos/serviços para o seu cliente. Por essa razão, a estratégia de dados é crucial para impulsionar o seu negócio. Por meio da coleta de informações, estruturação e aplicação de técnicas complexas, será possível classificar seu público-alvo e suas necessidades com insumo estatístico.

Leia Também:

+ O que é a cultura de dados e quais os resultados obtidos?

+ IAB lança documento global sobre leis de proteção de dados para a publicidade digital 

Estamos falando de Data-driven business — dar o direcionamento adequado ao seu negócio sem suposições, transformar informação em monetização ativa – e dashboards de negócio. Apresentar quais produtos serão consumidos neste bimestre, afetando diretamente a estratégia de marketing, controle de estoque e vendas, sendo apenas a ponta do iceberg. Estamos falando de criação da necessidade para seu cliente. Entendendo o padrão de consumo, podemos expor ativamente uma carência, gerando oportunidades.

Para te auxiliar na aplicação deste método, são necessárias três etapas, sendo elas:

1 – Mineração de Dados:

Dados não estruturados são completamente inúteis, assim, é crucial realizar a data mining (mineração de dados), responsável não apenas por coletar informações, mas também por direcioná-las para a necessidade de negócio.

2 – Reunir em Data Lake:

Centralizar tudo o que foi coletado e minerado em um data lake viabiliza correlacionar o funcionamento de todas as áreas de sua empresa como coletivo, entendendo como as estratégias de vendas afetam diretamente a entrega final de seu produto.

3 – Business Intelligence (BI):

Possibilitando a compreensão de quais foram as estratégias mais eficientes em cada área, a aplicação da inteligência de negócio é fundamental para findar na aplicação da Machine Learning, que ampliará a ação de insights para todos os clientes.

Para finalizar, ressalto que o método auxilia não apenas na geração de vantagem competitiva, como também na criação de valor no mercado. De acordo com o relatório Insights-Driven Business Set The Pace For Global Growth, publicado pela Forrester, organizações data-driven crescem 30% anualmente.

*Lucas Barbosa é Head Cloud Sales Specialist e Cientista de Dados na BRLink.

Newly, o seu portal de tecnologia

bruno-cedaro

Como o 5G vai mudar a relação com o cliente?

Por Bruno Cedaro

bruno-cedaro
Bruno Cedaro – COO Digital e CBDO da Pontaltech,

Muito já se fala sobre a revolução abrangente que a conexão mundial terá com a tecnologia 5G e suas contribuições para uma maior velocidade de comunicação. Apesar de ainda estarmos distantes de um uso em massa dessa tecnologia, os avanços que estamos observando mostram importantes indícios dos impactos positivos que o 5G trará à comunicação digital em empresas dos mais diferentes portes e segmentos.

Recentemente, o Brasil instalou em uma área rural a sua primeira antena destinada à quinta geração de internet, ainda em caráter experimental para que seja, logo menos, disponibilizada em grande escala. Até abril deste ano, já foram homologados 20 modelos de smartphones 5G pela Anatel. Em alguns meses, ainda teremos o grande leilão do 5G, onde serão levantadas verbas importantes a serem investidas em infraestrutura de comunicação e aprimoramento da conectividade.

Ainda não há uma previsão de quando o 5G estará amplamente disponível, mas até lá, uma coisa é certa: precisamos nos preparar. Não adianta ter uma via expressa sem um carro que trafegue em alta velocidade. Trazendo essa analogia para o contexto digital, a usabilidade de uma plataforma adepta a essa tecnologia deve ser fácil e fluida – ou seja, toda estrutura por trás precisa atender à essa rapidez. Não faz o menor sentido dispor de um canal rápido, com um site, sistema ou APP lento.

Isso porque, na prática, a principal conquista proporcionada por essa tecnologia será uma maior velocidade na conexão, aliada a outras facilidades como maior abrangência de dispositivos conectados, diminuição da latência da conexão, consumo de serviços e transferência de arquivos muito mais rápido. Com ela, poderemos realizar o download de arquivos pesados em um piscar de olhos, ter buscas de pesquisas de forma quase instantânea, realizar consultas à distância em sistemas que armazenem e disponibilizem todas as informações de saúde do paciente, conferências em vídeo mais realistas e, muito mais.

Leia Também:

+ Hype ou Realidade: quais são as verdadeiras oportunidades do 5G?

+ LGPD: Impactos da lei podem beneficiar o relacionamento com o cliente no marketing digital

Todos esses benefícios são extremamente importantes se pensarmos que cada vez mais empresas estão se redirecionando ao mundo digital. Segundo um estudo divulgado pela IBM, seis em cada dez empresas aceleraram projetos de digitalização e, 51% dos executivos disseram ter como prioridade para os próximos anos projetos desse tipo. Com uma tecnologia veloz e abrangente como o 5G, as marcas terão uma experiência muito mais alinhada com as expectativas do consumidor moderno, que anseia por serviços cada vez mais rápidos e eficazes.

É um efeito dominó: quanto mais rápido for o oferecimento de um serviço e sua qualidade, maior será a satisfação do consumidor justamente devido à tal velocidade – o que consequentemente, aumentará seu tempo de permanência na plataforma, a chance dele finalizar uma compra ou, ser impactado por uma propaganda direcionada, por exemplo.

Para garantir esses benefícios na comunicação digital, a adaptação ao 5G deve ser pensada com foco na usabilidade do cliente, uma vez que ele irá esperar por um serviço veloz que atenda suas expectativas. O user experience (UX) deve ser prazeroso, intuitivo, suave e agradável – gerando o timing ideal, objetivo e evitando possíveis saltos ou espaços na comunicação com o cliente.

Conforme for sendo implementada, a tendência é que o 5G diminua a distância e conecte o offline e o online – famoso processo denominado como Internet das Coisas – facilitando e muito a comunicação das marcas com seus consumidores e a elaboração de estratégias de marketing e relacionamento muito mais próximas e assertivas.

Logo menos, teremos um novo ecossistema digital onde a comunicação será muito mais clara, veloz e otimizada, contribuindo para a criação de um ambiente mais conectado e produtivo dentro das empresas. Do outro lado, os consumidores com certeza também ficarão mais satisfeitos com uma maior velocidade da entrega dos serviços desejados. Por mais que ainda demore para ser acessível para grande parte da população, a espera valerá a pena.

 

*Bruno Cedaro é COO Digital e CBDO da Pontaltech, empresa especializada em soluções integradas de voz, SMS, e-mail, chatbots e RCS.

FONTE: InformaMídia

 

Newly, o seu portal de tecnologia