Redação Newly

Geração Z é a que mais relata ter sofrido golpes pela internet

Em estudo sobre segurança e e-commerce conduzido pela Akamai, o grupo que mais atingido de golpes foi o entre 18 e 24 anos

A Akamai, empresa líder em serviços de nuvem que impulsiona e protege a vida online, lançou recentemente um relatório sobre e-commerce e as práticas online dos consumidores brasileiros. Entre outras informações relevantes está a de que a geração Z é a que mais relata ter sido vítima de golpes digitais. 

Apenas 44,76% dos respondentes entre 18 e 24 anos, e 45,33% das pessoas entre 24 e 29 anos afirmam nunca ter sofrido um golpe. Essas são as únicas faixas de idade nas quais mais de metade das pessoas afirmam ter sido vítimas – na geração baby boomer (mais de 60), são 52,38%. Assim, entre os respondentes, o número de pessoas na geração Z sofrendo golpes é 17% maior que entre os baby boomers. 

A geração Z, em sua definição mais comum, consiste nas pessoas nascidas entre 1996 e 2012 – tendo, assim, entre 11 e 28 anos. Os números brasileiros refletem uma tendência mundial. Ano passado, uma pesquisa similar nos Estados Unidos, realizada pela Deloitte, apontou que membros da Geração Z sofriam 3 vezes mais golpes que os da geração baby boomer. 

“Isso pode soar contra-intuitivo para muitos, inclusive para os próprios jovens”, afirma Helder Ferrão, gerente de estratégia de indústrias da Akamai LATAM. “A geração Z, afinal, são os chamados nativos digitais, pessoas que não tiveram contato com o mundo pré-internet.”

“Mas”, continua, “as coisas acabaram sendo mais complexas do que isso: houve recentemente uma leva de notícias sobre empregadores reclamando dos mais jovens, de que chegam ao mercado sem saber conceitos básicos de informática, como o que são arquivos e pastas. Por sua experiência ser com celulares e tablets, mas não computadores. Houve, de fato, um déficit no ensino de informática, mas os jovens são mais rápidos em aprender – assim como adotam novas tecnologias, adotam novos hábitos.”

Um exemplo disso é a adoção de novas tecnologias pelos mais jovens: 75,52% das pessoas entre 18 e 24 anos afirmam usar Pix para suas compras online, um número que vai caindo progressivamente conforme a idade, até chegar a seu menor patamar, 47,62%, entre aqueles com mais de 60. 

É esse gosto por inovação o que acaba expondo gente mais jovem a golpes. “O que realmente está acontecendo é que as gerações mais velhas confiam menos no celular. Pessoas com mais de 60 tendem a simplesmente não usar apps bancários porque não confiam na tecnologia.”

“Se existe o golpista que faz de alvo o idoso”, conclui  Helder, “há também os especialistas em jovens. Esses golpes se baseiam em apps de namoro, apps de investimentos, apps para conseguir emprego. Os golpistas circulam anúncios pelas redes favoritas dos jovens, como o instagram e tiktok – uma hora esses apps e anúncios são tirados do ar, porque são contra as políticas das lojas de aplicativos, mas aí o estrago está feito.”

Hábitos do consumidor 

O golpe mais comum em qualquer faixa de idade foi comprar produtos e não receber, o que atingiu um em cada quatro brasileiros – e, curiosamente, aqui a geração Z e os baby boomers empatam como os mais atingidos, com quase 30% passando por essa situação. O segundo golpe mais comum é ter o cartão clonado após uma compra num site: 14% dos brasileiros, mas aqui a faixa entre 18 e 24 anos se sai melhor que qualquer outra: apenas 9% passaram por isso, versus 17% dos com mais de 60. Nesse golpe em particular, os baby boomers tem o dobro de chance de cair que os mais jovens. 

Além de questões de segurança, a pesquisa da Akamai ainda trouxe diversas outras revelações sobre os hábitos de consumo online do brasileiro. A grande maioria – 74% – afirma fazer compras online no mínimo uma vez por mês, com 6% fazendo todos os dias. Apenas 2% disseram nunca comprar pela internet. A geração mais adepta de compras são os millennials: na faixa entre 30 e 39 anos, são 84% comprando no mínimo todo mês (o número é 74% entre 18 e 24 anos, 80% entre 25 e 29 e 58% para mais de 60). 

Uma outra diferença de geração é a preferência por sites de compras nacionais ou estrangeiros. Quando se fala em eletrônicos, os mais jovens (18 a 24) preferem os marketplaces internacionais (33%) que os nacionais (30%), enquanto os com mais de 60 preferem os nacionais (33%) versus os estrangeiros (23%). “Aqui, também, você pode ver a confiança maior do jovem em novidades, como lojas sem tradição no Brasil”, comenta Helder. “Ainda que a briga de gerações sempre dê caldo para conversa, os jovens de hoje não são diferentes em tudo daqueles do passado. Estão sujeitos a fatores humanos, inclusive cair em golpes, como todo mundo.”

O relatório completo, na forma de e-book, pode ser baixado aqui.

Edenred investiu €480 milhões em inovação tecnológica em 2023

Valor é 25% superior ao empregado em 2022. Desde 2016, Grupo francês soma mais de € 2,4 bilhões investidos

Foto: Divulgação.

A Edenred, plataforma digital líder para serviços e meios de pagamento que, no Brasil, é detentora das marcas Ticket, Edenred Ticket Log, Edenred Repom, Edenred Pay e Punto, soma mais de € 2,4 bilhões investidos em inovação tecnológica, desde 2016, nos 45 países em que atua. Apenas no ano de 2023, o montante foi de €480 milhões, que representa um aumento de 25% em relação a 2022. 

“O investimento em tecnologia é fundamental para alcançarmos nossos objetivos de ampliar a gama de serviços com foco B2B2C, integrando soluções de parceiros em nosso portfólio e ampliando os nossos canais de distribuição”, comenta Gilles Coccoli, presidente da Edenred Brasil.

Em 2023, graças a seus ativos tecnológicos globais, a Edenred geriu € 41 milhões em volume de negócios, realizados, principalmente, por meio de aplicações móveis, plataformas online e cartões.  “Temos aproximadamente três mil profissionais dedicados ao desenvolvimento tecnológico no Grupo, incluindo internos e terceiros. Cerca de 200 deles são especialistas e profissionais de dados”, revela o executivo.

Aprimorar a experiência dos clientes por meio da tecnologia é outro objetivo da Edenred. Um exemplo é a criação da EVA (Edenred Virtual Assistant), ferramenta baseada em inteligência artificial que dá suporte de atendimento a todos os públicos com os quais a marca se relaciona (empregados, empresas-clientes e comerciantes), de forma direcionada e personalizada a cada um deles. Desenvolvida pela operação brasileira, atualmente a EVA atende os públicos da Ticket, Edenred Ticket Log, Edenred Repom e Edenred Pay e as pessoas colaboradoras da empresa em atendimentos relacionados a áreas como RH e jurídico. “As interações tornaram-se 35% mais ágeis no comparativo com o desempenho da central de atendimento. Considerando todos os canais em que está presente, a EVA já realizou mais de 8,5 milhões de atendimentos ao público externo”, detalha Coccoli.

Cibersegurança é outro aspecto que integra os investimentos da Edenred em tecnologia. “A área de IT Security investe no controle de acesso dos usuários dos diferentes aplicativos do Grupo, com camadas adicionais em área de login, por exemplo”, comenta o executivo. Já para elevar a eficiência de processos internos, o Grupo desenvolveu o Projeto RPA (Automação Robótica de Processos), com a introdução de robôs em processos automáticos do dia a dia. Desde 2018, no Brasil, mais de 100 mil horas de trabalho repetitivo foram economizadas. Hoje, apenas para áreas corporativas da operação brasileiras, existem 52 robôs ativos. Em 2023, eles atenderam 444 mil ações, em 23 mil horas de robô, que equivaleriam a mais de 48 mil horas humanas se as mesmas ações fossem feitas por pessoas.

E para se beneficiar de recursos poderosos, escaláveis e infraestruturas tecnológicas seguras, a Edenred prioriza a utilização de soluções de TI baseadas em nuvem privada, de fornecedores reconhecidos pelo mercado pela qualidade dos seus serviços e pela viabilidade a longo prazo. Desde 2020, as operações do Grupo começaram a migração das funcionalidades para soluções de nuvem. Essa migração deverá continuar como parte do processo de melhorar a qualidade dos produtos e serviços. “Soluções diferentes baseadas em nuvem garantem um alto nível de disponibilidade e segurança de dados. Isso nos permite tornar as transações dos nossos usuários finais muito mais eficientes”, finaliza Gilles Coccoli.

Hospital Mãe de Deus realiza a primeira cirurgia robótica de coluna vertebral do Sul do País

O robô Mazor™ será utilizado em cirurgias na cidade de Porto Alegre; Oito pacientes serão submetidos à artrodese, procedimento indicado para corrigir instabilidades entre as vértebras

O Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, realizou, no dia 23 de julho, a primeira cirurgia com a plataforma Mazor™, robô da Medtronic utilizado em cirurgias de coluna vertebral. Com até 99% de precisão na colocação de implantes, sem a ocorrência de desvios, o Mazor™, que chegou ao Brasil no início do ano, é um marco para a saúde do país e vai possibilitar à equipe médica do Mãe de Deus entregar, na região Sul do país, o que há de mais inovador no âmbito de cirurgias ortopédicas. A iniciativa é liderada pelo Dr. José Maria Alves Neto e seu filho, Dr. Lucas Sangoi Alves, ambos especialistas em Ortopedia e Traumatologia com subespecialização em cirurgia da coluna vertebral.

Para a estreia do robô no Sul do País, oito pacientes serão submetidos à cirurgia de artrodese, indicada para corrigir instabilidades entre as vértebras, que pela 1ª vez, em Porto Alegre, contará com a robótica para auxiliar os cirurgiões.  A robótica na área de cirurgias de coluna oferece maior segurança, menor lesão aos tecidos, redução drástica no risco de lesão nervosaprocedimentos mais rápidosmenor risco de sangramento, infecção recuperação acelerada. 

O ganho da medicina e dos médicos com a introdução da cirurgia robótica na coluna vertebral é imenso. Pacientes do Rio Grande do Sul e de outros estados, assim como os médicos, serão beneficiados. Os médicos poderão operar seus pacientes no Hospital Mãe de Deus utilizando o robô, contando com todo o suporte necessário. Esta tecnologia oferece inúmeras vantagens em comparação aos métodos convencionais, incluindo maior segurança, redução drástica no risco de lesão nervosa, procedimentos mais rápidos, menor risco de sangramento e infecção, e uma recuperação acelerada que permite um retorno mais rápido às atividades diárias.

Na cirurgia de artrodese robótica com a plataforma Mazor™, tomografias computadorizadas detalhadas são utilizadas para planejar o procedimento cirúrgico. Durante a cirurgia, o robô fornece orientação em tempo real aos cirurgiões, ajudando a posicionar com precisão os instrumentos cirúrgicos, suas trajetórias e os implantes de parafusos, adaptados à anatomia de cada paciente. 

Sobre a cirurgia de coluna

A cirurgia de artrodese é indicada para pacientes que sofrem de dor nas costas gerada por uma instabilidade. Essa instabilidade por ser causada por desgaste de disco, espondilolistese, hérnia de disco associada a desgaste de disco e estenose de canal com instabilidade. Além disso, a artrodese também é utilizada para a correção de deformidades como escoliose ou hipercifose. De acordo com a Pesquisa Nacional da Saúde, realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 27 milhões de adultos no país são acometidos por doenças crônicas na coluna.

Estudos recentes, incluindo um publicado na revista The Spine Journal, destacam os benefícios das cirurgias robóticas de coluna, e demonstram que o robô Mazor™, em particular, ajuda a reduzir a probabilidade de complicações cirúrgicas e o risco de novo procedimento cirúrgico. Além disso, a utilização dessa tecnologia resultou em uma redução de 80% no tempo de exposição à radiação durante o procedimento, o que é fundamental para a segurança do paciente.

Os médicos José Maria Alves Neto e Lucas Sangoi Alves

A equipe médica, reconhecida por sua excelência no tratamento de patologias da coluna, sempre esteve na vanguarda ao oferecer aos pacientes as mais inovadoras abordagens para o tratamento de patologias na coluna vertebral. O Dr. José Maria Alves Neto é formado pelos melhores centros de cirurgia da coluna vertebral do mundo, incluindo a Cleveland Clinic Foundation, o Lutheran Medical Center em Cleveland e a Universidade de Syracuse. Em 1996, ele foi pioneiro no Brasil ao realizar a primeira cirurgia videolaparoscópica de coluna. Por sua vez, o Dr. Lucas Sangoi Alves aprofundou-se em técnicas cirúrgicas minimamente invasivas em centros de renome mundial, como o AOSpine em Miami e o NASS em Chicago, além de possuir especialização em cirurgia por vídeo endoscópica na USP, em São Paulo. Ambos os doutores estão agora dando um passo inovador com a adoção do sistema robótico Mazor™, que representa o estado da arte em procedimentos minimamente invasivos para a coluna, marcando um novo capítulo na história da medicina nacional.

Unesp lança edital para estimular estudo em tecnologia assistiva

Edital de pesquisa faz parte de iniciativa com USP e Unicamp apoiada por governo de SP

Prótese de bambu desenvolvida em pesquisa da Unesp em Bauru, por João Victor Gomes dos Santos.

Em uma iniciativa conjunta inédita, Unesp, USP e Unicamp uniram esforços para estimular a pesquisa científica em tecnologias assistivas no estado de São Paulo e estão investindo, ao todo, R$ 10 milhões em projetos direcionados para a área. Os recursos sairão dos caixas das três universidades estaduais paulistas na seguinte proporção: 50% (R$ 5 milhões) serão financiados pela USP, 25% (R$ 2,5 milhões) pela Unesp e outros 25% (R$ 2,5 milhões) pela Unicamp.

Elaborados de forma simultânea, os três editais das pró-reitorias de pesquisa das universidades destinarão auxílios à pesquisa no valor de até R$ 500 mil a projetos na área das tecnologias assistivas para equipes compostas por no mínimo dois pesquisadores dos quadros permanentes das instituições, que obrigatoriamente trabalharão com ao menos dois docentes de outras instituições de ensino superior paulistas. 

“As três universidades financiarão, com recursos próprios, pesquisas qualificadas em tecnologias assistivas e com uma marca de integração da pesquisa científica no estado de São Paulo. Creio que, com esse edital, estaremos escrevendo uma nova página na história das universidades, com um olhar social aprofundado”, afirma o professor Edson Cocchieri Botelho, pró-reitor de pesquisa da Unesp.

De acordo com a Lei Brasileira de Inclusão (lei 13.146/2015), o termo “tecnologia assistiva” tem como definição produtos, equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias, estratégias, práticas ou serviços que tenham como objetivo promover a funcionalidade relacionada à atividade e à participação da pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida, objetivando autonomia, qualidade de vida e inclusão social. 

O edital foi construído conjuntamente pelas pró-reitorias de pesquisa das três universidades estaduais paulistas e faz parte de uma iniciativa maior, que conta com o apoio do governo estadual e da própria Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). No início de julho, a Fapesp anunciou a constituição de 21 novos Centros de Ciência para o Desenvolvimento (CCDs), sendo três deles voltados a pesquisa e desenvolvimento de tecnologias assistivas e que têm como instituições sede Unesp, USP e Unicamp e instituição parceira a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo.

Na mesma linha dos CCDs da Fapesp, o edital conjunto concebido pelas pró-reitorias das universidades estaduais paulistas está voltado para o conhecimento científico aplicado, na busca de soluções para questões sociais notórias com o apoio de instâncias governamentais. 

“Do ponto de vista acadêmico, esta iniciativa conjunta que culmina no edital é uma mudança de paradigma, pois faz ciência pensando de forma coletiva e com um fim social bem determinado. É uma forma de pensarmos em soluções para o Brasil real”, afirma o professor Celso Luis Marino, assessor da pró-reitoria de pesquisa da Unesp.

Leia aqui o Edital de Apoio à Pesquisa em Tecnologias Assistivas Desenvolvidas por Grupos Interinstitucionais do Estado de São Paulo, edital de número 14/2024 da Pró-Reitoria de Pesquisa da Unesp.

Rio Innovation Week 2024 promete Nobel, IA e inclusão

Os pilares da Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) estão alinhados com a curadoria da quarta edição do Rio Innovation Week 2024, que ocorrerá de 13 a 16 de agosto no Píer Mauá, Rio de Janeiro, com o tema “Humanização em tempos de inteligência artificial”. Mais de 2 mil palestrantes participarão de 26 palcos simultâneos, abordando 14 trilhas nas áreas de Saúde, Cultura, Moda, Ciência, ESG, Energia, Varejo, Agro, Mobilidade Urbana e Educação. Os ingressos e o credenciamento de imprensa estão disponíveis no site.

Entre os palestrantes internacionais, estarão os ganhadores do prêmio Nobel, o físico Kip Thorne e a ativista Nadia Murad, além de Sandrine Dixson-Declèv, Vandana Shiva, Fritjof Capra e Eric Ries. Palestrantes brasileiros incluem Adriana Barbosa, Ailton Krenak, Camila Farani, Ivair Gontijo, Monja Coen, Marcelo Gleiser, Sidarta Ribeiro e as influenciadoras Larissa Manoela, Sabrina Sato, Mari Maria e Jade Picon.

Bruna Reis, diretora-executiva do Rio Innovation Week, afirmou: “Nosso compromisso é usar a tecnologia para proporcionar acesso a oportunidades, com inclusão, diversidade e justiça social.”

Novos parceiros do evento incluem G20, Pacto Global da ONU, B2Mamy, BRIFW, Humanare, Planetiers e Ciências para Todos, com curadoria de Marcelo Gleiser. O evento também contará com discussões sobre clima, combate à fome, pobreza e desigualdade, promovidas por delegações do G20 e o Pacto Global da ONU – Rede Brasil.

A B2Mamy, maior comunidade de mães do Brasil, discutirá inclusão no mercado de trabalho e empreendedorismo. O BRIFW curará o pavilhão de moda, beleza e arte digital, incluindo trabalhos como os de Gabriel Massan.

O RIW espera gerar 20 mil empregos, atrair 2.500 startups e movimentar R$ 2,6 bilhões em negócios, com 150 mil visitantes esperados. A Open Innovation Week (Oiweek), organizada pela 100 Open Startups e a Sai do Papel, também será realizada durante o evento.

Pela primeira vez, o RIW será 100% descarbonizado, com a Serena garantindo a descarbonização completa e o Grupo Urbam gerenciando resíduos. Um percentual significativo de ingressos será reservado para democratizar o acesso ao evento.

Fábio Queiróz, diretor do Rio Innovation Week, disse: “Nossa responsabilidade social é democratizar o acesso à tecnologia e inovação, com uma curadoria que destaca temas e personalidades diversos, enriquecendo a troca de conhecimento com o público presente.”

Fórum E-Commerce Brasil 2024: expectativa de R$ 1,5 bilhão em negócios em 3 dias de evento

O Fórum E-Commerce Brasil, a ser realizado no Distrito Anhembi de 30 de julho a 01 de agosto de 2024, espera atrair 25.000 inscritos e mais de 12 mil empresas. Desde sua criação em 2010, o evento tem crescido em impacto e participação de profissionais do setor. Em sua 15ª edição, a expectativa é superar os R$ 1,2 bilhão em negócios gerados no ano passado.

O evento contará com mais de 350 palestras distribuídas em cinco palcos. “Estamos extremamente entusiasmados em levar o Fórum E-Commerce Brasil para o Distrito Anhembi. Este aumento em tamanho e capacidade nos permite oferecer uma experiência ainda mais rica e completa aos participantes”, afirmou Tiago Baeta, fundador do E-Commerce Brasil.

A curadoria das palestras é minuciosa, com cada conteúdo sendo analisado individualmente para garantir relevância e aplicabilidade. “A curadoria é feita de forma artesanal, com cada conteúdo sendo analisado individualmente”, explicou Baeta. Entre os palestrantes confirmados estão Fernando Yunes, SVP do Mercado Livre; Daniela Cachich, Presidente da Beyond Beer – Ambev; e Yuri Ramos, Program Director Industry do MIT.

Além das palestras, o Fórum contará com um Salão de Negócios com mais de 270 estandes de patrocinadores, workstations para reuniões e espaços de descompressão, promovendo networking e desenvolvimento de negócios.

Com o tema “A arte do E-commerce”, a edição de 2024 destaca a integração entre tecnologia e humanidade. “Queremos homenagear todos os envolvidos no e-commerce, transformando-o em um verdadeiro estado da arte”, destacou Baeta.

Ingressos disponíveis em: Fórum E-Commerce Brasil.

Como Kamala Harris pode mudar o futuro da IA

Por Alex Winetzki

O mundo foi surpreendido pela entrada explosiva de Kamala Harris na disputa presidencial americana. Poucos perceberam que uma vitória sua teria um impacto gigantesco no futuro da tecnologia, especialmente na área de Inteligência Artificial (IA). Kamala tem uma relação longa e complexa com o Vale do Silício, iniciada durante seu mandato como promotora de São Francisco e continuada enquanto ela ascendia ao cargo de procuradora-geral da Califórnia.

A atual vice-presidente construiu fortes laços com a indústria de tecnologia, resultando em apoio financeiro significativo de líderes influentes como Reid Hoffman, cofundador do LinkedIn, Marc Benioff, CEO da Salesforce, e Sheryl Sandberg, ex-COO do Facebook. Esses relacionamentos foram fundamentais para consolidar sua posição política e garantir recursos essenciais para suas campanhas.

Durante seu mandato como procuradora-geral da Califórnia, Kamala equilibrou firmeza e diplomacia. Ela foi implacável quando necessário, processando o eBay por práticas anticompetitivas, e como senadora, questionou incisivamente Mark Zuckerberg sobre questões de fake news e privacidade. Harris também se destacou na luta contra a distribuição de “revenge porn” nas redes sociais, pressionando empresas como Facebook e Google a adotarem práticas mais responsáveis.

No entanto, também sempre tentou balancear sua atuação para não atrapalhar demais o avanço da tecnologia, seguindo um estilo similar ao de Barack Obama.

Nomeada “czar de IA” da administração Biden, ela vem negociando acordos com os gigantes da área. Em maio de 2023, Harris se reuniu com CEOs de empresas líderes em IA incluindo Sam Altman da OpenAI e Satya Nadella da Microsoft, para discutir o desenvolvimento ético da IA.

Em vez de recorrer a processos judiciais, Kamala prefere obter compromissos voluntários dessas empresas para priorizar práticas de IA seguras e transparentes. Uma de suas principais iniciativas é a criação do Instituto de Segurança de IA dos Estados Unidos, destinado a desenvolver padrões rigorosos para a segurança dos modelos de IA. Ela defende a implementação de normas internacionais e a supervisão governamental, mas sem excessos draconianos, buscando um equilíbrio entre regulação e inovação.

Se eleita, a tendência é que ela continue nessa linha. Não é à toa que alguns analistas já preveem uma migração de apoiadores de Trump no Vale do Silício para Kamala, devido às suas relações pessoais e profissionais consolidadas com muitos desses líderes. Como presidente, Kamala se concentraria em iniciativas regulatórias nas áreas de direitos humanos, segurança, privacidade e combate à desinformação.

Suas conexões profundas com o setor digital – algo que nem Biden nem Trump possuem – sugerem um novo patamar de apoio do governo dos EUA às iniciativas dos gigantes da tecnologia. E, no centro dessas iniciativas, está a IA.

(*) Alex Winetzki é CEO da Woopi, empresa de Inteligência Artificial do Grupo Stefanini, referência em soluções digitais.

Deepfake para fins maliciosos cresceu 830% no Brasil

Especialista da Alura alerta sobre o poder de persuasão da técnica e ensina a identificar conteúdos falsos que podem viralizar e propagar desinformação

O uso da Inteligência Artificial (IA) para modificar vídeos e imagens reais e criar conteúdos falsos, técnica conhecida como deepfake, cresceu 830% no Brasil no último ano, aponta relatório da Sumsub, plataforma de verificação de identidade. Fabrício Carraro, Program Manager da Alura, maior ecossistema de educação em tecnologia, destaca que, embora a IA tenha sido desenvolvida para trazer mais eficiência e agilidade ao cotidiano, ela também tem sido utilizada de forma maliciosa, levando pessoas a acreditarem em vídeos e áudios com conteúdos manipulados.

Segundo o especialista, deepfakes permitem a sobreposição de rostos e vozes em produções audiovisuais, ao sincronizar os movimentos dos lábios e expressões faciais de maneira realista, o que dificulta distingui-lo do vídeo original, fazendo com que muitas pessoas acreditem nesses conteúdos e acabem sendo vítimas de golpes financeiros ou disseminando desinformação, como as fake news.

Quem nunca viu um vídeo de um candidato político ou uma personalidade agindo de forma negativa? Esse tipo de conteúdo pode ser deepfake. Por isso, é crucial exercer sempre um nível saudável de ceticismo e saber identificar essas falsificações, para que menos pessoas sejam enganadas e repercutam informações equivocadas“, ressalta Carraro.

Para auxiliar as pessoas a não caírem nesses golpes, o especialista em inteligência artificial listou 5 dicas de como identificar uma deepfake. Confira: 

  • Verifique a fonte das informações

Saber de onde vem uma informação antes de compartilhá-la ou mesmo acreditar nela é o primeiro passo para não cair em deepfake mal-intencionada. Carraro indica sempre utilizar fontes confiáveis e reconhecidas no momento de se informar, como sites de notícias estabelecidos e organizações respeitáveis.

“Procurar evidências que corroborem aquele assunto em mais de um canal e comparar esses conteúdos, com certeza será essencial para certificar que se trata de algo real”, complementa.

  • Analise o conteúdo detalhadamente

Examinar cuidadosamente o vídeo ou a imagem em questão é outra forma de encontrar manipulações. Achar inconsistências no conteúdo, como distorções visuais, cortes abruptos, falhas de áudio ou edições suspeitas, é um grande ponto de atenção.

Para o especialista, os detalhes são a chave para essa análise. “Deepfakes podem ter pequenas falhas que são detectadas com uma observação minuciosa. Fique atento desde as expressões faciais e movimentos corporais das pessoas dos vídeos até contextos do cenário”, pontua.

  • Utilize outras tecnologias para identificar deepfakes

Muitas ferramentas podem impulsionar a supervisão humana para aumentar a precisão na detecção de deepfakes. Carraro ressalta que os algoritmos dessas tecnologias podem ser capazes de ajudar a identificar possíveis sinais de manipulação, complementando a revisão dos humanos sobre as suspeitas. 

“A análise forense de vídeos, assinaturas digitais e marcas d’água são apenas alguns dos recursos que podem ajudar a verificar a autenticidade de materiais digitais e ser grandes aliados na luta contra o uso incorreto da IA”, enfatiza o especialista.

  • Consulte especialistas sobre o tema

Com o fomento da IA, mais pessoas buscam se aprofundar no tema. Muitas delas podem oferecer insights e análises técnicas para ajudar a determinar se o conteúdo é genuíno ou um deepfake.

“Se estiver em dúvida sobre a autenticidade de uma informação, não hesite em consultar especialistas em análise de mídia ou segurança cibernética”, aconselha. 

  • Promova a literacia digital

Educar-se sobre o assunto também é um passo importante, não só para que a própria pessoa não acredite em vídeos modificados, mas também ajude a conscientizar a população sobre o tema. Familiarizar-se, pelo menos com as técnicas comuns de manipulação de mídia, já é uma ótima iniciativa nesse sentido. 

Carraro ressalta que, embora os deepfakes sejam associados à desinformação e manipulação, eles podem ser usados de forma positiva em diversas atividades laborais, como dublagens de notícias e podcasts, efeitos visuais em filmes ou peças de publicidade, além de poder tornar a experiência do usuário mais personalizada junto a empresas. Entretanto, é crucial regular e mitigar os riscos associados a essa técnica. “Há agentes mal-intencionados que buscam desinformar a população e minar a confiança do público sobre diferentes temas. Discutir o assunto e aprender a identificar essas manipulações são as melhores formas de evitar os perigos dos deepfakes, especialmente em um mundo digital cada vez mais complexo”, conclui. 

“Computação quântica pode causar impacto parecido com a IA nos negócios”, diz Marcelo Abreu, CTO do Venturus

As novas tecnologias têm o poder de revolucionar o mercado, alterando a maneira como diversas profissões atuam e como as empresas conduzem seus negócios. Recentemente, a inteligência artificial (IA) tem desempenhado esse papel disruptivo. No entanto, nos próximos anos, a computação quântica promete ser a próxima grande inovação a mudar o jogo empresarial. Embora os investimentos ainda sejam iniciais, essa tecnologia está prestes a conquistar o mundo dos negócios no médio prazo.

Marcelo Abreu, CTO do Venturus — um instituto de inovação tecnológica com quase 30 anos de história em Campinas (SP) — discute o impacto potencial da computação quântica em entrevista exclusiva.

Investir em computação quântica é fundamental devido ao seu potencial para revolucionar diversos setores da economia e da ciência. “Ela promete resolver problemas complexos muito mais rapidamente do que os computadores clássicos, permitindo avanços significativos em áreas como criptografia, otimização de processos, desenvolvimento de novos materiais, medicamentos, entre outros”, destaca Abreu. O Venturus, por meio do seu Centro de Excelência em Computação Quântica, está apostando nesta tecnologia emergente para posicionar o Brasil na vanguarda da inovação tecnológica na América Latina.

Para que a computação quântica se torne mais difundida nos negócios, é necessário superar diversos obstáculos. Estes incluem o desenvolvimento de hardware estável e acessível, a capacitação de profissionais especializados, a criação de softwares compatíveis, além de investimentos contínuos em pesquisa, desenvolvimento e infraestrutura. Também é crucial identificar aplicações práticas que demonstrem claramente os benefícios da computação quântica para as empresas. “Apesar dos desafios, a computação quântica tem o potencial de causar um impacto semelhante ao da IA nos negócios”, afirma Abreu.

O Venturus está na linha de frente da popularização da computação quântica no Brasil. O instituto criou o Centro de Excelência em Computação Quântica (CDE Quantum), concebido como um hub de inovação aberta que promove a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias quânticas. Com um investimento de R$ 6 milhões, o Venturus está direcionando recursos para capacitação de profissionais e aquisição de equipamentos avançados, além de estabelecer parcerias estratégicas, como a exclusiva com a QuERA na América Latina. A aquisição de um Servidor Dell PowerEdge XE8640 com 4 GPUs HGX H100 é um exemplo dos esforços do Venturus para se equipar com tecnologia de ponta.

Abreu enfatiza que o Venturus visa criar um ecossistema colaborativo que envolva empresas, universidades e startups. “Nosso objetivo é fortalecer a integração entre diferentes setores da inovação e promover a formação de mão de obra qualificada em computação quântica, antecipando-se às necessidades tecnológicas da próxima década. Queremos posicionar o Brasil como um líder na revolução quântica na América Latina”, conclui.

Com essas iniciativas, o Venturus está preparado para liderar a próxima grande transformação tecnológica, assim como a inteligência artificial fez nos últimos anos.

O impacto das cidades inteligentes na sociedade e na economia

Por Sylvio Herbst

As cidades inteligentes, ou smart cities, emergem como um conceito vital para o futuro urbano, prometendo transformar a maneira como vivemos, trabalhamos e interagimos com o ambiente ao nosso redor. Estas cidades utilizam tecnologias avançadas da informação e comunicação (TIC) para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, aumentar a eficiência dos serviços urbanos e promover um desenvolvimento econômico sustentável.

A implementação de tecnologias inteligentes nas cidades traz uma série de benefícios sociais. A conectividade aprimorada permite um acesso mais fácil e equitativo à informação e aos serviços públicos. Isso inclui desde a educação e saúde até a segurança e mobilidade urbana. Por exemplo, sistemas de saúde digitalizados podem fornecer atendimento remoto, diagnóstico precoce e monitoramento contínuo de pacientes, especialmente os que vivem em áreas remotas ou têm mobilidade reduzida.

A mobilidade urbana é outra área que se beneficia significativamente. Com o uso de sensores, dados em tempo real e aplicativos de transporte, as cidades podem otimizar o fluxo de tráfego, reduzir congestionamentos e melhorar o transporte público. Isso não só economiza tempo para os cidadãos, mas também reduz a poluição do ar, contribuindo para a saúde pública e o meio ambiente, um estudo da ONU estima que cidades inteligentes podem reduzir as emissões de gases de efeito estufa em até 40% até 2030.

Além disso, as cidades inteligentes promovem a inclusão social ao fornecer infraestrutura acessível e serviços para pessoas com deficiência. Tecnologias assistivas, como semáforos inteligentes e sistemas de transporte adaptados, ajudam a criar um ambiente mais inclusivo e acessível para todos os cidadãos.

O impacto econômico das cidades inteligentes é igualmente significativo. A digitalização dos serviços urbanos e a automação de processos resultam em maior eficiência e redução de custos a longo prazo. Um relatório da CBINSIGHTS, mostrou que, em 2022, os investimentos globais em startups de IA atingiram um recorde de USD 22,6 bilhões. Empresas e governos podem economizar recursos ao implementar soluções tecnológicas que minimizem o desperdício e otimizem o uso de energia, água e outros recursos naturais.

Leia também: Internet das Coisas na prática: como utilizar e criar cidades inteligentes

A criação de um ecossistema de inovação é outro benefício econômico crucial. As cidades inteligentes atraem investimentos em tecnologia, fomentam o surgimento de startups e geram novas oportunidades de emprego. Empresas de tecnologia, desenvolvedores de software e prestadores de serviços especializados encontram um ambiente propício para o desenvolvimento de soluções inovadoras, impulsionando o crescimento econômico local.

A coleta e análise de dados em grande escala permitem uma tomada de decisão mais informada e eficiente. Governos e empresas podem identificar padrões e tendências, prever demandas futuras e planejar melhor suas operações. Isso resulta em uma gestão urbana mais eficaz e em políticas públicas mais direcionadas e eficientes.

Apesar dos inúmeros benefícios, a transição para cidades inteligentes também enfrenta desafios significativos. A segurança da informação é uma preocupação central, pois a digitalização crescente aumenta a vulnerabilidade a ataques cibernéticos. É crucial investir em medidas robustas de cibersegurança para proteger os dados e a privacidade dos cidadãos.

Outro desafio é a necessidade de uma infraestrutura de TI robusta e resiliente. As cidades devem garantir que suas redes e sistemas sejam capazes de suportar a demanda crescente por conectividade e processamento de dados. Isso requer investimentos contínuos em infraestrutura básica de TI e parcerias com empresas especializadas em serviços gerenciados e monitoramento.

Por fim, a adoção de cidades inteligentes deve ser inclusiva e equitativa. É importante garantir que todos os cidadãos, independentemente de sua condição socioeconômica, tenham acesso aos benefícios das tecnologias urbanas. Políticas públicas devem ser orientadas para reduzir a exclusão digital e promover a inclusão tecnológica em todas as camadas da sociedade.

As cidades inteligentes representam uma oportunidade única para transformar a sociedade e a economia, criando ambientes urbanos mais eficientes, sustentáveis e inclusivos. O sucesso dessa transformação depende de um planejamento cuidadoso, investimentos em infraestrutura e segurança, e um compromisso com a inclusão social. À medida que mais cidades adotam essas tecnologias, podemos esperar um futuro urbano mais conectado, eficiente e justo para todos.

*Sylvio Herbst, formado em engenharia de telecomunicações e pós-graduado em marketing, co-fundador e diretor comercial de marketing na 5F Soluções em TI.

Fonte: Comunicação Vertical.