Especialista prevê crescimento do eSIM com o número de unidades globais saltando para 195 milhões até 2026

eSIM promete transformar a maneira como dispositivos IoT se conectam globalmente, simplificando processos e ampliando a acessibilidade

Em webinar promovido pela Kore Brasil, em parceria com a Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC), Julio Tesser, vice-presidente da KORE Wireless, destacou a previsão de crescimento exponencial do eSIM, com o número de unidades globais saltando de 22 milhões em 2023 para 195 milhões até 2026, um aumento de 780%. Ele atribuiu esse crescimento ao novo padrão GSMA – SGP.32, que simplifica a adoção da tecnologia. “Isso vai acelerar a adoção da tecnologia eSIM e vai facilitar bastante a dinâmica de fabricantes de dispositivos, de SIM cards, clientes e as próprias operadoras a trabalhar em um ecossistema um pouco mais simplificado”, afirma.

Julio aponta como uma tecnologia que promete revolucionar a conectividade global, especialmente no contexto de Internet das Coisas (IoT). Entretanto, segundo ele, ainda existem obstáculos significativos para sua adoção em larga escala e um deles tem sido a confusão em torno do que realmente é o eSIM. “É o SIM card soldável. Muitas vezes a sociedade confunde um pouco o conceito do eSIM com o conceito do MFF2, que é aquele componente que é soldável no equipamento, numa placa. O eSIM basicamente é uma solução, uma tecnologia, e ela pode ser aplicada tanto no SIM card plástico como no SIM card soldável”, explica.

Além dos benefícios técnicos, o novo padrão GSMA – SGP.32 também traz uma mudança significativa no controle da tecnologia, que passa a estar nas mãos dos fabricantes e clientes, sem a necessidade de intervenção direta das operadoras. “Esse novo perfil traz o controle da troca dos perfis à mão do fabricante do equipamento ou do cliente final que vai usar aquele equipamento. Então a troca se torna muito mais democrática e adequada à operação”, enfatiza.

Outro ponto abordado foi a relevância do eSIM para setores como automotivo, logística e utilities, onde a simplificação e democratização da tecnologia abrem novas possibilidades. “O padrão é simplificado na adoção. Antigamente, com o padrão GSMA – SGP.32, a necessidade de um SMS para a troca de perfil dificultava a adoção massiva do eSIM. Com o novo padrão, isso democratiza a adoção do eSIM e torna possível uma escala superinteressante”, explicou Tesser.

Júlio enfatizou que a adoção do eSIM não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para diversos setores, especialmente aqueles que operam em condições mais adversas ou que exigem maior eficiência energética, como o setor automotivo e o de petróleo e gás. “Esse novo padrão também massifica a adoção da tecnologia eSIM para aplicações narrowband e low power, o que é um outro fator extremamente vantajoso para a massificação dessa tecnologia”, acrescentou.

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