É evidente que a IoT bate na porta dos gestores de TI há algum tempo, mas de maneira desordenada e sem integração. Atualmente, temos uma oferta bem abundante de redes preparadas para essa tecnologia. Essas redes existentes permitem a implementação de grandes e relevantes projetos de IoT, que essencialmente caracteriza-se por um conjunto de tecnologias (hardware, software, network, cloud, machine learning e inteligência artificial, por exemplo).
Com isso, as empresas já conseguem dar o primeiro e maior passo rumo à transformação digital, reduzindo seus custos operacionais, otimizando seus estoques, aumentando sua margem e, principalmente, garantindo mais segurança aos seus colaboradores. Essas soluções tecnológicas auxiliam as empresas a se destacar no mercado e garantir o sucesso nos seus negócios.
A melhor maneira dos gestores de TI se prepararem para essa avalanche de soluções de IoT que estão chegando por aí é se capacitar nas novas tecnologias e inserir um requisito fundamental às suas solicitações: integrabilidade. Possuir um corpo técnico capaz de gerenciar seus prestadores de serviços na correta verificação do mapeamento do processo produtivo e seu planejamento de conversão manual/analógico para automatizado/digital, passando pela arquitetura da solução de IoT (hardware, software e network) e entrega da inteligência (gêmeo digital, machine learning e inteligência artificial), é fundamental para uma boa jornada rumo à transformação digital de sucesso.
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Podemos observar no estudo global “Top Strategic IoT Trends and Technologies Through 2023”, realizado pelo Gartner, que até o próximo ano haverá mais de 43 bilhões de dispositivos conectados à internet. A pesquisa “Transforma Insights” revela que a IoT será o futuro para diversas tecnologias. As conexões globais crescerão de 11,3 bilhões para 29,3 bilhões até o final de 2030, com ênfase para o 5G.
As novas tecnologias de rede que chegaram ao Brasil em 2022, especialmente o 5G, trazem benefícios específicos que permitem novas funcionalidades ao IoT. A capacidade de transmissão de dados aumenta em torno de 100 vezes comparado com as tecnologias anteriores, possibilitando o envio de informações mais pesadas, como imagens de vídeo de alta resolução e realidade aumentada.
Além disso, o número de dispositivos por célula 5G aumenta em torno de 1.000 vezes comparado com o 4G, permitindo muito mais dispositivos IoT conectados do que o número atual. A latência do 5G é significativamente menor comparado com o 4G (1ms contra 15ms), possibilitando o uso do IoT em atividades até então impossíveis, como a gestão de carros autônomos, drones online e até telemedicina de cirurgia. Também existem outros “saltos tecnológicos” que ainda nem foram mapeados.
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Sendo assim, o cenário apontado pelas pesquisas já pode ser observado no contexto brasileiro. As tecnologias emergentes alavancadas com o uso de IoT são uma tendência que não pode ser ignorada pelos gestores de TI do Brasil. Se preparar para essa nova realidade é um desafio, que deve ser superado com integrabilidade entre as equipes. A emergência desse cenário destaca a crescente necessidade de corpo técnico especializado na área de tecnologia no país. Sendo assim, investir em times capacitados também é uma necessidade a ser observada pelos gestores de TI.
*André Martins é líder do Comitê de Redes da Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC)