Especialista lista seis dicas para engajar alunos em aulas online

Guilherme Vargas explica sobre fatores importantes no ensino remoto, como planejamento, tempo, dinâmica, entonação de voz e interação com os estudantes

 

Em algumas regiões do Brasil, as aulas presenciais já voltaram, mas por conta da pandemia de Covid-19, o ensino remoto ainda é algo extremamente necessário. Essa transição da aula presencial para a aula digital foi uma grande mudança para os professores, que se viram obrigados a capturar a atenção de estudantes à distância e por meio de pequenas câmeras. O professor Guilherme Vargas, com mais de cinco anos de experiência em aulas à distância, tem compartilhado nos webinars da Wacom diversas dicas para ajudar profissionais da educação a aprimorarem o ensino online.

“O setor da educação sofreu muito com a pandemia e continua sendo obrigado a se adaptar. A Wacom realizou parcerias com softwares educacionais para licenças gratuitas visando facilitar a transição do presencial para o online. Além disso, reunimos especialistas em uma série de webinars para falar com esses profissionais e ajudar a aprimorar as aulas remotas”, conta Cristiano Costa, gerente de contas B2B da Wacom no Brasil.

Guilherme Vargas foi inspirado por suas experiências pessoais e decidiu se tornar professor para compartilhar o conhecimento com estudantes que não têm oportunidades para entrar em uma faculdade. Assim, fundou o Química em Fococanal no Youtube e portal de videoaulas especializadas em Enem.

Confira abaixo algumas das principais dicas do especialista.

1) Objetividade

A primeira coisa é que o professor tem que ter de forma clara é o assunto que ele vai trabalhar naquela aula. No ensino online, não dá para analisar se todos os alunos estão focados da mesma forma que no ensino presencial. Por isso, é importante focar no assunto do dia e ser objetivo.

2) Dinâmica

Em aulas remotas, é sempre importante que o educador evite trabalhar somente com apresentação em slides ou apenas com um quadro digital. “O professor pode aproveitar esse formato digital para intercalar com mais imagens, ou um vídeo. De repente, dá para abrir uma reportagem e ler junto com os alunos. Essa dinâmica de conteúdo enriquece a aula e engaja a atenção da turma”, explica Guilherme.

3) Preparar a aula com antecedência

Independente de usar um quadro ou uma mesa digitalizadora, o professor deve sempre se preparar com antecedência e deixar uma ‘espinha dorsal’ do conteúdo que irá ensinar já pronta. Isso vai otimizar muito o tempo durante uma aula ao vivo, ajudar os estudantes com o tema do dia e ainda torna a experiência mais objetiva.

4) Entonação de voz

“Alguns professores tiveram certas dificuldades com volume por estarem ‘sozinhos’ em uma sala na hora de gravar a aula”, comenta o especialista. É necessária muita atenção à entonação da voz durante o ensino à distância. “Tem que tomar cuidado para não ficar gritando e parecendo um louco, da mesma forma que não é legal falar pausadamente porque isso vai desgastar e cansar o aluno”, complementa.

Junto com a voz, os gestos em frente à câmera também auxiliam a manter o foco do aluno ligado na aula, seja se movimentando ou gesticulando com as mãos, por exemplo.

5) Tempo

Se for possível, o educador tem que priorizar aulas curtas para facilitar a aprendizagem. “Se eu tenho 40 minutos para trabalhar determinado assunto, em vez de fazer um vídeo de 40 minutos, faço oito vídeos de cinco minutos. Essas ‘pílulas’ de conteúdo irão facilitar para o aluno, que nem vai perceber que ficou 40 minutos atrelado ao conteúdo”, afirma o professor.

6) Exercícios em aula

Principalmente em aulas ao vivo, os exercícios realizados em aula junto com os alunos, auxiliam muito a fixar o conteúdo e entender o que o professor estava explicando. “Na sala de aula é muito mais fácil o aluno chamar o professor em um canto para sanar alguma dúvida. No ensino remoto, é importante sempre pausar a aula para checar se alguém tem alguma dúvida. Fazer um exercício com os alunos é outro momento importante para o professor mostrar como o conteúdo é cobrado nas provas”, conta Guilherme.

 

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