Brasil entre os principais países em uso de celulares pré-pagos, aponta pesquisa da Ding

Ao contrário da maioria dos países pesquisados, a grande maioria dos brasileiros quer um super aplicativo que combine mensagens instantâneas com mídia social, varejo e serviços

O novo relatório Ding Global Prepaid Index (GPI) destacou a importância dos serviços móveis pré-pagos para os brasileiros, constatou que o já elevado potencial de crescimento no país acelera por causa da pandemia COVID-19 e permitiu uma comparação criteriosa com outras nações desenvolvidas e em desenvolvimento.

A pesquisa global semestral foi encomendada pela Ding, o maior serviço de recarga de celular do mundo, e examina as opiniões de 7.000 entrevistados em todo o Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, França, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Catar, Indonésia e Filipinas. Focando principalmente no engajamento no mercado pré-pago e nas atitudes em relação a ele.

“Curiosamente, os contratos pré-pagos são muito mais populares no Brasil em comparação com outros países”, disse Mark Roden, fundador e CEO da Ding. “De todos os brasileiros pesquisados, 90% disseram que usar telefones pré-pagos foi uma escolha que fizeram por motivos como flexibilidade, em oposição a apenas 4% que disseram que não tinham outras opções no mercado. Esses fatos nos sugerem que ainda existe um grande potencial de crescimento no mercado pré-pago em todo o Brasil”.

O estudo também descobriu que os brasileiros estão entre as nacionalidades mais prováveis em todo o mundo para enviar e receber créditos de amigos e familiares. Mais de 60% dos brasileiros usaram crédito de telefone pré-pago nos últimos seis meses, superando a média global de 53% e quase o dobro dos EUA e Reino Unido. Ainda assim, embora o Catar e as Filipinas tenham retornado resultados semelhantes com 59% e 61%, respectivamente, a frequência com que os brasileiros usam esses serviços é substancialmente menor do que todas as nações pesquisadas, com exceção da Indonésia.

Menos de um em cada quatro brasileiros (23%) que enviam ou recebem créditos entre familiares ou amigos o fazem semanalmente. Compare isso com o Qatar (59%) e as Filipinas (45%) e fica claro que há um grande potencial de crescimento.

O motivo mais comum que os entrevistados brasileiros citaram para enviar créditos a amigos ou familiares foi para garantir que eles pudessem manter o contato. Isso não estava de acordo com os EUA, Reino Unido ou França, que disseram que enviam crédito para manter a outra pessoa feliz. Nem estava de acordo com os sauditas ou os Emirados Árabes Unidos, que disseram que enviam crédito porque isso os deixa felizes. A segunda motivação mais comum entre os brasileiros (39%) era que seu amigo ou familiar “precisava urgentemente”, o que não era uma motivação comum na maioria dos outros países.

“No Brasil, as pessoas enviam créditos para que seus entes queridos possam usar seus minutos para ligar para eles”, disse Roden. “As transferências de tempo de transmissão no país são uma‘ via de mão dupla’, com a maioria dos brasileiros sendo tanto remetentes quanto destinatários de tempo de transmissão. Durante a pandemia, essa tendência se acelerou não apenas devido à incerteza financeira, mas também porque muitos não puderam ver seus entes queridos pessoalmente devido ao distanciamento social e às restrições às viagens internacionais. Na Ding, vimos um aumento de quase 50% nas transações pré-pagas durante 2020, com os clientes priorizando manter o contato recarregando seus próprios telefones ou enviando créditos para terceiros”.

Outra conclusão fascinante é que há uma enorme demanda no Brasil por um super aplicativo como o WeChat da China, que atua como uma espécie de opção abrangente, oferecendo vários serviços e ofertas. Cerca de 70% dos brasileiros disseram que um aplicativo semelhante seria de interesse, enquanto apenas 8% disseram que não teria interesse. Compare isso com os EUA, que mostraram apenas 30% de interesse, e o Catar, que mostrou 46% de interesse, e claramente há um mercado para tal aplicativo no país. Novamente, Roden aponta que a razão disso é a pandemia.

“Como as pessoas ao redor do mundo estão trabalhando em casa, educando seus filhos em casa e buscando opções de entretenimento em casa, o tempo que passamos no telefone aumentou significativamente. A atração de um super aplicativo é clara, principalmente para os jovens brasileiros; são aplicativos versáteis que combinam mensagens online, mídia social, varejo e serviços. Na Ding, só podemos ver esse apetite por conveniência aumentando”.

Você pode acessar o Ding Global Prepaid Index (GPI) aqui.

 

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