Por Renato Panessa*
Cada vez mais, a tecnologia passa a ocupar novos espaços na vida moderna. Desde a chegada da Internet, a transformação digital tem permitido a realização de inúmeras atividades de forma mais simples e rápida do que antes. O mesmo acontece no ambiente corporativo e industrial. O desenvolvimento de soluções com Inteligência Artificial (IA) e analytics, permite a análise de grandes volumes de dados de forma ágil e precisa e dessa forma, a indústria consegue automatizar e aprimorar seus processos produtivos e de distribuição.
Essa tecnologia se torna cada vez mais usual em inúmeras aplicações, como em pólos industriais que já utilizam equipamentos conectados pela Internet das Coisas (IOT). Essas empresas já estão na vanguarda da automação, a Indústria 4.0, melhorando seus processos de ponta a ponta em suas respectivas cadeias produtivas. Com o uso da tecnologia apoiando os negócios, se trabalha menos complexidade e mais precisão e otimização de investimentos, aumenta a produtividade, diminui os erros e gargalos operacionais que comprometem as receitas.
Segundo dados do Gartner, até o final de 2024, 75% das empresas passarão da experiência piloto para a operacionalização da IA. Isso deve gerar um aumento de 5 vezes em dados de streaming e de infraestruturas analíticas.
A automação industrial leva a uma jornada cada vez mais sustentável de produção. A utilização de tecnologias com IA e analytics, permite às organizações aproveitarem melhor os insumos, gerando menos desperdício e aumentando sua eficiência produtiva. Também é possível analisar, com precisão cirúrgica, onde estão os entraves na cadeia produtiva que acabam onerando todo o processo, de equipamentos com defeito ou obsoletos e colaboradores que precisam de treinamento e capacitação.
A Indústria 4.0 é uma tendência que veio para ficar e perdurar ainda por muito tempo. Ela promove mais produtividade porque trabalha em cima de dados concretos e que geram insights estratégicos para os gestores. São informações que muitas vezes passam despercebidas em processos, por vezes engessados e automáticos do dia a dia.
Já contamos com diversas empresas nacionais desenvolvendo tecnologias de primeiro mundo na área de automação. O Brasil é um plantel de novas tecnologias e iniciativas que, muitas vezes, acabam migrando para multinacionais no exterior por conta da falta de visão e oportunidade dentro do nosso país.
O setor industrial brasileiros já deu os primeiros passos rumo a essa nova realidade, mas ainda há muito o que se fazer. É preciso rever os conceitos, mudar o mind set e olhar para o futuro tecnológico que já está em nossa vida cotidiana.
*Renato Panessa é diretor executivo da Business Unit Tech da Ninecon
Fonte: New Divide Comunicação