Redação Newly

netskope-expande-rede-newedge

Netskope expande rede NewEdge com novos data centers na América Latina

A empresa lidera o mercado de SASE na região e aumenta a capacidade e a cobertura para atender melhor os clientes com acesso rápido, seguro e desempenho superior das aplicações

netskope-expande-rede-newedge 

Netskope, líder em SASE, anunciou a expansão de sua rede Netskope NewEdge em toda a América Latina, com a ativação de novos data centers em Lima, Rio de Janeiro e Brasília. As novas instalações tornam a Netskope a principal empresa de arquitetura SASE em toda a região, com cobertura maior do que qualquer outro fornecedor.

A rede NewEdge é um componente crucial da Netskope Security Cloud, que permite à empresa aumentar o tráfego de usuários o mais rápido possível, processar tráfego inline em tempo real, seguindo as normas locais de segurança e proteção de dados, e acelerar os acessos à web, nuvem, SaaS ou aplicações privadas necessárias para a rotina dos usuários.  Este desempenho é fundamental para que as empresas não precisem escolher entre segurança e produtividade ao proteger os dados, evitar ameaças baseadas na web e na nuvem, e aplicar os princípios de Zero Trust na arquitetura tecnológica.

Leia Também:

+ Microsoft disponibiliza no Brasil o Azure Data Box para transferência de dados rápida e econômica

+ Funcionalidade e custo tornam armazenamento em nuvem um caminho sem volta

O crescimento da Netskope na América Latina reflete uma expansão rápida, como também ocorreu em outras regiões, para atender às necessidades dos escritórios, filiais e trabalhadores remotos de algumas das maiores empresas e instituições governamentais do mundo.  Na América Latina, a rede NewEdge da Netskope já possui cobertura por meio de data centers em Bogotá, Santiago, Buenos Aires e São Paulo. Foi anunciada recentemente a ampliação da NewEdge na região de APAC, que inclui Austrália, Nova Zelândia, Filipinas e Cingapura, e também incluiu cobertura suplementar na região de EMEA para o Reino Unido, França e Emirados Árabes Unidos, além do primeiro data center na Suíça.

A rede NewEdge oferece peering direto com os provedores mais utilizados de web, cloud e SaaS para manter a característica de rede altamente conectada da Netskope. Todos os data centers NewEdge estão diretamente conectados com a Microsoft e Google para oferecer o melhor desempenho das aplicações e uma experiência superior ao usuário. No mesmo nível de líderes como Netflix e Apple, a NewEdge possui centenas de redes adjacentes, e este foco em peering direto e interconexão total faz dela uma das redes mais bem conectadas do mundo, com base em rankings públicos.

“Proteger o tráfego e os dados são as principais preocupações das empresas de telecomunicações. Mesmo a melhor tecnologia se mostra inútil ao tornar os acessos as aplicações web e em nuvem lentas ou impossíveis de serem usadas pelos seus usuários”, disse Claudio Creo, Head de Cibersegurança da TIM (Telecom Italia Mobile), uma das maiores operadoras do Brasil, com mais de 53 milhões de usuários.  “Experimentamos diariamente como a NewEdge acelera o acesso do usuário e otimiza o desempenho das aplicações e estamos entusiasmados com a expansão global e contínua da rede de segurança em nuvem da Netskope.”

Pedro Adamovic, CISO no Banco Galicia afirmou:

“Trabalhamos com a Netskope há vários anos e vimos uma melhora real quando o ponto de presença local foi implementado em Buenos Aires. O investimento contínuo da Netskope e o compromisso claro com a América Latina mostram que escolhemos o parceiro certo para nossa estratégia de segurança cibernética”.

“Observamos um crescimento enorme na América Latina, com empresas fortemente interessadas em adotar uma abordagem SASE de segurança e redes e apoiar cada vez mais os negócios fora do perímetro corporativo tradicional. As empresas precisam da melhor segurança de classe mundial, que não diminua de forma alguma o desempenho da rede ou a experiência do usuário, e só é possível entregar isso com uma infraestrutura robusta na regiãoque faça parte de um serviço dedicado e distribuído na borda. Nossa rede NewEdge, que cresce exponencialmente, tem capacidade para inspecionar grandes quantidades de dados localmente, sem a necessidade de utilizar rotas bizarras de backhaul ou depender de uma transmissão pública, que é imprevisível”, explica Alain Karioty, Diretor Regional da Netskope para América Latina e Ibéria. 

Com mais de 1.500 clientes, a Netskope atende algumas das maiores empresas do mundo e mais exigentes em termos técnicos. Entre os destaques de 2021, a empresa captou recentemente 300 milhões de dólares em novos investimentos, inclusive da Base Partners, uma empresa de investimentos focada em tecnologia com sede em São Paulo, alcançando a valoração de 7,5 bilhões de dólares.

FONTE: Capital Informação

 

Newly, o seu portal de tecnologia

 

Empresa do PR cria tecnologia que alivia perdas com a alta do combustível

Solução criada tem atraído a atenção, principalmente depois das altas constantes nos preços dos combustíveis. 

Abastecer não tem gerado a mais agradável das sensações: o aumento dos combustíveis, uma realidade que vem testando o bolso dos brasileiros. Para as transportadoras e demais empresas de todos os segmentos que possuem frotas para seus serviços de transportes, a missão é ainda mais dura. Calcula-se que, em média, metade dos gastos com a frota seja diretamente com combustível.

Diante deste cenário de alta nos preços, nunca foi tão necessário buscar soluções para minimizar gastos e desperdícios. Com esse foco, empresas recorrem à tecnologia e sistemas de gestão. Uma dessas ferramentas foi criada pela Gestran, paranaense com mais de duas décadas no mercado de desenvolvimento de sistemas para os setores de transporte e de logística. Trata-se do Gestran Frotas, concebido a partir das necessidades dos Frotistas com o objetivo de automatizar e simplificar processos manuais diários.

Leia também:

+ Corrosão: tecnologia permite economia de 65% na prevenção em estruturas de aço

“A tecnologia possibilita automatizar e acelerar os processos operacionais, reduzindo os custos e aumentando a lucratividade das empresas”, ressalta Paulo Raymundi, CEO da Gestran. Ele afirma que, com o sistema, é possível diminuir consideravelmente os custos. “Com a plataforma de Gestão de Frotas, conseguimos entregar, em média, de 20 a 25% de economia para a frota toda, pois nosso sistema tem uma tecnologia que avalia e cruza uma série de dados e oferece aos nossos clientes as melhores opções”, explica.

A plataforma monitora o gasto do combustível e de pneus, indica se é preciso manutenção e aponta as despesas.  A ferramenta atende transportadoras e, também, qualquer negócio que tenha frota de veículos, como empresas do varejo, indústria, agronegócio e até administrações públicas. Ainda, permite a busca por melhores preços nas bombas do Brasil por região, cidade, posto, bandeira, ajudando na negociação com postos de combustíveis.

“É possível fazer uma simulação no site da Gestran usando a nossa calculadora de impacto, que mostra na hora qual o tamanho da economia que pode ser atingida”, explica Raymundi, ressaltando que o formato da plataforma permite, também, gestão do estoque de combustível, monitoramento em tempo real dos gastos, integração com bomba interna, redução de custos e de erros com lançamentos e controle de descontos nos abastecimentos. O Gestão de Frotas ainda tem um módulo para controle de pneus, com a mesma premissa de economia para pequenas, médias e grandes frotas, insumos/serviços que também têm passado por alta nos preços.

Leia também:

+ Startup cria marketplace de fretes para cargas fracionadas e registra crescimento de 500%

A procura por soluções desenvolvidas pela empresa vem crescendo – só pelo site da empresa, contatos com esse objetivo saltaram 150%, em 2020. A busca pelo termo “gestão de frotas” no Google também aumentou 90% nos últimos dois anos. Uma boa gestão resulta em eficiência, afinal, pensar em uma frota é planejar e controlar processos com base em informações precisas. Assim, ninguém perde tempo, oportunidades e dinheiro.

Fonte: Engenharia da Comunicação

Newly, o seu portal de tecnologia

Robinson-Klein-ACI

Desenvolvimento low-code – menos códigos e mais negócios

*Por Robinson Klein

Robinson-Klein-ACI
Robinson Klein – CEO da CIGAM

Desenvolver softwares com menor uso de códigos é uma tática que há quase três décadas apoia provedores de TI na entrega de sistemas mais práticos e flexíveis. Apesar do conceito ser empregado há bastante tempo, o termo low-code foi criado em 2014 pela consultoria Forrester Wave, e nos últimos cinco anos a tecnologia ganhou uma considerável fatia de mercado com o surgimento de fornecedores de plataformas para desenvolvimento de aplicações, das mais simples às mais complexas.

O cenário promissor colocou o low-code no radar dos grandes institutos de pesquisa. Antes da pandemia do coronavírus, a consultoria Forrester estimava que a movimentação no setor de plataformas de desenvolvimento de low-code chegaria a US$ 21,2 bilhões em 2022, ante os US$ 1,7 bilhão contabilizados em 2017, com crescimento acima de 40% ao ano. Já as previsões do Gartner apontavam que até 2024 65% dos aplicativos seriam desenvolvidos com pequena ou nenhuma codificação.

O low-code é uma alternativa que gera altos ganhos de produtividade, uma vez que, livres das milhões de linhas de código necessárias para cada aplicação, as áreas de desenvolvimento têm mais tempo para direcionar o foco nas necessidades do usuário.  No setor de ERP, por exemplo, o desafio é oferecer soluções aderentes a enésimos modelos de negócios, que variam de acordo com porte, setor, localização e outros inúmeros fatores, num universo em que cada organização tem particularidades operacionais que precisam ser pensadas para o sucesso na automação de processos gerenciais.

Leia Também:

+ Corrida pelo Low-Code: empresas buscam soluções de baixa programação para adequar as necessidades

+ Microsoft anuncia novos recursos para Power Platform e Dynamics 365

Além disso, no modelo convencional de codificação, acompanhar transformações ou evoluções operacionais significa reescrever o sistema de gestão, tanto para atualizar procedimentos, como no atendimento às novas demandas que surgem cotidianamente. Mas no low-code, ajustes podem ser facilmente agregados a uma solução já existente, permitindo modernização e implantação de recursos, bem como o aumento da escalabilidade, tudo sob medida para atender novas necessidades ou especificidades, sem perdas para a operação.

Outra vantagem das plataformas low-code é facilitar o entendimento das aplicações, dispensando treinamento adicional a cada atualização no sistema. Isso é possível porque a geração de aplicativos e softwares com menos códigos proporciona velocidade e flexibilidade às áreas técnicas na implementação de soluções mais intuitivas, que podem ser acessadas, inclusive, por colaboradores que não sejam especialistas em TI, otimizando a gestão como um todo.

Na prática, com a carga de trabalho de desenvolvimento reduzida, as equipes de TI podem dedicar-se à melhor compreensão do cliente, melhorando a usabilidade e propondo melhorias que apoiem a produtividade, uma vez que, aptos a operar sistemas, colaboradores de diferentes setores, como RH, comercial, projetos e relacionamento com o cliente, por exemplo, participam da gestão de forma mais proativa.

Quem escolhe trabalhar com poucos ou nenhum código de programação (no-code) não precisa se preocupar com atualizações, que ficam sob a responsabilidade do fornecedor da plataforma. Nesse sentido, um parceiro de confiança é diferencial competitivo na oferta de funcionalidades únicas e direcionadas ao desenvolvimento do negócio, especialmente no que tange à segurança de dados. Mas vale ressaltar a plataforma low-code, ou no code, por mais completa e segura que seja, não dispensa a expertise em TI para evitar que um erro de programação leve à exposição de dados ou abra brechas de vulnerabilidade de segurança.

* Robinson Klein é CEO da CIGAM S.A.

FONTE: Capital Informação

 

Newly, o seu portal de tecnologia

Tecnologia e recrutamento: O match perfeito?

Por Eber Machado*

O match ficou popularizado nos aplicativos de namoro quando duas pessoas que têm características ou gostos em comum demonstram interesse uma no perfil da outra, e com um “click” se conectam como uma “combinação perfeita”. Apesar de popular nesse contexto, o match não fica restrito somente aos relacionamentos afetivos e, atualmente, também podemos ver essa tecnologia de combinação de perfis sendo muito usada em outras áreas, como a de recrutamento, por exemplo.

Dentro de empresas focadas em recrutamento e seleção, o match nada mais é do que o direcionamento de perfis  para os recrutadores de candidatos que são mais aderentes à vaga. Para isso, é preciso levar em consideração alguns aspectos, como a localidade, habilidades necessárias para atender à função, e assim por diante. Do ponto de vista do candidato, também é necessário garantir que as oportunidades apresentadas para ele estejam de acordo com o seu interesse profissional e que suas capacidades estejam adequadas aos requisitos solicitados pela empresa. Quando temos o candidato adequado para a vaga de interesse consideramos ter encontrado “o match”.

Para que o “match” funcione de forma eficiente, técnicas de Machine Learning são utilizadas, sendo possível analisar todos os dados de candidatos e vagas e gerar recomendações cada vez mais adequadas tanto aos candidatos quanto aos recrutadores. Na Catho, por exemplo, trabalhamos a taxonomia dos dados de forma a padronizar informações importantes para os dois lados, tais como cargo pretendido, para potencializar essa combinação. Também usamos técnicas de processamento de textos para extrair informações relevantes,  fazer o tratamento de sinônimos, permitindo assim normalizar os dados e aplicar com eficiência as técnicas de aprendizado de máquina para classificação e recomendação de perfis e vagas.

Sem dúvidas um dos grandes desafios da contratação sob a perspectiva do recrutador é ter que lidar com o grande volume de pessoas se aplicando para as vagas e entender claramente quais são os candidatos mais aderentes para que possam ser eficazes nas abordagens e reduzir o esforço para a contratação. Neste aspecto, os sistemas de busca e recomendação impactam muito positivamente na eficiência do processo. Na fase de descoberta de candidatos, esses sistemas garantem a seleção dos melhores perfis para aquela posição.

Assim como nos aplicativos de relacionamento em que após o match,  o casal se encontra para comprovar o ‘fit’, no processo de contratação o próximo passo não é muito diferente. Apesar das técnicas de machine learning estarem cada vez mais sofisticadas e presentes em nosso dia a dia, ainda é muito desafiador automatizar por completo o processo de fit de candidatos, sobretudo o conhecimento mútuo que se dá nos processos de entrevistas, onde, pessoalmente, o candidato consegue compreender melhor o desafio e a cultura da empresa, enquanto o recrutador avalia aspectos mais subjetivos do candidato que são mais difíceis de serem analisados de forma automatizada.

É notável que a tecnologia ajudou a automatizar e agilizar processos quando se trata das contratações através do match, entrevistas virtuais, ferramentas de gestão de documentos e assinaturas digitais, mas a humanização ainda continua sendo essencial nesse processo, especialmente em um país desigual onde a tecnologia e a internet de qualidade ainda não são para todos.

Mesmo com a tecnologia em constante evolução sempre existirão desafios para aprimorá-la com novas técnicas a fim de eliminar, cada vez mais, dificuldades e ineficiências dentro do processo de contratação e, consequentemente, proporcionar o match ideal. Contudo, a humanização continua sendo de suma importância e deve andar junto com os processos tecnológicos. Afinal, cada vez mais precisaremos de pessoas com habilidades mais humanas e emocionais, dado que há uma tendência de automação de tudo aquilo que é repetitivo. Afinal, habilidades mais sofisticadas para realizar as tarefas que não podem ser automatizadas acabam se tornando essenciais.

*Eber Machado é CTO da Catho

Corrosão: Tecnologia permite economia de 65% na prevenção em estruturas de aço

O moderno processo utilizado no serviço de passivação cria uma espécie de trama protetora de elétrons que anula a corrosão em substituição aos custosos métodos tradicionais de jateamento, tratamento mecânico e pintura.

O gasto no combate à corrosão pode ser reduzido em cerca de 65% graças à tecnologia Anodo Passivar. Desenvolvida para qualquer setor da economia que tenha aço em seus projetos, unidades e instalações, a técnica utilizada no serviço de passivação – como é chamada a proteção das superfícies na manutenção de estruturas de aço – é capaz de interromper o processo contínuo de degradação estrutural por um custo muito inferior ao método tradicional, que consiste no jateamento para a remoção de resíduos – ou tratamento mecânico (St3) – e a incessante pintura.

A tecnologia oferece um equipamento portátil, de fácil transporte, alimentado por energia elétrica que emite micropulsos elétricos para criar uma película protetora de elétrons que blinda o aço da ação destrutiva da corrosão. A solução é modular, o que permite a proteção de qualquer metragem necessária, podendo ser monitorado remotamente.

Leia também:

+ Como encarar o erro como parte do processo de inovação?

+ Estudo da VMware detalha o aumento de ataques cibernéticos direcionados á força de trabalho remoto

“O aparelho pode estar na Noruega e ser observado na nossa sala de controle para verificarmos se está operante ou não. Usado de maneira correta ele pode durar de cinco a 10 anos, sem necessidade de desligamento ou manutenção”, explica Francisco Muller, diretor de Operações da empresa Passivar, que atua há 42 anos no segmento, e responsável pelo desenvolvimento da nova tecnologia.

A modalidade de comercialização da solução Anodo Passivar é por meio de serviço de locação com contrato de 36 a 60 meses e SLA (na sigla em inglês, Acordo de Nível de Serviço) para projeto de custo de implantação, atendimento e reposição. O serviço de passivação atende todos os segmentos onde houver aço e, inevitavelmente, corrosão. Os resultados são os mesmos em mineradoras, indústria química, termelétrica, transmissão de energia, infraestrutura de base, plástico, química fina, farmacêutica, alimentos, celulose, torres eólicas e indústria naval. Entre os clientes da Passivar com equipamentos em operação estão Petrobras, Suzano, Anglo American e Qualy Rações.

Passivação x convencional

O retorno do investimento da solução Anodo Passivar está na redução de custos da manutenção convencional – como a contratação de funcionários e montadores de andaime, logística e compra de materiais (EPIs, insumos, tintas, água industrial e locação de andaimes, por exemplo) – e com riscos de acidentes com pessoal. No aspecto ambiental, também há a redução dos resíduos da manutenção e de riscos relacionados à legislação e à fiscalização.

No processo convencional, os custos e horas de trabalho investidos são incessantes. “Uma pintura dessas em uma grande instalação pode levar o ano inteiro. E quando se chega ao final está na hora de começar tudo de novo. É uma infinidade de aço e corrosão”, comenta o diretor da Passivar e engenheiro de produção Antônio Junior, baseado na Bacia de Campos (RJ).

Fonte: Ateliê da Notícia

 

Newly, o seu portal de tecnologia

Setor financeiro reúne maior volume de profissionais desenvolvedores da automação de processos via RPA

A Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária, da Federação Brasileira de Bancos, realizada com 21 instituições financeiras, e divulgada em junho deste ano, mostra que os bancos no Brasil investiram R$ 25,7 bilhões em tecnologia no ano passado, 8% a mais em relação a 2019, e que os investimentos em softwares aumentaram 15% em 2020, para R$ 14,4 bilhões. A automação de processos respondeu por 80% deste montante.

“Não surpreende o volume dos investimentos nos setores financeiro e bancário nacionais, direcionados para a automação de processos via o desenvolvimento de robôs digitais. Esta é uma tendência mundial”, diz Edgar Garcia, Diretor Comercial da UiPath para a América Latina. A UiPath é empresa líder no segmento da automação de processos via o RPA (Robotic Process Automation). De acordo com o relatório da empresa, intitulado “Desenvolvedores de RPA UiPath 2021”, que consultou mais de mil experts do segmento em diferentes mercados, o setor financeiro é o que, globalmente, tem abarcado o maior percentual de desenvolvedores de RPA (50%), seguido da área de Tecnologia (35%) e Seguros (26%). “Vemos o setor financeiro liderando as oportunidades para esses profissionais, que vêm criando oportunidades de automação para instituições financeiras e bancárias, o que também tem muito a ver, claro, com o modelo de trabalho remoto impulsionando a tendência”, diz Garcia.

Leia também:

+ Prime Control mira no mercado SAP e chama atenção para a necessidade de testes automatizados e RPA

O mesmo relatório da UiPath revela que ao menos 1/3 dos profissionais desenvolvedores de RPA atuam hoje em organizações para as quais pelo menos 25 dos colaboradores vêm trabalhando remotamente.

Segundo a experiência da UiPath no mercado global, instituições bancárias têm recorrido ao RPA também para acelerar o compliance, reduzir custos e aumentar a eficiência operacional, liberando os profissionais da execução de tarefas repetitivas para o cumprimento de funções mais estratégicas. “Geralmente, bancos e instituições financeiras possuem um grande volume de informações a serem processadas, e fazê-lo manualmente, além de moroso, dá margem para mais  erros e riscos. Além disso, tem também o lado da satisfação dos profissionais”, diz Garcia.

Leia também:

+ RISE pode ser maior aposta do mercado SAP para 2021, revela spoiler de estudo global anunciado pela TGT Consult

Sob este último aspecto, a pesquisa global do IDC (International Data Corporation), realizada no ano passado com o patrocínio da UiPath envolvendo mais de 400 profissionais de 19 setores diferentes, entre eles o financeiro, revelou que 71% dos trabalhadores se sente “feliz” com a automação assumindo parte de suas funções.  “Essa pesquisa é um termômetro significativo de que, gradativamente, a força de trabalho mundial vem compreendendo o potencial da automação como um aliado, e não como uma ameaça. E o setor financeiro parece que vem puxando essa percepção.”

A última pesquisa da Febraban mostrou que, além da automação de processos, a Inteligência Artificial responde pelo maior volume de investimentos em tecnologia do setor no Brasil.

Fonte: Elabore Estratégia

 

Newly, o seu portal de tecnologia

 

Como a transformação digital se relaciona com o conceito de ESG?

Por Fernando Brolo

Fernando Brolo – Sales Partner na logithink.

Com o passar dos anos, a transformação digital tem tornado-se uma necessidade básica para todas as empresas. Investir em soluções tecnológicas, seja para automatizar processos operacionais ou para aprimorar o desempenho das equipes, é tão crucial que pode definir, até mesmo, o êxito das companhias no atual cenário, marcado pelo alto investimento em inovação com o intuito de aperfeiçoar processos e captar a atenção de um público cada vez mais exigente.

Ainda neste contexto de jornada digital, ganhou proeminência também o conceito de ESG (Meio Ambiente, Social e Governança, em tradução livre), indicador que avalia as empresas de acordo cos seus impactos nesses três eixos da sustentabilidade. As mudanças constantes no perfil do público, bem como da sociedade em geral, vêm pressionando as empresas a adotarem ações inéditas no desenvolvimento de seus serviços e produtos. Com isso, a transformação digital e o ESG assumiram o topo das discussões sobre novos modelos de gestão.

Como transformação digital e ESG se conectam

A jornada digital é uma evolução necessária no mercado corporativo, não há como negar. Afinal, a adoção de ferramentas tecnológicas capazes de aprimorar a execução de processos, melhorar entregas e facilitar a integração entre sistemas e equipes, é crucial para que as empresas se adaptem melhor às rápidas mudanças de cenários e target, além de ajudar na construção de culturas organizacionais voltadas à inovação e com perspectivas mais abrangentes sobre o seu real papel na sociedade.

No entanto, as cobranças recentes têm demonstrado que apenas a adoção de novas tecnologias não é suficiente. É preciso também se preocupar com outras questões como social, de governança e ambiental. Ou seja, essas demandas precisam estar alinhadas e inseridas na jornada digital das companhias, para produzirem resultados efetivos, de fato, satisfazendo, assim, as expectativas dos seus clientes.

A conexão existe porque a transformação digital busca otimizar a execução dos processos e aperfeiçoá-los, enquanto que o ESG visa compreender exatamente qual é o negócio das empresas, de que forma elas impactam o mundo e atendem às necessidades da sociedade. Dessa forma, cria-se, portanto, um interesse mútuo de atender as expectativas do público, seja por meio de novas experiências ou pela atenção atribuída a temas que os clientes julgam importantes.

Leia Também:

+ Por que o conceito de ESG deve estar em pauta na sua empresa?

+ Média nacional de transformação digital aumentou em 2021, aponta novo índice ABEP-TIC de Ofertas de Serviços Públicos Digitais 

Benefícios da digitalização para o ESG

A digitalização de processos sofreu grandes mudanças nos últimos anos. A partir do surgimento de soluções tecnológicas de automação e análise de dados, por exemplo, as empresas conseguiram aprimorar toda a cadeia de produção, mantendo a qualidade e ganhando mais agilidade na execução de processos. Com isso, a tomada de decisões foi maximizada, uma vez que passou a se basear na análise dos dados disponíveis nos sistemas internos das organizações, alimentados em tempo real.

Todavia, para além da tomada de decisões, as tecnologias digitais permitiram aos gestores personalizar os processos para oferecer ao público itens exclusivos e inovadores, sem precisar flexibilizar suas práticas sustentáveis. Ou seja, a digitalização de processos permite às companhias elevarem sua produção sem desrespeitar normas do ESG. Assim, essas empresas conseguem desenvolver serviços e produtos customizados sem gerar custos adicionais para o consumidor ou encargos para o meio ambiente, por exemplo.

A maior autonomia na cadeia de produção proporcionada pela digitalização se conecta diretamente com os principais objetivos do ESG, que são cuidar do meio ambiente; ampliar a responsabilidade social; e adotar melhores práticas de governança. E a tecnologia é a melhor aliada das empresas neste processo de transformação digital e adequação às normas e exigências do público.

O ESG é a próxima transformação corporativa e surgiu em resposta às necessidades da sociedade, que cobra das empresas uma atuação mais ativa na adoção de práticas sustentáveis contra problemas sociais que impactam a vida de todos. Neste sentido, a cobrança será ainda mais incisiva nos próximos anos e companhias que não se atentarem a essas questões poderão ter sérios problemas.

Assim como a jornada digital, o ESG é uma transformação necessária e que caminha junto à digitalização. Por isso, a conexão de ambos permite uma atuação cada vez mais estratégica e benéfica para as organizações e para a sociedade como um todo.

 

*Fernando Brolo é Sales Partner na logithink.

FONTE: IDEIACOMM

 

Newly, o seu portal de tecnologia

previsia-preservacao-desmatamento-amazonia

Microsoft, Imazon e Fundo Vale lançam PrevisIA, ferramenta de Inteligência Artificial que ajudará na prevenção do desmatamento da Amazônia

Aberta ao público, plataforma analisa diversos dados, como topografia, cobertura do solo e estradas legais e ilegais para identificar possíveis tendências de mudanças no uso do solo; informações poderão ser usadas por órgãos públicos para ações preventivas de combate e controle ao desmatamento 

previsia-preservacao-desmatamento-amazonia
Fonte: https://previsia.org/

A Microsoft, o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e o Fundo Vale lançam oficialmente a ferramenta PrevisIA, que antecipa informações de regiões com maior risco de desmatamento e incêndios na Amazônia por meio de Inteligência Artificial (IA). A solução, que tem como objetivo ajudar a proteger a floresta amazônica durante a estação de seca, que teve início em junho de 2021, foi apresentada hoje em um evento virtual que contou com a participação de Tânia Cosentino, presidente da Microsoft Brasil; Carlos Souza Jr., pesquisador associado do Imazon, e Hugo Barreto,  diretor de Investimento e Desenvolvimento Social da Vale. A plataforma pode ser acessada no link: previsia.org

A PrevisIA analisará dados diversos, como topografia, cobertura do solo, infraestrutura urbana, estradas oficiais e não oficiais e dados socioeconômicos para identificar possíveis tendências de conversão da floresta pelo desmatamento. Com recursos avançados de nuvem de computadores do Microsoft Azure e com o algoritmo de IA desenvolvido pelo Imazon para detectar estradas em imagens de satélites, a solução aperfeiçoou o modelo de risco de desmatamento para identificar os diferentes tipos de territórios ameaçados pelo desmatamento na Amazônia, incluindo Terras Indígenas e Unidades de Conservação. Além disso, essas informações serão divulgadas publicamente em um painel de controle da iniciativa e poderão ser usadas por órgãos públicos para o planejamento e execução de ações preventivas, de combate e controle do desmatamento. Para assegurar que os públicos que podem ser mais beneficiados com essa solução tenham conhecimento sobre a disponibilidade da PrevisIA, o Imazon fará um trabalho de engajamento com diferentes audiências para incentivar o uso da plataforma.

Leia Também:

+ Inteligência Artificial de startup ajuda fruticultores no manejo do pomar

+ Chega ao Brasil aplicativo inteligente para coleta e análise de dados da lavoura

Há um ano e meio, a Microsoft anunciou o seu compromisso de ser carbono negativo, positivo para a água e de criar um “computador planetário” para coletar dados que ajudarão a melhorar a biodiversidade mundial, e a PrevisIA é uma das iniciativas apoiadas pela Microsoft que utiliza imagens de satélite da European Space Agency para, com inteligência artificial de reconhecimento de imagem, gerar as previsões de desmatamento. A experiência da Microsoft nesse período mostrou que a base para quase todo o progresso é a combinação de padrões precisos, incentivos econômicos reais e medições baseadas em tecnologia eficazes. A parceria com o Fundo Vale e o Imazon é resultado da crença de que uma combinação poderosa pode acelerar o progresso em todo o mundo.

“Na Microsoft, acreditamos que a Inteligência Artificial pode auxiliar a resolver desafios do planeta e da sociedade. A preservação do meio ambiente, sem dúvida, é um desses desafios. Como parte do nosso compromisso com a biodiversidade, assumimos a responsabilidade pela nossa pegada na Terra e há alguns anos lançamos o programa AI for Good, onde disponibilizamos US$ 165 milhões, durante o período de cinco anos, para fornecer financiamento, tecnologia e especialização para indivíduos e ONGs. As iniciativas desse projeto são divididas em cinco pilares, um deles é o AI for Earth, que, entre as ações apoiadas no Brasil, consta a parceria com o Fundo Vale e o Imazon”, destaca Tânia Cosentino, presidente da Microsoft Brasil.

“O grande avanço deste projeto foi democratizar o acesso a recursos avançados de Tecnologia da Informação para facilitar o engajamento de diversos usuários na prevenção e controle do desmatamento da Amazônia”, afirma Carlos Souza Jr, pesquisador associado do Imazon.

A Vale, que já contribui para proteger quase 1 milhão de hectares de florestas no mundo, dos quais 800 mil na Amazônia, anunciou recentemente que pretende recuperar e proteger mais 500 mil hectares de mata nativa até 2030. A iniciativa faz parte da estratégia da empresa de tornar-se carbono neutra em 2050. E a ferramenta de Inteligência Artificial da Microsoft poderá ajudá-la a atingir a meta florestal.

“O sistema tem potencial de ser usado também para avaliar áreas de restauração florestal e vulnerabilidade ao fogo, ajudando a produzir dados mais concretos para arranjos de REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação) que poderão ser adotados pela Vale em mercados de créditos de carbono”, explica a diretora de Operações do Fundo Vale, Patrícia Daros.

No ano passado, a companhia lançou o Manifesto Amazônia, no qual reafirma os compromissos de promover o desenvolvimento sustentável na região.

Anunciado em outubro de 2020, o investimento da Microsoft no projeto faz parte do “Microsoft Mais Brasil”, um plano abrangente que tem como objetivo apoiar a retomada econômica do país por meio de um conjunto de ações e investimentos. O programa é dividido nas frentes “educação, capacitação profissional e empregabilidade”, “habilitação da economia digital por meio da tecnologia” e “crescimento sustentável e impacto social”, frente da qual PrevisIA faz parte.

FONTE: Edelman

Newly, o seu portal de tecnologia

Cibercrime: quase um quarto dos dados vendidos em fóruns clandestinos têm mais de três anos

Pesquisa da Trend Micro alerta para ameaça de vulnerabilidades herdadas e não reparadas

Trend Micro, líder mundial em soluções de cibersegurança, alerta as organizações para a necessidade de concentrar esforços na correção de vulnerabilidades que possam representar riscos, mesmo que elas já tenham sido identificadas há anos. Segundo levantamento da Trend Micro, 22% dos dados à venda em fóruns frequentados por cibercriminosos têm mais de três anos.

“Os criminosos sabem que as organizações estão lutando para priorizar e corrigir prontamente, entretanto a nossa pesquisa mostra que os atrasos de patches são frequentemente aproveitados”, destaca Mayra Rosario, pesquisadora sênior de ameaças da Trend Micro. “A vida útil de uma vulnerabilidade ou exploração não depende de quando um patch fica pronto para interrompê-la. Na verdade, as explorações mais antigas são mais baratas e, portanto, mais populares entre os criminosos que compram em fóruns clandestinos. O patching virtual continua sendo a melhor maneira de mitigar os riscos de ameaças conhecidas e desconhecidas para as organizações.”

Leia também:

+ “Estamos vivendo uma pandemia cibernética”, alerta analista da TGT Consult

O relatório revela vários riscos de explorações e vulnerabilidades legados, incluindo:

  • A exploração mais antiga vendida no submundo virtual é CVE-2012-0158, um Microsoft RCE.
  • CVE-2016-5195, conhecida como a Exploração da Vaca Suja, ainda está em curso após cinco anos.
  • Em 2020, o WannaCry ainda era a família de malware mais detectada, e havia mais de 700 mil dispositivos vulneráveis, em todo o mundo, em março de 2021.
  • 47% dos cibercriminosos tentaram atingir produtos Microsoft, nos últimos dois anos.

A pesquisa também mostra um declínio no mercado de vulnerabilidades de Zero Day e N-Day, nos últimos dois anos. Isso está sendo impulsionado, em parte, pela popularidade dos programas de recompensa de bugs, como a Iniciativa Zero Day da Trend Micro, e o surgimento do Access as a Service, nova força no mercado do cibercrime. O serviço tem as vantagens de uma invasão, mas todo o trabalho pesado já foi feito para o comprador, com preços clandestinos a partir de US$ 1 mil.

Leia também:

+ IAB lança documento global sobre leis de proteção de dados para a publicidade digital

A combinação destas tendências está aumentando o risco para as empresas. Com quase 50 novos CVEs lançados por dia, em 2020, verificamos uma pressão cada vez maior sobre as equipes de segurança para priorizar e implantar patches. Hoje, as organizações têm, em média, 51 dias para corrigir uma nova vulnerabilidade. Por isso, o patching virtual é fundamental para cobrir essa lacuna no sistema de segurança.

Para acessar o relatório “A ascensão e queda do mercado de exploração de N Dias no submundo do crime cibernético”, clique AQUI.

Fonte: DFreire Comunicação e Negócios

Newly, o seu portal de tecnologia

“Estamos vivendo uma pandemia cibernética”, alerta analista da TGT Consult

Baixo investimento em cibersegurança abre as portas para ataques cada vez mais intensos e prejudiciais, colocando em risco diversos setores do país

Recentemente, o Fórum Econômico Mundial divulgou uma previsão de que em 2025 as tecnologias da próxima geração vão liquidar defesas e darão início a uma pandemia cibernética mundial. No entanto, o analista da TGT Consult/ ISG, Paulo Brito, alerta que o Brasil já vive uma crise cibernética, mas muitas empresas brasileiras ainda não se deram conta disso em razão de todo o foco estar voltado para a crise e incerteza econômica causada pela Covid-19. De acordo com o analista, o cenário já é crítico e não vai melhorar, caso empresas, instituições e governos não dobrem seus esforços e investimentos para mitigar riscos cibernéticos.

Imagine que alguém precisa fazer um procedimento cirúrgico. A enfermeira entra no quarto antes do procedimento para confirmar seus dados, mas seu nome está errado, sua data de nascimento e tipo sanguíneo também. Ou pior, imagine que seus dados estão corretos e, durante o procedimento, o fornecimento de energia do hospital para de funcionar. Não só do hospital, como da cidade inteira. Todos os equipamentos utilizados até aquele momento para garantir sua estabilidade durante uma cirurgia delicada deixam de funcionar sem aviso prévio e sem motivo aparente e, agora, sua vida está em risco. Esse tipo de incidente aconteceu na Inglaterra, em 12 de maio de 2017, durante o ataque de WannaCry, que atingiu cerca de 230.000 computadores ao redor do mundo, congelando organizações como o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (National Health Service).

Leia também:

+ Novo relatório da HP sobre ameaças cibernéticas revela que hackers compartilham ferramentas de visão computacional para aumentar suas capacidades

No final de junho deste ano, um ataque cibernético aos laboratórios da Fleury, que atende hospitais como o Sírio Libanês e A.C. Camargo Câncer Center prejudicou os sistemas desses centros médicos. Apesar de o dano não ter atingido o nível do cenário hipotético demonstrado no começo do texto, houve atraso na entrega de exames, já que os médicos, enfermeiros e profissionais perderam acesso ao sistema dos laboratórios temporariamente.

Os cenários apresentados no começo do texto são hipotéticos, mas bem próximos da realidade de casos recentes de ataques cibernéticos. “Se esses ataques não tivessem sido impedidos, os resultados seriam catastróficos. Estamos falando de apagões em cidades ou até estados inteiros e danos irreparáveis em indústrias dos mais diversos setores”. Um exemplo é o ataque feito a uma estação de tratamento de água na Flórida, que envolvia despejar volumes acima da média de hidróxido de sódio – substância que se torna corrosiva em excesso – na água que seria consumida por famílias inteiras.

A pandemia cibernética pós-coronavírus já está acontecendo e os ataques recentes já citados neste artigo são apenas alguns dos muitos exemplos. Para Brito, “é fácil afirmar que quase todos os brasileiros atualmente já tiveram seus dados vazados, abrindo um mercado extremamente valioso para cibercriminosos, que pagam por esses dados de telefone, e-mail, dados bancários, endereços, senhas, entre outros para práticas fraudulentas”.

Se o ataque ao laboratório não tivesse sido impedido, as consequências seriam gravíssimas, como defende o analista. “Uma simples troca de informações de tipo sanguíneo, ou até apagar dados de alergias a medicamentos de um paciente, com certeza iria causar sérios riscos à saúde dos envolvidos”, diz o analista.

O crescimento significativo do mercado de segurança cibernética, impulsionado pelo cibercrime na pandemia da Covid-19, é uma das provas de que o Brasil precisa de maior atenção no tópico cibersegurança, segundo aponta o estudo ISG Provider Lens Cybersecurity – Solutions & Services Brasil 2021, previsto para lançamento no início do mês de agosto.

“O Brasil movimenta anualmente cerca de US$60 bilhões somente com investimentos na área da tecnologia da informação. Apesar de o número ser alto, não chega nem perto do suficiente, uma vez que o valor destinado à segurança da informação é de apenas US$8 bilhões, menos de 15%.  Considerando a extensão do nosso país, um dos maiores do mundo em território, há muito o que se fazer para tornar os investimentos em segurança cibernética sequer aceitáveis”, expressa o analista da TGT Consult e autor da pesquisa ISG.

Leia também:

+ IAB lança documento global sobre Leis de Proteção de Dados para a publicidade digital

Para João Carlo Mauro, especialista em Gestão de Riscos de Segurança da Informação da TGT Consult, um parâmetro mais adequado é o da necessidade de investimento em função dos incidentes que têm ocorrido e das demandas que agora existem em função de regulamentações. “Historicamente, o investimento em segurança da maioria das indústrias menos ligadas ao setor financeiro, em geral, sempre foi mínimo e tendo de ser dividido com a área de TI. Infelizmente, esses investimentos, mesmo para a TI, já não eram expressivos, uma vez que temos diversas empresas com parque obsoleto, com sistemas legados antigos e infraestrutura desatualizada. Um verdadeiro prato cheio para incidentes de segurança, já que muitas vezes as vulnerabilidades desses ambientes já não contam com as correções do fabricante da solução”.

João Mauro alerta que vem observando no mercado um comportamento repetitivo, no qual executivos insistem em demandar a pauta da Segurança da Informação para a área de TI e muitas empresas que vêm deixando, ao longo dos anos, de investir na melhoria de seus parques tecnológicos e modernizar seus recursos de segurança. “Isso, infelizmente, parece mesmo um déjà-vu: temos um cenário parecido com o que vemos na nossa realidade pandêmica e de muitos países. Traçando um paralelo à pandemia da Covid-19, o cenário cibernético não é diferente: a falta de médicos e hospitais preparados, desinformação da população em como se prevenir e reagir em casos de contaminação, e um ambiente corporativo muito propício para proliferação de vírus ou ataques. Até que se descubra como enfrentar o ataque do vírus, muitas empresas e pessoas poderão quebrar ou terão prejuízos como sequelas gravíssimas”.

Fonte: Mondoni Press

 

Newly, o seu portal de tecnologia