Redação Newly

Uma questão de sobrevivência: a TI precisa ser protagonista na estratégia de negócios 

*Por Paulo Silveira 

Muitas empresas acabam negligenciando a TI, deixando-a em segundo plano e fora do centro das principais decisões de negócios. No cenário atual, alinhar TI às áreas de negócios não é mais um diferencial, mas uma necessidade para empresas que buscam se destacar em mercados competitivos. Isso exige que a TI tenha um papel ativo nas discussões estratégicas da empresa. 

Dados da ISG mostram que mais de 90% dos projetos de TI com orçamento acima de US$ 10 milhões não atingem seu potencial máximo, com a falta de alinhamento sendo uma das principais causas. O segredo está em uma compreensão mais clara e aprofundada dos objetivos de negócio, aliada ao envolvimento direto da TI desde os primeiros estágios estratégicos da organização.  

Considero que esse processo pode ser feito em 7 passos: 

  1. Estabelecer uma missão desafiadora e compreender os objetivos da TI  

Os líderes de TI devem ser agentes de transformação, indo além do suporte técnico para compreender prioridades e alinhar a TI aos objetivos estratégicos. É essencial liderar mudanças técnicas e humanas, garantindo que a TI se destaque como parceira estratégica. A agilidade é crucial para antecipar tendências, adaptar-se rapidamente e evitar que a TI se torne um obstáculo à inovação. Comunicação clara, transparência e engajamento regular com outras áreas fortalecem a confiança e posicionam a TI como motor de inovação e crescimento organizacional. 

  1. Estabelecer conexões genuínas e próximas com as áreas de negócio 

Construir uma relação sólida vai além de oferecer soluções técnicas; exige um diálogo contínuo e esclarecedor, em que conceitos complexos, como IA, sejam traduzidos de forma simples e acessível. Apenas assim TI e líderes de negócios podem desenvolver estratégias conjuntas, tecnicamente viáveis e alinhadas às necessidades empresariais.   

Ouvir ativamente e aprender com os líderes de negócios é essencial. Pedir que compartilhem seus objetivos elimina incertezas e posiciona a TI como um parceiro estratégico, não apenas operacional. Esse diálogo permite à TI transformar necessidades em soluções tecnológicas que impulsionam resultados e fortalecem o sucesso organizacional.   

A confiança é a base da parceria entre TI e negócios. Compreender o contexto, assumir responsabilidades e manter transparência são fundamentais. Alinhamento cria fluidez nas decisões, aumenta o apetite por riscos e torna as equipes mais ágeis e produtivas, enquanto sua ausência gera atrasos e conflitos. 

  1. Evite silos e adote uma postura proativa 

Silos organizacionais são um sinal de problemas, dificultando a interação entre equipes, criando expectativas desalinhadas e comprometendo projetos. Quando a TI é reativa, focada apenas em resolver problemas pontuais, perde sua capacidade de inovar e impactar estrategicamente o negócio. Isso limita o valor entregue e as oportunidades de crescimento para a empresa e seus colaboradores. 

Para quebrar esses silos, é essencial adotar uma abordagem proativa, participando ativamente do planejamento estratégico e promovendo uma cultura de colaboração e transparência. Empresas que criam espaços para alinhar TI e negócios em torno de objetivos comuns, como OKRs, estão um passo à frente. Medir o desempenho e ajustar as metas regularmente é crucial para manter a TI como um parceiro estratégico, ágil e eficaz. 

  1. Usar métricas claras  

Adotar métricas sólidas e uma governança de dados eficaz é essencial para alinhar TI e negócios de forma sustentável. Medir o alinhamento com objetivos estratégicos e KPIs, comparando-os com os resultados reais, não apenas quantifica o sucesso, mas também identifica áreas que precisam de ajustes. A colaboração, agilidade e satisfação dos stakeholders são indicadores chave que refletem o impacto estratégico da TI. Feedbacks regulares e revisões de desempenho garantem um alinhamento dinâmico, adaptado às mudanças do mercado. 

  1. Governança de dados eficiente 

Além das métricas, uma governança rigorosa de dados mestres estabelece confiança e consistência nas informações da organização. Uma estrutura de governança robusta facilita decisões informadas, promovendo economias de custos e melhor gestão de riscos. Organizações que investem na qualidade de seus dados não só se preparam para o futuro, mas também potencializam sua inteligência de negócios, criando uma vantagem competitiva sustentável  

  1. Compartilhar insights e ideias regularmente, inspirando sua equipe  

É crucial que a TI assuma um papel proativo em “educar” a empresa, especialmente a alta gestão, sobre o funcionamento, equívocos comuns, oportunidades e riscos das novas tecnologias. Propor caminhos claros ajuda a mitigar erros conceituais, reduzir ruídos de comunicação e alinhar expectativas. Contar com especialistas de mercado, como os da TGT, pode ser uma estratégia valiosa. 

Reuniões estratégicas regulares entre TI e liderança são essenciais para discutir metas, desafios e oportunidades, garantindo que os projetos tecnológicos estejam alinhados aos objetivos de longo prazo do negócio. Esse diálogo promove entendimento mútuo sobre como a tecnologia pode impulsionar crescimento e inovação. Sem ele, os investimentos em TI podem ser mal direcionados ou perder prioridade. 

Integrar profissionais de TI nas unidades de negócio facilita a criação de um idioma comum com a liderança empresarial, otimizando recursos e aumentando o valor gerado. Equipes de TI eficazes vão além de responder às demandas: elas antecipam necessidades, inovam e educam os líderes sobre tecnologias emergentes. Com essa postura, a TI se posiciona como motor estratégico de competitividade e inovação, liderando a transformação digital. 

  1. Adotar a mentalidade de um líder de negócios 

O verdadeiro alinhamento entre TI e negócios acontece quando os líderes de TI compreendem profundamente a organização e suas metas estratégicas. Em vez de esperar ou agir com base em suposições, é essencial que a TI participe ativamente da tomada de decisões e antecipe problemas, apresentando soluções claras que impulsionem o sucesso.   

Uma abordagem eficaz envolve a elaboração de um plano estratégico de TI com métricas claras e objetivas para medir o impacto das entregas tecnológicas e garantir o retorno sobre o investimento (ROI). Esse plano deve ser fundamentado nas prioridades estratégicas da organização, assegurando que cada iniciativa tecnológica esteja alinhada aos objetivos do negócio e gere valor de forma mensurável.   

Além disso, é fundamental adotar uma mentalidade de gestão que posicione o departamento de TI como uma espécie de spin-off, com a responsabilidade de demonstrar resultados tangíveis ao longo do exercício. Isso requer operar com eficiência, manter transparência nos processos e resultados, e ajustar as iniciativas de acordo com as necessidades e feedbacks do negócio.   

Com essa abordagem, a TI não apenas consolida sua posição como um parceiro estratégico, mas também fortalece sua credibilidade interna, criando um ciclo virtuoso de confiança, inovação e impacto positivo nos resultados organizacionais. 

O líder de TI deve se adaptar à linguagem e às necessidades do negócio, em vez de esperar que os líderes empresariais compreendam a tecnologia. No entanto, para desenvolver iniciativas estratégicas de impacto, é indispensável contar com o apoio direto da alta gestão. O dia a dia operacional tende a consumir grande parte da atenção e do tempo, o que pode desviar o foco de ações estratégicas cruciais. Um diálogo constante com os líderes de negócios, apoiado por um engajamento de nível estratégico, é essencial para construir confiança, alinhar prioridades e garantir que a TI esteja impulsionando o sucesso da organização de forma sustentável e inovadora. 

*Paulo Silveira é managing partner da TGT ISG, empresa de pesquisa e consultoria responsável pelos estudos no Brasil e México. É ex-Diretor no Gartner Group, Ernst & Young e EDS, assim como professor de planejamento estratégico na ESPM. Mestre em Gestão de Negócios pela FIA e formado em Engenharia Mecânica pela Faculdade de Engenharia Mauá, possui MBA pela USP e CEAG pela FGV, unindo uma sólida formação acadêmica a uma extensa experiência em gestão e consultoria. 

5 dicas para as empresas otimizarem o caixa no segundo trimestre 

Especialista revela estratégias de gestão financeira que organizam e controlam despesas, permitindo uma tomada de decisão mais estratégica para o período 

“Panorama da Gestão de Despesas Corporativas no Brasil”, realizado pela Conta Simples em parceria com a Visa, aponta que 100% das empresas não sabem definir corretamente o conceito de “gestão de despesas”. Essa falta de compreensão se torna ainda mais crítica quando consideramos o cenário do segundo trimestre, quando muitos negócios focam em encontrar formas de garantir crescimento sem comprometer a saúde do caixa. 

Para Rodrigo Tognini, CEO da Conta Simples, essa época do ano é um período estratégico para as organizações revisarem seus processos financeiros e alinharem suas operações com as metas anuais. Isso porque, após o primeiro trimestre, já é possível levantar dados suficientes para avaliar desempenho e recalcular a rota para o restante do ano. 

“Para startups, MPMEs (Micro, Pequenas e Médias Empresas) e negócios em expansão, a gestão financeira vai além de cortar custos. Envolve organização, controle, decisões mais inteligentes – orientada a dados – e estratégicas. Assim é possível garantir crescimento sustentável e alcançar os objetivos de negócio”, diz. 

Abaixo, o executivo lista cinco estratégias cruciais para otimizar o caixa nos próximos meses. Confira: 

  1. Digitalizar e automatizar processos  

O Panorama revela que MPMEs gastam mais de 20 horas semanais com o controle de despesas, o que equivale a mais de dois dias e meio de trabalho, considerando uma jornada de oito horas diárias. Isso acontece porque cerca de 7,5 milhões dessas companhias ainda utilizam métodos antiquados, como cadernos, para controlar suas finanças.  

De acordo com Tognini, trocar recursos manuais por plataformas automatizadas pode ser a solução para as organizações acabarem com esse gargalo. “Automatizar processos não resulta apenas em trazer praticidade às rotinas, mas também na redução de erros e liberação do time e gestores financeiros para análises mais complexas”, pontua. 

  1. Gestão centralizada 

Soluções para centralizar os registros contábeis em um único local podem evitar dispersão de informações, além de permitir mais clareza na tomada de decisões. Empresas que adotam esse modelo tendem a ter mais facilidade para projetar o fluxo de caixa, antecipar necessidades de capital de giro e negociar melhor com fornecedores. 

“Quando pagamentos, reembolsos e controles orçamentários são reunidos no mesmo ambiente, o financeiro deixa de ‘caçar dados’ e passa a ler o negócio em tempo real”, explica. 

  1. Separar finanças pessoais e empresariais 

Outro dado do Panorama mostra que 16% das MPMEs no país — cerca de 3,5 milhões — ainda usam cartões de crédito pessoais dos sócios para cobrir gastos. “O fluxo de reembolsos é uma boa forma de entender como esse cenário pode se tornar complexo. Misturar despesas pessoais e empresariais dificulta a separação correta dos valores, gera um processo manual e suscetível a erros, além de comprometer a análise do desempenho real da organização e gerar possíveis confusões fiscais”, alerta. 

  1. Usar crédito de forma estratégica 

O Serasa Experian aponta que a demanda por crédito no Brasil teve uma alta de quase 13% em julho de 2024, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Esses recursos financeiros são caminhos eficientes para impulsionar a operação, mas precisam ser utilizados de forma estratégica. 

O executivo ressalta que hoje há ferramentas capazes de direcionar o melhor uso de crédito, com clareza sobre prazos e custos. “O modelo BNPL (Buy Now, Pay Later), por exemplo, é uma saída para gerir o capital de giro com flexibilidade sem comprometer o fluxo de caixa, já que permite o parcelamento com boletos, TEDs ou PIX”, recomenda. 

  1. Controle diário do fluxo de caixa 

Mais da metade  (61%) das empresas consideram o controle sobre os gastos como um pilar essencial para uma gestão eficiente, segundo o Panorama. Isso envolve registrar entradas e saídas diariamente, permitindo identificar gargalos com agilidade e tomar decisões mais assertivas.  

“Deixar para organizar as contas no fim do mês não é uma boa decisão. Por isso, contar com ferramentas de gestão financeira não só facilita que esse processo seja feito todos os dias, mas também seja feito com precisão e sem imprevistos”, conclui. 

Jitterbit nomeia Luca Taglioretti como Chief Revenue Officer para acelerar o crescimento global e alavancar nova estratégia de canais

Mudança na liderança é projetada para impulsionar a estratégia unificada de entrada no mercado e expandir canais de parcerias 

A Jitterbit, líder global em aceleração da transformação de negócios para sistemas corporativos, anunciou a nomeação de Luca Taglioretti como Chief Revenue Officer (CRO). Como parte dessa mudança estratégica, Taglioretti supervisionará as vendas globais e, ao mesmo tempo, aprimorará a estratégia de entrada no mercado da empresa para capitalizar a crescente demanda por soluções de integração, automação e desenvolvimento de aplicativos com IA.

“A vasta experiência de Luca na construção e expansão de organizações de vendas de alto crescimento, especialmente em canais, o torna um líder ideal para impulsionar a próxima fase de expansão da Jitterbit”, disse Bill Conner, presidente e CEO da Jitterbit. “Este alinhamento estratégico de nossas operações globais de vendas sob a liderança de Luca nos permitirá atender nossos clientes e parceiros em todo o mundo com mais eficácia e capitalizar a significativa oportunidade de mercado em integração, automação e desenvolvimento de aplicativos com IA.”

Taglioretti traz para a função mais de 25 anos de experiência, com um histórico de construção e expansão de canais e parcerias nos setores de integração e segurança cibernética. Nesta nova função, ele será responsável por impulsionar o crescimento da receita global da Jitterbit, com forte foco na expansão do ecossistema de canais da empresa.

“Estou extremamente entusiasmado em assumir esta função e liderar a organização global de vendas da Jitterbit”, disse Luca Taglioretti, CRO da Jitterbit. “Estamos em um momento transformador no setor e acreditamos que a plataforma Jitterbit Harmony está posicionada de forma única para capacitar nossos parceiros a entregar valor excepcional aos seus clientes. Ao alavancar a automação e a integração inteligentes, nossos parceiros podem mudar estrategicamente a forma como viabilizam o sucesso de seus clientes. Estou ansioso para colaborar com nossas equipes de vendas e nosso ecossistema de parceiros em expansão para impulsionar um crescimento significativo e moldar o futuro da automação empresarial.”

Anteriormente, Taglioretti ocupou cargos de liderança essenciais em segurança cibernética, onde transformou estratégias regionais de entrada no mercado, alcançando crescimento significativo de receita e excelência operacional. Com profunda experiência em gestão de operadoras, MSPs e MSSPs, Taglioretti demonstrou consistentemente a capacidade de alinhar a inovação técnica à estratégia de negócios. A paixão de Taglioretti por fomentar a colaboração, aliada a uma abordagem orientada a resultados, levou a conquistas notáveis, incluindo o crescimento anual da receita em diversas regiões.

Os desafios da cibersegurança: veja 7 erros que podem comprometer a segurança de dados 

Especialista no tema compartilha orientações essenciais para líderes governamentais e gestores fortalecerem a segurança digital e a governança de dados em suas instituições 

A internet transformou o mundo e a forma como os setores vendem, oferecem serviços, atendem ao consumidor e gerenciam dados. Porém, junto com a internet, novas portas foram abertas no universo online, trazendo alertas importantes sobre o cuidado com dados sensíveis e com a cibersegurança nas instituições públicas e privadas. 

No Brasil, a segurança cibernética é um tema ainda mais delicado, já que o país ocupa a segunda posição no ranking mundial dos países mais atacados, conforme aponta o Panorama de Ameaças para a América Latina, da Kaspersky. Segundo o levantamento, em 2024, foram registrados mais de 700 milhões de ataques virtuais, o que representa 1.379 golpes por minuto. 

Para Mirella Kurata, CEO da DMK3 e especialista em tecnologia e segurança da informação, esses números refletem a urgência de uma mudança de mentalidade. “Não se trata apenas de investir em ferramentas de tecnologia, mas também em processos, governança e, principalmente, na formação das equipes para lidar com essas questões de forma estratégica”, explica. Para ela, a segurança digital não é responsabilidade exclusiva da área de TI, mas deve ser compartilhada por toda a organização, principalmente em ambientes públicos, onde a gestão de dados sensíveis é prioridade. 

Por isso, Mirella aponta 7 erros mais comuns que as lideranças cometem na gestão da cibersegurança e orienta como evitá-los para construir uma cultura organizacional mais segura, eficiente e preparada para os desafios digitais: 

  1. Encarar tecnologia apenas como despesa, e não como investimento: a visão equivocada de que tecnologia é um custo operacional impede as instituições de adotarem uma abordagem proativa em relação à segurança cibernética. A tecnologia deve ser vista como uma alavanca estratégica que contribui para a eficiência operacional e a proteção dos dados. Investir em cibersegurança é uma medida preventiva que reduz riscos e evita grandes perdas futuras. 
     
     
  1. Ignorar as particularidades do setor público: ao aplicar soluções do setor privado no serviço público, é comum negligenciar especificidades como a responsabilidade sobre dados sensíveis e obrigações legais. As instituições públicas lidam com informações críticas que exigem atenção especial. A segurança digital deve ser construída com foco nessas particularidades, respeitando a legislação vigente e garantindo a proteção adequada dos dados. 
     
  1. Reduzir a cibersegurança apenas à infraestrutura de TI: focar exclusivamente nas ferramentas e sistemas de proteção, sem considerar o comportamento das pessoas e os processos internos, é um erro recorrente. A cibersegurança deve ser abordada de forma integrada, com treinamento contínuo dos colaboradores e a criação de processos robustos que minimizem o risco de falhas humanas. 
     
     
  1. Permitir a falta de integração entre sistemas e órgãos públicos: a ausência de comunicação entre diferentes sistemas e órgãos públicos cria brechas que favorecem erros e fraudes. Para fortalecer a segurança, é fundamental garantir a interoperabilidade entre sistemas, possibilitando o compartilhamento seguro e eficiente de dados, o que aumenta a transparência e reduz vulnerabilidades. 
     
  1. Deixar de implementar uma governança de dados eficiente: a ausência de uma governança de dados adequada facilita o uso incorreto, o vazamento ou até mesmo o armazenamento de informações sem a devida proteção, como a criptografia. Para proteger dados sensíveis, as instituições precisam adotar políticas claras de governança de dados, com processos bem definidos para armazenamento, acesso e descarte de informações. 
     
     
  1. Subestimar os riscos de ciberataques em infraestruturas críticas: muitas vezes, a segurança digital nas linhas industriais e em infraestruturas críticas é negligenciada, mas os ataques a esses setores estão em crescimento. Instituições públicas e privadas que atuam com sistemas essenciais precisam adotar medidas rigorosas de proteção para evitar que falhas comprometam a operação, a segurança nacional e a confiança da população. 
     
     
  1. Adotar uma postura apenas reativa, sem foco em prevenção: ainda é comum que a cibersegurança seja tratada apenas depois da ocorrência de incidentes. No entanto, uma gestão eficiente exige políticas contínuas de segurança e a construção de uma cultura organizacional que priorize a proteção de dados desde a sua origem, adotando uma abordagem preventiva para reduzir riscos e fortalecer a confiança social. 

Com a identificação e correção desses erros, a especialista ressalta que os líderes estarão mais bem preparados para adotar uma postura preventiva e colaborativa, fortalecendo a proteção das informações públicas e corporativas. “A integração da cibersegurança à cultura organizacional não é apenas desejável, é essencial para garantir a continuidade dos serviços, a segurança dos dados e a confiança da sociedade”, finaliza. 

GenZ na sua empresa tem sido um desafio? Startup capta R$ 1,2M para atrair talentos do ensino médio 

Plataforma de estágio Mileto atrai e prepara estudantes do Ensino Médio integrado ao Técnico (M-Tec) em hard e soft skills; meta é empregar 100 mil jovens até 2029 

Diante da crescente atenção ao Ensino Médio Integrado ao Técnico (M-Tec) por parte do Governo e do setor privado — e inspirados em modelos educacionais internacionais — os sócios Giuliano Amaral, Priscilla Fraga e Victor Bolonha enxergaram nesse nicho a oportunidade de criar uma solução estrutural para aproximar educação e mercado. A Mileto nasce como uma plataforma de estágios que acaba de captar R$ 1,2 milhão para transformar o início da jornada profissional dos jovens e gerar mais e melhores oportunidades de carreira. A meta é direcionar 100 mil para o mercado até 2029. 

A HR Tech opera em modelo B2B, voltado a empresas que querem investir na Geração Z, mas encontram dificuldades para identificar talentos. A Mileto combina uma comunidade voltada ao desenvolvimento de habilidades com um programa completo de recrutamento e seleção, conectando empresas a estudantes de M-Tec — de cursos técnicos como administração, desenvolvimento de sistemas, gastronomia, entre outros — jovens na fase mais inicial da carreira, com vontade de crescer e abertos para a cultura corporativa. 

Além do conteúdo aprendido no M-Tec, os estagiários que participam da comunidade de talentos da Mileto têm acesso a formações de competências técnicas voltadas à inovação e socioemocionais — como análise de dados, inteligência artificial, comunicação e resolução de problemas — tudo isso antes de concorrerem às vagas. Após a contratação, a Mileto mantém o acompanhamento com mentoria e trilhas de aprendizado contínuo ao longo do estágio, acelerando a adaptação e evolução do desempenho. 

“O M-Tec é uma fonte potente de talentos. Os jovens chegam ao mercado com uma base prática diferenciada e, mesmo entre 16 e 18 anos, demonstram perfil mão na massa e muito comprometido com o próprio desenvolvimento”, afirma Giuliano Amaral, CEO da Mileto. A startup quer se consolidar como referência na conexão entre empresas, estudantes e escolas de M-Tec. 

A solução já está sendo utilizada por diversas empresas, como Medway, Água na Caixa, Villa Bisutti e Modern Mamma Osteria. Dentre os resultados já mapeados, alcançou 100% de satisfação dos jovens com o programa, além de 90% das empresas terem aberto mais vagas após os primeiros 3 meses da primeira contratação — sinalizando a validação do potencial da solução. 

Um novo olhar sobre a Geração Z 

Segundo a OCDE, o Ensino Médio deve “capacitar os estudantes com habilidades relevantes, especializadas e transversais, além da consciência de seus pontos fortes e talentos, permitindo que agreguem valor à sociedade” e “desenvolver consciência do mundo além da escola, criando caminhos para carreiras gratificantes e recompensadoras”. Nos países da organização, mais de 40% dos estudantes de ensino médio optam pela formação técnica integrada, e 45% destes têm vivência prática em empresas, como estágios. No Brasil, apenas 12% dos estudantes do ensino médio no país estão matriculados em cursos técnicos integrados. “Ainda estamos presos em um vestibular 100% acadêmico e uma crença cultural ultrapassada de que todo o sucesso se resume a um diploma universitário. Mesmo nesse cenário, os jovens com vivência prática obtêm melhor base para a escolha do curso e bom aproveitamento da universidade”, afirma Giuliano. 

Giuliano Amaral, Co-Founder e CEO da Mileto.

Diante da necessidade de aproximar educação e mercado, o poder público tem ampliado seus esforços para impulsionar o Ensino Médio Técnico no Brasil. Iniciativas como o Partiu IF, o BEEM (Bolsa de Estágio de Ensino Médio) e o Juros por Educação buscam incentivar tanto a ampliação da oferta de vagas pelas redes de ensino quanto a contratação de jovens por parte das empresas. A meta é ambiciosa: alcançar mais de 3 milhões de matrículas no M-Tec até 2030. Neste sentido, Giuliano reforça: “o melhor caminho formativo é o M-Tec seguido do Ensino Superior, pois eles se complementam. Já existem diversas histórias de sucesso, como a de Tânia Cosentino, presidente da Microsoft no Brasil, mas há espaço para muito mais.” 

Segundo estudo do Itaú Educação e Trabalho, triplicar o número de vagas no Ensino Médio Técnico no Brasil teria impacto no PIB equivalente ao da reforma tributária — um crescimento estimado de 2,32%. “A ponte que estamos construindo é um enorme ganha-ganha: ganha o jovem, pelo maior engajamento e prazer no aprendizado, e pelo início de carreira de qualidade; ganha a empresa, que consegue investir melhor na atração e desenvolvimento de talentos; e ganha a sociedade, pelo benefício para a economia como um todo”, finaliza Giuliano. 

A rodada de investimento da Mileto contou com investidores-anjo que são referências nos setores de educação, tecnologia e RH, como Mario Ghio (Presidente da ABRASPE e do Instituto Alfa e Beto, e Conselheiro e ex-CEO da Somos Educação), Anderson Morais (Co-Founder e CEO da Agenda Edu) e Simmon Nam (CRO da Musa, ex-Rappi e QuintoAndar). 

Sobre a Mileto 

A Mileto é uma HR Tech que conecta estudantes do Ensino Médio integrado ao Técnico – (M-Tec) a empresas por meio de um ecossistema completo de comunidade, recrutamento e desenvolvimento. Fundada em 2024, a startup nasceu para impulsionar a empregabilidade da Geração Z e transformar o estágio do ensino médio na nova porta de entrada para carreiras de sucesso. 

Yalo e Mondelēz Brasil sobem ao palco do APAS Show 2025 para discutir como a digitalização de canais tradicionais impacta o varejista 

Para mostrar como as novas tecnologias geram valor aos negócios das empresas de bens e consumo, a Yalo e a Mondelēz Brasil subirão, juntas, ao palco do APAS Show 2025. As duas empresas mostrarão como a parceria entre elas está impulsionando a digitalização do canal tradicional via WhatsApp. O painel acontecerá no 15 de maio, às 11h10, no auditório Inovação Ágil, e contará com a participação de Andres Stella, COO da Yalo, e Livia Seabra, Diretora de E-commerce e Emerging Channels da Mondelēz Brasil. 

Com o tema “Novas Tecnologias na Geração de Valor”, a apresentação vai mostrar como a integração da plataforma inteligente de vendas da Yalo com a Mondelēz Brasil tem transformado a rotina dos varejistas de bairro, digitalizando processos e fortalecendo o relacionamento com os pontos de venda. A tecnologia aplicada pela Yalo, através da assistente virtual Liz no WhatsApp, tem sido essencial para conectar vendedores e lojistas de maneira ágil e eficiente. 

Segundo dados da própria Yalo, a utilização da ferramenta, por grandes empresas como Coca-Cola, Unilever e Mondelēz Brasil, resultou em um crescimento exponencial no número de lojistas cadastrados e um incremento de 12% nas vendas B2B, com mais de 4,2 milhões de pequenos negócios digitalizados. O avanço da digitalização tem promovido maior eficiência operacional, agilidade na entrega e satisfação do cliente, além de otimizar a experiência dos varejistas com a marca. No palco do APAS, as duas empresas pretendem mostrar o segredo de sucesso dessa estratégia de vendas e compartilhar como a digitalização de canais tradicionais impacta o varejista. 

“A união entre Yalo e Mondelēz Brasil está transformando a forma como os pequenos varejistas se conectam com a indústria. Ao digitalizar o canal tradicional por meio do WhatsApp, estamos não apenas simplificando processos e aumentando a eficiência operacional, mas também fortalecendo o relacionamento com os pontos de venda e elevando a experiência do consumidor final. Essa parceria mostra que inovação é, acima de tudo, inclusão — e traz um aprendizado valioso para o mercado: tecnologia e personalização caminham juntas na construção de um ecossistema de consumo mais ágil, próximo e eficiente”, explica Andrés Stella, COO da Yalo. 

O Brasil, que conta com 144 milhões de usuários de internet móvel, tem o WhatsApp como uma plataforma fundamental para estratégias de marketing digital, especialmente no segmento B2B. No decorrer do painel, Livia Seabra ressaltará a importância da tecnologia para alcançar os pequenos varejistas que ainda não utilizam ferramentas digitais em suas rotinas de compras. 

“Estamos sempre atentos as tendências e sabemos que o consumidor é cada vez mais omnichannel. Por isso, é muito importante que nossos clientes, principalmente os pequenos varejistas, também acompanhem essa transformação. E ao levarmos nossa operação para o WhatsApp, conseguimos nos conectar com pequenos varejistas de forma mais simples, direta e personalizada — exatamente como eles preferem ser atendidos. Essa é uma forma de democratizar o acesso à tecnologia e trazer mais agilidade para o dia a dia desses parceiros que são essenciais para o nosso negócio”, afirma Livia Seabra, Diretora de E-commerce e Emerging Channels da Mondelēz Brasil. 

IA avança, novos empregos surgem, requalificação e habilidades comportamentais ganham força, projeta FEM

Relatório do Fórum Econômico Mundial indica que serão criadas 78 milhões de novas vagas de emprego até 2030, mas mais da metade dos trabalhadores precisará se adaptar  

O Fórum Econômico Mundial publicou um relatório no início deste ano chamado Future of Jobs Report 2025 que trouxe diversas previsões sobre o futuro do trabalho. A expectativa é que, até 2030, sejam criados 170 milhões de novos empregos, enquanto 92 milhões tendem a se esvair, gerando um saldo de 78 milhões de novas vagas. Estima-se que, para se adaptar a este novo cenário, 59% da força de trabalho precisará de requalificação. O estudo trouxe ainda diversos outros insights, principalmente relacionados à Tecnologia, que revelam as tendências para os próximos anos. 

Impulsionadas pelo acesso digital ampliado e pelo avanço da inteligência artificial, assim como pela tecnologia e sustentabilidade, algumas profissões dentro da área de TI tendem a crescer, como os especialistas em big data, engenheiros e desenvolvedores de IA e aprendizado de máquina. Profissionais de saúde, como enfermeiros e cuidadores, e professores universitários também se destacam, enquanto assistentes administrativos, caixas, operadores, atendentes de telemarketing e bancários tendem a ser substituídos, principalmente devido à automação da inteligência artificial. 

“A inteligência artificial está trazendo uma nova dinâmica para o mercado de trabalho. Ela acelera as mudanças no perfil dos empregados, nas habilidades e qualificações necessárias para se estar no mercado de trabalho. Ao mesmo tempo, será cada vez mais utilizada para automatizar tarefas repetitivas, eliminando algumas funções operacionais. A tecnologia oferece oportunidades únicas de trabalhar na vanguarda da inovação, resolver problemas complexos em escala global e influenciar positivamente diversos setores, como saúde, educação, finanças e entretenimento”, comenta Ana Letícia Lucca, CRO da Escola da Nuvem, uma organização social sem fins lucrativos focada em capacitar e empregar pessoas em situação de vulnerabilidade social para carreiras em Tecnologia e Computação em Nuvem.  

Leia também: Liderança em três níveis: como a distribuição de funções impulsiona o crescimento empresarial 

Segundo o estudo, o domínio emocional também será um destaque importante dentre as habilidades interpessoais, principalmente características como pensamento analítico, criatividade, resiliência, flexibilidade e agilidade. Para se adaptar a essas novas demandas, não só os profissionais terão que se qualificar, como também as empresas precisarão executar mudanças para atrair e reter os talentos. Segundo o Fórum Econômico Mundial, 89% das empresas investirão na requalificação dos funcionários, enquanto 64% também focarão na saúde e bem-estar dos colaboradores. 

O estudo ISG Provider Lens™ Future of Work – Services and Solutions 2024 para o Brasil, produzido e distribuído pela TGT ISG, mostrou que as empresas de Tecnologia têm investido em programas de desenvolvimento profissional e bem-estar dos empregados, com iniciativas que promovem a saúde física e mental dos trabalhadores. Uma das estratégias usadas é fazer parcerias com universidades e laboratórios de inovação, pensando na preparação e capacitação dos profissionais. 

“As empresas podem e precisam entender as necessidades dos funcionários se quiserem retê-los. É menos trabalhoso e oneroso treinar profissionais que já estão na organização e já conhecem a rotina dela do que dispensá-los para contratar profissionais que já conquistaram melhores qualificações. Essa é uma atitude estratégica e de valorização ao trabalhador. E então, quando a empresa precisar ir ao mercado encontrar pessoas, ela poderá fazer isso por meio de parcerias com organizações e institutos voltados à capacitação técnica e comportamental na área de Tecnologia”, comenta Ana Letícia.

Leia também: Entenda como o machine learning e a inteligência artificial podem revolucionar a educação

Outra tendência apontada pelo Future of Jobs Report 2025 foi a presença, acima da média mundial, de empresas brasileiras com iniciativas de Diversidade e Inclusão. No país, o número de organizações que têm como prioridade a D&I chega a 92%, enquanto no mundo este número atinge 83%. “A diversificação das fontes de talentos é essencial para garantir uma força de trabalho preparada e sustentável no longo prazo. O mercado de tecnologia precisa se abrir para formar novos profissionais e investir no desenvolvimento de talentos em estágio inicial de carreira. Isso inclui a criação de programas de treinamento, estágios e parcerias com organizações que trabalham com grupos sub-representados e em situação de vulnerabilidade, como a Escola da Nuvem”, acrescenta a especialista. 

Ainda de acordo com o estudo ISG Provider Lens™ Future of Work – Services and Solutions 2024 para o Brasil, produzido e distribuído pela TGT ISG, o futuro do trabalho será híbrido, colaborativo, conectado, autônomo, inteligente, seguro e sustentável, sendo moldado por uma combinação de fatores tecnológicos, econômicos e sociais. Segundo o relatório, o engajamento dos trabalhadores e a democratização da tecnologia são essenciais para o sucesso das organizações, mesmo diante de possíveis restrições orçamentárias. 

“Ao investir na formação de novos profissionais e ampliar as oportunidades para perfis diversos, como LGBTQIAPN+, pessoas com deficiência, pessoas negras, indígenas e mulheres, as empresas poderão não apenas preencher suas necessidades de curto prazo, mas também construir um pipeline de talentos que alimentará o crescimento da indústria nos próximos anos. É importante haver uma colaboração entre empresas, governos e organizações da sociedade civil para criar um ecossistema inclusivo e sustentável de tecnologia, beneficiando pessoas em situação de vulnerabilidade e promovendo um crescimento econômico mais equitativo”, finaliza Ana.

Fonte: Mondoni Press.

Liderança em três níveis: como a distribuição de funções impulsiona o crescimento empresarial 

Entender a diferença entre o papel estratégico, tático e operacional é essencial para que negócios cresçam com estrutura, clareza e escala 

Em muitos negócios, especialmente em pequenas e médias empresas, é comum ver o dono atuando em várias frentes ao mesmo tempo: define as metas do negócio, acompanha a operação diária e ainda resolve problemas pontuais de equipe. Embora esse perfil multifuncional possa parecer produtivo, na prática, ele costuma indicar um problema estrutural grave: a ausência de clareza sobre os níveis de liderança dentro da empresa. 

Segundo uma pesquisa da The Alternative Board, empresários gastam, em média, 68,1% do seu tempo lidando com tarefas operacionais do dia a dia e apenas 31,9% em atividades estratégicas, como planejamento de longo prazo e crescimento do negócio. Além disso, 97% dos proprietários de pequenas empresas afirmam gerenciar pessoalmente pelo menos uma área das operações. Esses dados ressaltam a dificuldade que muitos líderes enfrentam ao tentar equilibrar responsabilidades e delegar funções de maneira eficaz.  

O papel de cada nível de liderança 

Segundo Marcus Marques, especialista em gestão empresarial e CEO do Grupo Acelerador, uma liderança mal distribuída limita a produtividade e compromete a escalabilidade do negócio. “Quando o dono está envolvido em tudo, não consegue estar 100% presente em nada. A empresa fica dependente, engessada e sem espaço para crescer de forma organizada”, afirma. 

Marques aponta que a estrutura de liderança pode ser dividida em três níveis: estratégico, tático e operacional. O primeiro está ligado à visão de longo prazo, ao posicionamento da empresa no mercado, aos grandes objetivos e à tomada de decisão com foco no futuro. Já o nível tático atua como ponte entre o planejamento e a execução, transformando metas em ações organizadas. Por fim, o nível operacional é responsável por fazer a engrenagem rodar — é onde estão os líderes que acompanham o dia a dia da equipe, entregas, produtividade e rotinas. 

“O papel do empresário não é estar em todos os níveis, mas sim garantir que cada camada da liderança esteja bem ocupada. O dono precisa subir para o estratégico e preparar líderes que assumam o tático e o operacional com autonomia. Quando isso acontece, a empresa ganha clareza, velocidade e independência”, explica Marques. 

Construindo uma cultura de liderança bem distribuída 

A falta de definição entre esses papéis afeta diretamente a cultura da empresa. Quando um líder estratégico desce constantemente para resolver problemas operacionais, ele impede que outros desenvolvam sua autonomia. Isso cria um ambiente de dependência, retrabalho e baixa maturidade de gestão. “Além disso, colaboradores deixam de assumir responsabilidades, pois sabem que as decisões finais sempre voltarão para o dono”, alerta. 

Para reverter esse cenário, o especialista afirma que é preciso estruturar a liderança de forma consciente. “O primeiro passo é desenhar claramente as funções de cada camada, entender onde estão os gargalos e capacitar os gestores atuais. Na sequência, o empresário deve se retirar gradualmente das funções que não pertencem mais ao seu nível, focando em desenvolver líderes e construir uma cultura baseada em autonomia, indicadores e clareza de processos”, declara. 

O CEO do Grupo Acelerador acredita que delegar não é abandonar, mas sim organizar. “Quando o líder está no lugar certo, ele tem tempo para pensar o negócio e não apenas apagar incêndio. E isso faz toda a diferença nos resultados de longo prazo”, finaliza. 

Investimentos em Infraestrutura de Dados define o futuro digital das empresas 

Segundo informações da IDC, movimentação no setor deve ultrapassar US$ 1,1 bilhão em 2025 

A infraestrutura de dados é a base para que as empresas evoluam e se adaptem ao mundo digital. Sem uma estrutura bem definida, questões como falhas, lentidão e perda de informações podem comprometer tanto a operação quanto a competitividade no mercado.  Para se ter uma ideia, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Softwares (ABES), negócios que apostam em serviços de TI aumentam a eficiência operacional em 70% e reduzem em 40% os custos com falhas e downtime, tempo em que um sistema, processo ou atividade é temporariamente interrompido. 

É pensando nisso que empresas do segmento têm realizado investimentos constantes na área. De acordo com informações da IDC, a movimentação financeira do setor de tecnologia da informação deve ultrapassar US$ 1,1 bilhão em 2025.  Só no ano passado, o Brasil ultrapassou a Coreia do Sul e a Itália e voltou a estar entre as 10 potências globais em tecnologia, com US$ 50 bilhões em investimentos. 

Para Ariel Salles, VP de Tecnologia da Avivatec, especialista em soluções de tecnologia, a infraestrutura de dados deve ser tratada como uma prioridade dentro das empresas, pois impacta diretamente a competitividade e a capacidade de inovação. “Investir em uma infraestrutura de dados robusta não é apenas uma questão de tecnologia, mas uma estratégia importantíssima para garantir que as empresas possam se adaptar rapidamente às mudanças do mercado, melhorar a tomada de decisões e impulsionar a inovação”, comenta. 

Isso porque, apesar dos avanços, muitas empresas ainda enfrentam desafios na modernização de seus sistemas, como a falta de integração entre plataformas antigas e novas. Além disso, o crescente volume de dados exige soluções cada vez mais sofisticadas para armazenamento e análise, o que pode tornar a migração para a nuvem mais complexa.  

“As soluções em nuvem oferecem a flexibilidade e escalabilidade necessárias não apenas para acompanhar, mas para antecipá-las garantindo uma vantagem competitiva. Combinadas com o uso de inteligência artificial, essas soluções tornam os processos mais ágeis e eficazes, além de otimizar a tomada de decisões.”, explica. 

Para superar essas barreiras, as empresas devem adotar estratégias de modernização que combinem inovação e eficiência operacional. A migração para a nuvem reduz a dependência de infraestruturas físicas e permite a automação de processos, trazendo ainda mais agilidade e precisão nos processos, enquanto a governança de dados assegura a conformidade regulatória e a mitigação de riscos. 

É nesse contexto que a estruturação também maximiza o potencial do uso de IAs nas organizações, permitindo um melhor treinamento de modelos e resultando em decisões mais assertivas para garantir qualidade, precisão e insights valiosos. Sem uma base sólida, a IA pode gerar resultados inconsistentes e pouco confiáveis, comprometendo a eficiência operacional e a capacidade de inovação das empresas. 

“Uma infraestrutura de dados bem regulada permite que as empresas acompanhem as mudanças e as antecipem, criando oportunidades. Ao adotar tecnologias como inteligência artificial e big data, elas transformam dados em ativos estratégicos, impulsionando a inovação e fortalecendo a competitividade no mercado, fatores de extrema importância para o sucesso a longo prazo.”, conclui Ariel. 

ABINC reúne especialistas na Inatel para discutir o futuro da indústria conectada e lança pesquisa inédita de IoT

Especialistas debateram como o IoT, os Data Spaces e o Open Industry deverão impulsionar a conectividade e a sustentabilidade de setores como saneamento, energia, agricultura e meio ambiente

“O futuro da indústria conectada e sustentável no Brasil terá de passar por tecnologias como Internet das Coisas (IoT), Data Spaces e iniciativas de Open Industry — que serão capazes de transformar setores essenciais como saneamento, energia, agricultura e meio ambiente”, previu o presidente da ABINC, Paulo Spaccaquerche, durante o Fórum IoT Practices, realizado no Inatel, nesta terça-feira (9), em Santa Rita do Sapucaí. Com foco em aplicações práticas, especialistas debateram como o uso de sensores, automação, monitoramento remoto e compartilhamento seguro de dados já está mudando a operação de empresas em todo o país. O encontro ainda contou com a apresentação oficial da pesquisa “Panorama do IoT no Brasil 2025”, lançada em primeira mão, na Inatel, em celebração ao IoT Day mundial.

Um dos pontos centrais foi a apresentação do conceito de Data Spaces, espaços digitais seguros que viabilizam a troca estruturada e transparente de dados entre empresas e instituições. Para Rogério Moreira, diretor de tecnologia da ABINC, a criação desses ambientes é essencial em um cenário cada vez mais orientado à economia de dados. “Hoje, temos a IoT como um dos maiores geradores de dados. Mas, para que esses dados possam ser disponibilizados de forma segura e sem conflitos, é essencial saber exatamente onde eles estão. Por isso a importância dos catálogos de dados. Além disso, para que ocorra a troca de informações entre as partes, é necessário estabelecer regras claras, especialmente regras econômicas. É isso que fundamenta a governança dentro dos Data Spaces”, explicou.

Esse conceito está diretamente conectado ao Programa Open Industry, que será lançado oficialmente no final de abril com o objetivo de estabelecer um ecossistema de compartilhamento seguro de dados entre empresas industriais brasileiras. A iniciativa foca na criação de catálogos de dados, definição de protocolos de interoperabilidade e estabelecimento de regras para governança e segurança na troca de informações.

Outro destaque foi a digitalização no setor de saneamento, com foco no combate a perdas, detecção precoce de fraudes e vazamentos, além da otimização operacional. Francisco Portelinha, pesquisador do Inatel, demonstrou como sistemas compostos por sensores inteligentes, painéis analíticos e softwares especializados permitem que empresas tomem decisões antecipadas, evitando prejuízos e promovendo o uso eficiente dos recursos hídricos. Também foram apresentados cases de uso da IoT no controle remoto de chaves, religadores e gerenciamento de rede elétrica.

A sustentabilidade e o uso inteligente da água também estiveram em pauta com as apresentações de Thiago Teixeira Santos, pesquisador da EMBRAPA, Thiago Furtado de Oliveira, pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), Dario Prado, Diretor de Desenvolvimento de Negócios da Trivale Tecnologia e Tsen Chung Kang, Diretor de pesquisas de novos negócios do Grupo Jacto. Entre os exemplos, destacaram-se sensores multiparamétricos em reservatórios, boias de monitoramento da qualidade hídrica e sistemas automatizados de irrigação para uso racional da água da chuva.

A conexão entre inovação e sustentabilidade foi reforçada pelo professor Pedro Sérgio Monti do Inatel, que apresentou projetos de ponta em conectividade, como redes sensoriais, comunicação via luz visível, recarga remota de dispositivos IoT com drones e superfícies refletoras inteligentes para ampliação de sinal. As soluções exploram tecnologias como edge computing, energização via fibra óptica e comunicação óptica sem fio.

O evento ainda contou com a divulgação oficial da inédita “Panorama do IoT no Brasil 2025”, realizada pela ABINC e pelo portal TI Inside. O estudo revelou um crescimento expressivo no uso de Inteligência Artificial embarcada em soluções IoT — 81,7% das empresas fornecedoras já utilizam IA, sendo que 38% oferecem essas soluções ao mercado e 43,7% estão em fase de desenvolvimento. No entanto, os desafios ainda são significativos: o custo de implementação lidera as barreiras com 23,9% das menções, seguido por limitações na infraestrutura de conectividade (22,5%) e pela baixa adesão dos clientes (21,1%).