Especialista explica como o seguro Riscos Cibernéticos contribui para confiança do cliente e protege reputação da marca e empresa
Os seguros e programas de segurança digital estão sendo mais procurados no Brasil devido ao aumento de ataques cibernéticos. De acordo com a Checkpoint Research, a média de ataques cibernéticos no segundo trimestre de 2022 cresceu em 46%, uma diferença de 14% da média global, que é de 32%. A América Latina foi a região com mais ataques registrados, uma em cada 23 organizações são atacadas por semana. Essa realidade foi impulsionada pela digitalização de informações durante a pandemia, levando as empresas a buscarem reforço na proteção de dados, juntamente com a Lei Geral de Proteção de Dados, que entrou em vigor em 2020.
Segundo Eduardo Ramirez, Head de Seguros e Benefícios da WIT Insurance, a maior preocupação das empresas em relação a esses ataques é com sequestros de senhas e com o vazamento de informações. Por isso, a procura por esse serviço na WIT Insurance dobrou em 2022, uma alta puxada por clientes que buscam se resguardar dos riscos. “Essa preocupação está associada também com a Lei Geral de Proteção de Dados. Quando o cliente oferece seus dados a uma empresa, espera-se que possa confiar na segurança dela”.
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O seguro cibernético ampara o patrimônio e a operação das empresas de riscos no ambiente digital, que, ao sofrerem um ataque, podem ter seu trabalho comprometido e a confiabilidade questionada. “O seguro protege não apenas do risco financeiro, mas da má reputação. Nenhum cliente quer fechar uma parceria e ter suas informações expostas. É mais vantajoso contratar o seguro do que perder a confiança da marca e seus clientes, causando prejuízos até piores do que os monetários”, diz Eduardo Ramirez.
A cobertura do seguro cibernético engloba diversos cenários, que vão desde a responsabilidade por vazamento de dados, perda de clientes e danos à reputação, lucros cessantes, custos de defesa e indenização, extorsões e gastos para cobrir as causas do vazamento de informação. “Desde que previstas na apólice, todas as perdas e despesas financeiras em razão de um ataque estarão protegidas”, completa o especialista.
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Segundo a Susep (Superintendência de Seguros Privados), o mercado de seguros no Brasil registrou um crescimento de 19,6% no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2021, movimentando R$ 80 bilhões. No mundo, uma em cada 40 organizações são vítimas de ataques cibernéticos por semana, um aumento de 59% comparado ao mesmo período do ano passado.
Eduardo Ramirez alerta para o risco que empresas com mais acessos e exposição correm diante do cenário de ataques. Dependendo do segmento da empresa, deve haver uma preocupação maior com o espaço cibernético do que com patrimônios físicos. “Segurança não é apenas possuir uma barreira e um antivírus. É preciso uma adequação interna com a área de TI. A seguradora pode contribuir nesse processo com um trabalho de consultoria junto à empresa”, completa.
Fonte: Agência Era