Pesquisa mostra que mulheres e negros são minoria entre executivos de TI

Levantamento da IT Mídia/PageGroup destaca que quase 97% dos profissionais em cargos de liderança se esforçam em reverter esse quadro

Uma pesquisa realizada junto a executivos da área de Tecnologia da Informação do país aponta que a diversidade de gêneros e de raças ainda precisa avançar muito dentro do segmento. De acordo com o levantamento, apenas 12,92% dos profissionais de alto escalão no setor são negros e pardos. Já as mulheres representam somente 12,06% desse contingente.

Apesar de apontar um cenário desfavorável no tocante à diversidade no ramo, o mesmo estudo mostra um esforço para reverter esse quadro. Quase 97% dos consultados afirmam que têm noção do tema, participam de algumas ações ou até mesmo lideram a responsabilidade do tema, destaca a pesquisa Executivos de TI 2022, realizada pela IT Mídia, em parceria com o PageGroup.

Elaborado entre janeiro e março deste ano, o levantamento traça o perfil dos executivos de TI junto a lideranças ativas de tecnologia das empresas de diferentes setores da economia. Ao todo, 464 profissionais preencheram um formulário de pesquisa aplicado junto a heads, diretores, CTOs, CIOs, superintendentes e CEOs nas corporações.

Os executivos participantes também se inscreveram com seus projetos para o Prêmio Executivos de TI do Ano, concedido pela IT Mídia. A premiação reconheceu 32 líderes, durante o IT Forum Ibirapuera, realizado em março.

“A pesquisa destaca pontos importantes sobre a diversidade. A principal delas é a existência de uma preocupação por parte dos executivos de reverter o atual quadro para se adequarem ao que acontece nas empresas no geral”, avalia Pedro Hagge, gerente de estudos e pesquisas da IT Mídia.

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Neste ano, a IT Mídia se uniu ao PageGroup para aliar visões e agregar uma análise mais apurada na pesquisa. Para isso, utilizou toda sua experiência dentro do mercado ágil de tecnologia, com base no olhar dos líderes contemporâneos.

“O resultado da nossa pesquisa refletiu o cenário que vivemos globalmente quando falamos sobre diversidade. O interessante é enxergar que em sua maioria, os líderes e companhias possuem consciência sobre o assunto e estão dispostos a desenhar projetos e soluções que possam ser o caminho para um mercado de tecnologia mais diverso e inclusivo”, diz Luana Castro, gerente executiva da divisão de Tecnologia do PageGroup.  

Etnias e gêneros entre os executivos

Em relação às etnias, a pesquisa Executivos de TI 2022 destaca que os brancos predominam nos cargos de liderança no segmento nas empresas. Do total de entrevistados, eles representam 82,32%. Outros 11,20% se declararam pardos ao responderem o questionário do levantamento.

Já os executivos que se denominaram amarelos representam 4,53% desse universo. Depois, aparecem os negros (1,72%) e os indígenas (0,21%).

Sobre a questão de gêneros, os homens são a grande maioria entre os executivos de TI. No estudo, eles ocupam 87,71% dos cargos de liderança. Depois, vêm as mulheres com apenas 12,06%. O levantamento traz ainda a presença de transexuais, que representam 0,21% desses executivos.

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Ações relacionadas à diversidade

Dos quase 97% das lideranças preocupadas com a diversidade no mercado de TI, a pesquisa ressalta que 46,76% dos executivos alegam ter participado de algumas ações ligadas ao tema. Outros 25,65% afirmaram que lideram a responsabilidade do tema nas companhias onde atuam.

Além disso, 24,35% disseram que precisam ter mais foco nesse processo de diversidade. Fora desse contingente mais antenado ao tema, apenas 3,23% não consideram a diversidade como uma prioridade nas corporações.

Solução x desafio

A pesquisa também questionou junto aos participantes se a diversidade traz soluções ou desafios ao segmento. De acordo com o levantamento, 66,16% dos executivos consideram que o tema é capaz de proporcionar soluções. Ou seja, isso está associado ao fato de que quanto mais houver, melhores serão os resultados obtidos pelas companhias. 

Outros 31,68% responderam que a diversidade é um desafio para a empresa. Essa resposta, segundo a pesquisa, está atrelada à possibilidade de atrair profissionais mais juniores, com menos conhecimento técnico ou experiência.

Fonte: Casa9 Agência de Comunicação

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