Serviços bancários no Brasil buscam mainframes para alcançar maior modernização e competir com bancos digitais

Brasil é o segundo maior mercado mundial de mainframes e novo relatório internacional ISG Provider Lens™ Mainframes — Services and Solutions 2023 traz detalhes sobre os avanços no país

No Brasil, muitos fornecedores de tecnologia estão em busca de parceiros integradores de sistemas para levar a modernização de mainframes aos grandes bancos, sendo que os maiores bancos do país executam seus principais sistemas bancários desta forma, suportando milhões de clientes. É o que revela o estudo ISG Provider Lens™ Mainframes — Services and Solutions 2023, distribuído pela TGT Consult/ISG, que traz um quadrante dedicado para o mercado brasileiro de mainframes.

Pedro L. Bicudo Maschio, analista líder da ISG e autor do relatório, destaca que o mercado de mainframe é mundialmente extenso e que o setor no Brasil tem potencial. “A modernização usa IA e muita automação, o que viabiliza modernização e migração para a nuvem com baixo risco. Acreditamos que esse mercado vai crescer muito no Brasil nos próximos anos e serão vários anos para modernização da base instalada no país”.

O relatório indica que o Brasil é o segundo maior mercado consumidor de tecnologia mainframe, principalmente devido à escala de operações principalmente do setor bancário, como Caixa Econômica Federal, Banco Bradesco, Itaú Unibanco e o Banco do Brasil. “Como o Brasil faz uso avançado de tecnologia de TI desde os anos 70, temos muitas aplicações dessa época que continuam rodando em mainframes”.

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O principal desafio para os bancos tradicionais, no entanto, é a popularização de bancos digitais, como Nubank, Banco Original, Mercado Pago, PagBank e o C6 Bank, por exemplo, que conquistam cada vez mais clientes, que conseguem alcançar o mesmo desempenho das transações sem mainframes. O documento indica que a primeira barreira a ser superada é idiomática e recomenda que os líderes no setor tenham profissionais que consigam se comunicar em português, entendam regulamentos locais, linguagens legadas e a arquitetura do mainframe, uma vez que as aplicações de mainframe brasileiras seguem um padrão diferente para diversos sistemas.

Segundo Pedro, as aplicações modernizadas podem rodar em nuvem, com grande redução de custos operacionais. A plataforma mainframe é a mais cara hoje em dia, e a nuvem permite menor custo com desempenho igual ou melhor que do mainframe. “A modernização é importante para maior agilidade das empresas em atender às rápidas mudanças de mercado. Assim, os dados podem ser mais facilmente integrados nos modernos sistemas de IA e analytics em tempo real”.

Para se destacar, o relatório indica que o fornecedor de mainframe deve ser capaz de fazer engenharia reversa de aplicativos legados, automatizar a conversão de código com ferramentas para reduzir o tempo necessário para transformar os aplicativos, incluir avaliação, desacoplamento, arquitetura de sistema, desenvolvimento de API e governança de aplicações no futuro, além de oferecer transformação em fases com gerenciamento robusto de projetos, testes e garantia de qualidade.

Fonte: Mondoni Press

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