Projeto Betha Unoeste proporciona imersão tecnológica exclusiva e transforma o processo de aprendizagem
É jogo ou vida real? A sensação provocada pela alta tecnologia traz dúvidas se aquilo que os olhos veem e o corpo sente é realmente uma ilusão. Se você já teve a experiência de colocar um óculos de realidade virtual, sabe bem o que isso significa. Agora, imagine um espaço que reúne realidades Aumentada, Virtual, Mista e Metaverso, além de holografia projetada em tempo real. Parece até descrição de um brinquedo padrão Disney ou Universal, não é mesmo?! Mas esse recurso já é realidade nos campi de uma universidade e a tecnologia exclusiva empregada vem revolucionar o processo de aprendizagem, algo pioneiro no setor educacional.
O Projeto Betha da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista) compreende ambientes que proporcionam imersão inusitada aos alunos, por meio de gamificação e metodologias que podem ser utilizadas para todas as áreas do conhecimento. Esse projeto teve início com a Sala Betha, implantada em 2019 no campus 1 de Presidente Prudente e foi levada também para os novos campi de Jaú e Guarujá. As grandes novidades, agora, são o Lab Arena e o MultiVerso Labs.
Antônio Sérgio Alves de Oliveira, responsável pelo Departamento de Design Instrucional da Unoeste e idealizador do projeto, conta que esses laboratórios devem ser entregues já neste segundo semestre. De acordo com ele, os cenários são elaborados com a fusão de metodologias e a aprendizagem ocorre de forma totalmente gamificada, lúdica e emocionante. O diferencial é que todos os aplicativos são desenvolvidos por sua equipe e todos os equipamentos adquiridos são de última geração.
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Arena: agilidade na tomada de decisão
O primeiro Lab Arena está sendo finalizado no campus 1. Em uma sala de um pouco mais de 7 metros de diâmetro e extremamente escura, os alunos encontram uma arena elevada em 15 cm, em forma de mandala, cercada por uma parede de 2,5 metros de altura e composta por círculos para 36 pessoas. No teto está projetada uma estrutura metálica circular para acomodar todos os projetores de luz, suporte para holografia em 360° e TV.
Antônio Sérgio explica que a intenção é impactar, provocando estímulos sensoriais. “A emoção inicia no corredor da arena. Ao acessá-la, o participante pisará em um círculo dentro da mandala, o qual acionará o sistema de iluminação e áudio projetando sobre ele uma luz que indicará o início do jogo. Ao centro, uma holografia projetada de 1,5 metros em 360° e fumaça lançada tornam a proposta ainda mais impactante”, detalha.
Com o start e toda ambientação proposta pelo cenário, o participante escolhido para dar a resposta da rodada precisa ser rápido em seu raciocínio e se errar, é eliminado. Vence quem ficar por último na arena. Contudo, a todo momento o desempenho dos jogadores está sendo analisado pelo docente e até a estratégia utilizada pelo vencedor é avaliada.
Multiverso Labs
O conceito de metaverso tem gerado curiosidade e expectativa. Trata-se de um universo a parte, onde é possível criar um avatar e participar de eventos, interagir com outras pessoas (avatares), construir coisas, realizar atividades, tudo isso de forma virtual e em tempo real. O Multiverso traz essa dinâmica e muito mais. “São ambientes imersivos que permitem realizar experimentos realistas e sofisticados com os principais recursos de um laboratório físico”, explica o designer.
A metodologia imersiva tem o foco na aprendizagem experiencial e na prática com o estudo de casos, storytelling e aprendizado baseado em desafios. “O usuário assume o papel do profissional e precisa solucionar um problema. O formato proporciona uma experiência empática que gera engajamento e estimula a autonomia e o aprendizado por meio da simulação”.
Para exemplificar, o designer descreve três cenários no metaverso voltados à área da saúde, mas salienta que as possibilidades são infinitas para todas as áreas do conhecimento. O interessante é que as dinâmicas podem ser realizadas com os participantes dentro do laboratório utilizando os óculos de realidade virtual ou de qualquer outro lugar.
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1º) Anamnese no Metaverso: a anamnese é como se fosse a entrevista que o médico ou outro profissional da saúde realiza com o paciente, para coletar o máximo de informações de seus sintomas e tomar a conduta correta. Da própria casa o aluno entra no cenário virtual de um consultório, por meio de seu avatar, onde também terá outros avatares: paciente (ator) e professores. Então o aluno inicia a anamnese e o ator começa a passar o que está sentindo. No mesmo consultório virtual estará o professor assistindo e avaliando a conduta do acadêmico simultaneamente.
2º) UTI no Metaverso: neste cenário, os alunos/avatares entram na Unidade de Terapia Intensiva e se deparam com outro avatar deitado (paciente-ator) e mais dois professores/avatares. Ao lado do paciente tem um monitor cardíaco e um ventilador. Se ele estiver entubado, então o aluno vai tocar no ventilador, o qual será ampliado na tela para que sejam indicados os parâmetros. Os docentes estarão dentro da mesma sala observando toda a conduta em tempo real.
3º) Instrumentação cirúrgica: ao entrar no metaverso, terá um paciente/avatar sendo operado e ao lado a mesa de instrumentação cirúrgica. O aluno terá que passar os instrumentos solicitados pelo cirurgião com as mãos ou se estiver com o óculos de realidade virtual a ação será através de contato visual.
Sala Betha
A Sala Betha está presente nos campi 1 (Presidente Prudente) e também em Jaú e Guarujá. As atividades são desenvolvidas em tecnologias como mesas interativas, realidades virtual, aumentada e mista, holografia, peças impressas em 3D, dispositivos móveis e projetores de alta definição. Conheça mais esse espaço no vídeo 360°, clicando neste link. Ah, e assista pelo celular para ter uma experiência ainda mais emocionante.
Fonte: Unoeste