Cibercrime: quase um quarto dos dados vendidos em fóruns clandestinos têm mais de três anos

Pesquisa da Trend Micro alerta para ameaça de vulnerabilidades herdadas e não reparadas

Trend Micro, líder mundial em soluções de cibersegurança, alerta as organizações para a necessidade de concentrar esforços na correção de vulnerabilidades que possam representar riscos, mesmo que elas já tenham sido identificadas há anos. Segundo levantamento da Trend Micro, 22% dos dados à venda em fóruns frequentados por cibercriminosos têm mais de três anos.

“Os criminosos sabem que as organizações estão lutando para priorizar e corrigir prontamente, entretanto a nossa pesquisa mostra que os atrasos de patches são frequentemente aproveitados”, destaca Mayra Rosario, pesquisadora sênior de ameaças da Trend Micro. “A vida útil de uma vulnerabilidade ou exploração não depende de quando um patch fica pronto para interrompê-la. Na verdade, as explorações mais antigas são mais baratas e, portanto, mais populares entre os criminosos que compram em fóruns clandestinos. O patching virtual continua sendo a melhor maneira de mitigar os riscos de ameaças conhecidas e desconhecidas para as organizações.”

Leia também:

+ “Estamos vivendo uma pandemia cibernética”, alerta analista da TGT Consult

O relatório revela vários riscos de explorações e vulnerabilidades legados, incluindo:

  • A exploração mais antiga vendida no submundo virtual é CVE-2012-0158, um Microsoft RCE.
  • CVE-2016-5195, conhecida como a Exploração da Vaca Suja, ainda está em curso após cinco anos.
  • Em 2020, o WannaCry ainda era a família de malware mais detectada, e havia mais de 700 mil dispositivos vulneráveis, em todo o mundo, em março de 2021.
  • 47% dos cibercriminosos tentaram atingir produtos Microsoft, nos últimos dois anos.

A pesquisa também mostra um declínio no mercado de vulnerabilidades de Zero Day e N-Day, nos últimos dois anos. Isso está sendo impulsionado, em parte, pela popularidade dos programas de recompensa de bugs, como a Iniciativa Zero Day da Trend Micro, e o surgimento do Access as a Service, nova força no mercado do cibercrime. O serviço tem as vantagens de uma invasão, mas todo o trabalho pesado já foi feito para o comprador, com preços clandestinos a partir de US$ 1 mil.

Leia também:

+ IAB lança documento global sobre leis de proteção de dados para a publicidade digital

A combinação destas tendências está aumentando o risco para as empresas. Com quase 50 novos CVEs lançados por dia, em 2020, verificamos uma pressão cada vez maior sobre as equipes de segurança para priorizar e implantar patches. Hoje, as organizações têm, em média, 51 dias para corrigir uma nova vulnerabilidade. Por isso, o patching virtual é fundamental para cobrir essa lacuna no sistema de segurança.

Para acessar o relatório “A ascensão e queda do mercado de exploração de N Dias no submundo do crime cibernético”, clique AQUI.

Fonte: DFreire Comunicação e Negócios

Newly, o seu portal de tecnologia

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *