Dois dos principais problemas das empresas são a falta de participação das áreas de TI e os ruídos nas informações.
À medida que o mundo todo lida com os desassossegos da Covid-19 e do vírus influenza, para as empresas o cenário é de restrições de movimento e incertezas, exigindo, assim, uma certa “resiliência corporativa” dos pontos de vista organizacional, de estratégia e de operações. Na verdade, a capacidade de se adaptar rapidamente às mudanças é o que definirá quem serão os sobreviventes. E, em um 2022 de incertezas, onde até os economistas mais experientes dizem que não há possibilidade de prever o futuro, o melhor a ser feito é planejar as ações com cuidado.
Como se não bastasse o ambiente instável, há ainda a força de trabalho remota, transformação digital, apreensões com a cadeia de suprimentos e mudança de expectativas dos clientes. Diante desta realidade, baseando-se em insights próprios, Emauri Gaspar, Co-Founder da Run2Biz, garante que a chave para se manter no mercado é a promoção do conjunto de boas práticas de tecnologia da informação (TI). Neste sentido, ele destaca o Information Technology Infrastructure Library (em português, Biblioteca de Infraestrutura de Tecnologia da Informação), conhecido como ITIL, solução em que o gestor pode acoplar todas as rotinas empresariais, desde a infraestrutura, passando pela operação e a manutenção de serviços, até mesmo métricas de melhorias e planos para o futuro.
No parecer de Gaspar, uma vez que um dos principais problemas em uma empresa é a falta de participação das áreas de TI, e sendo a informação o ativo mais valioso de qualquer companhia, o ITIL serve para unir o útil ao agradável e resolver de vez essa lacuna. Seu principal objetivo é a melhoria da qualidade da informação de uma empresa por meio de uma gestão com foco no cliente, e sendo o ITIL ajustável a diferentes tipos de organizações, independentemente do grau de maturidade, ao adotar esta metodologia, a empresa garante constância na qualidade de seus produtos ou serviços, além de redução do número de falhas, incidentes, erros ou equívocos.
Leia também: Ransomware continua sendo a maior ameaça virtual em 2022, aponta relatório
Por apresentar atualmente quatro dimensões, o ITIL 4 trata dos seguintes aspectos:
1) Organização e pessoas: atravessando várias áreas de negócio, envolve, inclusive, stakeholders.
2) Tecnologia e informação: oferecendo um tratamento especial a todas as informações da empresa, o usuário tem a garantia do compartilhamento e da transparência dos dados no momento certo, com as pessoas certas, bem como a segurança desses dados.
3) Parceiros e fornecedores: refere-se aos relacionamentos de uma organização com as outras empresas envolvidas no design, na implantação, na entrega, no suporte e na melhoria contínua dos serviços.
Leia também: Nuvem se consolida durante pandemia e garante sobrevivência das empresas brasileiras
4) Fluxos de valor: é garantir que as partes da organização trabalhem de forma integrada com geração contínua de valor aos interessados através de produtos e serviços.
“Não existe um método singular para a implementação do ITIL 4, sendo este um processo que varia de empresa para empresa. O ideal é que os negócios incorporem as práticas do ITIL conforme o grau de maturidade em relação às etapas. É importante não dar um passo maior do que a perna”, finaliza Emauri Gaspar.