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Hospitais e institutos de pesquisa terão auxílio de software inovador para combate ao Coronavírus

Com o uso de neurociência e inteligência artificial, sistema examinará padrões neurais de pacientes e fornecerá informações para estudos; cadastro é gratuito e primeiros testes começam nesta semana

 

Afim de contribuir com o avanço no combate ao Covid-19, um grupo de pesquisadores e especialistas voluntários brasileiros lançou a campanha “Your Brain Says” (Seu Cérebro Diz, no Brasil), que disporá de um software inovador capaz de descobrir informações sobre a ação do novo coronavírus e fomentar estudos para a descoberta da cura da pandemia.

Com início de testes previsto para esta semana, a plataforma estará disponível gratuitamente para hospitais e institutos de pesquisa de todo o mundo. Além de ajudar a compreender a forma de atuação do vírus, a tecnologia ajudará a agilizar exames, assim como no tratamento e desenvolvimento de vacinas contra o vírus.

Segundo o pesquisador e idealizador do software, Pablo Mattos, a ferramenta é baseada nas mais avançadas pesquisas em Neurotecnologia, que usa recursos tecnológicos para o estudo do cérebro. Com isso, o software consegue mapear em apenas 5 minutos o que está acontecendo no cérebro e no organismo humano em tempo real. O especialista esclarece como isso é possível nos estudos do novo coronavírus:

“O cérebro tem uma íntima ligação com o corpo através do sistema nervoso, além de enviar e receber sinais de todo o organismo, os quais são registrados nas estruturas cerebrais e acionam diversas áreas da mente. Esta nova tecnologia, portanto, é capaz de reconhecer padrões neurais e identificar como cada doença age no corpo humano, sendo uma forte aliada para detectar mais rapidamente se uma pessoa está infectada pelo Covid-19 ou como ele se comporta no indivíduo”.

A coleta de informações do software acontece por meio de um teste rápido com o usuário, cuja palavras utilizadas servem como base para o desenvolvimento de análises. Mattos explica que a avaliação por meio de palavras é cientificamente comprovada, inclusive, por meio das pesquisas do psicólogo Paul Ekman, o qual dedicou mais de 40 anos ao estudo das emoções humanas.

Conforme a neurocientista Dra. Alessandra Ghinato Mainieri, também colaboradora do projeto, o software utilizado para as avaliações é um algoritmo de inteligência artificial que realiza um grande e complexo cálculo de probabilidades (Redes Beasianas) para identificação de padrões.

“Palavras chaves são associadas a redes neurais das mais variadas e, por meio de um cálculo de probabilidades, estima-se o padrão comum para determinado indivíduo e o nível de correlação do padrão individual com padrões neurais já cientificamente conhecidos que estão associados a certas patologias”, complementa.

Mas os benefícios do sistema para conter os efeitos da pandemia não param por aí. Segundo Mainieri, o software pode servir como um banco de voluntários para prestar acompanhamento aos profissionais que lidam diretamente com o Covid-19. As ações implementadas podem ser desde o envio de mensagens de otimismo até exercícios e acompanhamento terapêutico gratuito, o que auxiliaria principalmente os profissionais da área da saúde.

Etapas dos testes

De acordo com Pablo, a campanha acontecerá em três etapas simultâneas, sendo que na primeira serão analisados os dados de pacientes já infectados com o coronavírus, a fim de identificar como o vírus funciona, bem como contribuir para formação de uma vacina. Já na segunda, serão colhidas informações de pacientes com sintomas leves ou assintomáticos na busca de desenvolver tratamentos para conter o vírus, e por último, a avaliação de pessoas não infectadas para evitar a propagação do vírus.

O sistema é de fácil utilização e os hospitais interessados devem se cadastrar no site oficial da campanha e fornecer os dados necessários para participar. Para mais informações, acesse o site oficial da campanha: https://www.seucerebrodiz.com/.

Transformação digital impulsiona o crescimento do mercado, beneficiando provedores de serviços gerenciados em nuvem no Brasil

Os provedores de serviços com foco no mercado intermediário crescem mais rapidamente do que aqueles que negociam com grandes contas; Especialista explica que a nuvem pública será o futuro, pois está no centro da transformação digital

As empresas líderes no mercado de nuvem de serviços gerenciados cresceram mais de 30% no Brasil nos últimos anos. A forte demanda contínua por transformação digital está estabelecendo contratos globais para produtos e serviços de nuvem, incluindo infraestrutura como serviço (IaaS) e plataforma como serviço (PaaS).

De acordo com o relatório ISG Index™, que rastreia contratos comerciais globais, US$ 6,5 bilhões em valor de contrato anual (ACV) nas Américas foram registrados no segundo trimestre de 2019, um aumento de 6% em relação ao ano anterior. Esses números incluem o fornecimento em nuvem tradicional e como serviço, ultrapassando 55% do ACV do mercado combinado.

Pedro L. Bicudo Maschio, analista e autor da pesquisa do ISG, explica que, nesse crescimento, as empresas que se destacam têm uma vantagem competitiva e cita como exemplo, Natura e Magazine Luiza, que apostam na inovação.

“Mobilidade, Apps, e-commerces, tudo depende da nuvem. Há pessoas que questionam: ‘Posso fazer a transformação digital com meu data center, sem nuvem?’. Eu digo: não! A nuvem fornece disponibilidade e acesso essencial para a mobilidade. Juntamente com a nuvem, as empresas recebem uma variedade de conectividade, em banda, velocidade e qualidade, que custaria infinitamente mais caro para um data center comum. A nuvem pública está no centro da transformação digital. Se considerarmos em números, o mercado de nuvens no futuro terá o mesmo tamanho do mercado de hardware atual, ou seja, R $ 27 bilhões, ou 27 vezes o que atualmente existe no Brasil “, acrescenta Pedro Bicudo.

O analista ressalta que os números mostram que esses provedores de serviços em nuvem continuarão a crescer muito e, sem dúvida, terão um futuro promissor.

Mas o que chama a atenção para o recente conjunto de empresas globais de pesquisa em tecnologia é que não apenas os gigantes da nuvem crescem em um ritmo acelerado, mas também as empresas brasileiras de médio porte passaram a liderar uma parte importante desse mercado. De acordo com o relatório ISG Provider Lens™ 2019 Public Cloud lançado recentemente, “os provedores de serviços que se concentram no mercado intermediário estão crescendo mais rapidamente do que aqueles que negociam com grandes contas. Agora, há um interesse crescente em mudar tudo para a nuvem, um cenário mais fácil para uma empresa de médio porte do que para uma grande empresa “, diz a pesquisa.

O BRLink, por exemplo, é um dos fornecedores brasileiros que se concentrou no mercado intermediário e já compete de forma expressiva como líder em três quadrantes diferentes do ISG Provider Lens: (1) Serviços de Transformação em Nuvem Pública para Midmarket; (2) serviços gerenciados de nuvem pública; e (3) Serviços de nuvem pública gerenciada para a AWS. Neste último, BRLink aparece à frente de grandes players como TIVIT, Mandic, Locaweb e UOL DIVEO, entre outros.

De acordo com Rafael Marangoni, CEO da BRLink, as empresas médias têm, em geral, um modelo de contratação mais ágil e menos burocrático do que as grandes empresas, o que torna a adoção e experimentação de novas tecnologias mais rápida. “Temos observado também um movimento crescente neste tamanho de clientes da adoção de metodologias ágeis de gestão de projetos, o que favorece a criação de MVP’s e provas de conceito”.

Entenda como o machine learning e a inteligência artificial podem revolucionar a educação

Smartphones, aplicativos e muitas outras ferramentas digitais já passaram a fazer parte do processo de aprendizagem de muitas instituições de ensino. Diante dos avanços tecnológicos, a área da educação conta hoje com cursos e ferramentas que podem ser acessados em qualquer lugar do mundo. Mas esses avanços não param por aí! O machine learning e a inteligência artificial são a nova aposta para revolucionar a aprendizagem e o modelo de ensino.

Machine learning é um subcampo da área de inteligência artificial que se baseia em reconhecimentos de padrões. Esta técnica está se tornando popular por conta da previsibilidade de ações baseadas em grande quantidade de dados. Sendo possível personalizar a experiência para cada usuário.

Imagine salas customizadas para grupos de alunos de acordo com seu perfil. Esses dados indicariam ânimo, concentração e desempenho em sala de aula; performance dos alunos em relação aos professores e matérias; até mesmo qual o conteúdo preferido de cada aluno, além de recomendar formas mais adequadas de estudos. Pode parecer algo distante para muitos, mas tudo isso já está à disposição de todos.

A BRLink – empresa que oferece soluções de Cloud, Inteligência Artificial e Machine Learning – fez um levantamento de como o machine learning pode ser utilizado por instituições de ensino para um melhor desempenho e aproveitamento dos alunos e, também dos professores. Esses benefícios e usabilidades podem ser classificados em 5 etapas: potencialização de recursos, visão computacional, previsibilidade, linguagem natural e sistema de recomendação.

Potencialização de recursos

Lucas Barbosa, data scientist na BRLink, explica que, com o uso de machine learning e inteligência artificial, hoje é possível realizar extração de informações de tabelas ou formulários de forma automatizada; realizar recomendações baseadas nos perfis de alunos ou conteúdo, tais como as matérias, cursos, ou até gerar novas provas.

“Outros recursos que passam a ser potencializados com essas tecnologias são: organização de estudos de alunos, indicando quais matérias devem ser estudadas, quantidade de horas diárias; análise de desempenho das turmas em relação a professores, matérias e período; alocação aprimorada de seus recursos, facilitando a vida dos alunos e professores, além de otimização dos locais utilizados. Até mesmo a identificação do melhor horário para aulas de cada matéria, considerando a grade, a agenda dos professores e a disponibilidade de salas, bem como a indicação de datas e locais mais adequados para as provas, segundo o calendário de cada turma, já são vantagens possíveis com essas novas ferramentas”, explica o especialista.

Visão computacional

Já pensou em automatizar a presença de cada aluno, verificando quanto tempo o aluno esteve presente durante a aula? Isso também já é uma realidade com as tecnologias de ML e AI, e vai além disso:

“Implementando essa tecnologia, que baseia-se em Inteligência Artificial, passamos a contar com ferramentas de automatização capazes até mesmo de indicar qual a melhor turma para cada aluno, analisar o sentimento no ambiente escolar, e ainda verificar quanto tempo ele ficou concentrado no conteúdo ministrado, de acordo com os dados coletados em sala, entendendo o que ele está pensando a cada momento de uma aula”, diz Lucas.

Previsibilidade

Quantos livros e materiais serão necessários para cada matéria a ser ministrada durante o ano? Essa é uma questão importante nos sistemas de ensino, que muitas vezes gera gastos excessivos, mas que pode ser resolvida através de ML e AI. As previsões também podem ser feitas em relação ao interesse em cursos e certificações, por exemplo.

Processamento de linguagem natural

Levantamento bibliográfico automático, sendo possível identificar quais os artigos mais semelhantes ao trabalho proposto para facilitar o processo de busca de referências. Reconhecimento de documentos plagiados ou fraudados: realizado através da similaridade entre textos, não apenas em relação às palavras, mas sim em seu sentido, ou até pela identificação da caligrafia do aluno.

Ou ainda, otimizar um dos trabalhos que demandam mais tempos dos professores: correção automática de provas. Os algoritmos de ML são capazes  de identificar o contexto da frase para adereçar se o aluno foi capaz de responder de forma adequada a questão.

Essa tecnologia permite também a sintetização de texto em fala, transformando o conteúdo acessível a deficientes visuais. Também é possível realizar traduções em tempo real para áudio ou texto.

Já para instituições que se enquadram no sistema de e-learning, combinando técnicas de Artificial Inteligence e Neuro-linguistic programming, é possível gerar um chatbot capaz de interpretar perguntas de usuários e respondê-las individualmente.

Sistema de recomendação

Os sistemas de recomendações são implementados para personalizar a experiência de cada usuário. Estas ferramentas podem ser empregadas para recomendar plano de estudos, indicar a carreira mais adequada, as turmas para otimização de seu desempenho, entre outros.