O moderno processo utilizado no serviço de passivação cria uma espécie de trama protetora de elétrons que anula a corrosão em substituição aos custosos métodos tradicionais de jateamento, tratamento mecânico e pintura.
O gasto no combate à corrosão pode ser reduzido em cerca de 65% graças à tecnologia Anodo Passivar. Desenvolvida para qualquer setor da economia que tenha aço em seus projetos, unidades e instalações, a técnica utilizada no serviço de passivação – como é chamada a proteção das superfícies na manutenção de estruturas de aço – é capaz de interromper o processo contínuo de degradação estrutural por um custo muito inferior ao método tradicional, que consiste no jateamento para a remoção de resíduos – ou tratamento mecânico (St3) – e a incessante pintura.
A tecnologia oferece um equipamento portátil, de fácil transporte, alimentado por energia elétrica que emite micropulsos elétricos para criar uma película protetora de elétrons que blinda o aço da ação destrutiva da corrosão. A solução é modular, o que permite a proteção de qualquer metragem necessária, podendo ser monitorado remotamente.
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“O aparelho pode estar na Noruega e ser observado na nossa sala de controle para verificarmos se está operante ou não. Usado de maneira correta ele pode durar de cinco a 10 anos, sem necessidade de desligamento ou manutenção”, explica Francisco Muller, diretor de Operações da empresa Passivar, que atua há 42 anos no segmento, e responsável pelo desenvolvimento da nova tecnologia.
A modalidade de comercialização da solução Anodo Passivar é por meio de serviço de locação com contrato de 36 a 60 meses e SLA (na sigla em inglês, Acordo de Nível de Serviço) para projeto de custo de implantação, atendimento e reposição. O serviço de passivação atende todos os segmentos onde houver aço e, inevitavelmente, corrosão. Os resultados são os mesmos em mineradoras, indústria química, termelétrica, transmissão de energia, infraestrutura de base, plástico, química fina, farmacêutica, alimentos, celulose, torres eólicas e indústria naval. Entre os clientes da Passivar com equipamentos em operação estão Petrobras, Suzano, Anglo American e Qualy Rações.
Passivação x convencional
O retorno do investimento da solução Anodo Passivar está na redução de custos da manutenção convencional – como a contratação de funcionários e montadores de andaime, logística e compra de materiais (EPIs, insumos, tintas, água industrial e locação de andaimes, por exemplo) – e com riscos de acidentes com pessoal. No aspecto ambiental, também há a redução dos resíduos da manutenção e de riscos relacionados à legislação e à fiscalização.
No processo convencional, os custos e horas de trabalho investidos são incessantes. “Uma pintura dessas em uma grande instalação pode levar o ano inteiro. E quando se chega ao final está na hora de começar tudo de novo. É uma infinidade de aço e corrosão”, comenta o diretor da Passivar e engenheiro de produção Antônio Junior, baseado na Bacia de Campos (RJ).
Fonte: Ateliê da Notícia