Microsoft ganha força no Brasil com ajuda de parceiros, aponta relatório ISG Provider Lens™

De acordo com o levantamento divulgado pela TGT Consult, o mercado de nuvem vem crescendo de forma acelerada no país; o custo desse tipo de serviço já não é mais uma grande preocupação para as empresas

Na última semana, a Microsoft superou o valor de mercado de US$ 1 trilhão em Wall Street. Com isso, o grupo digital passou a ocupar o posto de terceiro lugar no rancking das gigantes de tecnologia, ficando atrás apenas da Apple e da Amazon. Muitos são os fatores que têm levado a Microsoft ao topo da lista das empresas de aplicativos digitais, como, por exemplo, os serviços de cloud, como mostra um estudo feito pelo Information Services Group (ISG) (Nasdaq: III) e, no Brasil, em conjunto com a TGT Consult nesta segunda-feira (1º).

De acordo com Maurício Ohtani, autor do relatório ISG Provider Lens™ Microsoft Ecosystem Partners Report – Brazil 2020 e sócio da TGT Consult, os resultados financeiros apresentados pela Microsoft mostram de fato um crescimento significativo em sua receita com leve impacto da pandemia. Avaliando os dados disponíveis, Ohtani diz que o principal crescimento na receita veio do negócio de cloud com Azure, que cresceu 59%, e ressalta: “Ainda que a Microsoft não apresente resultados por país, o mercado brasileiro vinha apresentando um forte crescimento no consumo de serviços na nuvem até a chegada do coronavírus. Considerando que o ecossistema de parceiros da Microsoft é o maior canal de vendas no país, é fácil concluir que a operação brasileira não desapontou e contribuiu positivamente para este resultado”.

O estudo indica que o ritmo de crescimento do mercado de nuvem vem crescendo de forma acelerada no Brasil e que o custo desse tipo de serviço não é mais uma grande preocupação, incluindo a confiança crescente nas medidas de segurança disponíveis dos provedores de serviço. Segundo o autor do relatório divulgado pela TGT Consult, os custos para se manter uma operação local de TI (on-premises) é, e sempre foi, um grande desafio. “A velocidade exigida cada vez maior por parte das áreas de negócio para entregar um projeto e agilizar o go-to-market aumentou a cobrança sobre os CIOs. Soluções na nuvem que atendam às necessidades das empresas e que cobram conforme a demanda, acabaram sendo a melhor alternativa, principalmente, para aquelas áreas de negócio com maior flexibilidade no Opex do que em Capex”.

Desde o início da quarentena, a Microsoft teve um papel de protagonismo em ações para colaborar na virtualização de empresas de diferentes segmentos, ajudando no processo de certa forma “obrigatório” para viabilizar o trabalho remoto e manter uma produtividade de qualidade. Ohtani esclarece que os parceiros do ecossistema da Microsoft foram primordiais na viabilização das soluções de Modern Workplace, pois precisam acompanhar a adoção deste novo ambiente daqueles colaboradores que ainda não utilizavam essa forma de trabalho, além de monitorar o grau de aderência e satisfação destes novos usuários, com suporte rápido e adequado.

O relatório aponta que as empresas no Brasil estão migrando de forma acelerada para a computação em nuvem. Muitas delas buscam prestadores de serviços para ajudá-las a migrar uma variedade de aplicativos na nuvem Azure da Microsoft. Ohtani ressalta que o cloud é o ambiente em que se baseia a pesquisa e que certamente estará no ‘novo normal’ da tecnologia. “O cloud entrega agilidade e flexibilidade nesse momento em que muito se é exigido, vivendo a experiência de 2 anos em apenas 2 meses para muitas empresas. Cloud é a área de maior crescimento nos negócios da Microsoft”.

Parceiros no Brasil

A Microsoft está presente no Brasil há 30 anos. Durante esse período, a empresa construiu um ecossistema composto por 20 mil parceiros e revendedores espalhados por todo o país. Só de provedores de serviços, soma 2 mil parceiros. De acordo com o ISG Provider Lens™, além desse número significativo de parceiros, a empresa construiu 13 centros de inovação localizados em 11 cidades. A infraestrutura operacional do Office 365 e o Azure é dividido em dois datacenters que suportam a alta demanda do mercado local. O Microsoft Technology Center (MTC) em São Paulo é o maior MTC da América Latina.

Segundo o levantamento, os fornecedores que aparecem neste estudo, especialmente os atores locais, devem ser tão adaptáveis e ágeis como as empresas globais capazes de atingir os mais altos níveis de competência e habilidade. Enquanto os provedores de serviços globais preferem contas grandes, os players locais devem explorar o crescente volume de oportunidades no mercado intermediário, que está crescendo muito rapidamente.

O relatório revela que as expectativas dos clientes dos MSPs estão se expandindo rapidamente para incluir funções SI e VAR mais tradicionais, incluindo desenvolvimento de aplicativos e DevOps. Enquanto isso, o programa de licenciamento de parceiros do Azure que mais cresce da Microsoft é o programa Cloud Solution Provider (CSP), que permite que os parceiros incorporem as tecnologias da Microsoft em suas próprias soluções.

Embora a maioria dos clientes ainda não esteja pronta para utilizar efetivamente a inteligência artificial (AI), incluindo aprendizado de máquina (ML), o levantamento da ISG destaca que a Microsoft está avançando com o desenvolvimento e implementação de IA no Azure. “MSPs precisarão investir significativamente em recursos e treinamento relacionados à IA, a fim de adquirir e manter altos níveis de Certificação e parcerias do Microsoft Azure”, diz o conteúdo.

O relatório apresenta ainda um interesse crescente na Internet das Coisas (IoT) e análises avançadas de dados entre clientes corporativos brasileiros. Os MSPs estão começando a usar seus conhecimentos em IoT e análise de dados como um diferencial para os concorrentes.

Outro ponto de destaque é um interesse crescente do mercado brasileiro em executar produtos SAP no Azure. O ISG vê os parceiros do ecossistema SAP expandindo com uma estratégia definitiva para o mercado intermediário. Segundo o relatório, estima-se o mercado brasileiro de serviços SAP em US$ 2,3 bilhão. “As barreiras técnicas iniciais e a resistência do cliente à movimentação de recursos da empresa planejamento (ERP) na nuvem estão desaparecendo gradualmente com os casos de uso do S / 4HANA em execução na nuvem, mais seguro do que na hospedagem local”, diz o documento.

Quadrantes

O ISG Provider Lens™ Microsoft Ecosystem Partners Report – Brazil 2020 avalia os recursos de 44 fornecedores em quatro quadrantes: Provedor de Serviços Gerenciados para Azure, SAP no Azure, Integração do SharePoint e Integração do Office 365.

O relatório nomeia Accenture (Avanade), DXC Technology e Venha Pra Nuvem como líderes nos quatro quadrantes e IBM, Infosys e SoftwareONE como líderes em três. Cognizant, Dedalus, FCamara, Solo Network Brasil, TIVIT e Unisys foram nomeadas como líderes em dois quadrantes; e Capgemini, Logicalis e T-Systems  nomeadas como líderes em um. O relatório também nomeia Compasso, Processor, Seidor, Telefonica e T-Systems como Rising Stars (provedores em ascensão, ou seja, empresas com um portfólio promissor que estão no caminho para alcançar o posto de líder nos próximos meses). Outras empresas brasileiras avaliadas foram Brasoftware, Cloud Target, Embratel, Iteris, ITSS, RCH Solutions, SGA Tecnologia Inteligente, Solutis Tecnologias, SysMap Solutions e Teltec Solutions.

O relatório completo foi disponibilizado pelas empresas T-Systems e Venha Pra Nuvem e pode ser acessado pelos links abaixo:

https://www.t-systems.com/br/pt/whitepaper-download/t-systems-isg-provider-lens-150190

https://mkt.venhapranuvem.com.br/isgbrazil2020/

 

Matéria escrita por Thábata Mondoni.

 

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