Cinco passos para o treinamento de equipes para a automação

O estudo “O Futuro do Trabalho: Um Enfoque na Pandemia”, realizado no ano passado pela Forrester Consulting com 160 tomadores de decisão de países como EUA, França e Reino Unido, sob encomenda da UiPath, líder global na automação de processos, mostrou que ao menos 50% das empresas esperam investir mais na automação de tarefas repetitivas este ano e no futuro próximo. As razões para fazê-lo são diversas e variam de companhia para companhia, mostra o estudo. Mas o receio de colaboradores em não conseguirem acompanhar a tendência é comum a maior parte dos consultados no levantamento: 57% das lideranças descreveram sua equipe como ansiosa ou muito ansiosa com a perspectiva de atuar ao lado dos robôs digitais.

“Há, de fato, uma lacuna entre o fornecimento e a demanda por talentos de automação de processos robóticos, o RPA. Assim, acolher esse sentimento interno e capacitar os profissionais para esse novo jeito de trabalhar é fundamental. Cada vez mais empresas recorrerão ao RPA e a outras tecnologias inteligentes de automação para lidar com as novas pressões de negócios e mercado, decorrentes da pandemia”, diz Edgar Garcia, diretor comercial da UiPath para a América Latina.

Segundo ele, a transformação digital ocorre de forma diferente de empresa para empresa, conforme desafios e demandas particulares de cada organização. “Mas a configuração de um programa de automação bem-sucedido tem um ponto inicial comum a qualquer companhia: a colocação de pessoas certas no lugar certo e a criação de uma estratégia de treinamento para desenvolver as habilidades necessárias aos colaboradores”, diz Garcia.

A elaboração de planos de aprendizagem organizacional, adaptados a cada negócio, faz parte e é crucial para este tipo de estratégia. Conheça abaixo cinco passos para a implementação, listados por Garcia a partir da experiência da UiPath no mercado.

 

  1. Comece identificando lacunas de habilidades – mapeie e compreenda as habilidades e responsabilidades dos profissionais da empresa, antes de criar qualquer programa de aprendizagem. Para isso, uma boa dica é desenvolver uma matriz de competências de automação, a partir das funções de cada equipe, para enxergar quem já possui alguma experiência e quem deverá precisar de um pouco mais de atenção. Esse olhar mais personalizado permite a conscientização individual das habilidades necessárias ao sucesso da equipe; favorece uma visão geral do time; a identificação de pontos fortes e fracos, e uma visão geral da organização e dos possíveis pontos de melhoria.
  2. Crie planos de aprendizagem baseados em funções – com base nas necessidades mapeadas, escolha e entregue o conteúdo do treinamento de forma que os profissionais possam de fato aplicá-lo em suas funções. Para isso é preciso conhecer bem quem fará o treinamento, os procedimentos internos inerentes ao trabalho daquela equipe e a percepção que cada um tem do trabalho realizado. É isso que vai assegurar que o treinamento seja, de fato, impactante. Treinamentos gerais sobre o RPA fornecem uma compreensão básica a respeito da tecnologia, e também são interessantes. Mas ao planejar o treinamento com base em funções, envolve-se mais o colaborador.
  3. Treine os multiplicadores para a construção de um modelo de aprendizagem autossustentável – para expandir o programa de treinamento, o ideal é identificar e nutrir um grupo de instrutores internos. A ideia é capacitar o treinador para treinar novos capacitadores em potencial, maximizando os resultados.  Outra grande vantagem dessa estratégia é que ela fornece oportunidades de crescimento para supervisores e gerentes que atuarão como instrutores em suas respectivas funções.
  4. Implemente um processo de aprendizado contínuo – a criação de um aprendizado continuado ao desenvolvimento de novas competências motiva profissionais e os ajuda a atingir metas de progressão na carreira. Isso ajuda a reter talentos, melhorando a eficiência de custos relacionados a substituições ou a novas capacitações, e institucionaliza o conhecimento, recurso chave para o sucesso de qualquer negócio.
  5. Desenvolva um plano de comunicação interna – depois de construir a estrutura de treinamento e obter a adesão dos tomadores de decisão, é preciso criar consciência RPA internamente.  Um plano de comunicação é necessário e essencial para manter funcionários informados e envolvidos nas mudanças introduzidas dentro da empresa devido à adoção do RPA. Um forte plano de comunicação garante que os funcionários estejam motivados para se aprimorarem e trabalhem em prol de uma meta claramente definida que beneficiará todos na organização.

 

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