Redação Newly

Uso de chatbots no atendimento ao cliente melhora a experiência e aumenta o ROI das empresas

Funções do chatbot diminuem a mão de obra humana, que pode ser direcionada a outros setores

Nos últimos anos, a automatização alcançou setores que, anteriormente, eram inimagináveis. A tecnologia tomou conta de quase tudo, e a tendência é que, nos próximos anos, o digital tenha ainda mais espaço na vida das pessoas, no dia a dia das pequenas empresas e nas grandes indústrias. Uma das ferramentas automatizadas mais usadas são os chatbots. É por meio deles que as experiências dos usuários se tornam melhores, ao mesmo tempo em que a empresa se beneficia, podendo aumentar e ter um impacto positivo até mesmo no Retorno sobre Investimento (ROI).

A ferramenta possui uma projeção de crescimento de mais de 20% até 2028, de acordo com uma pesquisa realizada pela empresa Markets and Markets. Os bots possuem diversas funções e, na maioria das vezes, realizam tarefas que, se feitas por mão de obra humana, demorariam muito mais tempo e retirariam uma pessoa de qualquer outra função que necessitasse de um ser humano. Além disso, conseguem atender a demandas simultâneas, algo quase impossível para uma pessoa.

Facilidades do chatbot

uso dos chatbots traz inúmeros benefícios, como a disponibilidade 24 horas por dia, envio de mensagens simultâneas, agilidade nas demandas, agendamentos, entre outros. Conheça as facilidades que essa tecnologia pode proporcionar às empresas e negócios:

Respostas automáticas: talvez a principal função dos chatbots nas empresas seja o envio de mensagens para os clientes ou usuários. Essa funcionalidade opera de forma simples: a pessoa interessada envia uma mensagem para um número ou outra rede social, e uma resposta pré-programada é encaminhada. A partir dessa resposta, outras ações podem ser realizadas, como o envio de fotos, vídeos, links clicáveis, entre outros.

A importância da agilidade no atendimento e do tempo de resposta reside em vários fatores, sendo o principal a satisfação do cliente. Um comprador que recebe respostas rápidas e funcionais tende muito mais a fechar a compra ou realizar o serviço, em comparação a negócios que não possuem chatbot. Algumas programações podem ser feitas para fornecer um modelo informativo, servindo como um canal de dúvidas para quem o procura.
Pré e pós-venda: a frase “o cliente se fideliza no pós-atendimento” nunca fez tanto sentido. A experiência de venda ou contratação de um serviço começa no primeiro contato, quando o chatbot é acionado pela primeira vez, e perdura até dias após a compra. Em um salão de cabeleireiro, por exemplo, a ferramenta pode ser utilizada em três momentos: agendamento, confirmação do horário dias antes do atendimento e, no pós-atendimento, enviando dicas ou solicitando feedback.

Em casos de vendas de produtos, a lógica do follow-up segue a mesma. É possível agendar o envio de mensagens perguntando sobre o produto, verificando se está tudo certo com o uso ou, até mesmo, após semanas, oferecendo descontos ou apresentando novos produtos. Essas simples interações fazem com que o cliente se mantenha engajado com a marca mesmo após a finalização da compra.
Pagamento: pagamento feito, a tecnologia permite que o pedido seja faturado, alterando o status e até mudando o cliente de área dentro do painel de gerenciamento. Desta forma, e com o painel, o empreendedor consegue observar o fluxo de vendas como um todo e entender mais sobre o próprio negócio.

A Kommo, Sistema de Gerenciamento, possui o SalesBot, que permite criar os chamados bots de forma prática e sem códigos. Ele permite que mensagens sejam criadas e enviadas após um determinado comando do usuário, mantendo um fluxo de conversa. Além de enviar os dados coletados para um painel. “Esse diferencial permite que você tenha mais controle sobre leads e clientes, com mais facilidade e economia de tempo”, ressalta Gabriel Motta, Kommo speaker in LATAM.

Coleta de feedbacks: o recebimento de insights vindos dos compradores é basicamente a realização do follow-up. Ou seja, após alguns dias da compra do produto ou da realização do serviço, o bot pode ser agendado para entrar em contato com o cliente e entender como foi a experiência, se deu tudo certo e ainda solicitar feedbacks personalizados sobre o atendimento.

Pode parecer algo simples, mas ter esse canal com o consumidor faz com que ele sinta que, do outro lado, há uma empresa preocupada com a sua opinião e seu bem-estar. Caso o feedback seja negativo, recebê-lo diretamente em um canal privativo de mensagens evita que a reclamação seja publicada de forma pública em outras redes sociais, evitando assim uma possível crise e proporcionando uma resolução rápida do problema.

Monitoramento de leads: quanto mais dados, melhores serão os resultados. Essa lógica também vale para empresas. Uma forma prática e tecnológica de entender o comportamento dos clientes ou futuros compradores é por meio dos leads. O envio de um simples formulário, catálogo de produtos ou serviços, conteúdos informativos, entre outros tipos de mensagens, consegue mensurar o que o público-alvo está buscando.

Os leads são uma ótima ferramenta para os empreendedores comandarem o negócio, mas a melhoria também beneficia o consumidor, que recebe conteúdos e mensagens personalizadas, além de um atendimento prático e alinhado com seus interesses.

Como o chatbot ajuda a aumentar o ROI 

Diversas facilidades e benefícios para o cliente e sua experiência já foram citados, mas as melhorias que o chatbot traz para a empresa também são destaque. O aumento do ROI é o principal, englobando todos os pontos positivos da tecnologia. A eficiência operacional da automação resulta em economia, pois, com as respostas automáticas, funcionários que seriam contratados para essa função podem não ser necessários. Em grandes empresas, a redução de custos é ainda maior, já que quanto mais funcionários, maiores são os gastos com salários, treinamentos e infraestrutura.

Outra facilidade está relacionada aos possíveis erros, pois humanos são bem mais suscetíveis do que máquinas. Com uma ferramenta para passar orçamentos, agendar horários ou garantir que todos os clientes sejam contatados, a probabilidade de que isso ocorra de maneira correta e ordenada é bem maior. Quando há um erro, é necessário consertá-lo, seja refazendo o trabalho ou reorganizando todo o planejamento, o que demanda tempo.

“Existem fatores que parecem pequenos, mas que influenciam no aumento da produtividade de sua empresa, e consequentemente, o ROI. Fatores como qualidade de atendimento aos clientes, tempo de resposta, organização na gestão de leads e gerenciamento da equipe. Tudo isso é melhorado com o uso do Chatbot”, complementa Gabriel, da Kommo

A facilidade também permite que dados sejam coletados e, futuramente, analisados por gestores. Os chamados leads conseguem captar um possível comprador e ajudar os empreendedores a entender o que está sendo mais buscado e o que falta para a finalização da venda. Insights vindos diretamente do público são valiosos na hora de tomar decisões e planejar futuras ações, além de facilitar outras áreas da empresa, como o marketing e a comunicação.

Todas as facilidades que o cliente possui quando o chatbot é implementado também resultam em benefícios para a empresa. Um cliente satisfeito com o atendimento prestado, o serviço e o produto recebido é uma pessoa que irá recomendar a marca para amigos e familiares, além de haver grandes chances de consumir novamente a marca, tornando-se fidelizado.

Fonte: Kommo

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sheerME e L’Oréal Produtos Profissionais Brasil se unem para digitalizar o setor de beleza

Nova plataforma será lançada no dia 12 de agosto, durante o primeiro L’Oréal Pro Summit

Pré-lançamento da plataforma Sal(ON) na Academia da L’Oréal São Paulo

sheerME e a L’Oréal Produtos Profissionais Brasil, com as marcas Kérastase, L’Oréal Professionnel e Redken, uniram-se para digitalizar o setor de beleza e bem-estar. Por meio de uma parceria inovadora, ambas desenvolveram uma plataforma white label chamada Sal(ON), gratuita para os profissionais de salão, cujo objetivo é impulsionar o negócio, facilitar os agendamentos e otimizar a gestão desses estabelecimentos.

A união surge a partir da visão de que, para digitalizar um setor ainda em processo de evolução nesta vertente, faz-se necessária a criação de uma solução que conecte os consumidores aos melhores salões e serviços à sua volta. Além disso, para garantir uma transição perfeita, é de suma importância oferecer todo o apoio e suporte para os usuários da plataforma.

“O consumidor de hoje é extremamente digital e tem aplicativos à disposição que trazem eficiência a qualquer hora, seja para pedir comida em casa, chamar um táxi ou reservar um hotel. No entanto, ainda não havia um aplicativo que proporcionasse essa mesma conveniência quando o cliente precisa de um salão de beleza, estética ou academia. É aí que a sheerME se diferencia das outras soluções no mercado. Nosso foco é levar benefícios ao consumidor cada vez que faz seu agendamento, através de cashback e valores oferecidos por parceiros em uma carteira virtual, permitindo ainda que o agendamento seja realizado sem qualquer limitação de horário, com confirmação imediata”, explica Miguel Alves Ribeiro, fundador e CEO da sheerME.  

Para os donos de salão e profissionais do setor, a superplataforma Sal(ON) powered by sheerME, desenhada para parceiros L’Oréal, oferece gestão de agendamentos, negócio e marketing, com o suporte da inteligência artificial para facilitar todo o trabalho, ajudando na retenção do cliente, aumentando a frequência de agendamento on-line e o valor médio gasto, tudo de forma gratuita.

A colaboração da sheerME com a L’Oréal Produtos Profissionais será anunciada no dia 12 de agosto, durante o L’Oréal PRO Summit 2024, no Pavilhão da Bienal do Ibirapuera, em São Paulo. O encontro de imersão reunirá inovação, tecnologia e tendências para a indústria profissional, reafirmando o compromisso da divisão com o setor.

“O objetivo da nossa divisão de produtos profissionais na L’Oréal sempre foi encontrar um caminho de desenvolver o salão – nosso grande parceiro –, e uma das frentes mais interessantes é a digitalização do seu negócio. Por isso, poder oferecer uma plataforma gratuita para que todos os salões possam ter um sistema que otimize a gestão e proporcione uma melhor experiência e liberdade de agendamento para o consumidor é incrível. E isso só foi possível por conta da grande parceria da sheerME. Agora, o próximo passo é retroalimentar os salões utilizando nossa inteligência e os dados, para acelerar ainda mais seu crescimento e dar continuidade à nossa grande missão de suporte ao setor”, afirma Daniel Guerra, diretor Digital de L’Oréal Produtos Profissionais.

Revolução do setor

A sheerME e a L’Oréal Produtos Profissionais Brasil têm como ambição oferecer aos profissionais de salão a solução mais inovadora do mercado. Em constante evolução, a plataforma irá considerar o feedback e acompanhar novas tendências, sempre com a tecnologia mais moderna e integração com os maiores players tecnológicos do mundo como Google, Meta, Uber entre outros. A sheerME é especializada na criação de plataformas digitais, com uma experiência de mais de 12 anos, e agora soma sua expertise ao Grupo L’Oréal, que está no Brasil há 65 anos atuando diretamente com os salões de beleza.

“Para nós, esta parceria com a L’Oréal Produtos Profissionais tem sido incrível, pois nos desafiou a desenvolver uma plataforma que acreditamos que vai revolucionar o setor. Ela ajudará os profissionais de salão a aumentar tráfego e visitas, proporcionará maior conveniência e controle dos agendamentos dos serviços e permitirá que os consumidores encontrem, paguem e agendem tudo o que precisam a qualquer hora e em qualquer lugar, sempre com benefícios em uma carteira virtual. O compromisso da sheerME com a L’Oréal e com o setor é trazer continuamente inovação, conectando cada vez mais consumidores aos melhores serviços e produtos ao seu redor. O feedback do mercado será crucial para adaptar nosso produto às reais necessidades dos profissionais e consumidores de serviços e produtos de beleza”, finaliza Ribeiro.

O projeto terá início com cerca de 100 salões parceiros da L’Oréal Produtos Profissionais, localizados, principalmente, em São Paulo e Rio de Janeiro, antes de abrir a solução para o Brasil inteiro e outros países em que a L’Oréal opera. Serão direcionadas campanhas e benefícios para todos os consumidores que baixarem o superapp sheerME e o utilizarem para agendar serviços de beleza e bem-estar. Durante o mês de agosto, os consumidores que baixarem o app receberão R$50 na sua carteira virtual da sheerME, oferecidos pela L’Oréal Produtos Profissionais para agendamentos em salões parceiros selecionados que possuam a plataforma Sal(ON). A campanha está sujeita à limitação de usuários.

A sheerME conta, atualmente, com uma equipe de mais de 55 pessoas, das quais 25 estão no Brasil. Em apenas um ano após o lançamento da operação no país, a plataforma já ultrapassou os 250 mil usuários e  possui cerca de três mil parceiros. Presente em Portugal, Brasil e Espanha, a empresa ambiciona expandir suas operações para mais países em 2025.

Paris 2024: IA está moldando os Jogos Olímpicos e elevando o padrão de performance

Mercado de análise esportiva, incluindo a IA, deve crescer para US$ 5,2 bilhões até 2028; veja como essa tecnologia está sendo utilizada na Olimpíada

Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 destacam-se pela integração inovadora de tecnologias de Inteligência Artificial (IA) em diversas áreas, desde as transmissões ao vivo até o apoio a atletas e árbitros. O uso dessa ferramenta promete crescer ainda mais no universo esportivo e nas próximas Olimpíadas.

Conforme o relatório da MarketsandMarkets, o mercado de análise esportiva, que inclui a IA, deve crescer para USD 5,2 bilhões até 2028, com uma CAGR de 22,0%. Esses números refletem o potencial transformador da IA no esporte, não apenas no aspecto competitivo, mas também na maneira como os espectadores interagem e consomem conteúdo esportivo.

Em Paris 2024, a tecnologia de IA está sendo usada para personalizar e otimizar os treinos dos atletas. Equipamentos com sensores incorporados coletam dados em tempo real, permitindo que treinadores ajustem os programas de treinamento para maximizar o desempenho e minimizar o risco de lesões. Com essa análise detalhada, os atletas podem identificar áreas de melhoria e adaptar suas rotinas precisamente, mantendo-se no auge da forma física durante as competições.

“Nos Jogos Olímpicos 2024, a tecnologia está influenciando e revolucionando o treinamento esportivo. É possível observar como esses insights podem fazer a diferença, permitindo que os atletas atinjam novos níveis de desempenho enquanto minimizam o risco de lesões”, declara o especialista em dados e inovação e professor de MBA da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Kenneth Corrêa.

4 áreas nas quais a IA está transformando a Olimpíada

  1. Transmissão ao vivo com IA

A NBCUniversal está liderando uma revolução nas transmissões dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 com a introdução do “OLI”, um sistema de chat impulsionado por IA. “Esse assistente virtual inteligente permite que os espectadores interajam naturalmente, fazendo perguntas sobre programação, informações de atletas e opções de visualização em tempo real”, completa Kenneth. 

Com a colaboração do Google, insights gerados por IA enriquecem a experiência dos espectadores, enquanto uma inovação fascinante é a recriação da voz do lendário locutor Al Michaels para narrar recapitulações diárias personalizadas na plataforma Peacock. Essas tecnologias oferecem uma experiência de visualização mais envolvente e personalizada.

  1. Parcerias tecnológicas avançadas

O Olympic Broadcasting Services (OBS) e a Alibaba estão transformando a visualização de replays olímpicos com o OBS Cloud 3.0, que utiliza IA para criar sistemas de replay multicâmera em 14 locais diferentes. Essa tecnologia oferece visualizações de vários ângulos e reconstruções 3D em tempo real, permitindo análises mais profundas e enriquecendo a experiência dos espectadores.

“Vale lembrar que pela primeira vez na história olímpica, o conteúdo será transmitido em Ultra Alta Definição (UHD), oferecendo uma experiência visual sem precedentes. Esta tecnologia não apenas enriquece a experiência do espectador, mas também serve como uma ferramenta educacional, permitindo uma compreensão mais profunda das técnicas e performances dos atletas” aponta o especialista.

  1. Análise de desempenho e previsão de lesões

A Intel está na vanguarda da análise de desempenho com sua tecnologia Gaudi AI, fornecendo insights instantâneos e personalizados para equipes olímpicas. Sensores biométricos e câmeras de alta velocidade capturam dados sobre o desempenho dos atletas, auxiliando treinadores em decisões táticas cruciais. O AthleteGPT, um chatbot alimentado por IA, oferece suporte logístico e estratégico aos atletas, enquanto a análise de dados ajuda a prever lesões e otimizar estratégias de recuperação.

“Com base nesses insights, os treinadores podem ajustar os regimes de treinamento, personalizar planos de recuperação e implementar medidas preventivas. Isso não apenas reduz o risco de lesões, mas também otimiza o desempenho de pico. Na natação, por exemplo, a IA pode analisar a técnica de braçada e sugerir micro-ajustes que podem fazer a diferença entre o ouro e a prata. Esta abordagem preditiva e personalizada está elevando o nível de cuidado com os atletas, permitindo que eles compitam no seu melhor, com menor risco de lesões”, afirma Corrêa.

  1. Auxílio à arbitragem

A IA está transformando a precisão das decisões de arbitragem nos Jogos Olímpicos. No mergulho, por exemplo, a tecnologia analisa cada movimento em milissegundos, fornecendo dados precisos sobre ângulos, rotações e entrada na água, reduzindo a margem de erro humano. Na ginástica, sistemas de visão computacional verificam a execução de movimentos complexos, oferecendo ferramentas adicionais para árbitros tomarem decisões mais informadas e consistentes.

Os especialistas ressaltam que a IA não está substituindo os árbitros humanos, mas sim fornecendo-lhes ferramentas adicionais para tomar decisões mais informadas e consistentes. “Esta abordagem híbrida combina a experiência humana com a precisão tecnológica, elevando o padrão de arbitragem e potencialmente reduzindo controvérsias em esportes onde o julgamento subjetivo tem sido historicamente um desafio”.

O que esperar das Olimpíadas de Los Angeles 2028?

Com o sucesso da integração da IA nos Jogos de Paris 2024, as expectativas para Los Angeles 2028 são altas. Espera-se uma maior adoção de tecnologias de IA, expandindo ainda mais as capacidades de análise e personalização no esporte. A inovação tecnológica promete transformar não apenas o desempenho dos atletas, mas também como o público global se conecta com os Jogos.

“A IA deve continuar a evoluir em áreas como a realidade aumentada e virtual, oferecendo experiências imersivas para os espectadores em casa. Além disso, a implementação de tecnologias sustentáveis e eficientes em termos energéticos será uma prioridade, alinhando-se com os objetivos ambientais das futuras edições olímpicas”, prevê o professor. 

À medida que a IA avança, o potencial para novas descobertas em treinamento, recuperação e análise de dados é ilimitado. “Os Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028 serão um testemunho do poder transformador da tecnologia no esporte, continuando a inspirar e conectar o mundo através do espírito olímpico” conclui Kenneth. 

Fonte: Agência Temma

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ISO de inovação: o que muda com a chegada da ISO 56001?

Por Alexandre Pierro*

A ISO 56002, também conhecida como ISO de Inovação, já se tornou uma grande aliada das empresas ao redor do mundo que querem inovar de forma estruturada e segura, mantendo seu destaque no mercado. Grandes cases de sucesso no mundo – e aqui no Brasil – já foram construídos com o apoio desta metodologia e, agora, mais uma novidade está a caminho para contribuir ainda mais com o fomento do potencial inovador das empresas: a ISO 56001. Ambas possuem propósitos semelhantes, mas existem diferenças consideráveis entre elas que precisam ser compreendidas antes de se ingressar nessa jornada.

Desenvolvida pela organização não governamental International Organization of Standardization (ISO), a ISO 56002, que foi publicada em 2019, trata-se de uma metodologia de diretrizes para a inovação, a qual, através da aplicação de um diagnóstico, fornece as melhores orientações capazes de alavancar a empresa em seu segmento e potencializar a conquista de resultados cada vez melhores.

Testada e aprovada por mais de 164 países, ela foi adotada por cerca de 600 empresas em todo o mundo e contém uma metodologia flexível e adaptável conforme cada perfil e necessidades, o que permite que cada negócio escolha qual caminho faz mais sentido de acordo com sua realidade e expectativas. Sua certificação não é obrigatória, mas, se desejar, a empresa pode contratar um organismo certificador e passar por uma auditoria de certificação. Quando aprovada, recebe uma certificação via atestado de conformidade.

Do outro lado, a ISO 56001 é uma norma de requisitos no desenvolvimento de um sistema de gestão para a inovação, com previsão de ser oficialmente publicada em setembro de 2024. Por se tratar de uma norma de requisitos, é possível que, no futuro, ela venha a ter a acreditação do Inmetro, que é o órgão máximo de padronizações no Brasil.

Neste caso, o Inmetro irá auditar os organismos certificadores, conferindo ainda mais rigor ao processo. Após essa fase, as certificadoras poderão emitir um certificado via acreditação para as empresas que cumprirem os requisitos na ISO 56001. Para muitos, ter a chancela do Inmetro é um ponto extremamente favorável, uma vez que traz mais segurança e confiabilidade ao processo.

Em termos práticos, não há grandes diferenças entre as duas normas. Enquanto a ISO 56002 possui um viés mais brando, a ISO 56001 traz uma proposta mais rigorosa. A ISO 56002 expressa, claramente, que a inovação pode ser adotada em serviços, produtos, processos, ou na combinação de mais de um desses, sempre levando em consideração que haja a geração de valor ao negócio. Já a ISO 56001 busca fomentar qual a intenção de inovação – ou seja, o que espera realmente conquistar com isso.

Podem parecer conceitos semelhantes, mas a profundidade proposta pela ISO 56001 é muito maior, abrangendo critérios de cultura e engajamento, além de propriedade intelectual com conceitos bem mais estruturados. Afinal, uma marca que busca inovar não precisa almejar apenas lucro, mas também mirar em uma maior satisfação de seus clientes, melhorar a experiência de compra, melhorar a captação de recursos de fomento à inovação ou, até mesmo, aumentar o valor de sua marca. O que vale, aqui, é a intenção por trás desta jornada.

De um lado, temos uma metodologia que traz em seu propósito um discurso de diretriz, orientando os empreendimentos sobre o que mais convém conforme suas metas. Do outro, uma norma mais rigorosa, conduzindo os caminhos a serem seguidos de uma forma mais imperativa, com foco nos resultados.

Essa visão, contudo, não quer dizer que uma é melhor que a outra, uma vez que tanto a ISO 56001 quanto a ISO 56002, são capazes de trazer excelentes resultados às empresas – desde que seu desenvolvimento seja conduzido de forma estruturada, planejada e aberto à ajustes caso necessários. A escolha entre uma e outra só depende do momento e dos objetivos de cada empresa.

O que realmente importa, na prática, é a geração de valor conquistada através deste processo, de forma que haja uma percepção nítida de resultados melhores que agreguem valor ao negócio, seja em termos financeiros, no aumento no número de clientes, redução de gastos ou outros aspectos relevantes.

Afinal, é com a ISO 56002 que as empresas conseguirão abrir seus caminhos nessa jornada e, junto à ISO 56001, pavimentar essa trilha estabelecendo passos mais seguros e concretos na tomada de decisões. O que também não quer dizer que seja necessário adotar primeiro uma e depois a outra.

Com essa diferença desmistificada, fica mais fácil identificar como ambas podem trazer resultados incríveis para o crescimento organizacional, cabendo a cada negócio decidir quais ações fazem mais sentido conforme sua realidade e expectativas. Independentemente da norma escolhida, as empresas que adotarem essa metodologia de inovação, certamente, estarão muito mais preparadas para aproveitar oportunidades em seus mercados de atuação.

*Alexandre Pierro é mestrando em gestão e engenharia da inovação, bacharel em engenharia mecânica, física nuclear e especialista de gestão da PALAS, consultoria pioneira na ISO de inovação na América Latina.

Lei de TICs: como fomentar a inovação?

Por Andressa Melo

Diante de um cenário mercadológico global crescentemente imerso na digitalização, as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) emergem como um dos maiores alicerces a favor da inovação e do desenvolvimento socioeconômico empresarial. Nos últimos anos, temos visto um crescimento surpreendente deste setor no país, com grande potencial de trazer ainda mais benefícios em prol do destaque e desempenho organizacional dos empreendimentos através, principalmente, da extensa gama de incentivos de fomento nessa área através de atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), como é o caso da Lei de TICs.

Tida como uma atualização da Lei de Informática (Lei 8.248/91), esta Lei foi criada com o objetivo de estimular a competitividade e a capacitação técnica das organizações brasileiras produtoras de bens de informática, automação e telecomunicações. Seguindo o mesmo propósito da legislação anterior, ela trata de investimentos em atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) para este setor, assim como do cumprimento do processo produtivo básico (PPB) e da consequente possibilidade de geração de crédito financeiro.

Segundo os dados do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), atualmente, há 511 empresas habilitadas a recorrerem a esse benefício e, entre os anos-base de 2020 a 2023, houve um total de R$ 25.944,74 em créditos financeiros para as organizações ingressantes, em um número crescente justificado pelas inúmeras vantagens que este incentivo proporciona para as operações corporativas.

É inegável que a tecnologia ocupa um lugar de destaque em qualquer ramo do negócio. Seja da área de tecnologia, industrial ou, até mesmo, na educação, toda empresa utiliza recursos do setor de TIC em seu dia a dia e, obviamente, precisa continuar investindo nesses recursos para tornar seu negócio rentável e escalável – visando a conquista de melhoras internas como uma maior produtividade ou qualidade do produto e/ou serviço da própria companhia.

Por isso, ter uma lei que estimule e que conceda incentivos e benefícios fiscais aos negócios que desenvolvem produtos do setor de TICs em território brasileiro é fundamental para aquelas que, realmente, queiram ou desejam começar a investir na industrialização de produtos nacionais, permitindo que nosso mercado seja mais independente, principalmente, das importações desses produtos.

Hoje, todas as empresas que produzem e/ou desenvolvem bens de tecnologias da informação e da comunicação; cumprindo o PPB desses produtos e que investem em atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação, podem recorrer aos benefícios desta Lei, desde que, dentre suas normas, tenham algum dos produtos “incentiváveis” dispostos no art. 16-A da Lei nº 8.248/1991 – tais como aparelhos e instrumentos de pesagem, impressoras, máquinas de calcular programáveis pelo usuário, máquinas automáticas para processamento de dados, dentre outros.

Há um amplo consenso quanto ao papel crucial da Lei de TICs no fortalecimento do ecossistema científico e tecnológico no setor de TIC e inovação digital no Brasil. Contudo, também são notórios os desafios enfrentados por grande parte das companhias que recorrem a esta Lei. Dentre eles, podemos citar, primeiramente, a questão da complexidade dos requisitos de longo prazo exigidos pela legislação, principalmente nos casos de empresas menores, que talvez não possuam um departamento estruturado de controle dos projetos de PD&I, ou de contabilidade.

Ainda em relação aos projetos de PD&I, é necessário que eles estejam alinhados aos objetivos da empresa e às exigências da Lei; caso contrário, a organização pode ser penalizada por apresentar atividades de PD&I não elegíveis à Lei de TICs. Isso, além de discussões frequentes sobre o uso do PPB (Processo Produtivo Básico) – as etapas fabris mínimas necessárias que as organizações devem cumprir para que seja caracterizada a efetiva industrialização de determinado produto – e a necessidade de mecanismos complementares para evidenciar, de fato, as estruturas produtivas locais e o nível de nacionalização dos produtos incentivados.

Outro ponto de atenção para as empresas é a gestão assertiva da documentação detalhada que precisa ser enviada anualmente (RDA e parecer conclusivo) para comprovar os investimentos em PD&I, essencialmente. Essa tarefa pode ser trabalhosa e cara, uma vez que os relatórios podem ser auditados pelo MCTI e, nos casos mais graves, a companhia pode ser penalizada com a suspensão, multas e/ou cancelamento da habilitação.

Tudo isso contribui para que, apesar de a legislação estar em vigor desde a década de 90, diversas organizações ainda apresentam receios e, até mesmo, desconhecimento sobre o assunto. Tanto é que, conforme uma pesquisa feita pela PINTEC, em 2022, apenas 26% dos empreendimentos adotaram alguma tecnologia por meio de programas de apoio, algo extremamente prejudicial ao desenvolvimento dessa indústria em nosso país.

Precisamos, desde já, criar uma cultura de fomento à inovação por meio das políticas públicas nas empresas, seja por meio do auxílio do governo federal ou de iniciativas da própria rede privada em realizar eventos, formações, workshops e/ou encontros para discutir a importância da implementação do incentivo para o avanço da inovação tecnológica. Essa ação, aliada ao desenvolvimento de um ambiente propício à inovação, contribuirão para que a Lei de TICs se aprimore e apoie a evolução do nosso mercado, atraindo cada vez mais companhias para usufruir dos benefícios da utilização deste incentivo fiscal.

Andressa Melo é gerente de inovação do FI Group, consultoria especializada na gestão de incentivos fiscais e financeiros destinados à PD&I.

TransUnion Brasil anuncia Rayane Conde como Head de Estratégia e Planejamento

A TransUnion Brasil, empresa global de informações e insights que atua como DataTech, anuncia Rayane Conde como nova Head de Estratégia e Planejamento. Formada em Economia pela Fundação Getúlio Vargas e mestre pela Barcelona School of Economics, Rayane tem mais de 12 anos de mercado e iniciou sua jornada na TransUnion em 2018.

Em sua nova função, será responsável por liderar projetos estratégicos que visam o crescimento da companhia, dando suporte executivo nos negócios da TransUnion no Brasil. Rayane atuará ao lado de Karl-Eric Zimniok, Vice-Presidente de Estratégia Internacional, e do Presidente Regional, Juarez Zortea, na definição da estratégia de expansão para a região.

“Estou muito honrada com este desafio de liderar a estratégia de crescimento da TransUnion no Brasil. O mercado de crédito brasileiro é um dos maiores do mundo, e requer cada vez mais soluções e informações que apoiem as tomadas de decisão e eficiência operacional. Tenho como objetivo conduzir iniciativas estratégicas para gerar ainda mais valor agregado aos nossos clientes, e identificar novas avenidas de crescimento para a companhia no Brasil. Nossa estratégia é atender às necessidades dos nossos clientes a partir de uma abordagem consultiva, portfólio robusto de soluções, tecnologia e dados, promovendo a construção de confiança entre essas empresas e seus consumidores”, afirma a executiva.

Entenda a diferença entre fundo proprietário e fundo privado no investimento em startups

Segundo Cofundadora da Start Growth, que tem R$ 10 milhões destinados a empresas inovadoras, é recomendável conhecer características de cada fundo antes de buscar financiamento

Marilucia Silva Pertile, mentora de startups e cofundadora da Start Growth

Contar com recursos de terceiros acaba sendo uma estratégia comum e muito desejada por boa parte das startups, afinal de contas, para que o negócio possa crescer rapidamente é preciso que haja investimento. A questão é que existem algumas diferenças entre os fundos disponíveis no mercado, inclusive quando se tratam de fundos proprietários ou privados, e é importante entender quais são elas.

 Segundo Marilucia Silva Pertile, mentora de startups e cofundadora da Start Growth, que apoia fundadores visionários de startups na jornada para o próximo nível, combinando expertise, capital e experiência, um fundo proprietário, como o da Start Growth, é formado exclusivamente por capital próprio. “Trata-se de um fundo totalmente financiado pelos sócios da Start Growth, que acumula R$ 10 milhões destinados a investir diretamente em startups inovadoras e de alto potencial. Com isso, o primeiro ponto positivo é que conseguimos tomar decisões rápidas e eficientes”, conta. 

A especialista explica que, diferente de um fundo proprietário, um fundo privado não é formado apenas por capital próprio, mas por capital de pessoas que estão fora do negócio, como investidores privados ou institucionais. “O que acontece é que enquanto um fundo proprietário permite mais flexibilidade e autonomia com relação às decisões e negociações com o empreendedor, um fundo privado terá mais burocracia e lentidão, pois é preciso consultar mais investidores antes de aprovar algumas definições”, explica Marilucia. 

Além disso, a especialista afirma que um fundo proprietário normalmente investe de forma estratégica procurando sinergia com suas próprias operações, enquanto um fundo privado tem somente objetivos financeiros. “Isso também influencia o prazo de investimento, pois um fundo proprietário pode priorizar o desenvolvimento de uma parceria de longo prazo  ao retorno rápido, enquanto um fundo privado tende a determinar um período específico com uma expectativa clara de saída”, menciona a mentora. 

Marilucia ressalta que, no momento, o Programa de Investimento da Start Growth, com base em seu fundo proprietário, está disponibilizando R$ 10 milhões para novas startups brasileiras. “Queremos apoiar empreendedores visionários que estão prontos para levar suas ideias ao próximo nível e, além do capital, oferecemos suporte estratégico “mão na massa” com um método próprio para ajudar as startups a se desenvolverem e escalarem suas operações ao próximo nível”, detalha. 

Até 15 de agosto, empreendedores com soluções em HRtech, FINtech, EDUtech, DATAbase, MARtech, HEALTHtech ou startups B2B, B2C, B2E, B2B2C ou C2C em estágio inicial (early stage) inovadoras e de alto potencial podem participar do edital de investimento e aceleração. “Basta preencher o formulário em nosso site www.startgrowth.com.br e nos contar sobre a sua startup”, finaliza.

Magalu cria diretoria de Inteligência Artificial para acelerar revolução na forma de consumir

Com passagens por Nubank e Amazon, Caio Gomes chega para ser o responsável por acelerar o “cérebro da Lu”, a IA generativa que vai transformar a experiência de compra do cliente Magalu

Divulgação/Magalu. Caio Gomes chega para ser diretor de dados e inteligência artificial do Magalu

O executivo Caio Gomes é o novo diretor de Inteligência Artificial do Magalu, empresa que está digitalizando o varejo brasileiro. Na posição, que acaba de ser criada, Gomes chega com o desafio de centralizar e acelerar o desenvolvimento do que foi batizado de “cérebro da Lu”, a inteligência artificial generativa, que vai transformar a forma como os clientes interagem com a empresa, antes, durante e após a compra.

Para isso, a Lu, maior influenciadora virtual do varejo, será central. “Recentemente, a Lu ganhou um novo corpo. Agora, com a inteligência artificial,  ela ganhará um novo cérebro, muito mais potente, sempre a serviço da melhor experiência para os nossos clientes”, diz Gomes. “A IA será a nova grande revolução do varejo. E nós queremos ser protagonistas desse movimento.” 

Com a chegada de Caio Gomes, o Magalu acelera seus projetos para reduzir ainda mais o tempo de entrega de produtos e de resolução de conflitos, aperfeiçoar a comunicação com os clientes, além de expandir as indicações customizadas feitas pela Lu e a base de dados da Magalu Cloud. Todas essas iniciativas têm relação direta com o Encanta Magalu, principal tema do ano nas ações da companhia, que tem como foco o cliente e sua experiência de compra.

Gomes trabalha na área de dados desde 2007 e possui experiência em grandes empresas como Amazon, Nubank, Único e Booking. É formado em Física pela Universidade de São Paulo e tem mestrados em Teoria das Cordas pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) e em Física e Matemática pela escola francesa de engenharia, ciências e tecnologia, École Polytechnique.

O Magalu é hoje uma das maiores empresas de tecnologia para o varejo no Brasil, com cerca de 40 milhões de clientes ativos. Seu modelo de negócios único – baseado na multicanalidade – combina rentabilidade com um alto nível de serviço oferecido ao consumidor final. Em 2023, a companhia anunciou dois novos serviços tecnológicos: a Magalu Cloud e o “cérebro da Lu”.

Lançada em dezembro, a Magalu Cloud tem o objetivo de atender empresas brasileiras em sua jornada de digitalização. Um dos seus principais diferenciais é a oferta de produtos a preços mais acessíveis, em reais – diferenciando-se de outras plataformas que têm valores indexados em dólar. O serviço foi desenvolvido para atender às necessidades de negócios, que muitas vezes enfrentam barreiras de custo para se digitalizar.

O “cérebro da Lu”, lançado em julho, permite que a Lu recomende produtos com base nas necessidades e preferências de cada cliente, como o melhor smartphone com base na duração da bateria, no preço, na resistência da tela ou o aparelho mais adequado para edição de vídeos. As recomendações são geradas automaticamente, com base nas informações contidas nas perguntas dos clientes. 

Falhas e bugs são inaceitáveis: porque sua empresa precisa de uma fábrica de testes

Por Wilson Kubo*

Wilson Kubo, Gerente Comercial da Prime Control

Apesar de ser um termo consolidado há bastante tempo, a fábrica de testes continua extremamente relevante. Investir em uma fábrica de testes oferece vários benefícios, como a centralização das atividades de teste, otimizando os recursos disponíveis, e a padronização dos processos, garantindo maior consistência nos resultados, crucial para a manutenção da qualidade.

Para uma empresa, investir em uma fábrica de testes é muito benéfico. Além dos benefícios técnicos, é necessário avaliar os benefícios financeiros. Muitas vezes, as fábricas de software veem isso como um custo adicional, mas se implementado de forma estruturada, com processos bem definidos, pode trazer um desenvolvimento mais limpo, com menos erros e retrabalho, permitindo entregar o software em menor tempo e com maior qualidade.

Para o usuário final, a expectativa é que o software funcione corretamente. É inadmissível que um software tenha falhas ou bugs. Por isso, o processo de teste e qualidade de software é indispensável. Com um bom processo de teste, os projetos têm mais tempo e tranquilidade para focar na usabilidade e experiência do usuário final.

Uma fábrica de testes funciona como um centro especializado dentro do desenvolvimento de software, dedicado exclusivamente à validação e verificação da qualidade dos produtos. Centralizando os esforços de teste, as empresas conseguem otimizar recursos e padronizar processos, resultando em maior eficiência e melhores resultados.

Um dos principais benefícios é ter uma equipe independente de teste. Não é recomendável que o próprio desenvolvedor cuide também da qualidade, pois pode haver conflitos de interesse. É sempre bom ter uma equipe que desenvolve e outra que valida o software.

Como gerente comercial da Prime Control, vejo que o principal custo é a mão de obra especializada e o software necessário para gerenciamento e execução de testes, especialmente em dispositivos móveis. Ferramentas como farms de dispositivos permitem testar massivamente e de forma automatizada em diversos aparelhos, otimizando o processo.

Hoje, já existem muitas ferramentas open source desenvolvidas pela comunidade que não têm custos de licenciamento, especialmente para automação de teste e teste de performance. As ferramentas mais atuais voltadas para produtividade usam inteligência artificial, como as criadas pela Prime Control, que ajudam na construção de cenários, scripts e outros tipos de testes.

Mesmo com o uso de automação e novas tecnologias, a qualidade do software ainda depende do fator humano. Segundo o Relatório de Tendências de Dados e IA de 2024 do Google, quase dois terços dos tomadores de decisão esperam uma democratização do acesso aos insights, com 84% acreditando que a IA generativa vai acelerar a produção de insights em suas organizações. O relatório também destaca que a escassez de competências é uma das maiores barreiras para acompanhar o ritmo das mudanças tecnológicas.

É essencial que as lideranças não percam essa essência ao focar nas tecnologias. O equilíbrio entre o uso de tecnologias e o engajamento humano é fundamental para o sucesso dos projetos de software.

Quando um cliente nos procura para criar uma fábrica de testes, nossa primeira preocupação não são apenas os aspectos técnicos, mas o que o software proporciona ao cliente final. Precisamos entender para que fim o software foi construído e quais funcionalidades são mais importantes. Também consideramos quais dispositivos o público-alvo costuma utilizar para garantir que os testes contemplem a variação de aparelhos.

A tecnologia facilita muito nosso trabalho, mas ainda dependemos do fator humano para a qualidade do software. Mesmo com metodologias ágeis e equipes remotas, um bom planejamento e o engajamento das pessoas são essenciais. A fábrica de testes facilita o trabalho remoto e distribuído, mas é crítico manter o planejamento adequado e envolver as pessoas para que o modelo funcione.

*Wilson Kubo é Gerente Comercial da Prime Control. Tem mais de 31 anos de carreira em empresas nacionais e multinacionais, com 16 anos em projetos de teste de software e nos últimos 12 anos focados em relacionamento e vendas, gerenciando contas corporativas e fidelizando clientes. Ele possui experiência em gestão financeira de projetos, prospecção de clientes, elaboração de propostas, negociação de contratos e inovação em serviços. Kubo também tem ampla vivência em startups e na gestão de projetos de qualidade de software, tendo trabalhado com clientes como Toyota do Brasil, Banco Cacique e Itaú. Ele possui experiência em projetos internacionais com empresas japonesas, chilenas e peruanas, destacando-se no relacionamento e gerenciamento de pessoas, organização, proatividade e foco nos resultados. Especializado em qualidade de software, Kubo tem grande experiência na otimização e implementação de processos de qualidade.

Geração Z é a que mais relata ter sofrido golpes pela internet

Em estudo sobre segurança e e-commerce conduzido pela Akamai, o grupo que mais atingido de golpes foi o entre 18 e 24 anos

A Akamai, empresa líder em serviços de nuvem que impulsiona e protege a vida online, lançou recentemente um relatório sobre e-commerce e as práticas online dos consumidores brasileiros. Entre outras informações relevantes está a de que a geração Z é a que mais relata ter sido vítima de golpes digitais. 

Apenas 44,76% dos respondentes entre 18 e 24 anos, e 45,33% das pessoas entre 24 e 29 anos afirmam nunca ter sofrido um golpe. Essas são as únicas faixas de idade nas quais mais de metade das pessoas afirmam ter sido vítimas – na geração baby boomer (mais de 60), são 52,38%. Assim, entre os respondentes, o número de pessoas na geração Z sofrendo golpes é 17% maior que entre os baby boomers. 

A geração Z, em sua definição mais comum, consiste nas pessoas nascidas entre 1996 e 2012 – tendo, assim, entre 11 e 28 anos. Os números brasileiros refletem uma tendência mundial. Ano passado, uma pesquisa similar nos Estados Unidos, realizada pela Deloitte, apontou que membros da Geração Z sofriam 3 vezes mais golpes que os da geração baby boomer. 

“Isso pode soar contra-intuitivo para muitos, inclusive para os próprios jovens”, afirma Helder Ferrão, gerente de estratégia de indústrias da Akamai LATAM. “A geração Z, afinal, são os chamados nativos digitais, pessoas que não tiveram contato com o mundo pré-internet.”

“Mas”, continua, “as coisas acabaram sendo mais complexas do que isso: houve recentemente uma leva de notícias sobre empregadores reclamando dos mais jovens, de que chegam ao mercado sem saber conceitos básicos de informática, como o que são arquivos e pastas. Por sua experiência ser com celulares e tablets, mas não computadores. Houve, de fato, um déficit no ensino de informática, mas os jovens são mais rápidos em aprender – assim como adotam novas tecnologias, adotam novos hábitos.”

Um exemplo disso é a adoção de novas tecnologias pelos mais jovens: 75,52% das pessoas entre 18 e 24 anos afirmam usar Pix para suas compras online, um número que vai caindo progressivamente conforme a idade, até chegar a seu menor patamar, 47,62%, entre aqueles com mais de 60. 

É esse gosto por inovação o que acaba expondo gente mais jovem a golpes. “O que realmente está acontecendo é que as gerações mais velhas confiam menos no celular. Pessoas com mais de 60 tendem a simplesmente não usar apps bancários porque não confiam na tecnologia.”

“Se existe o golpista que faz de alvo o idoso”, conclui  Helder, “há também os especialistas em jovens. Esses golpes se baseiam em apps de namoro, apps de investimentos, apps para conseguir emprego. Os golpistas circulam anúncios pelas redes favoritas dos jovens, como o instagram e tiktok – uma hora esses apps e anúncios são tirados do ar, porque são contra as políticas das lojas de aplicativos, mas aí o estrago está feito.”

Hábitos do consumidor 

O golpe mais comum em qualquer faixa de idade foi comprar produtos e não receber, o que atingiu um em cada quatro brasileiros – e, curiosamente, aqui a geração Z e os baby boomers empatam como os mais atingidos, com quase 30% passando por essa situação. O segundo golpe mais comum é ter o cartão clonado após uma compra num site: 14% dos brasileiros, mas aqui a faixa entre 18 e 24 anos se sai melhor que qualquer outra: apenas 9% passaram por isso, versus 17% dos com mais de 60. Nesse golpe em particular, os baby boomers tem o dobro de chance de cair que os mais jovens. 

Além de questões de segurança, a pesquisa da Akamai ainda trouxe diversas outras revelações sobre os hábitos de consumo online do brasileiro. A grande maioria – 74% – afirma fazer compras online no mínimo uma vez por mês, com 6% fazendo todos os dias. Apenas 2% disseram nunca comprar pela internet. A geração mais adepta de compras são os millennials: na faixa entre 30 e 39 anos, são 84% comprando no mínimo todo mês (o número é 74% entre 18 e 24 anos, 80% entre 25 e 29 e 58% para mais de 60). 

Uma outra diferença de geração é a preferência por sites de compras nacionais ou estrangeiros. Quando se fala em eletrônicos, os mais jovens (18 a 24) preferem os marketplaces internacionais (33%) que os nacionais (30%), enquanto os com mais de 60 preferem os nacionais (33%) versus os estrangeiros (23%). “Aqui, também, você pode ver a confiança maior do jovem em novidades, como lojas sem tradição no Brasil”, comenta Helder. “Ainda que a briga de gerações sempre dê caldo para conversa, os jovens de hoje não são diferentes em tudo daqueles do passado. Estão sujeitos a fatores humanos, inclusive cair em golpes, como todo mundo.”

O relatório completo, na forma de e-book, pode ser baixado aqui.