Redação Newly

Metaverso x LGPD: Um espaço seguro para meus dados?

O impacto comportamental, vigilância e privacidade, roubo de identidade, golpes sofisticados de engenharia social e acesso de crianças e/ou adolescentes são apenas alguns dos tópicos que precisam de discussão urgente

Nos últimos meses, o termo Metaverso tem sido mencionado com frequência e seu desenvolvimento abraçado por grandes empresas. Contudo, pouco se fala sobre o que a terminologia quer dizer efetivamente e quais as implicações práticas na vida.

Em essência, o Metaverso diz respeito a tecnologias capazes de replicar a realidade ou de criar um universo paralelo por meio do uso de dispositivos e de ambientes digitais, como, por exemplo, jogos e até salas de reuniões interativas.

Portanto, o termo não se refere a uma única tecnologia ou a uma única empresa e sim a ambientes virtuais com um grau de imersão tão alto, que conseguem replicar em parte, ou em sua totalidade, as interações possíveis no mundo real.

O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou, em outubro de 2021, que o nome da empresa seria alterado para “Meta”, em uma alusão ao Metaverso. A princípio, pensou-se que fosse apenas uma jogada de marketing para dissociar a empresa das controvérsias que envolviam seu nome na época. Contudo, diante da própria apresentação do CEO, foram revelados que os ambiciosos planos da empresa abrangendo o Metaverso iriam muito além de um rebranding da empresa.

Embora possa parecer novo, os termos e conceitos do Metaverso foram usados pela primeira vez no livro do autor Neal Stephenson, Snow Crash, publicado em 1992. Assim como no romance de Stephenson, na prática, o conceito de Metaverso consiste em um ambiente virtual onde os usuários usam seus avatares para interagir uns com os outros e vivenciar uma experiência real.

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Imagine poder se mover para quase qualquer lugar da Terra utilizando avatares que se assemelham fisicamente com você na vida real, ou mesmo utilizar um avatar completamente diferente? Poderia até mesmo comprar roupas de marca, acessar seu banco e trabalhar, tudo em um só ambiente. Após o estabelecimento do Metaverso, tudo isso será possível. Grandes empresas de moda como: Nike, Ralph Lauren, Gucci, Balenciaga e outros, Bancos e até mesmos influenciadores digitais já estão apostando e investindo grandes quantias nesse “novo mundo”.

Dadas as mudanças iminentes, a inovação trazida pelo Meta, embora impressionante e futurista para muitos, é de grande preocupação para os países e seus reguladores em todo o mundo, principalmente quanto ao monopólio da Meta no Metaverso. Isso porque, o domínio massivo dessa nova tecnologia por uma única empresa significa assumir o controle das informações pessoais de inúmeros cidadãos ao redor do mundo, portanto, o domínio desses dados proporciona um uso arbitrário e inadequado.

Ainda assim, há um agravante: o Facebook, nome anteriormente dado ao Meta, foi envolto em grandes polêmicas ao longo de sua existência, notadamente relacionadas ao uso indevido dos dados pessoais de seus usuários para fins publicitários e até mesmo eleitorais. Assim, diferentemente da internet, que é uma sociedade sem fins lucrativos e que permite a coexistência de várias redes, neste caso teremos um cenário em que uma única empresa com credibilidade e reputação abaladas controlará o acesso à plataforma.

A engenheira de dados norte-americana, Frances Haugen, em entrevista à The Associated Press após as recentes polêmicas, disse que o Metaverso é “viciante e rouba mais informações pessoais” porque, segundo ela, o Facebook permitirá que grandes empresas de tecnologia tenham maior domínio sobre seus usuários e sobre informações pessoais da natureza de seus ambientes imersivos e compartilhamento de dados entre plataformas web, forçando os usuários a abrir mão de seus dados e privacidade.

Se as informações atualmente rastreadas pelas redes sociais forem contestadas, o Metaverso levantará preocupações ainda maiores. Os ambientes virtuais poderão coletar grandes quantidades de dados e informações monitorando cada ação que os avatares realizam, observando e analisando seus movimentos.

O crescimento na geração de informações é uma tendência que vem sendo percebida nos últimos dois anos, período em que, segundo artigo da Forbes, a quantidade de dados gerados é maior que toda a história da natureza humana. Se já é possível hoje na Internet mapear as preferências e hábitos de consumo dos usuários com base apenas em cliques, curtidas e tempo gasto em publicações, pode-se esperar recursos ilimitados para coletar e processar dados no mundo virtual. Pode haver mais elementos para analisar em novas plataformas, como batimentos cardíacos, expressões e reações a produtos e anúncios, além das interações que existem nas redes sociais atuais.

O impacto comportamental, vigilância e privacidade, roubo de identidade, golpes sofisticados de engenharia social e acesso de crianças e/ou adolescentes são apenas alguns dos tópicos que precisam de discussão urgente para acelerar o aumento da regulamentação. Qualquer uso indevido da infraestrutura Metaverso e a possibilidade de captura de dados fornecidos pela plataforma podem levar a violações graves.

Dessa forma, apesar das vantagens que a plataforma pode trazer, o Metaverso permitirá que a inteligência artificial descreva o comportamento de todos os usuários em uma escala maior do que as redes sociais podem fazer atualmente.

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Mas afinal, o que é um dado pessoal e como a LGPD traz a proteção de dados?

A Lei 13.709 de 14 de agosto de 2018, popularmente conhecida como Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), foi criada com intuito de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural, para os dados pessoais que serão tratados, incluindo o tratamento de dados no meio digital.

Afinal, o que seria um dado pessoal? Em seu artigo 5º a LGPD descreve o que considera ser os dados pessoais, sensíveis, anonimizados e banco de dados. Sendo classificado da seguinte maneira:

  • Dado pessoal- informação relacionada a pessoa natural identificada ou identificável. Por exemplo, documento de identidade RG, número de inscrição no CPF, nome e afins;
  • Dado pessoal sensível- toda aquela informação que defina raça, cor, origem, convicção religiosa, opinião política, orientação sexual, doenças e afins;
  • Dado anonimizado- informação utilizada quando não se pode identificar uma pessoa, explicando melhor, essa informação originalmente era usada por uma pessoa, mas passou por etapas para a desvinculação da informação com a pessoa. Esse dado, pela natureza de não identificação da pessoa, não é protegido pela LGPD
  • Banco de dados- conjunto estruturado de dados pessoais, estabelecido em um ou em vários locais, em suporte eletrônico ou físico.

A LGPD em seu artigo 13 traz a chamada pseudonimização, que nada mais é que o tratamento por meio do qual um dado perde a possibilidade de associação, direta ou indireta, a um indivíduo, senão pelo uso de informação adicional mantida separadamente pelo controlador em ambiente controlado e seguro.

Vale salientar que o dado anonimizado e pseudonimização, são informações distintas e não devem ser confundidos. O dado anonimizado não é capaz de identificar uma pessoa, já a pseudonimização é considerado um dado pessoal, por ser capaz de identificar uma pessoa através de um dado auxiliar que fica mantido em outro ambiente.

A proteção dos dados é feita através de um processo minucioso e detalhado de tratamento dos dados. Cada vez que navegamos por um site ou informamos algo para emissão de nota fiscal, por exemplo, vários dados são coletados e precisam ser minuciosamente tratados e acompanhados para que não se percam ou não cheguem em locais que não foram autorizados.

Todos os dados recepcionados, independente da maneira de recepção, precisa ter o aceite do titular do dado, sendo que o consentimento deverá referir-se a finalidades determinadas, e as autorizações genéricas para o tratamento de dados pessoais serão nulas. A partir do consentimento, opera-se o tratamento de dados que deverão ser acompanhados até a data de sua exclusão naquela base/banco de dados para que não prejudique a privacidade da pessoa natural.

Para a utilização das redes sociais, como o Facebook (agora nomeado como Meta), são coletados alguns dados iniciais, porém não há uma conferência desses dados, uma vez observadas a quantidade de contas falsas, bem como a quantidade de golpes de roubos de contas. Vê-se urgência na criação de tratamento eficiente para os dados pessoais e sensíveis coletados pelas redes sociais, porém ainda estamos em fase de adaptação, as empresas estão conhecendo e se adaptando a LGPD.

Ocorre que além da fase de adaptação temos o lado das pessoas naturais, que por muitas vezes, não possuem conhecimento de que os dados fornecidos são dados pessoais e sensíveis, que devem ser protegidos para que não haja a violação de privacidade. Se faz necessário que haja uma conscientização dos direitos dos titulares dos dados.

Na LGPD temos o capítulo III denominado como Dos Direitos do Titular, começando no art. 17 e finalizando no art. 22, e nele constam diversos meios de controlar e saber como seus dados estão sendo utilizados, como por exemplo o art. 19, que aborda a possibilidade do titular dos dados pessoais requisitar a confirmação e acesso aos seus dados, sendo possível receber um relatório simples para acesso imediato, ou um mais elaborado no prazo de até 15 (quinze) dias.

E, ainda, se prevê a possibilidade de ajuizamento para manutenção de seus direitos, como se vê no artigo 22 “A defesa dos interesses e dos direitos dos titulares de dados poderá ser exercida em juízo, individual ou coletivamente, na forma do disposto na legislação pertinente, acerca dos instrumentos de tutela individual e coletiva”.

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Se, em caso da má execução de tratamento de dados, houver dano patrimonial, moral, individual ou coletivo, em violação à legislação de proteção de dados pessoais, é obrigado a repará-lo. Sendo que, além da reparação dos danos causados, a empresa responsável poderá ser responsabilizada administrativa de diversas maneiras, definidas no artigo 52, como por exemplo, advertência, multas, proibição total ou parcial de atividades relacionados ao tratamento de dados.

Ao observar a realidade das fraudes cometidas nas redes sociais se esclarece a urgência na aplicação de um tratamento mais assertivo e início das aplicações de sanções para que as empresas responsáveis pelas redes sociais passem a cumprir a LGPD e tantas outras legislações sobre proteção de dados.

Diante da atual situação, podemos concluir que as empresas de tratamento de dados não estão preparadas para o desenvolvimento deste novo mundo virtual, ao olhar a perspectiva de proteção de dados.  Entretanto, com a devida aplicação do tratamento de dados e seguindo à risca o disposto na LGPD o metaverso será uma realidade mais segura.

As leis nacionais de proteção de dados incidirão na manipulação de informações pessoais no mundo virtual, e os agentes de processamento precisarão cada vez mais transparência, além da adoção de políticas e garantir o cumprimento de requisitos legais para esses dispositivos, como LGPD do Brasil. Dessa forma, as empresas devem assumir a responsabilidade ao processar os dados de inúmeros usuários, prestando contas e cumprindo os princípios trazidos pelas regras, garantindo o processamento transparente com finalidades legítimas, não excessivas e não violando os direitos dos titulares previstos na lei.

Por isso, será de extrema importância fortalecer as autoridades de proteção de dados, assumir uma postura proativa e preventiva sobre as tendências das novas tecnologias e monitorar as atividades, principalmente para as empresas que se beneficiam da produção de dados no mundo virtual. Além disso, a cooperação internacional entre essas entidades para desenvolver diretrizes, procedimentos e parâmetros para a aplicação de sanções terá um papel importante na padronização das boas práticas de privacidade e proteção de dados no cenário mundial.

Portanto, o Metaverso vai revolucionar a tecnologia e alterar a realidade, com efeitos colaterais positivos e negativos, que podem ser monitorados e fiscalizados por meio de ações conjuntas das autoridades competentes para regular a privacidade e a proteção de dados previsto na nossa LGPD.

Fonte: Ha Proposito

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Anywhere office sem liberdade e responsabilidade não é eficiente

*Por Estela Faust

É possível conquistar grandes resultados em qualquer tempo, lugar, espaço ou endereço. Sendo assim, o gerenciamento das equipes deve funcionar da mesma forma, independentemente de ambiente presencial ou remoto. E o papel da empresa tem de ser a manutenção da estrutura funcionando, times alinhados e trabalhando por um mesmo propósito.  

Apesar disso, entendo que esta não é a realidade da maioria dos trabalhadores. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Covid-19, o percentual de trabalhadores em regime remoto no final de 2020 era de 9,2%, com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estimando o potencial do trabalho remoto no país em cerca de 16,7% para os próximos anos. 

Isso ocorre principalmente porque algumas das dificuldades que o trabalho remoto nos traz são manter a produtividade e evitar a procrastinação. Todos já procrastinamos em algum momento e essa atitude é normal, mas é preciso evitar que isso aconteça e entender que há outras pessoas que dependem de nós para executar determinadas tarefas. Manter o estímulo dos colaboradores seguindo uma rotina produtiva, com foco no resultado, é difícil e requer muito esforço. Mas vale a pena! Tenho visto resultados satisfatórios na Conviso, que sempre atuou de forma remota. 

Acredito que a liberdade com responsabilidade seja a chave para as empresas que estão no começo da jornada de anywhere office. Os colaboradores precisam, acima de tudo, entender que o sucesso de todos é o seu próprio sucesso. Assim como o problema de todos também é o seu próprio problema. Confundir liberdade com falta de responsabilidade pode ser um equívoco por parte das empresas: na Conviso, acreditamos na autonomia com alinhamento.  

Enquanto diversas companhias viram o desafio de se adaptar durante a pandemia, a Conviso não teve problemas, sendo remote first desde a sua criação, há 14 anos. O que aconteceu foi que isso transformou e humanizou todos os nossos processos remotos. Nós realmente sentimos falta dos nossos colegas de trabalho e acordamos para o fato de que as comunidades das quais fazemos parte em nosso trabalho fazem total diferença em nossas vidas. 

Portanto, o principal ponto para adoção do anywhere office de sucesso é garantir que todos tenham voz e a autogestão. Nada de microgerenciamento! Todos são responsáveis pelos recursos da empresa, todos são gestores e lideram iniciativas e projetos, ninguém é um mero comandado.  

Justamente para gerar mais conexão, incluímos no nosso dia a dia rituais que promovem conversas regulares através de videochamadas. Criamos momentos descontraídos de conexão entre nossos colaboradores, como um happy hour online, que acontece nas últimas sextas-feiras de cada mês. Além disso, uma vez por mês fazemos uma reunião para toda a equipe, que chamamos de “All Hands Meeting”. Trata-se da reunião de alinhamento por excelência: todo assunto que precise ser comunicado ou discutido com todos os colaboradores deve ser pauta dessa reunião. Esses rituais são essenciais para manter alinhamento, transparência e reforço cultural. 

Também é essencial que o propósito da empresa esteja bem alinhado, que os colaboradores tenham clareza da importância do seu trabalho, saibam definir prazos e analisar prioridades, sigam os rituais propostos pelo time e pela empresa. 

A Conviso fornece as ferramentas necessárias e conta com o apoio de uma liderança presente para manter um ambiente de trabalho saudável, colaborativo, de qualidade e resultados. A partir da adoção do anywhere office para todos os colaboradores, temos a possibilidade de contratar pessoas de todos os lugares, conseguimos aumentar o alcance das nossas oportunidades, facilitando o encontro do candidato ideal. Isso ajuda na adoção de estratégias mais inovadoras para atrair talentos, principalmente em uma área que sofre com a escassez de mão de obra especializada. 

Times híbridos que trabalham com times remotos têm maior dificuldade em manter o alinhamento e conexão, apesar do modelo ser o preferido das empresas, segundo a pesquisa Tendências em gestão de pessoas da Great Place To Work (GPTW). Nela, 66% dos gestores entrevistados afirmaram que o modelo será o principal adotado durante o ano de 2022. O fato é que o trabalho presencial não tem mais espaço, principalmente para os funcionários. Por isso, precisamos estar conectados e alinhados para alcançar o propósito da empresa e então, o nosso. 

Afinal, podemos realizar grandes feitos trilhando uma carreira solo, mas não há limites para o que podemos alcançar quando trabalhamos em colaboração. 

Nunca é tarde para começar 

Criar uma rotina de trabalho remoto com liberdade e produtividade já é assunto antigo para algumas empresas. Mas, para as lideranças que desejam, finalmente, adotar o anywhere office para todos o tempo inteiro, sugerimos olhar com atenção para alguns pontos: 

Comunicação – Ao gerenciar equipes remotas, a confiança e a construção de um relacionamento podem ser enfraquecidos ou até mesmo não desenvolvidos. Então é preciso cuidar bem disso para que não aconteça.  

Distanciamento entre colaborador e empresa – É importante dar o suporte necessário para que haja conexão e engajamento dos colaboradores, sem invadir o espaço pessoal do colaborador e respeitando o horário de serviço. 

Motivação da equipe – É preciso manter uma cultura de reconhecimento e celebrações de resultados, bem como manter uma rotina de feedbacks com sinceridade. 

Resolução de conflitos – Quando ocorre um conflito em espaço online, as coisas ficam um pouco opacas, diferentemente do presencial, no qual é visivelmente percebido. Por isso, é importante ter uma comunicação assertiva e não violenta. 

*Estela Faust é Employer Branding Analyst na Conviso. 

Fonte: Mondoni Press

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Relatório mostra como setor de energia é um dos alvos preferidos de ataques cibernéticos

Em relatório lançado pela Verizon, dados apontam que criminosos buscam raptar informações de credenciais de empresas gigantes e mundiais do setor de energia

Mais de 60% de todos os ataques foram de phishing, técnica para enganar usuários e obter informações confidenciais

Um recente relatório da Verizon, empresa norte-americana de telecomunicações, aponta o setor de energia, que engloba petróleo, gás, mineração e extração, como um dos mais visados para ataques cibernéticos.

Sem contar a crise mundial energética, impulsionada pelo conflito entre a Rússia e a Ucrânia, as indústrias de energia e extração acabam se tornando alvo em potencial para os cibercriminosos, tanto por conta de seus posicionamentos estratégicos dentro das economias mundiais, quanto pelas informações valiosas que podem ser “trocadas” por quantias absurdas, e até servirem para espionagem.

“A área de energia é a mais estratégica dentre todas as infraestruturas, pois, além de ganhos financeiros diretos, adversários podem extorquir as empresas que mantêm um serviço essencial à sociedade. Além disso, adversários mais sofisticados, como grupos de APT (Advanced Persistent Threats) e estados-nação podem estar interessados em ter acesso a plataformas de controle do setor para operações estratégicas”, diz Sandro Süffert, CEO da Apura Cyber Intelligence, que atua no desenvolvimento de soluções para monitoramento e detecção de possíveis ameaças virtuais e atua em parceria com empresas no mundo todo, como a própria Verizon.

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E, nesse sentido, a ameaça é em escala global. Sejam conglomerados internacionais privados, como a Exxon Mobil (Estados Unidos), a RDSA (Países Baixos), a Gazprom (Rússia), ou empresas ligadas aos governos locais, como a PetroChina (China) e a Petrobras (Brasil), a ousadia dos criminosos é ilimitada e brechas na segurança das redes e informações são testadas o tempo todo, na tentativa de encontrar falhas que permitam os ataques.

Segundo o relatório, em 2021, ano de análise, foram 403 incidentes monitorados, e 179 que tiveram a confirmação de vazamento de dados; 78% apresentaram motivação financeira, enquanto 22% das ameaças buscavam a quebra de sigilo de dados para espionagem.

Chama atenção que mais de 60% de todos os ataques foram de phishing, que é uma técnica de engenharia social usada para enganar usuários e obter informações confidenciais, como nome de usuário, senha e detalhes do cartão de crédito, a partir de mensagens falsas, como e-mail, links, websites e até mesmo apps. O meio mais usado, segundo o relatório, foi o dos servidores de e-mail das empresas, seguido por aplicações web e desktop.

Isso levou ao grande número de credenciais roubadas (potencialmente coletadas por phishing) e ransomware, que é o “rapto” de informações em troca de resgates. “Ter esses dados em mãos dá muito poder de barganha aos criminosos”, diz Süffert.

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O especialista aponta, também, que o problema poderia ser muito maior se não fossem empresas que se especializam a cada dia mais no desenvolvimento de soluções que buscam identificar ameaças antes de elas se consolidem em ataques efetivos. Sistemas como o BTTng monitora milhões de informações na internet em busca de padrões que possam apontar para uma possível ameaça e, assim, emitir alertas para a empresa redobrar a atenção e ativar seus sistemas de proteção em nível máximo, inclusive, avisando aos funcionários para os riscos de acessar qualquer conteúdo não certificado.

“A criatividade e ousadia dos bandidos é muito grande e, por esta razão, quanto menos oportunidades e maior prevenção as empresas de energia investirem, menor o risco de terem que lidar com a perda de informações valiosas”, finaliza Sandro Süffert.

SERVIÇO

Para consultar o relatório, https://www.verizon.com/business/resources/reports/dbir/

Sobre a Apura, https://apura.com.br/

Fonte: Engenharia da Comunicação

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Falta de profissionais de TI pode impactar futuro do setor

Influenciador e head de tecnologia, João Gabriel aponta caminhos para diminuir lacuna de especialistas do mercado tech no país

A procura por profissionais de tecnologia teve um grande salto no país a partir de 2020. A possibilidade de transformação social a partir dos grandes avanços salariais da classe, cada vez mais atraem interessados em atuar no mercado tech. Apesar da grande procura das empresas, o Brasil ainda sofre com a quantidade de vagas não preenchidas no setor pela ausência de profissionais.

De acordo com uma pesquisa da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e de Tecnologias Digitais (Brasscom), o país deve chegar em 2025 com um déficit de quase 800 mil profissionais de tecnologia.

“Mesmo que exista atualmente uma procura imensa por profissionais de tecnologia, o Brasil não consegue formar pessoas o suficiente para suprir esta demanda que cresceu principalmente a partir de 2020, com a chegada da pandemia e aceleração digital nas empresas” explica João Gabriel, head de tecnologia da Ideen e influenciador digital.

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Cursos e projetos sociais podem auxiliar a diminuir falta de profissionais 

João participa de comunidades de tecnologia que buscam a transformação social através da tecnologia em bairros periféricos. O desenvolvedor é embaixador do Mais1Code, projeto que busca, com auxílio da tecnologia, ascender socialmente jovens e adolescentes de periferia em quase todo território nacional.

Para o influenciador, este pode ser um caminho para diminuir a lacuna de profissionais de tecnologia no país: “Nos locais periféricos do Brasil existe muito talento escondido, por isso, ter maneiras de descobrir esse público é essencial para diminuir a falta de profissionais do setor e também mudar a vida dessas pessoas por meio da tecnologia” comenta João

Além da construção social de oportunidades por meio da tecnologia, outro ponto destacado por João são os cursos, sejam eles gratuitos, pagos, profissionalizantes ou tecnológos. Segundo o influenciador, este tipo de oferta tem ganhado cada vez mais espaço na construção de novos profissionais.

“As pessoas, até pelas graduações tradicionais terem mais tempo de duração, estão procurando cursos que tenham maior praticidade e menor tempo de estudo, para que assim possam entrar no mercado de trabalho com mais rapidez”, conta João.

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Aprendizado como forma contínua de atualização 

O Matuto Programador, como João Gabriel se apresenta nas redes sociais, possui o hábito de destacar cursos gratuitos em seu perfil no LinkedIn, além de dar enfoque na importância dos estudos na estruturação e consolidação de carreira de quem está trilhando este caminho ou que deseja iniciar ele.

“O profissional de TI hoje deve estar amplamente atento ao avanço do mercado. Não basta apenas a graduação, ou realizar cursos, o cenário ideal é que esses especialistas possam unir os dois mundos na busca por conhecimento e atualização constante”, afirma o desenvolvedor. 

Em um mundo constantemente transformado pela tecnologia, a procura por diversas formas de ensino pode se tornar um importante aliado na construção de um profissional completo e preparado para o mercado de trabalho.

Fonte: Agência Contatto

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Uma cultura organizacional com foco em segurança

Por Wagner Elias*

Se o primeiro erro de um programador é não se preocupar com a segurança, o principal equívoco dos líderes de segurança cibernética nas empresas é não incentivar uma cultura com foco em segurança. O processo de capacitar toda a equipe de desenvolvedores para avaliar e tratar as vulnerabilidades é longo e complexo, pois ainda falta maturidade técnica para lidar com esse desafio.

Atualmente, vemos diversas empresas que já destinam um orçamento para segurança de aplicações, só que esse investimento é voltado para contratação de ferramentas automatizadas, na maior parte dos casos. A criação de aplicações seguras precisa ser tratada como uma mudança cultural forte, envolvendo toda a companhia, principalmente os setores diretamente ligados ao desenvolvimento de software.

Entendo que AppSec é uma responsabilidade compartilhada entre todos os envolvidos e, não necessariamente, entregue para apenas uma área. Para garantir que essa mentalidade seja implementada corretamente, é aconselhável a adoção de um programa de Security Champion, no qual todo o time é treinado para lidar com o desafio de segurança de aplicações, garantindo que a agenda da equipe de software esteja dedicada à não criar vulnerabilidades ao invés de corrigi-las nas fases de teste.

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Mas, por que capacitar? Diversas vezes, os profissionais envolvidos com desenvolvimento não têm conhecimento sobre todos os riscos. É neste ponto que a conscientização se faz importante, apresentando os impactos negativos que a exploração de vulnerabilidade traz aos negócios e prepará-los para lidar com isso no dia a dia.

Security Champions têm a responsabilidade de levar essa cultura para a empresa, focando sempre em ajudar e pedir ajuda aos times de especialistas em segurança, quando necessário. Pensando na prática de AppSec, o Security Champion tem o principal objetivo de verificar se o produto final está seguindo os requisitos antes de chegar à fase de testes, sendo grandes parceiros durante todo o desenvolvimento. O profissional que assume este papel consegue, de forma extremamente efetiva, estabelecer uma comunicação entre as equipes de segurança e desenvolvimento, garantindo a qualidade dos softwares de dentro para fora.

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Em 2021, o Gartner revelou que cerca de 35% das empresas estão empenhadas em construir seus programas de Security Champions. Este aumento é interessante, mas é fato que as empresas ainda não enxergam de que forma a criação de times de Security Champions pode impactar positivamente todo o processo de criação de aplicações.

Ainda falta maturidade técnica e estruturação das empresas para lidar com esse desafio. Vemos diversas empresas que já destinam um orçamento para segurança de aplicação, só que esse orçamento é voltado para contratação de ferramentas automatizadas, na maior parte dos casos.

O conhecimento dos requisitos básicos de arquitetura de software e nuvem é apenas o primeiro passo em um longo caminho de capacitação e treinamento para mudar a cultura dentro da empresa e, finalmente, desenvolver pensando primeiro em segurança e depois em funcionalidade.

*Wagner Elias é CEO da Conviso

Fonte: Mondoni Press

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Universidade inova com Metaverso e ambientes tecnológicos

Projeto Betha Unoeste proporciona imersão tecnológica exclusiva e transforma o processo de aprendizagem

É jogo ou vida real? A sensação provocada pela alta tecnologia traz dúvidas se aquilo que os olhos veem e o corpo sente é realmente uma ilusão. Se você já teve a experiência de colocar um óculos de realidade virtual, sabe bem o que isso significa. Agora, imagine um espaço que reúne realidades Aumentada, Virtual, Mista e Metaverso, além de holografia projetada em tempo real. Parece até descrição de um brinquedo padrão Disney ou Universal, não é mesmo?! Mas esse recurso já é realidade nos campi de uma universidade e a tecnologia exclusiva empregada vem revolucionar o processo de aprendizagem, algo pioneiro no setor educacional.

O Projeto Betha da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista) compreende ambientes que proporcionam imersão inusitada aos alunos, por meio de gamificação e metodologias que podem ser utilizadas para todas as áreas do conhecimento. Esse projeto teve início com a Sala Betha, implantada em 2019 no campus 1 de Presidente Prudente e foi levada também para os novos campi de Jaú e Guarujá. As grandes novidades, agora, são o Lab Arena e o MultiVerso Labs. 

Antônio Sérgio Alves de Oliveira, responsável pelo Departamento de Design Instrucional da Unoeste e idealizador do projeto, conta que esses laboratórios devem ser entregues já neste segundo semestre. De acordo com ele, os cenários são elaborados com a fusão de metodologias e a aprendizagem ocorre de forma totalmente gamificada, lúdica e emocionante. O diferencial é que todos os aplicativos são desenvolvidos por sua equipe e todos os equipamentos adquiridos são de última geração.

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Arena: agilidade na tomada de decisão

O primeiro Lab Arena está sendo finalizado no campus 1. Em uma sala de um pouco mais de 7 metros de diâmetro e extremamente escura, os alunos encontram uma arena elevada em 15 cm, em forma de mandala, cercada por uma parede de 2,5 metros de altura e composta por círculos para 36 pessoas. No teto está projetada uma estrutura metálica circular para acomodar todos os projetores de luz, suporte para holografia em 360° e TV.

Antônio Sérgio explica que a intenção é impactar, provocando estímulos sensoriais. “A emoção inicia no corredor da arena. Ao acessá-la, o participante pisará em um círculo dentro da mandala, o qual acionará o sistema de iluminação e áudio projetando sobre ele uma luz que indicará o início do jogo. Ao centro, uma holografia projetada de 1,5 metros em 360° e fumaça lançada tornam a proposta ainda mais impactante”, detalha.

Com o start e toda ambientação proposta pelo cenário, o participante escolhido para dar a resposta da rodada precisa ser rápido em seu raciocínio e se errar, é eliminado. Vence quem ficar por último na arena. Contudo, a todo momento o desempenho dos jogadores está sendo analisado pelo docente e até a estratégia utilizada pelo vencedor é avaliada.  

Multiverso Labs

O conceito de metaverso tem gerado curiosidade e expectativa. Trata-se de um universo a parte, onde é possível criar um avatar e participar de eventos, interagir com outras pessoas (avatares), construir coisas, realizar atividades, tudo isso de forma virtual e em tempo real. O Multiverso traz essa dinâmica e muito mais. “São ambientes imersivos que permitem realizar experimentos realistas e sofisticados com os principais recursos de um laboratório físico”, explica o designer.

A metodologia imersiva tem o foco na aprendizagem experiencial e na prática com o estudo de casos, storytelling e aprendizado baseado em desafios. “O usuário assume o papel do profissional e precisa solucionar um problema. O formato proporciona uma experiência empática que gera engajamento e estimula a autonomia e o aprendizado por meio da simulação”.

Para exemplificar, o designer descreve três cenários no metaverso voltados à área da saúde, mas salienta que as possibilidades são infinitas para todas as áreas do conhecimento. O interessante é que as dinâmicas podem ser realizadas com os participantes dentro do laboratório utilizando os óculos de realidade virtual ou de qualquer outro lugar.

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1º) Anamnese no Metaverso: a anamnese é como se fosse a entrevista que o médico ou outro profissional da saúde realiza com o paciente, para coletar o máximo de informações de seus sintomas e tomar a conduta correta. Da própria casa o aluno entra no cenário virtual de um consultório, por meio de seu avatar, onde também terá outros avatares: paciente (ator) e professores. Então o aluno inicia a anamnese e o ator começa a passar o que está sentindo. No mesmo consultório virtual estará o professor assistindo e avaliando a conduta do acadêmico simultaneamente.

2º) UTI no Metaverso: neste cenário, os alunos/avatares entram na Unidade de Terapia Intensiva e se deparam com outro avatar deitado (paciente-ator) e mais dois professores/avatares. Ao lado do paciente tem um monitor cardíaco e um ventilador. Se ele estiver entubado, então o aluno vai tocar no ventilador, o qual será ampliado na tela para que sejam indicados os parâmetros. Os docentes estarão dentro da mesma sala observando toda a conduta em tempo real.

3º) Instrumentação cirúrgica: ao entrar no metaverso, terá um paciente/avatar sendo operado e ao lado a mesa de instrumentação cirúrgica. O aluno terá que passar os instrumentos solicitados pelo cirurgião com as mãos ou se estiver com o óculos de realidade virtual a ação será através de contato visual.

Sala Betha

A Sala Betha está presente nos campi 1 (Presidente Prudente) e também em Jaú e Guarujá. As atividades são desenvolvidas em tecnologias como mesas interativas, realidades virtual, aumentada e mista, holografia, peças impressas em 3D, dispositivos móveis e projetores de alta definição. Conheça mais esse espaço no vídeo 360°, clicando neste link. Ah, e assista pelo celular para ter uma experiência ainda mais emocionante.  

Fonte: Unoeste

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Fora da curva: Por que estrangeiros estão apostando no mercado brasileiro?

Na contramão da crise global causada pela alta dos juros, empresas e empreendedores de fora contam os motivos de continuarem investindo no país

Enquanto o mercado de inovação sente a alta dos juros que vem gerando milhares de demissões em consequência dos conflitos na Europa, resquícios econômicos da pandemia, entre outras razões, algumas empresas internacionais e até mesmo empresários estrangeiros estão enxergando oportunidades para continuar se sobressaindo em diversos segmentos no Brasil. Quais estratégias estão abordando para conter essa desaceleração que muitas startups estão sofrendo? Quais os motivos que tornam o país atrativo para esses empreendedores manterem seus negócios aquecidos? 

Apesar dos desafios atuais no mercado, além de um conjunto de regulamentações rigorosas, Brad Liebmann, empreendedor americano e CEO do alt.bank, fintech brasileira focada em levar justiça financeira por meio de práticas justas, está confiante entrando na concorrência dos bancos digitais brasileiros. “Apesar do mercado ter mudado, mantemos um ritmo de contratação. O segredo é um bom planejamento, por isso, temos dinheiro e não vamos sair da concorrência, muito menos dar um passo maior do que podemos. Nos últimos seis trimestres nossa média de contratações tem sido de duas pessoas por mês. Atualmente contamos com 113 colaboradores”, comenta o empreendedor. 

“Apostamos em oferecer aos usuários mais controle das operações de crédito e débito. Chegamos em 2019, e este mês lançamos o cartão de crédito no Brasil. A lista de espera para o cartão de crédito era de cerca de 200 mil usuários até semana passada, crescendo cerca de 1.400 por dia, segundo a empresa”, complementa.

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Ao mudar de segmento, também é notado um movimento. A liberação da telemedicina – impulsionada pela pandemia – e o potencial do mercado de beleza brasileiro, o quarto maior do mundo, perdendo apenas  para os Estados Unidos, China e Japão, motivou a vinda da alemã FORMEL Skin ao Brasil. Já um sucesso na Alemanha e Suíça, a health tech decidiu aterrissar no Brasil após receber o investimento de 30 milhões de euros na maior série A da Europa. “Os brasileiros são muito focados em saúde e beleza, e lançar a nossa marca aqui é estratégico, não apenas do ponto de vista dos negócios, como também no que diz respeito à saúde de modo geral”, explica a médica Sarah Bechstein, dermatologista e co-fundadora da FORMEL Skin. 

A marca oferece planos que incluem consultas dermatológicas via telemedicina com envio de produtos personalizados, além de acompanhamento virtual, a partir de R$147 por mês com cobertura em todo o país. Em processo de expansão, a FORMEL SKIN também oferece oportunidades de emprego para formar a equipe no Brasil.

Ainda há aqueles que estão inovando as vendas em moda e trazendo para o Brasil tendências que são sucesso no exterior, Samuel Negrão, cidadão americano nascido no Brasil, após passar três anos trabalhando na Rakuten Japão, uma das maiores plataformas de e-commerce do mundo, tinha interesse em voltar para ao país natal para abrir algo no setor usando o conhecimento adquirido na Ásia. Com interesses em comum com Amanda Martins, que fez parte do time que lançou a Uber, Hai Habot,  ex-executivo de tecnologia do Walmart, Ebay e mentor do Google Global Startup Accelerator e Oksana Semenov  eBay e AOL, fundaram a Livela

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“O Brasil é o segundo no ranking de países que passam mais tempo nas redes sociais. Além disso, de acordo com o Video Marketing Statistics 2022, 60% dos consumidores são mais propensos a comprar, se assistem um video demonstrativo do produto”, comenta Samuel Negrão, co-fundador da Livela.  

O time chamou a atenção da Sukhinder Singh Cassidy, renomada alta executiva do Vale do Silício, que aposta no sucesso do negócio  e realizou o investimento anjo na empresa. A plataforma propõe digitalizar a chamada “compra por descoberta” no Brasil, por meio de conteúdos relevantes e curadoria de produtos minuciosa feita por especialistas. Esse modelo de negócio – que já é sucesso nos Estados Unidos e China – vem impactando milhões de clientes ao redor do mundo, gerando bilhões de dólares por ano  e criando alguns novos unicórnios. 

Apesar de ter menos de seis meses, a empresa vem apresentando crescimento acelerado, de acordo com empresário. “Quando lançamos o produto fazíamos uma live por semana. Após dois meses, já contamos com cinco lives por semana, algo inédito nesse segmento. Continuamos trabalhando para duplicar essa frequência. A nossa expectativa é tornar a Livela a maior plataforma digital focada em conteúdo e compras por descoberta no Brasil”, finaliza.

Fonte: VCRP Comunicação

O papel dos algoritmos na propagação das fake news

Lançamento de Magaly Prado, Doutora em Comunicação e Semiótica, pontua o uso da inteligência artificial na formação de radicalizações e bolhas sociais

De meros conjuntos de instruções para a realização de uma tarefa, os algoritmos se tornaram personagens de destaque em um amplo debate sobre a sustentação dos preceitos democráticos em todo o mundo. Eles também são o ponto de partida do livro Fake News e Inteligência Artificial, lançamento da editora Almedina Brasil. A obra da Doutora em Comunicação e Semiótica, Magaly Prado, explora as origens da desinformação, analisa o impacto destrutivo das notícias falsas e indica os caminhos para a superação do problema.

Fruto de um trabalho de quatro anos de pesquisa e ampla investigação de áreas do conhecimento como big datamachine learning e blockchain, o livro explora o uso da inteligência artificial para a produção e disseminação de conteúdos inverídicos, enganosos, dissimuladores e potencialmente danosos. Presentes no dia a dia da população, mesmo que disfarçados ou despercebidos, os algoritmos hoje influenciam a tomada de decisões, contribuem para as radicalizações e fomentam a formação de bolhas sociais.

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Ao abordar diferentes vertentes da inteligência artificial, Magaly Prado revela como o uso indevido destas tecnologias tem afetado negativamente as democracias. Com apenas alguns cliques, é possível produzir páginas, fotos, áudios e vídeos adulterados com o intuito de reforçar opiniões, mesmo que autoritárias ou discriminatórias, ou ainda desmoralizar poderes e personalidades. Esta praticidade, aliada às possibilidades de rápida distribuição de conteúdos, mina a confiança em instituições como o poder público, imprensa, as organizações científicas e as entidades artísticas.

Em Fake News e Inteligência Artificial, a autora se debruça sobre temas como a disputa pelas informações pessoais dos usuários na internet, o papel dos algorítimos nas mídias sociais e na distribuição de notícias e a conexão entre polarização e desinformação. Sem se abalar pelo pessimismo, a especialista destaca ainda as possibilidades, já existentes, para o controle e eventual eliminação das fake news. Isso sem desconsiderar argumentações essenciais como a necessidade de uma regulação que não incite e não emule a censura.

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Ficha técnica

Livro: Fake News e Inteligência Artificial
Autora: Magaly Prado
Editora: Editora Almedina Brasil, selo Edições 70
ISBN: 9788562938658
Páginas: 424
Formato: 13x23x0,7
Preço: R$ 99,00
Onde encontrar: Editora AlmedinaAmazon

Sobre a autora

Magaly Prado, é doutora em Comunicação e Semiótica e mestre em Tecnologias da Inteligência e Design Digital pela PUC-SP, é também professora da pós-graduação Transformação Digital. Bolsista de pós-doutorado da Cátedra Oscar Sala (Instituto de Estudos Avançados) e da Escola de Comunicações e Artes (ECA), integra o time de pesquisadores do Center for Artificial Intelligence (C4AI), da Universidade de São Paulo (USP). Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero, é autora dos livros “Produção de Rádio: um Manual Prático”, “Webjornalismo”, “História do Rádio no Brasil”, “Ciberativismo e Noticiário: da mídia torpedista às redes sociais” e “Fake News e Inteligência Artificial”.

Sobre a editora

Fundada em 1955, em Coimbra, a editora Almedina orgulha-se de publicar obras que contribuem para o pensamento crítico e a reflexão. Líder em edições jurídicas em Portugal, a editora publica títulos nas áreas de filosofia, administração, economia, ciências sociais e humanas, educação e literatura. Em seu compromisso com a difusão do conhecimento, ela expande suas fronteiras além-mar e hoje traz ao público brasileiro livros sobre temas atuais, em sintonia com as necessidades de uma sociedade em constante mutação.

Fonte: LC – AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO

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Cashback: consumidor brasileiro economizou R$ 2 milhões em compras no primeiro semestre de 2022

Levantamento realizado pela fintech Beblue aponta vantagens do consumo realizado por meio do cashback

De acordo com o levantamento inédito da fintech Beblue, especializada em cashback, os brasileiros economizaram R$ 2 milhões em compras com o uso de cashback – dinheiro de volta – entre janeiro e junho deste ano. A pesquisa foi realizada a partir dos dados de consumo dos clientes cadastrados na plataforma digital da empresa. Segundo Sandra Campos, CEO do Beblue, os consumidores estão entendendo mais a importância do benefício no dia a dia. “As pessoas estão preferindo realizar compras ou pagar suas contas em aplicativos ou locais que entreguem mais vantagens, e receber dinheiro de volta após essas transações faz a diferença na hora de fechar o orçamento no fim do mês”, conta. 

Além de economizar dinheiro, o consumidor também acumulou R$ 2,4 milhões em recompensas na carteira digital nestes últimos meses. “Desde o ano passado, notamos as pessoas procurando mais por cashback, tanto pelo aumento do conhecimento sobre o benefício quanto para economizar, então a alta utilização já era esperada para este período”, afirma Sandra. 

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Ainda segundo o levantamento, é possível identificar em quais setores os brasileiros mais gastaram, traçando um padrão de consumo dos usuários. Em primeiro lugar estão os gastos com mercearias e supermercados, seguido de lojas e mercadorias gerais e, em terceiro, as vendas em geral, como de campanhas e promoções. Para Sandra, isso é reflexo do aumento da confiança do consumidor no sistema de recompensas, principalmente depois que o passaram a enxergar como uma vantagem. “Com a alta da inflação, qualquer ‘economia’ feita é bem-vinda para o consumidor, ainda mais nos gastos básicos, como compras no supermercado”, avalia. 

Sobre a Beblue

Fundada em 2016, na cidade de Ribeirão Preto (SP), a fintech Beblue assumiu o pioneirismo no Brasil como meio de pagamento que permite ao consumidor ampliar o poder de compra com sistema de recompensas em cashback. Em 2019, a startup passou por reestruturação organizacional e tecnológica após aporte recebido do fundo de investimento Vector Inovação e Tecnologia (VIT), que também detém o controle societário. E, em 2022, anunciou a atuação como carteira digital, permitindo a realização de uma série de transações financeiras em um só lugar. Saiba mais aqui.

Fonte: Markable Comunicação

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IoT e AI à serviço da competitividade

Novas tecnologias estão se tornando alavancas de valor para empresas que sofrem com margens apertadas 

A IoT (Internet das Coisas) e a AI (Inteligência Artificial) ajudam setores como call center, facilities, varejo e indústria a reduzir custos e ganhar eficiência. Como conseqüência, se tornam mais competitivas e melhoram margens de lucros. O segredo, segundo Leandro Simões, CEO da EVOLV, é a possibilidade de parametrização, controle e gerência online e em tempo real que as novas tecnologias permitem.

Uma das principais vantagens do uso dessas tecnologias é a velocidade com que as soluções começam a apresentar resultados positivos. Isso ocorre, segundo Simões, por conta do DNA tecnológico da Internet das Coisas e Inteligência Artificial, que desde o primeiro segundo de operação começam a coletar e analisar as informações do sistema onde foram inseridas.

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“Com sensores IoT é possível coletar dados e parâmetros relevantes dos processos de diferentes áreas de uma empresa. Com essas informações disponíveis em uma plataforma inteligente é possível começar a gerar indicadores que sejam relevantes para o negócio, de maneira prática e acionável”, explica Simões.

Este tipo de solução tecnológica customizável pode ser aplicada a qualquer empresa, principalmente naquelas em que as margens de lucro são apertadas e a competitividade é fator chave para o sucesso. “Saber quais são os gargalos e em quais áreas da empresa é possível otimizar processos significa produzir mais com menos recursos. Ter dados é fundamental para isso, é o conceito de que quem não controla, não melhora”, afirma Simões.

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Soluções de IoT podem ser aplicadas para monitorar desde parâmetros de linha de produção na indústria, aplicações essas que hoje já são comuns, ou indo até monitorar processos das áreas de facilities e manutenção de uma empresa, que geralmente são áreas de suporte ao negócio e que, tipicamente, não contavam com essas ferramentas. “O que temos observado é que existe muita oportunidade em reduzir custos em atividades de facilities, como limpeza de ambientes, gestão de climatização e consumíveis, bem como áreas de manutenção, como predizer a saúde de um equipamento antes de uma falha ocorrer. Acredito que essas áreas poderão trazer grande diferenciação do ponto de vista de custos e eficiência das empresas nos próximos anos”, observa Simões.

Casos de sucesso

Como exemplo para as áreas de facilities, a EVOLV desenvolveu uma solução que otimiza a limpeza de banheiros e ambientes, com aplicação de sensores de que medem o fluxo de pessoas nesses locais em tempo real. Essa informação é passada para um sistema de controle e gerenciamento que alerta a equipe de limpeza o momento ideal para se deslocar ao ambiente.

“Ao conseguir mensurar e otimizar a limpeza, o gestor de facilities consegue evitar desperdícios de água e economizar em material de limpeza, evitando visitas da equipe de limpeza antes que seja necessário”, afirma Simões. “Além disso, o gestor recebe informações úteis sobre o fluxo de utilização dos ambientes, podendo assim programar melhor a quantidade de funcionários necessários para realização dos serviços, bem como determinar os melhores horários”, completa o CEO.

Conhecer o fluxo de pessoas também é uma vantagem para varejistas, que podem determinar os melhores dias e horários para ações de marketing e assim aumentar o tíquete médio das vendas. Outra oportunidade que esta informação permite é determinar a quantidade de colaboradores para atender os consumidores, assim como a frequência da disponibilidade de produtos em exposição.

Fonte: A Fonte Comunica

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