novembro 7, 2024 novembro 7, 2024 / Por Redação Newly
ClickPix promete checkout de apenas um clique nas vendas online, reduzindo tempo de compra em até 52% comparado aos meios tradicionais de pagamento
O ClickPix, nova solução da Woovi, promete facilitar e agilizar vendas no e-commerce, reduzindo o tempo de compra em até 52% e o abandono de carrinho. A nova ferramenta será apresentada oficialmente ao público no RD Summit, que acontece nesta semana no Expo Center Norte, em São Paulo. A solução aposta no conceito de Pix First, oferecendo uma experiência de checkout único e reforçando o uso do Pix, como uma alternativa aos meios tradicionais de pagamento.
Em média, um e-commerce tem uma taxa de conversão de 1,33%, um baixo número gerado pela usabilidade ruim, lentidão, longo checkout, fricção no processo e antifraude restritivo. Por essa razão, Rafael Turk, CEO da Woovi, explica que o ClickPix surge para mudar o cenário atual deixando o processo rápido, eficaz e 100% seguro. “Nossa solução reduz significativamente o tempo de transação. É um ganho de mais da metade do tempo, além de garantir a queda nos números de abandono de carrinho. Permitimos o reconhecimento do mesmo usuário em toda a rede de lojas parceiras Woovi. Fora isso, estamos falando de um processo em que também é possível fazer recuperações de vendas via WhatsApp”.
Essa nova tecnologia promete aos comerciantes uma melhora na taxa de conversão além de oferecer uma experiência de pagamento familiar e segura para o cliente, reforçando o uso do Pix como uma alternativa eficiente aos meios tradicionais de pagamento. Segundo Rafael Turk, o objetivo da Woovi é transformar a forma de pagamento, utilizando tecnologia e integrações eficazes, como o Pix, em uma experiência ainda mais rápida e intuitiva para o e-commerce, trazendo um impacto significativo para o mercado de meios pagamentos no Brasil, facilitando transações instantâneas e cada vez mais seguras.
novembro 5, 2024 novembro 5, 2024 / Por Redação Newly
*Por Lucas Felisberto
Lucas Felisberto, Vice-president Sales & CS at Jitterbit.
Você já percebeu como o uso de IA está deixando de ser exclusividade das grandes empresas e de especialistas em tecnologia, e se tornando acessível até para negócios de pequeno e médio porte? A transformação que antes parecia distante agora é uma realidade ao alcance de qualquer empresa que quer crescer com agilidade e inovação. Essa é a verdadeira revolução da democratização da IA: simplificar o acesso a tecnologias avançadas para que qualquer negócio — de startups a grandes corporações — possa aproveitar os benefícios da automação e da inteligência artificial de maneira prática e eficiente.
A ideia por trás desse movimento vai além de apenas “colocar mais tecnologia no dia a dia”. Trata-se de abrir um caminho para que equipes de diferentes áreas — que talvez nunca tenham tocado em uma linha de código — participem ativamente da criação de soluções inovadoras. É aqui que entram plataformas intuitivas, que combinam low-code com IA integrada, oferecendo uma experiência mais acessível e descomplicada. Esse tipo de plataforma permite que profissionais de vendas, marketing, operações ou finanças criem, adaptem e automatizem processos sem depender exclusivamente de desenvolvedores. É uma nova realidade, em que a tecnologia finalmente se adapta às necessidades do negócio, e não o contrário.
Na Jitterbit, líder global em acelerar a transformação de negócios para sistemas empresariais, temos visto de perto o impacto dessa transformação em empresas de diversos portes no Brasil. Para mim, como VP de Vendas e CS para a América Latina, um dos momentos mais gratificantes é testemunhar como plataformas low-code com IA integrada — aqui, temos o AppBuilder — ajudam nossos clientes a não apenas ganhar agilidade, mas também a transformar completamente suas operações. De fato, nada tangibiliza melhor essa democratização tecnológica do que a maneira como essas aplicações permitem que ideias sejam rapidamente convertidas em aplicativos que suportam fluxos operacionais, comerciais e de automação em tempo recorde.
Pense no tempo que era necessário para desenvolver um aplicativo empresarial há alguns anos: meses de codificação manual, testes, ajustes e integração. Com plataformas low-code e de IA, esse processo pode ser feito em poucos dias. O que antes parecia inalcançável agora está à disposição de qualquer equipe, independentemente do seu conhecimento técnico. Isso abre possibilidades incríveis para empresas brasileiras, que podem automatizar processos, conectar diferentes sistemas e criar soluções sob medida para suas necessidades com um custo muito menor e uma curva de aprendizado reduzida.
O mais interessante é que essa mudança está impactando não apenas a maneira como aplicativos são desenvolvidos, mas também como a tecnologia é percebida dentro das organizações. O Gartner prevê que até 2026 a IA generativa irá transformar 70% do design e desenvolvimento de novos aplicativos, enquanto a McKinsey já aponta que quatro áreas — atendimento ao cliente, marketing e vendas, engenharia de software e P&D — serão profundamente influenciadas pela aplicação de IA nos próximos anos. Em outras palavras, estamos apenas no começo.
No Brasil, onde a adaptabilidade e a capacidade de inovação são diferenciais competitivos, essas soluções têm ajudado empresas de diversos setores a aproveitar todo o potencial da IA. No último levantamento Summer 2024 Enterprise Results Index da G2, a média de implementação das nossas soluções (o chamado “go live”) ficou em apenas 1,8 mês — praticamente metade do tempo que o mercado costuma levar para colocar um projeto em operação. Além disso, nossos clientes têm visto um ROI em 10,5 meses, seis meses a menos que o padrão do setor.
Mas mais importante do que as métricas são os casos concretos por trás delas. No Brasil, por exemplo, ajudamos a rede de varejo colaborativo Coop a agilizar processos e automatizar tarefas críticas usando o Jitterbit App Builder. É esse tipo de parceria que nos dá a certeza de que estamos tornando a IA e o desenvolvimento low-code acessíveis e, acima de tudo, úteis no dia a dia das empresas.
A combinação de low-code com inteligência artificial permite integrar dados de diferentes fontes, automatizar processos e criar aplicativos personalizados de maneira segura e escalável. Isso faz com que negócios menores tenham as mesmas ferramentas que antes eram exclusividade das grandes corporações, ampliando suas possibilidades de competir e inovar.
Quando falamos de democratização da IA, estamos falando de muito mais do que uma simples adoção de novas tecnologias. Estamos ajudando as empresas a se prepararem para o futuro — um futuro em que a velocidade de adaptação e a capacidade de transformação serão decisivas para o sucesso.
Ao adotar plataformas low-code com IA, as empresas não estão apenas facilitando a criação de aplicativos; estão também criando uma mentalidade organizacional, onde a inovação se torna parte do DNA do negócio. Isso é crucial para o desenvolvimento do mercado brasileiro como um todo, pois gera um ambiente onde até pequenas e médias empresas podem se reinventar, explorar novas oportunidades e impulsionar o crescimento de maneira mais rápida e eficiente. No final das contas, é isso que transforma a tecnologia em um verdadeiro ativo estratégico: a capacidade de ajudar qualquer empresa a competir e vencer, independentemente do tamanho ou do setor.
*Lucas Felisberto é vice-presidente de vendas e CS na Jitterbit LATAM.
novembro 4, 2024 novembro 4, 2024 / Por Redação Newly
O projeto ‘Pacto Saúde do Futuro, Hoje’ busca soluções para promover acesso mais eficaz à saúde por meio da colaboração entre instituições privadas e públicas, conectando tecnologias para predição, tratamento e diagnóstico precoce
Durante a HospitalMed, realizada em Recife (PE) no último dia 25 de outubro, foi oficialmente lançado o ‘Pacto Saúde do Futuro, Hoje’ com o propósito de apoiar a transformação da eficiência e qualidade dos serviços na área da saúde no Brasil. Essa é uma iniciativa pioneira que propõe estruturar o acesso a tecnologias e inovações que impactam diretamente na população. Idealizado por Lísia Buarque, Co Fundadora da WAC Global Tech e Diretora da ABSS (Associação Brasileira de Startups de Saúde e Healthtechs), o projeto tem como foco principal oferecer ações para a avaliação das condições de saúde da população de forma preditiva, uma maneira eficiente e rápida de mapeamento de doenças atuais e futuras. Marcado pela assinatura de um compromisso inovador, o Pacto já conta com o apoio de parceiros estratégicos como Rodrigo da Fonte, Presidente da Hospitalmed; Katia Antunes, Diretora da HospitalMed; Shirley Cruz, Chefe de TI e Saúde Digital do Hospital das Clínicas UFPE e Marcelo Barbosa, CEO da StarHealth Innovation. As primeiras assinaturas aconteceram em Recife. Em breve, o Pacto também será assinado por outros parceiros no Rio de Janeiro, no Rio Health Fórum e em Porto Alegre, na Health Meeting Brasil.
“Esse pacto busca fomentar inovação com pesquisa e desenvolvimento de novas patentes para tratamentos mais personalizados e eficientes. Além disso, prevê políticas para garantir acesso equitativo às tecnologias e capacitação de profissionais de saúde, promovendo uma assistência mais acessível, sustentável e eficaz”, destaca Rodrigo da Fonte.
De acordo com a OMS, mais de 40% da população diabética não possui diagnóstico adequado. Atualmente, existe uma pandemia silenciosa crescente de pessoas que estão ficando doentes a partir dos 35 anos, um cenário real em que mais da metade dos brasileiros acima dos 40 anos já possuem Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), consequência: essas doenças tornaram-se as principais causas de mortalidade precoce. Olhando para essa realidade o Pacto foi criado como um apoio e iniciativa para mudar o cenário acima, atuando de forma preditiva, em grande escala, de forma rápida, eficaz, com alta tecnologia e baixo custo.
Esse novo programa busca apoiar nos desafios críticos do sistema de saúde em todo o país, oferecendo um modelo mais sustentável e eficiente para a prevenção e tratamentos precoces. O acesso será ampliado a diagnósticos precoces e utilização de tecnologias preditivas. O esforço de unir as iniciativas públicas e privadas, somado à capacidade de transformação que a tecnologia pode proporcionar, tem como objetivo ampliar o acesso a intervenções precoces, reduzindo desigualdades no acesso à saúde, otimizando o uso dos recursos disponíveis para aliviar o sistema nacional. Já que os ecossistemas de tecnologia modernos permitem inovações rápidas e relevantes para o setor.
“Neste momento, é necessário identificar as pessoas que já estão com alguma DCNT e ainda, sequer, tem esse conhecimento – ou seja, existe uma boa parte da população que deveria estar em tratamento, para não agravar o seu quadro e não estão, por total falta de informação de sua saúde”, esclarece Lísia. Portanto, é necessário facilitar o acesso ao rastreio precoce de DCNTs para que as pessoas consigam identificar enfermidades de forma rápida, fácil e segura. Ao fortalecer a união entre tecnologia, saúde e assistência, o ‘Pacto Saúde do Futuro, Hoje’ se compromete com um futuro mais sustentável, acessível e inovador para todos os brasileiros.
Segundo Lisia, o Pacto é um compromisso nacional e coletivo com o futuro da saúde brasileira, em que cada organização envolvida assume uma responsabilidade compartilhada no fortalecimento do sistema.
A ABSS, uma das parceiras e apoiadoras do Pacto tem papel fundamental na propagação da iniciativa pelo país. “Sem dúvidas é uma iniciativa que irá gerar grande impacto positivo para a saúde em todo o país. A ABSS não poderia ficar de fora da assinatura do Pacto. É primordial o investimento em medidas preditivas, com o apoio de instituições e associações privadas e públicas”, ressalta Bruno Borghi, Presidente da ABSS.
A iniciativa também pretende maximizar o impacto social, atuando diretamente na conscientização e educação sobre doenças crônicas silenciosas, longevidade e prevenção, sempre se adaptando-se à cultura local e promovendo também hábitos saudáveis em cada região.
A WAC Global Tech É uma empresa que acredita no poder da tecnociência aliada à medicina para transformar a lógica do futuro da saúde. Baseada na ética, inovação, segurança e responsabilidade, busca por um futuro saudável nos dias de hoje. Lançou ao mercado a primeira plataforma de Inteligência Preditiva, capaz de mapear o prognóstico em até 10 anos de maneira simples e ágil na leitura dos laudos e antecipando a probabilidade de doenças futuras. Também faz parte do Grupo de Saúde com o Instituto de Medicina do Esporte, o primeiro centro das Américas a receber a certificação de Collaborating Center for Sports Medicine, conferido pela Federação Internacional de Medicina do Esporte, que chancela as instituições com as melhores práticas em cuidado de saúde e performance do mundo.
outubro 31, 2024 outubro 31, 2024 / Por Redação Newly
Por meio do programa AWS re/start, a Escola da Nuvem forneceu talentos para integrarem a In2Clouds, empresa de transformação digital que chegou recentemente ao Brasil
O mercado de Tecnologia continua aquecido no Brasil. Segundo o estudo Mercado Brasileiro de Software – Panorama e Tendências 2024, da ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software), o Brasil investiu quase U$50 bilhões em TI no ano passado. Além disso, nuvem é a segunda habilidade técnica mais demandada do setor de TI atualmente, segundo relatório da Robert Half, e a profissão de Engenharia de Dados é a segunda mais procurada. Ainda assim, o mercado lida com uma dificuldade: faltam talentos e, mais do que isso, talentos qualificados – 48% dos líderes de RH percebem a escassez de habilidades como uma das principais ameaças aos negócios, segundo o estudo Força de Trabalho 2.0 – Desbloqueando o potencial humano em um mundo impulsionado por tecnologias, da Mercer.
Com o objetivo de diminuir essa lacuna e transformar o mercado de Tecnologia em um ambiente mais próspero e diverso, a Escola da Nuvem e a Amazon Web Services (AWS) se uniram para conectar pessoas a vagas reais de emprego no Brasil: por meio do AWS re/start, um programa gratuito de treinamento e desenvolvimento de força de trabalho que ajuda desempregados ou subempregados a desenvolver habilidades de computação em nuvem e os conecta a oportunidades de trabalho, alunos certificados pelo programa conseguiram o primeiro emprego em Computação em Nuvem ao integrarem a In2Clouds, empresa de transformação digital presente na América Latina, Estados Unidos, Espanha, Caribe e América Central e que agora está chegando ao Brasil. Até agora, três profissionais formados pela Escola da Nuvem já estão atuando na empresa e há outros em processo seletivo.
“No final do ano passado começamos a trabalhar uma conta no Brasil de forma remota, a partir da Costa Rica. Olhando a oportunidade [tecnológica] que o país tem, decidimos montar uma filial aqui e em abril abrimos um CNPJ. Queríamos contratar pessoas, então entramos em contato com a AWS, com quem temos uma parceria muito boa, e eles nos indicaram a Escola da Nuvem. A partir dos alunos que se formaram no AWS re/start, montamos um time local”, explica Luis Jimenez, Diretor Comercial da In2Clouds no Brasil.
Para a Escola da Nuvem, essa é uma parceria significativa, pois permite apoiar profissionais e empresas que estão em crescimento, abrindo cada vez mais oportunidades para acesso ao emprego, desenvolvimento profissional, resultados e geração de renda, impactando positivamente indivíduos, empresas e sociedade no geral. “A In2Clouds tem se mostrado uma parceira genuína, mantendo o relacionamento de forma constante, sempre considerando os profissionais presentes no banco de talentos da Escola da Nuvem para seus processos seletivos, contratando, inclusive, uma candidata que se formou em uma das nossas turmas exclusivas para pessoas migrantes. Quando uma empresa está disposta a dar uma chance para profissionais com potencial, mas que ainda não tiveram acesso a essas oportunidades, abrimos espaço para gerar mobilidade sociais, permitindo que pessoas tenham um trabalho estável e uma carreira que irá permitir melhores condições de vida, gerando um grande ciclo virtuoso, não só em suas vidas, mas em todo o seu entorno, que passa a ser mais diverso e inclusivo”, comenta Anabel Filardi, Analista de Emprego Apoiado na Escola da Nuvem e especialista em Diversidade e Inclusão.
“A AWS, juntamente com seus clientes e parceiros, trabalha para ajudar a garantir que haja talentos no Brasil para atender à crescente demanda por profissionais de computação em nuvem”, afirma Fabio Filho, Head de Training and Certification na AWS Brasil. “Ao lado da Escola da Nuvem, já formamos milhares de alunos com cursos de treinamentos online e presenciais gratuitos voltados a pessoas vulneráveis e grupos sub-representados no mercado de tecnologia em todo o Brasil”.
“Através da Escola da Nuvem, fui indicado ao cargo de Desenvolvedor e Consultor Técnico da In2Clouds e consegui essa oportunidade. Tenho conhecimento em outras duas línguas, entre elas o espanhol, que é muito importante para a gente aqui na empresa. Algo bem bacana da Escola da Nuvem é que ela nos mantém conectados com o setor de empregabilidade e encontra oportunidades bem voltadas às nossas características e perfil”, comenta Gabriel, de 29 anos, que conseguiu uma oportunidade na In2Clouds.
Para Ana Letícia Lucca, CRO da Escola da Nuvem, “parcerias como essa não são apenas oportunidades de inserção dos alunos no mercado de trabalho, mas um marco de transformação. Cada porta aberta significa uma chance de quebrar ciclos de vulnerabilidade e construir um futuro mais justo e inclusivo. A colaboração entre empresas comprometidas com a diversidade e instituições como a nossa é o caminho para um mercado de tecnologia verdadeiramente acessível a todos. Estamos prontos para novas parcerias que compartilhem desse propósito: não apenas preencher vagas, mas transformar vidas, e, com isso, o mundo”.
outubro 29, 2024 outubro 29, 2024 / Por Redação Newly
Cibersegurança é discutida entre especialistas no Brasil, ainda mais com a escaladas de invasões de empresas e golpes com auxílio da IA
Por Marina Harriz*
A preocupação com a escalada de golpes cibernéticos tem aumentado as discussões entre especialistas do Brasil e do mundo para frear ataques, especialmente em grandes multinacionais, e melhorar a segurança de dados e gerenciamento de crise dentro das corporações e empresas.
Em 2016, era possível ver um ataque cibernético a cada 40 segundos. Isso piorou em um cenário de cinco anos e, em 2021, um ransomware era visto a cada 11 segundos. Uma estimativa é que até 2031, ocorra um sequestro de dados a cada dois segundos, de acordo com o relatório da Netwrix 2021.
Esse dado foi apresentado durante painel em um evento de segurança em São Paulo: o Cyber Security Summit Brasil de 2024.
A segurança cibernética não deve ser isolada e precisa estar alinhada com a comunicação, área de danos e o jurídico das empresas, visando sempre ter um plano de gerenciamento de crise antecipado para conter possíveis ameaças globais, segundo Daniela Morelli, gerente executiva de segurança da informação, que esteve presente no evento em São Paulo.
Daniela Morelli, gerente executiva de segurança da informação – Foto: Divulgação/REC35films
“As decisões devem ser tomadas antes da crise. E, com o advento da LGPD, o jurídico e o CISO das organizações começaram a ter maior sinergia”, explica.
A estratégia bem desenhada pode auxiliar na precisão e velocidade na resposta de ataques, além de mostrar confiança na crise para acionistas, investidores e consumidores/clientes.
Porém, há diferenças nos posicionamentos adotados diante de ataques do Brasil em comparação a outros países. “No Brasil, não há tanta transparência de problemas cibernéticos como na América Central”, de acordo com Daniela Morelli. Em conversa exclusiva ao Newly, a gerente executiva de segurança afirmou que ainda há diferenças de regulamentação entre os países, mas uma grande diferença cultural, em que o Brasil ainda se receia em abrir questões de vulnerabilidade e risco.
Ataques x acesso privilegiado x mão de obra qualificada
Atualmente, os backups de empresas são os alvos mais recorrentes de ataques, em que os hackers criptografam dados e solicitam resgate financeiro milionário, muitas vezes, para liberá-los novamente. Mas ainda há muitos casos de Brute Force, que consiste em detectar senhas do sistema na tentativa e erro, ou Credential Stuffing, método automatizado para encontrar os acessos e nomes de usuários.
Na visão de Diego Miyamoto, técnico consultor de cibersegurança da ManageEngine, é essencial ter atenção ao gerenciamento de acesso privilegiado, como, por exemplo, dar permissões limitadas àquela atividade em si, a fim de manter a segurança da rede. Somado a isso, é necessário ter a preocupação de inovar nas ferramentas de segurança de alta performance e investir em treinamentos e capacitações dos funcionários.
Mesmo a cibersegurança sendo uma área que cresce e tem boas remunerações no Brasil, ainda há um déficit de 750 mil profissionais gabaritados para as funções, segundo estudo da Fortinet.
E cerca de 83% das empresas no mundo que sofreram violações de segurança no ano passado tiveram problemas maiores por não ter mão de obra qualificada, o que impacta em perdas financeiras, com prejuízos milionários.
Além da falta de profissionais especializados, o mercado enfrenta um outro problema: o burnout [ou esgotamento profissional] das pessoas que estão na linha de frente da área de segurança do setor privado. Isso acontece por times pequenos, mas também pela pressão para se resolver problemas de ataques o mais breve possível.
Ana Claudia Ferrari, diretora de TI e especialista em cybersecurity – Foto: Divulgação/REC35films
Com aumento e constância de ataques, Ana Claudia Ferrari, diretora de TI e especialista em cybersecurity, enfatiza a necessidade de estratégias dentro das organizações para prevenir esse problema, como planejamento pré-crise, delegação de tarefas e promoção de uma cultura que equilibre segurança e bem-estar dos funcionários.
Conectividade e ataques na sociedade civil
Até 2023, 92,5% dos domicílios tinham acesso à internet no Brasil, segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua. E golpes aumentam com tamanha conectividade mundial, não só em empresas, mas com a população de modo geral. Os principais ataques virtuais são phishing e golpe financeiro, ransomware, vazamento de dados, falsa central telefônica de empresas – que os criminosos se passam por órgãos oficiais – e extorsão relacionados a crimes sexuais.
As novas formas de ataques cibernéticos que ocorrem diariamente fazem com que hackers se aproveitem de tecnologias emergentes para aprimorar suas técnicas, especialmente com inteligência artificial.
“É muito nítida a migração da criminalidade tradicional para o digital. Isso porque na internet, o custo do estelionato é mais baixo e acaba apresentando mais benefícios para o criminoso”, segundo José Matias da Rocha Júnior, escrivão de polícia do Rio Grande do Sul.
E a pena do crime cibernético no Brasil é baixa ainda. Em conversa exclusiva com a delegada de polícia de crimes cibernéticos de Eldorado do Sul e Canoas, Luciane Bortoletti, além da punição branda, falta evoluir na integração do sistema das polícias no país.
Luciane Bortoletti, delegada de polícia de crimes cibernéticos de Eldorado do Sul e Canoas. Foto: Divulgação/REC35films
“Somado a isso, falta capacitação do servidor do policial de cyber, que é muito incipiente ainda; falta a de capacitação do MP e do judiciário, que não acompanham essa migração. Além do acompanhamento da legislação para penalizar com mais rigor esses crimes”, enfatiza.
Para a sociedade civil, as recomendações para se proteger de golpes, especialmente da falsa central, é não passar nenhuma informação por telefone e desconfiar de telefonemas de empresas e bancos, já que a prática não é usual. E, por telefone ou pela internet, “ao cair em um golpe, deve registrar imediatamente uma ocorrência [pelo BO], já que a polícia trabalha com o tempo”, finaliza Luciane.
Os delegados do sul do país foram responsáveis por identificar os criminosos responsáveis pelo Golpe 0800 durante a pandemia. Uma das técnicas utilizadas para rastrear os criminosos foi a triangulação de sinais de celular.
IA e educação cibernética
A engenharia social dos golpes e ataques em escalada tem ficado cada vez mais sofisticada e complexa, ainda mais com a aplicação da inteligência artificial. De acordo com Rafael Narezzi, especialista em cibersegurança e chairman da conferência global Cyber Security Summit Brasil, ainda precisamos avançar na educação relacionada ao digital.
Rafael Narezzi, especialista em cybersecurity e chairman do Cyber Security Summit Brasil . Foto: Divulgação/REC35films
“A educação cibernética, em alguns países, já está se desenvolvendo, como aqui no Brasil. Porém, as tecnologias avançaram, mas as proteções não acompanharam na mesma velocidade que era necessário. E hoje vivemos uma economia digital [mundial] e se você não está educado para essa realidade, tudo fica difícil”.
A edição de 2024 do Cyber Security Summit Brasil aconteceu nos dias 28 e 29 de outubro, no Hotel Grand Hyatt, em São Paulo e é considerado referência em conteúdo exclusivo e networking para o setor de cibersegurança, atraindo, anualmente, uma audiência composta por CEOs, CIOs, CISOs, CTOs, CROs, representantes governamentais, diretores, gerentes, analistas de TI, especialistas em segurança e tecnologia.
*Marina Harriz é jornalista e passou por veículos como TV Jovem Pan News, TV Record e TV Cultura.
outubro 23, 2024 outubro 23, 2024 / Por Redação Newly
* Por Luciana Miranda
Os dados já não são mais a fundação para o sucesso. Eles passaram a ser a “estrada de tijolinhos amarelos” que te levam ao caminho certo, com a pergunta certa, em um ambiente corporativo cada vez mais direcionado a dados (data driven). O Big Data – que consiste na capacidade de coletar, analisar e interpretar grandes volumes de dados – tornou-se um imperativo para as empresas que desejam se destacar no mercado ao oferecer uma oportunidade única para tomada de decisões mais inteligentes e consequente vantagem competitiva.
Pretendo demonstrar como a implementação de uma estratégia de Big Data pode transformar a forma como as organizações operam e tomam decisões. Um exemplo é a Netflix, pois o Big Data ajuda a recomendar filmes e séries com precisão impressionante, o que aumenta o tempo de uso da plataforma e a satisfação dos clientes, contribuindo para o sucesso da empresa no mercado de streaming.
Mas, por onde devemos começar uma estratégia de Big Data? A resposta é: aonde queremos chegar! Precisamos traçar nossos objetivos e metrificar o caminho. Esses objetivos têm que ser claros, comuns a empresa e mensuráveis. Em uma empresa de varejo que deseja aumentar suas vendas online, o objetivo claro e mensurável é “aumentar as vendas online em 15% nos próximos 6 meses.”
Um ponto importante para atuar nas métricas é sempre usar o framework do SMART, termo em inglês para:
Specific (específico) – Métricas devem ser claras e concisas.
Measurable (mensurável)- Métricas devem ser quantificáveis e permitir a comparação.
Achievable (atingível)- Métricas devem ser realistas.
Realistic/Relevant (realista/relevante)- Métricas devem estar alinhadas com os objetivos gerais da empresa.
Time-bound (temporal)- Métricas devem ter um prazo definido para serem alcançadas.
Consequentemente, a forma de utilizar as métricas também é muito importante, pois elas serão a base para tomadas das melhores decisões por meio de:
Personalização – Ao analisar o comportamento de cada usuário, é possível criar recomendações personalizadas, aumentando o engajamento e a satisfação.
Otimização do conteúdo – A análise da interação ajuda no entendimento de quais conteúdos são mais efetivos e quais precisam de melhorias.
Redução do churn – Ao identificar os motivos que levam ao cancelamento de uma compra de produto ou serviço, a empresa pode implementar ações para melhorar a experiência do cliente e reduzir o churn.
Feito isso, o próximo passo é identificar as fontes de informação que vão “abastecer” a análise de dados. Porém, neste momento, podemos encontrar alguns desafios relacionados aos dados:
Fragmentação – Muitas empresas possuem seus dados dispersos em diversos sistemas, o que dificulta a integração e a análise.
Qualidade – A qualidade dos dados é crucial para a tomada de decisões. Dados incompletos, inconsistentes ou duplicados podem gerar resultados imprecisos.
Volume – O volume de dados gerados pelas empresas aumenta exponencialmente a cada dia, exigindo soluções de armazenamento e processamento eficientes.
Legislação e privacidade – A coleta e o uso de dados pessoais exigem o cumprimento das normas regulamentadoras.
Para criarmos uma cultura de dados, precisamos definir uma política de segurança clara e abrangente que vá além de promover treinamentos regulares e incentivar a comunicação de vulnerabilidades. Para tratar a segurança como fundamental, também é importante utilizar recursos de criptografia, detecção de intrusões e resposta a incidentes para proteger a integridade das informações corporativas.
Assim, é possível fazer uma empresa ter sucesso a partir de uma cultura data driven e torná-la pronta para enfrentar os desafios do futuro. A cultura de dados e a segurança são os pilares fundamentais para a inovação por meio da transformação digital. E você, está preparado para essa jornada?
Luciana Miranda é VP e CMO da AP Digital Services.
outubro 22, 2024 outubro 22, 2024 / Por Redação Newly
Segundo pesquisa, 66% dos brasileiros tencionam fazer aquisições na data; WhatsApp aparece como o canal mais eficaz no contato com o cliente
De acordo com a Pesquisa de Intenção de compra Black Friday 2024, elaborada pela Wake em parceria com a OpinionBox, 66% dos consumidores brasileiros pretendem comprar algum produto na Black Friday deste ano. O relatório, que também aborda questões relacionadas à experiência do consumidor, aponta que o WhatsApp é um dos meios preferidos de interação dos clientes (30,1%) com as empresas quando o assunto é comunicação e propagandas da marca.
Neste aspecto, o estudo Ranking Cielo-SBVC, elaborado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), mostrou que 46% das maiores varejistas que atuam no Brasil utilizam o WhatsApp como ferramenta de vendas. Ao mesmo passo, a pesquisa Panorama de Vendas 2024, elaborada pela RD Station, revelou que 70% dos profissionais de venda declaram que a rede é o canal mais eficaz no contato com o cliente.
A partir desse cenário, Marcos Schütz, CEO da VendaComChat, rede de franquias especializada nos serviços de automação do Whatsapp, alerta para o fato de que iniciar ações automatizadas no aplicativo de mensagens instantâneas antes da Black Friday potencializam as vendas e melhoram a experiência do cliente. “Campanhas prévias ajudam, não apenas expandir a base de contatos como também a criar expectativa nos consumidores. Ao anunciar ofertas e descontos especiais que estarão disponíveis, as marcas despertam o interesse e a excitação, incentivando os clientes a se planejarem para as compras”, explica.
Segundo o executivo, ferramentas de automação do WhatsApp oferecem várias funcionalidades projetadas para maximizar a eficiência do atendimento ao cliente e, consequentemente, ampliar as vendas. Isso porque, por meio do recurso, é possível atender um volume maior de consumidores simultaneamente, criar senso de urgência sobre as ofertas, responder perguntas frequentes e resolver problemas comuns com chatbot, além de gerenciar o fluxo de mensagens. “Essas capacidades de automatização asseguram que o serviço ao cliente seja não apenas rápido, mas também de alta qualidade, mesmo quando o volume de interações é significativamente maior”, comenta Marcos.
Conforme o CEO da VendaComChat, alguns recursos são cruciais para se destacar durante a Black Friday, confira:
Análise de Dados Ferramentas de automação do WhatsApp viabilizam a coleta e a análise de dados dos clientes, de modo que os vendedores podem entender melhor os padrões de compra e otimizar as estratégias de marketing e vendas durante a Black Friday. “Esse tipo de ferramenta permite criar e enviar ofertas personalizadas com base no histórico de compra do cliente. Durante datas de alta demanda, isso pode ser usado para oferecer descontos exclusivos que são mais propensos a converter vendas, com base nas preferências e comportamento de compra anteriores dos consumidores”, esclarece Marcos.
Programação de alertas sobre ofertas relâmpago e estoque limitado Por meio de mensagens automáticas, os varejistas podem avisar os clientes sobre o lançamento de futuras ofertas, promoções relâmpagos e sobre o estoque dos produtos mais desejados. Segundo Schütz, isso mantém os clientes informados e atentos até o início das promoções, motivando compras imediatas.
Gerenciamento no pico de atendimento O sistema pode mecanizar o agendamento de confirmações ou lembretes, reduzindo a carga administrativa sobre os funcionários, de modo a evitar atrasos ou confusões. Além disso, em períodos de alto tráfego, o gerenciamento de mensagens recebidas garante que todas sejam atendidas de forma oportuna, mantendo a qualidade e a rapidez do atendimento.
Personalização de agradecimentos e solicitação de feedbacks Por último, o CEO ressalta que realizar um pós-venda eficiente é crucial para fidelizar os clientes adquiridos durante datas sazonais do varejo e por isso recomenda, “envie mensagens de agradecimento personalizadas após a compra, usando o nome do cliente e mencionando especificamente o produto adquirido. Isso mostra apreço e reconhecimento por ele. Além disso, enviar pesquisas de satisfação logo após a conclusão de um atendimento, pode proporcionar um feedback instantâneo que deve ser usado para ajustes rápidos em tempo real”, finaliza.
outubro 11, 2024 outubro 11, 2024 / Por Redação Newly
Setor de TI deve crescer 12% este ano no Brasil de acordo com a IDC, mas o desafio é encontrar talentos qualificados para preencher as vagas cada vez mais exigentes
O mercado de Tecnologia no Brasil continua em crescimento. Dados da IDC mostram que essa indústria deve crescer 12% no país este ano, em um nível inclusive mais estável do que o dos Estados Unidos, que deve atingir apenas 9% de crescimento. Além disso, o estudo Mercado Brasileiro de Software – Panorama e Tendências 2024, da ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software), mostrou que o Brasil investiu quase U$50 bilhões em TI no ano passado. Mesmo com todo esse potencial, uma dificuldade ainda persiste: está mais difícil encontrar talentos qualificados para preencher novas vagas – 48% dos líderes de RH percebem a escassez de habilidades como uma das principais ameaças aos negócios, segundo o estudo Força de Trabalho 2.0 – Desbloqueando o potencial humano em um mundo impulsionado por tecnologias, da Mercer.
Outros estudos ajudam a entender alguns motivos para esse fenômeno. No relatório Panorama de Talentos em Tecnologia do ano passado, André Barrence, Diretor do Google for Startups na América Latina, chamou atenção para o fato de que a primeira geração criada em meio a aparelhos tecnológicos está chegando agora à vida adulta. Por exemplo, o primeiro computador pessoal surgiu há mais ou menos 40 anos, o IBM 5150. Então, é natural que seja mais difícil encontrar profissionais seniores de tecnologia no mercado, porque, no geral, as pessoas ainda não tiveram tempo de carreira satisfatório. Barreiras como a distribuição regional das vagas, já que 62% delas estão todas no Sudeste e 44% só no estado de São Paulo, também dificultam o desenvolvimento do país no setor de Tecnologia.
Ao mesmo tempo, o rápido avanço da tecnologia digital torna mais difícil para entusiastas, profissionais e recém-ingressantes no mercado conseguir vagas de emprego. Segundo o estudo da Google for Startups, 54% dos potenciais talentos acham muito difícil cumprir todos os requisitos para as vagas júnior em Tecnologia no Brasil, enquanto 55% afirmam que existem poucas condições para estudar o setor no país. “A dinâmica do mercado de tecnologia mudou significativamente nos últimos anos, especialmente após a pandemia e o amadurecimento de tecnologias como a computação em nuvem, a automação e inteligência artificial. O setor passou por grandes demissões, o que aumentou a competitividade do mercado. Profissionais experientes que foram dispensados agora disputam vagas que antes eram mais acessíveis para iniciantes ou pessoas de perfis menos convencionais. Isso torna o ingresso para novos talentos, especialmente de grupos vulneráveis, mais desafiador”, comenta Ana Letícia Lucca, CRO da Escola da Nuvem, uma organização social sem fins lucrativos que prepara gratuitamente pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica para carreiras em computação em nuvem ao oferecer oportunidades de certificação e emprego.
Aliás, quando se fala em inteligência artificial, há um desafio específico a ser superado: sabemos que ela pode ajudar e muito o setor de Tecnologia a evoluir. Ao mesmo tempo, 58% das lideranças de TI concordam que é preciso ter mais conhecimento sobre a inteligência artificial antes de receber investimentos relacionados a ela, conforme a pesquisa “Antes da TI, a Estratégia”, de 2023, elaborada pelo IT Mídia. Além disso, 84% sentem a falta de profissionais qualificados no tema. Então, acaba-se criando um entrave justamente por conta da falta de mão de obra para lidar com a IA. De acordo com Ana Letícia, a área de TI “inclui a necessidade de atualização constante de habilidades, além da competição global por talentos. Dessa forma, as empresas precisam investir em programas de capacitação”.
Outra alternativa para ampliar a oferta de talentos além da capacitação é a oferta de vagas afirmativas dentro do setor de TI, pois elas englobam políticas de recrutamento que visam aumentar a participação de grupos historicamente excluídos na sociedade, como mulheres, pessoas negras e indígenas, pessoas com deficiência e a comunidade LGBTQIAPN+, por exemplo, na área. É importante salientar que não basta oferecer uma vaga, mas sim proporcionar programas de mentoria, treinamentos e outras iniciativas para garantir que esses grupos estejam realmente inseridos no dia a dia de oportunidades. De acordo com o Guia Salarial Tech de 2024 elaborado pela Fox Human Capital, a procura por vagas afirmativas aumentou entre o ano de 2023 e o início de 2024. “A diversificação das fontes de talentos é essencial para garantir uma força de trabalho preparada e sustentável no longo prazo. Ao investir na formação de novos profissionais e ampliar as oportunidades para perfis diversos, as empresas poderão não apenas preencher suas necessidades de curto prazo, mas também construir um pipeline de talentos que alimentará o crescimento da indústria nos próximos anos”, defende Ana Letícia Lucca.
Qual o futuro dos profissionais de TI?
O relatório da Fox Human Capital também mostrou que há um conflito de gerações a ser superado, principalmente a partir da Geração Z, uma população já considerada de nativos digitais. Embora essas pessoas consigam absorver grandes quantidades de informação de maneira rápida, o que é essencial no mercado de TI, não evoluíram tanto no quesito de habilidades emocionais. O estudo cita a pesquisa “Glassdoor’s 2024 Workplace Trends”, que aponta que 39% da Geração Z não se comunica bem e que 33% não parece muito interessada ou engajada com o trabalho. Dessa forma, a sugestão é a prática da escuta ativa; o estabelecimento de benefícios e de um plano de carreira personalizado para cada indivíduo; o investimento em benefícios e a simplificação do trabalho; e a prática de feedbacks para tornar possível gerenciar diversas gerações em uma mesma empresa ou equipe. “Ter habilidades técnicas sólidas é importante para o mercado, mas também é preciso de habilidades interpessoais, como comunicação, capacidade de aprendizado contínuo, comprometimento, engajamento e adaptabilidade”, explica Ana Letícia, CRO da Escola da Nuvem.
Para ela, o mercado de TI deve continuar crescendo exponencialmente, mas um dos principais desafios será mesmo o aumento do hiato de talentos qualificados. “A demanda por habilidades técnicas específicas aumentará à medida que mais setores integrem tecnologias digitais aos seus processos. Então, se as empresas continuarem a focar exclusivamente em profissionais seniores e mais experientes, correm o risco de ampliar ainda mais essa lacuna. Para evitar isso, o mercado de tecnologia precisará se abrir para formar novos profissionais e investir no desenvolvimento de talentos em estágio inicial de carreira. Isso inclui a criação de programas de treinamento, estágios e parcerias com organizações que trabalham com grupos sub-representados e em situação de vulnerabilidade, como a Escola da Nuvem”, finaliza a especialista.
Segundo especialistas, a inteligência artificial conversacional vem aproximando a indústria dos varejistas e aprimorando experiências de compra e venda
Segundo previsões da IDC (International Data Corporation) Custom Solutions, até 2027 estima-se que as principais empresas da América Latina destinem mais de 25% dos gastos essenciais em TI para iniciativas de IA, resultando em aumentos significativos na inovação de produtos e processos. Além disso, 40% das empresas líderes na América Latina utilizarão experiências omnipresentes, análises avançadas e IA generativa para permitir que os clientes personalizem suas próprias experiências.
É o que revela Manuel Centeno, co-fundador e general manager Brasil da Yalo, plataforma inteligente de vendas. Ele explica que a experiência do cliente está se tornando cada vez mais importante, até mais do que o preço dos produtos. “As pessoas valorizam mais a experiência e a ausência de fricção nas compras. É por isso que focamos tanto em melhorar a jornada do cliente, porque com uma boa experiência, as vendas, a satisfação e o valor da marca aumentam. Desde que o comércio começou, sempre foi sobre conversa. Mas a digitalização, os aplicativos e o e-commerce acabaram eliminando esse aspecto”.
O Brasil, como um dos principais utilizadores de redes sociais no mundo – 131,5 milhões de usuários em 2023, segundo pesquisa da Comscore -, faz do WhatsApp uma ferramenta essencial para as empresas. O uso de inteligência artificial, através do app, permite uma jornada do cliente mais fluida, automatizando tarefas, como atendimento inicial e comunicação de promoções. Isso libera os times de vendas para focar em interações mais complexas e personalizadas.
O uso de IA vai além da interação, permitindo que a experiência seja segmentada e personalizada a partir de uma análise de perfil que irá possibilitar a implementação de estratégias de venda. Entre elas, podemos citar automatização de processos, eficiência operacional, melhoria na experiência do cliente, maior agilidade nos atendimentos, identificação de personas, análise de dados, escalabilidade, redução de erros, consistência no relacionamento e acesso a insights em tempo real por meio de feedbacks.
Manuel Centeno, co-fundador e general manager Brasil da Yalo
“Antes, os pequenos varejistas tinham que entrar em um e-commerce, ligar para alguém ou esperar uma visita. Agora, podem simplesmente enviar uma mensagem no WhatsApp para um vendedor virtual. Isso eliminou barreiras no processo de vendas e está ajudando a democratizar a tecnologia, o que é extremamente importante”, explica Manuel.
Olhando para esta evolução dentro da indústria, um dos principais focos da Meta, hoje, é justamente integrar suas plataformas (Instagram, WhatsApp, Facebook) de forma a oferecer uma experiência completa ao consumidor, desde a construção da marca até a finalização da compra, como explica Flávia Ruiz, Industry Manager da Meta. “O nosso objetivo é proporcionar uma jornada completa, em que o consumidor possa não apenas se conectar com as marcas, mas também realizar suas compras sem interrupções”, afirmou.
A Yalo, plataforma inteligente de vendas, oferece autonomia para que os proprietários de empresas – desde pequenos negócios até grandes corporações como Nestlé, Coca-Cola, Unilever, Mondelez, Raízen, entre outras – descubram como vender mais de forma omnicanal e possam melhorar as relações com os varejistas e clientes durante a jornada de compra. Além do sistema integrado, que visa transformar as experiências de vendas B2B de forma personalizada, a empresa vem revolucionando a indústria global com um modelo de conversas personalizadas que traz vendedores virtuais capazes de alavancar o varejo brasileiro.
Cauê Vahamonde Rangel, gerente de e-commerce do Compra Agora
A plataforma inteligente de vendas da Yalo permite que as indústrias alcancem e mantenham o relacionamento com pequenos varejistas, de forma automatizada, utilizando aplicativos de mensagens instantâneas, como o WhatsApp, por exemplo. De acordo com dados divulgados pela própria Yalo, as organizações que adotaram a plataforma inteligente tiveram aumento de 12% nas vendas, sendo esse um sistema utilizado por mais de 3,5 milhões de pequenos negócios em toda a América Latina. Um exemplo é o marketplace Compra Agora, que, em parceria com a Yalo, implementou vendedores virtuais para melhorar o processo de vendas. No primeiro semestre de 2024, o Compra Agora registrou aumento de 46% no número de lojas usando o WhatsApp e de 195% em pedidos quando comparamos com o ano completo de 2023, por meio da parceria.
Cauê Vahamonde Rangel, gerente de e-commerce do Compra Agora, destaca que a empresa tem como objetivo principal ajudar o pequeno varejista a prosperar, pensando nos desafios enfrentados por esse público, como a falta de tempo e a necessidade de lidar com múltiplas tarefas ao longo do dia. O uso do WhatsApp como ferramenta de negócios surge como uma solução para facilitar o dia a dia do varejista e otimizar seus processos, simplificando todas as etapas, desde a seleção e compra de produtos até a verificação de listas sugeridas e promoções, tudo diretamente no aplicativo de mensagens que o cliente já tem instalado em seu celular, sem a necessidade de logins ou navegação extra.
“Nossa equipe está estrategicamente alinhada com os interesses do varejo de vizinhança, proporcionando notificações relevantes sobre promoções e ofertas de crédito no momento ideal. Ao eliminar a necessidade de logins adicionais, o WhatsApp se torna uma ferramenta essencial para facilitar a comunicação direta entre os lojistas tanto com os vendedores como com o ecossistema do Compra Agora, otimizando o processo entre oferta e pedido”, explica.
Ele destaca que após a integração com o WhatsApp, mais de 40% das lojas vêm utilizando o aplicativo para realizar suas compras de forma independente, em comparação a apenas 7% que ainda utilizam a plataforma tradicional. Além disso, 4% das lojas estão em fase de transição para um modelo híbrido de pedidos, que combina a atuação do vendedor com compras autônomas.
Flávia Ruiz, Industry Manager da Meta
A Yalo possui profundo conhecimento e soluções específicas para as necessidades da indústria, essas soluções ajudam os negócios a ampliar a visibilidade de marca por meio de promoções, venda de produtos e interação com clientes. Com isso, a plataforma viabiliza a integração com diversas ferramentas de mensagem a fim de facilitar a interação entre lojas e clientes.
Para Flávia, a parceria entre o Compra Agora e a Yalo é muito relevante, pois uma das maiores dificuldades da indústria, hoje, é conectar os times de vendas com o pequeno varejista. “O Compra Agora endereça essa necessidade com uma proposta de valor muito clara. Quando a Yalo entra no jogo oferecendo o WhatsApp como a principal plataforma de comunicação da indústria, via Compra Agora, com os distribuidores e o pequeno varejo, ela entrega um valor significativo para operações que, até então, não conseguiam alcançar esse público”, destaca.
setembro 25, 2024 outubro 2, 2024 / Por Redação Newly
*Por Carolina Franco
Você já se perguntou em qual nível sua empresa está?
Será que seu negócio está realmente preparado para inovar usando IA?
Durante um evento sobre IA, no CUBO, no mês de setembro em São Paulo, entre as diversas pautas abordadas, muito se falou sobre os graus de maturidade da IA. Para aproveitar plenamente o potencial da tecnologia é crucial entender os níveis de maturidade. Esses dados ajudam organizações a avaliarem seu estágio atual e a planejarem o desenvolvimento e a implementação de soluções de IA de forma eficaz.
São 4 níveis de fácil entendimento e contexto, a análise de cada estágio pode ser feita de forma simples entendendo cenários reais.
Nível inicial: reconhecimento e exploração
Neste estágio, as organizações estão apenas começando a explorar a IA. Elas podem estar cientes de suas potencialidades, mas ainda não implementaram soluções significativas. Existe um conhecimento básico sobre a IA e suas aplicações, projetos pilotos, mas não podemos esquecer que a falta de uma estratégia consistente é uma dor presente e latente nesta fase.
Nível intermediário: experimentação e implementação
As empresas começam a implementar projetos de IA com mais frequência. Neste estágio, há um aumento no investimento e uma maior compreensão das ferramentas disponíveis. Já é possível trabalhar com o desenvolvimento de protótipos e testes em ambientes controlados. Algumas aplicações de IA são integradas em processos existentes, mas ainda de forma fragmentada. Nesta fase também já existem investimentos consideráveis em capacitação de equipes.
Nível avançado: otimização e escala
As organizações que alcançam este nível estão utilizando a IA de maneira mais sistemática e integrada. A IA se torna parte essencial da estratégia de negócios. A utilização de machine learning e deep learning para análises complexas passa a ser realidade e processos são estabelecidos para avaliar e melhorar continuamente as soluções de IA.
Nível de maturidade superior: transformação e inovação
Neste estágio, a IA não é apenas uma ferramenta, mas um motor de transformação. Nesta fase as empresas estão inovando e se adaptando continuamente às mudanças do mercado. A tomada de decisões é impulsionada por análises avançadas e insights gerados pela IA. Desenvolvimento constante de novas soluções e modelos de negócios são baseados em IA.
Compreender os níveis de maturidade da IA é essencial para qualquer organização que deseja integrar essa tecnologia de maneira realmente eficiente. Cada nível apresenta desafios e oportunidades específicas, e as empresas devem desenvolver uma estratégia clara para avançar. Ao fazer isso, elas podem não apenas melhorar a eficiência operacional, mas também se posicionar como líderes em um mercado cada vez mais competitivo e orientado por dados.
A jornada em direção à maturidade da IA é contínua e exige adaptação, inovação e aprendizado constante.