Redação Newly

Seis recomendações imediatas para gestão de equipes de tecnologia

*Por Elemar Júnior

A crise causada pelo Covid-19 atinge estágios críticos diariamente. Sem dúvidas, a ênfase deve ser mitigar os impactos da doença, mas sem deixar de encarar com seriedade, também, os impactos econômicos. Afinal, a cada nova rodada de notícias relacionadas ao coronavírus, combinadas com a instabilidade política, reviravoltas inesperadas acontecem.

Elemar Júnior – Fundador e CEO da ExímiaCo

Em um cenário complexo, no qual as empresas buscam alternativas para manter as equipes e seguir com uma rotina razoável – mesmo diante de diversas adaptações estratégicas necessárias para os negócios – o momento requer esforços das lideranças. Mas, será que as ações de líderes têm surtido efeito? Segundo a Pesquisa Carreira dos Sonhos 2019, realizada pela Companhia de Talentos, apenas 37% dos profissionais brasileiros confiam em seus gestores.

Na gestão de times de TI, por exemplo, a confiança nos líderes é fundamental, ainda mais em um cenário cheio de complexidades e demandas por novas soluções, bem diferentes das antigas ou convencionais. O que, geralmente, se mantinha estável em médio prazo, agora passa por mudanças no curto prazo. Neste sentido, é viável observar uma série de práticas e recomendações aplicadas por empresas que têm prosperado no mercado.

  • Atualização diária de dados

Geralmente, os sistemas de apoio à decisão se diferenciam pela “temperatura” dos dados que fornecem. Em situações normais, essa medição funciona com base em três tipos de decisões: as operacionais, que trabalham com dados quentes (da última hora), as táticas, que atuam com dados mornos (última semana ou último mês); e as estratégicas, com dados frios (do último trimestre ou semestre). Essa divisão tem feito menos sentido agora, principalmente, ao avaliar o histórico dos epicentros da crise na China até a chegada aos Estados Unidos.

No Brasil, a situação se agrava diariamente. Neste contexto, os dados de três meses atrás não são válidos para decisões estratégicas imediatas. Os impactos no faturamento, por exemplo, mudam todos os dias. As projeções de receita são instáveis. A gestão, mais do que nunca, tem acontecido sem piloto automático e sem ajuda de instrumentos. Então, como lidar com o despreparo? Uma das melhores alternativas é a revisão periódica das perspectivas de análise estratégica, quase que diariamente, mas para que isso aconteça é necessário contar com dados atualizados.

  • Diferençar fatos de especulações

Temos observado uma tendência, com o agravamento da pandemia e a crescente dinamicidade do mercado, de relevância exagerada sendo empregada a informações nem tão embasadas, gerando reações e medidas desproporcionais. Com isso, os comitês de crise devem trabalhar com diferentes equipes e as interfaces para desenvolver uma visão calibrada, que se inicia com esforço de classificação das informações. Fatos apurados permanecem inalterados por mais tempo que as especulações e, por isso, são pontos mais sólidos de ancoragem estratégica. É importante criar cenários na companhia, para que os times de TI trabalhem com as áreas de tomada de decisão na filtragem de dados e na criação de análises efetivas, conforme a capacidade de análise das organizações.

  • Reduzir ruído na comunicação

Períodos instáveis, como o atual, favorecem o aumento da ansiedade e disseminação de desinformação. É essencial que as empresas estabeleçam e reforcem canais consolidados de informação, constantemente atualizadas com a maior frequência possível. Como sempre, alinhamento de propósito favorece a autonomia de atuação. Uma solução viável é o trabalho em conjunto de departamentos de tecnologia com as lideranças para criar e manter canais oficiais de comunicação, com maior transparência possível e atualização, para mitigar riscos de “crises artificiais”.

  • Intensificar o combate à burocracia

Empresas de grande porte costumam formar comitês a alçadas para aprovar e direcionar a comunicação, maximizando a eficiência, otimizando alocação e reduzindo o retrabalho. No atual cenário, entretanto, ações que não agreguem valor ou com importância questionável para a adição de valor devem ser combatidas. Os processos de comunicação precisam ser diretos e simplificados, pois, agora, errar e corrigir rápido é mais efetivo do que evitar que erros aconteçam. Assim, a recomendação às equipes de TI é para que afrouxem métodos, processos e regulações para acelerar a efetividade das ações.

  • A ênfase deve ser contínua

Especialização de atividades em departamentos chaves tende a gerar maior eficiência operacional e mitigar riscos. Porém, com processos que precisam ser ajustados em função do trabalho remoto, há o risco de sobrecargas e, eventualmente colapsos da infraestrutura. Deste modo, a centralização departamental, consequência da especialização geradora de eficiência operacional deve ser substituída pela distribuição do trabalho. A ideia é eliminar pontos únicos de falha.

Deste modo, departamentos de TI precisam se ajustar para permitir que atividades específicas de determinados setores sejam executadas de forma descentralizada fazendo os ajustes necessários em aplicações e servidores. Além disso, em tempos de extrema experimentação, devem permitir algum crescimento de Shadow It.

  • Estabelecer estruturas de decisão

Na maioria das empresas, os tomadores de decisão estão nos limites de suas capacidades. É imprescindível que estruturas novas de apoio à decisão sejam estabelecidas e, também, é urgente que empresas criem comitês “quase permanentes” de crise. As “salas de guerra” precisam ser formadas e mantidas com autonomia para fazer o que for necessário reduzindo atalhos. Além disso, é importante alinhar expectativas quanto ao prolongamento indeterminado do trabalho remoto.

 

 

Sobre Elemar Júnior
Elemar Júnior é CEO da empresa a ExímiaCo e especialista com mais de 20 anos de experiência em arquitetura de software e desenvolvimento de soluções com alta complexidade ou de alto custo computacional. Tem como expertise o desenvolvimento de estratégias para a inovação.

 

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Paraíso das startups, Estônia tem atraído cada vez mais brasileiros

Apoio do governo, pouca burocracia e segurança são alguns dos fatores que estão levando empreendedores a migrar do Brasil para o país báltico

A Estônia, pequeno país no nordeste da Europa, hoje desfruta de um dos governos mais inovadores do mundo. Com quase todos os serviços essenciais do país, como hospitais, escolas e transporte público interligados e um governo altamente digitalizado, a Estônia se transformou num importante hub tecnológico. Na última década, o país viu aflorar um rico ecossistema de startups, que tem atraído profissionais de todo o mundo, inclusive do Brasil.

Atualmente, a Estônia é o 3º país com maior número de startups per capita. Empresas consagradas como TransferWise, Pipedrive e o Bolt são frutos desse terreno fértil que combina inovação, mão de obra ultra qualificada e uma inteligente política de incentivos por parte do governo. Esses casos de sucesso ajudaram a fortalecer a marca Estônia em todo o mundo. Hoje, a Estônia é sinônimo de eficiência e inovação, mas também de oportunidade.

Um dos maiores diferenciais da Estônia é o apoio que o governo estoniano dá para pessoas que desejem trabalhar e empreender no país. Os interessados em migrar para o país báltico têm acesso a todas informações necessárias no site Work in Estonia. Além disso, o Work in Estonia estabelece ligações entre empresas e startups empregadoras e possíveis funcionários. Hoje, a iniciativa colabora com milhares de empresas empregadoras.

Ao fim de uma temporada de estudos no Estados Unidos, o empresário brasileiro Raphael Fassoni começou a escolher o local onde estabeleceria sua recém-criada empresa de consultoria. Entraram na lista de opções o Vale do Silício, na Califórnia, Londres, Copenhague, Berlim e outra cidades. Por fim, ele acabou optando pela Estônia, que não estava na lista inicial.

“A Estônia oferece um conjunto incomparável de vantagens. Aqui, há um ambiente muito mais aberto e menos competitivo do que o Vale do Silício. Dá para viver sem falar a língua local, porque quase todo mundo fala inglês. E o custo de vida é bem mais baixo do que uma cidade como São Francisco ou Londres, por exemplo. Além disso, o país é um dos mais seguros do mundo. Isso tem sido um fator especial de atração para os brasileiros”, comentou Fassoni.

O empresário estabeleceu um vínculo tão forte com o país que, em 2018, ele decidiu abrir a EstoniaHub, uma plataforma para ajudar startups que queiram se estabelecer na Estônia. “Começamos atendendo apenas empresas brasileiras. Mas logo vimos potencial para expandir nosso alcance e decidimos  atuar globalmente. O interesse pela Estônia tem crescido a cada ano”.

Abra empresa na Estônia e viva onde quiser

A figura do nômade digital é uma das grandes novidades do século XXI. Há milhares de jovens do setor de tecnologia optando por trabalhar remotamente e viver na estrada. Atenta a essa tendência mundial, a Estônia lançou o programa e-Residency. Com ele, é possível registrar, abrir e dirigir uma empresa na Estônia e viver em qualquer lugar do mundo.

Com poucas burocracias, o processo completo, desde o início da aplicação até a retirada do kit de e-Residency, é rápido e dura entre 6 e 8 semanas. Todos os passos completos estão descritos no portal do e-Residency do governo da Estônia. Assinar documentos digitalmente e verificar a autenticidade dos documentos assinados, criptografar e enviar documentos com segurança e declarar impostos corporativos on-line são alguns dos benefícios concedidos aos que se inscrevem no e-Residency.

Georg Klausner, na Áustria, e Ian Ayad, no Brasil, conseguem gerir sua empresa de marketing e softwares, a MansionTech OÜ, na Estônia registrada através do e-Residency. Para ambos, esse grande intercâmbio cultural beneficiou o negócio. “Como o Ian tem uma vida no Brasil, e eu na Áustria, conseguimos ver como as coisas funcionam nesses países e implementar e comparar com a Estônia. E com certeza todos os processos de trabalho na Estônia são super fáceis, muito mais simples e rápidos”, comentou Klausner.

A Estônia também oferece apoio e formação às empresas inscritas no e-Residency, assim como atua com startups sediadas em território estoniano. “Eu participo dos webinars que eles têm. Então o governo mesmo fornece informações sobre contabilidade, como fundar a empresa, networking, eles têm até um hackathon para desenvolver software”, explicou Klausner.

De acordo com os últimos dados atualizados no dashboard, o número de e-Residents atingiu a marca de 68.774, e demonstrou um aumento significativo ao longo dos anos. Diante da impossibilidade de imigrar para outro país devido a crise do COVID-19, o programa se torna um investimento potencial, já que possibilita naturalmente o trabalho remoto.

 

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Projeto cria rede colaborativa no setor imobiliário para superar a crise da Covid-19

Empresas se unem para dar benefícios e proporcionar soluções conjuntas durante pandemia. Com previsão de queda do PIB e tendência de aumento de pedidos recuperação judicial em curto prazo de tempo, soluções criativas para estimular negócios ganham espaço

A crise provocada pelo novo coronavírus impactou fortemente a economia e as empresas começaram a sofrer as consequências. Segundo o Ministério da Economia, a retração prevista para 2020 é de 4,7% do PIB brasileiro, reflexo do fechamento do comércio para conter a propagação da doença.

Para tentar diminuir os efeitos da pandemia sobre a economia empresários têm se unido em iniciativas que promovem a economia colaborativa. Um exemplo é o projeto Todos por Todos criado pelo grupo Zap, plataforma de âmbito nacional especializada em negócios imobiliários. A iniciativa tem o objetivo de unir empresas e empreendedores do mercado de imóveis para, juntos, enfrentar a crise provocada pelo coronavírus.

O projeto busca fortalecer a união e melhorar o desempenho de empresas do setor neste momento ao fornecer soluções, análise de dados, conteúdos gratuitos e uma rede de benefícios para estimular as vendas. Por meio desta rede de benefícios, os participantes do projeto buscam oferecer facilidades para a realização de negócios como descontos e até acesso a plataformas gratuitas de vendas onlines e permutas. Uma das empresas participantes do projeto é a plataforma de permutas multilaterais XporY.com.

Por meio da plataforma, tanto empresas como profissionais autônomos podem oferecer bens imóveis para venda ou locação por meio de trocas por outros serviços. O usuário que permutar um imóvel recebe o valor em moeda virtual X$, exclusiva da plataforma e equivalente ao real, e pode trocar em serviços de diversas naturezas, de forma que facilite a gestão de seu negócio ou adquirir produtos para seu uso no dia a dia, como, por exemplo, serviços advocatícios, publicitários ou contáveis, ou aquisição de suprimentos como papelaria, itens decorativos, alimentação, mobiliário, etc.

Para contribuir ainda mais com o projeto e estimular a ativação econômica do Brasil, a plataforma está  oferecendo isenção da única taxa administrativa que era cobrada no valor de 10% de aquisições realizadas pela plataforma. Até o dia 30 de julho, os participantes do projeto Todos por Todos poderão fazer as permutas corporativas tento todo o suporte tecnológico sem precisar investir nenhum real.

Segundo o sócio-fundador da XporY.com, Rafael Barbosa, a iniciativa tem o objetivo de unir forças de empresários para manter o máximo de empresas do setor imobiliário em atividade. “Já estamos chegando a dois meses de isolamento e com grandes possibilidades de governos estenderem o isolamento social até o final do mês.  É uma busca de reativação da economia, onde uma empresas se ajudam mutuamente para que todos possam se sustentar durante a maior crise econômica da história”, ressalta o empreendedor.

Na prática

Um dos empresários que resolveu apostar na plataforma de permutas multilaterais para enfrentar esse momento de crise é o empresário Henrique Junqueira Cançado, que está oferecendo o aluguel de uma kitinete em Aparecida de Goiânia por meio da plataforma de permutas XporY.com. Para alugar o imóvel por três meses será preciso investir um valor de X$ 2.400, moeda digital equivalente ao real recebida quando é realizada qualquer troca no sistema.

Para ele, a alternativa de alugar o imóvel por meio das permutas é uma estratégia importante neste momento em que inquilinos estão perdendo emprego e renda e ficar com o imóvel desocupado seria prejuízo maior. “Estamos passando por um cenário econômico incerto. Antes alugava o espaço com recebimento em reais, mas a locadora acabou ficando desempregada e decidiu sair da casa. Então, resolvi fazer uma experiência e coloquei o imóvel para alugar na plataforma”, explica Cançado que ainda está analisando algumas propostas de possíveis inquilinos.

Em um momento em que poucas pessoas têm dinheiro para movimentar, o empresário acredita que deve haver aumento na procura pelas plataformas de permutas para conseguir alugar um imóvel. “Aqueles que já usavam o aplicativo e tem créditos, devem aproveitar as ofertas do sistema para evitar gastar dinheiro. Aqueles que estão em dificuldades, também devem procurar mais a plataforma para conseguir créditos e consumir dentro da própria plataforma”, projeta Cançado.

Outra empresária que está usando a plataforma para fazer fazer negociação imobiliária é a Alessandra Antonelli. Ela colocou o seu ponto comercial, uma clínica de estética montada, na região do Parque Amazonas, em Goiânia, à venda há duas semanas. E para facilitar e acelerar um fechamento de negócio, ela optou por disponibilizar o imóvel para troca por meio da plataforma XporY.com. Ela acredita que o coronavírus é um grande dificultador para concretizar o transação imobiliária, mas tem boas expectativas com a rede de colaboração formada pelos permutantes digitais. “As permutas são interessantes nesse contexto porque ela me possibilita novas oportunidades de negócios, sem falar a própria divulgação que a plataforma faz dos produtos e serviços de forma gratuita”, destaca.

Conheça o aplicativo que vai ajudar a gerir a sua equipe no sistema de trabalho home office

Disponível para dispositivos Android e IOS, aplicativo Express Yourself ajuda as corporações que precisam gerir sua equipe no sistema de trabalho home office

ID-EVOLUTION em parceria com a ID-INNOVE acabam de lançar o aplicativo Express Yourself para apoiar empresas, gestores e profissionais de recursos humanos que precisam estar atentos para identificar, en

Aplicativo Express Yourself

tender e acolher as necessidades de seus colaboradores que estão se adaptando ao modelo de trabalho home office. A ferramenta disponível para dispositivos Android e IOS foi desenvolvida por uma equipe profissionais altamente experientes, incluindo psicóloga, consultor de recursos humanos e especialista em produtividade.

A plataforma é dividida em quatro categorias principais: qualidade de vida, gestão de rotina, gestão organizacional e inteligência emocional. Tudo é adaptável e pode ser customizado de acordo com a necessidade de cada empresa levando em conta o número de integrantes da equipe e o setor do mercado que está inserido. Por ali, o gestor poderá comparar semanas ou meses de trabalho, ver o nível de aumento ou diminuição de produtividade de cada colaborador. O aplicativo também indica o que pode ser feito para melhorar o quadro no período de curto, médio e longo prazo. A instalação é fácil, e o cadastro também. A plataforma estará disponível de forma gratuita durante o primeiro mês de uso.

O aplicativo Express Yourself chegou para preencher uma lacuna das empresas que precisaram se adaptar ao modelo de trabalho remoto, mesmo sem nenhum preparo. “Queremos promover uma relação saudável e de confiança entre o empregador e o colaborador, já que o sistema de trabalho home office chegou para ficar e ele não deve ser enxergado como um benefício”, explica Marcele Policarpo, mentora de produtividade e uma das fundadoras do aplicativo.

Sobre o Express Yourself:

O aplicativo apoia empresas nos seguintes pontos: promoção de uma gestão adequada ao cenário de crise; conhecimento como está a situação de cada colaborador neste momento; atuação nas principais causas de engajamento e motivação; desenvolvimento da liderança; construção de vínculo de confiança e foco em pessoas; mensuração e acompanhamento do clima organizacional; antecipação de ações relativas ao bem estar físico e mental; e construção de um RH atual, que utilize dados de forma ágil e analítica.

 

 

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Microsserviços evidenciam impactos em escalabilidade para o negócio

*Por Giovanni Bassi

A arquitetura de microsserviços, nos últimos anos, tem se tornado realidade nas organizações e, no futuro, é possível que os sistemas tenham a necessidade de incorporar as práticas e constantes atualizações desta estrutura arquitetônica. No entanto, além de entender quais são os impactos trazidos por esse conceito tecnológico, é importante saber também os desafios.

Giovanni Bassi – Fundador e Chief Software Architect da Lambda3

Neste sentido, um dos principais desafios é a complexidade. E o que se torna complexo na implementação da arquitetura de microsserviços para uma empresa é a necessidade de conhecimento e atualização do time de tecnologia sobre o tema, demandando alta especialização das pessoas envolvidas.

Desta forma, é impossível utilizar microsserviços sem pensar em skill, disciplina e uma cultura de DevOps. O jeito mais simples de explicar essa lógica é contextualizando a diferença entre o que acontece com o estilo monolítico – aplicado em sistemas tradicionais monolíticos em um único servidor -, e os microsserviços, que utilizam dezenas de serviços sendo providos. Tradicionalmente, quando falamos sobre monolito, tratamos de sistemas legados com seus componentes altamente acoplados, que em muitos casos não permitem atualização e escalabilidade de maneira simples. Já a arquitetura de microsserviços descentraliza os mecanismos, ao invés de concentrar as informações em um único ambiente, simplificando as resoluções para eventuais problemas no sistema.

Imaginemos, por exemplo, as plataformas de serviços de streaming que usam mecanismos de microsserviços. Supondo que elas detectem problemas, não será necessário parar o sistema inteiro para fazer uma atualização, pois tudo está descentralizado. Isso reflete não somente nos times que trabalham para assegurar a qualidade da tecnologia oferecida, mas também no usuário final, que está ouvindo a sua música ou assistindo seu filme ou série preferida sem interrupções. No entanto, o cenário seria diferente em se tratando de sistemas monolíticos, uma vez que atualizações e correções da plataforma podem tirar o sistema do ar. Além disso, sem uma cultura de DevOps e automatização, realizar esse tipo de procedimento manualmente é praticamente inviável dentro de um time tradicional de infraestrutura e tecnologia.

É em situações como essa que a cultura de DevOps evidencia sua essencialidade para o negócio. Afinal, o problema exemplificado é resolvido com múltiplos processos de automatização que equipes de desenvolvimento de software elaboram. E sem automatizar sistemas internos e processos de entrega de software e de infraestrutura, é muito difícil dar conta dessa realidade.

Entre os principais impactos positivos proporcionados pela arquitetura de microsserviços estão o ganho em escalabilidade, custo, volume, desempenho, modernização e expansão do negócio. Além disso, ela consegue viabilizar múltiplos times trabalhando no sistema, reduzindo a dependência de equipes muito grandes (que são mais difíceis de serem geridos), otimizando as organizações das equipes e do atendimento do negócio, dando assim, mais liberdade na maneira como as empresas de tecnologia escalam.

Do ponto de vista mercadológico, há uma ampla variedade de segmentos voltando suas atenções aos microsserviços, pois eles já percebem que essa é uma solução tecnológica para uma realidade de negócio em alta escala.

E o que acontecerá quando essa realidade se tornar rotina para a competitividade de mercado e para a vida do consumidor final? Se uma empresa visa a atuação em um universo extremamente competitivo e de crescimento exponencial, é imprescindível que ela enxergue uma arquitetura de microsserviços como alternativa viável para o apoio à transformação do seu negócio.

 

Giovanni Bassi é fundador e Chief Software Architect da Lambda3

 

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Cinco lições sobre liderança no mercado de tecnologia

Ao assumirmos o papel de liderar equipes, deixamos para trás hábitos e rotinas técnicas que nos forjaram no mercado de trabalho. Neste artigo eu conto o que aprendi com minha própria transição de carreira

 

Por André Dylewski*

Há exatamente dois anos eu aceitei o desafio de gerenciar a operação brasileira da RTB House, empresa líder em ações mídia programática e retargeting no nosso mercado, na qual eu atuava há apenas 10 meses como gerente técnico. Na época, eu sabia que estava prestes a girar uma chave na minha carreira – tanto que precisei de um tempo para refletir se estava realmente preparado para aceitar o desafio.

André Dylewski – Country Manager da RTB House no Brasil

Isso porque, na minha trajetória de engenheiro de software, que começou em 2007, na FEI, em São Bernardo, e evoluiu com oportunidades educacionais e profissionais no Brasil e no exterior, estava claro para mim que o êxito dependia do aprimoramento das chamadas hard skills, ou habilidades técnicas, que na área de exatas, infelizmente, ainda pouco têm a ver com desenvolvimento humano.

Nesse aspecto, quanto mais qualificado eu me tornava, mais percebia que as novas habilidades de software e linguagens de programação já não seriam tão relevantes no meu desenvolvimento profissional se eu seguisse no meu plano de avançar como gestor, mesmo ainda dentro da área técnica e em uma empresa de tecnologia. Caberia a mim buscar conhecimento sobre o outro lado da moeda, as tais soft skills, competências comportamentais e interpessoais nada “exatas”, para ampliar minha visão sobre o mercado. Com isso em mente, comecei meu MBA em gestão empresarial, em 2017, e a consumir muito conteúdo relacionado ao assunto, desde livros a podcasts.

Sei que, assim como eu, há muitos profissionais que são apaixonados pelo que fazem e que vivem esse dilema de, ao se tornarem líderes, acabarem se distanciando da prática que os levou ao reconhecimento profissional. Mas posso compartilhar que isso é perfeitamente normal, e foi justamente essa ruptura que abriu espaço para apurar minha visão sistêmica. Quando se pensa em inovação profissional, a primeira barreira a se quebrar é sempre a da própria cabeça.

Em princípio, a ideia de dizer adeus a minha rotina de programação no Visual Studio me assustou. E, de fato, ainda tenho o programa instalado no meu notebook, mas cada vez menos eu vejo possibilidade de retomar esse velho aliado durante o expediente. Hoje, minha agenda consiste em desenvolver pessoas e novos negócios.

Uma coisa que também aprendi é que, às vezes, a paixão pelo próprio ofício pode atrapalhar o líder em transição para o gerenciamento de equipes multidisciplinares e heterogêneas. O risco é ficar mais ligado aos resultados do setor em que atuava ao invés de zelar pelo alinhamento geral de todos com a visão estratégica da empresa. Na RTB House lidero quase 40 pessoas, distribuídas entre cinco gerências que respondem diretamente a mim, além de ser responsável pelo business no mercado brasileiro, um dos dez países com maior investimento per capita em mídia programática. A visão sistêmica se tornou hoje a minha principal aliada.

Assim, compartilho aqui cinco pontos que, na minha visão, são fundamentais no processo de transição de carreira do perfil técnico para o gerencial:

  1. Quebre suas próprias barreiras: O profissional técnico tende a mergulhar na especificidade das próprias entregas e muitas vezes se distancia de pontos estratégicos ou culturais da empresa. No entanto, para fazer a diferença como líder, é importante desnaturalizar os hábitos da profissão e adquirir postura crítica sobre as próprias contribuições para os processos produtivos e o clima organizacional como um todo. Uma das formas de tomar esse distanciamento é desenvolver curiosidade genuína sobre a performance das outras áreas e buscar lapidar suas habilidades em gestão de equipes, seja em cursos, mentorias ou mesmo acompanhando podcasts.

  1. Acredite no employer branding: Ainda hoje, soa desafiador unir imagem e identidade de marca na prática da decisão de negócios. Mas isso nada mais é do que garantir que os mesmos valores e motivações cerquem as decisões relativas aos públicos internos e externos da empresa. Levando em conta que o turnover é um dos principais empecilhos de uma marca no desenvolvimento de equipes resilientes, as empresas que se posicionam bem apenas para o público externo, mas cultivam ambientes ruins, perdem talentos e, consequentemente, ficam para trás na prospecção e entrega de projetos inovadores, se atendo às tarefas de menor complexidade. Eis aí um desafio para se manter competitivo de verdade.

  2. Aprimore a escuta ativa: Quando se assume a liderança de equipes diversas, que compreendem desde o back office ao core business da empresa, o jogo de cintura conta muito alinhar as entregas das áreas em torno dos objetivos estratégicos da organização, facilitando o trabalho em conjunto. Nesse sentido, é fundamental ter sensibilidade e empatia para dialogar com profissionais de perfis e vocações diferentes. Pode parecer intimidador num primeiro momento, mas, em longo prazo, é a escuta ativa e o diálogo com um grupo diverso que te conduzirá aos resultados mais assertivos num ambiente de negócios integrado.

  3. Compartilhe o que sabe: Liderar é ir além da excelência técnica, mas desenvolver pessoas e criar ambientes saudáveis. O nível é hard. Quanto mais conhecimento você retém consigo, mais essencial você se torna para a função em que já atua, mas não para uma próxima. Quem compartilha o que sabe com os pares se torna referência no que faz, demonstra que está sempre disposto a cooperar e zelar pelo clima organizacional saudável e produtivo, destacando-se naturalmente para novos desafios.

  1. Acredite no seu time: Liderar, principalmente equipes de diferentes áreas, é assumir e entender que o seu conhecimento técnico não é capaz de resolver todos os problemas. É também entender que mesmo dentro da sua área de expertise, você não detém o conhecimento completo nem a resposta final. Por isso, é crucial pedir opinião de outras pessoas que possuem mais conhecimento na área do que você. Isso tornará suas decisões mais assertivas, além de utilizar o melhor recurso disponível a um líder – o próprio time. Na RTB House, acreditamos que é o aprendizado contínuo que nos possibilita entregar resultados cada vez melhores para os clientes. Então mãos à obra!

*André Dylewski é country manager da RTB House no Brasil

 

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Cientistas brasileiros desenvolvem teste laboratorial inovador para a COVID-19

Diferente dos testes rápidos disponíveis no mercado, o teste inovador revela se após contato com o Coronavírus a pessoa desenvolveu anticorpos que indicariam imunidade com relação ao vírus. Estudos científicos demonstraram que indivíduos que desenvolveram este tipo de anticorpos não correriam risco de desenvolver ou transmitir o vírus. Inovação pode mudar o paradigma de enfrentamento à pandemia e dar à sociedade uma nova perspectiva para lidar com a crise, uma vez que pode identificar indivíduos que apresentam imunidade e, portanto, poderiam retomar suas atividades.

Um grupo de cientistas brasileiros, coordenados pelo médico e doutor em Biotecnologia Fernando Kreutz, desenvolveu um teste laboratorial inovador capaz identificar e quantificar a presença de anticorpos tipo IgG, contra a proteína S, que é responsável pela entrada do Coronavírus nas células. Este teste permite saber quem já esteve em contato com o vírus, e se desenvolveu imunidade ao mesmo. Estudos vêm apontando que pacientes que apresentam estes anticorpos, podem apresentar imunidade contra a doença, e desta forma os pacientes não desenvolveriam ou transmitiriam a mesma. A inovação pode mudar o paradigma de enfrentamento à pandemia e dar esperança à população, criando uma nova perspectiva para lidar com a crise, uma vez que identificaria quem poderia retomar suas atividades. 

Inicialmente, o teste utilizou a proteína S viral importada, porém, devido à importância estratégica desta inovação e graças à parceria com o Laboratório de Engenharia de Cultivos Celulares da COPPE/UFRJ, coordenado pela Professora Leda R. Castilho, foi possível substituir o material importado pela proteína S produzida no Brasil, mantendo-se a mesma qualidade e performance. Desta forma, está sendo possível a produção nacional de todos os insumos necessários para a produção dos testes em grande escala, gerando independência tecnológica e disponibilidade de exames. O teste já foi validado e estará disponível a partir desta semana em laboratórios da Região Sul do Brasil, podendo muito em breve ser ampliado para as demais regiões do Brasil.

“Sabe-se que de 80 a 85% das pessoas infectadas com a COVID-19 são assintomáticas ou manifestam apenas sintomas leves da doença. A resposta imunológica é bastante variável e complexa, podendo levar mais de quatro semanas para ocorrer. Para garantir imunidade à COVID-19, é preciso que as pessoas tenham contato com o vírus, desencadeando esta resposta, e desta forma o paciente produziria anticorpos que poderiam bloquear a infecção viral. Uma das formas de caracterizar esta resposta seria identificar estes anticorpos contra a proteína Spike (S)”, explica doutor Kreutz. A proteína S da Covid-19 é responsável pela ligação do vírus às células humanas, através da enzima ACE2, presente na superfície das células pulmonares, permitindo que o vírus entre nas células e se multiplique, causando a doença.

Vem sendo amplamente estudado que parte dos anticorpos produzidos contra a proteína S, seriam anticorpos neutralizantes, ou seja, anticorpos que inibem a ligação da proteína S do vírus à enzima ACE2. Portanto o teste pode ser uma ferramenta importante para auxiliar a criar o famoso “passaporte imunológico” e, em conjunto com  informações clínicas, permitir que estas pessoas retornem às suas atividades com maior segurança, salienta Alberto Stein, médico que colaborou no desenvolvimento do teste.

A maioria dos testes imunológicos disponíveis atualmente no mercado produzem resultado a partir da identificação de anticorpos contra a proteína N, da COVID-19. Essa proteína encontra-se no interior do Coronavírus e sinaliza que a pessoa teve contato com o vírus, mas não dá informação sobre a imunidade contra ele, porque estes anticorpos contra a proteína N não são neutralizantes. 

Como funciona

O teste é realizado a partir de uma amostra de sangue, analisada em laboratório, determinando e quantificando a presença destes anticorpos que reagem contra a proteína S. “Este fator é extremamente importante, visto que a maioria dos testes imunológicos disponíveis hoje no mercado não quantificam o nível de anticorpos contra a proteína S, e nem avaliam a possibilidade de imunidade contra o vírus”, destaca Kreutz.

Stein explica que o teste quando foi realizado em familiares de pacientes que foram acometidos pela doença, evidenciou em alguns destes familiares níveis elevados de anticorpos contra a proteína S, muito parecidos aos níveis daqueles que tiveram a doença. O que indicaria que estes familiares desenvolveram imunidade contra o vírus.

O teste leva cerca de duas horas para ser realizado e o resultado fica pronto em até seis horas. Esta inovação é fruto de uma iniciativa de cientistas que atuam no setor privado da indústria nacional de biotecnologia, demonstrando que parcerias público-privadas em áreas estratégicas podem trazer resultados concretos no combate à COVID-19.

 

Fernando Thome Kreutz
Médico, Doutor em Biotecnologia pela University ofAlberta, Canadá. Pioneiro no desenvolvimento da Biotecnologia no Brasil, professor licenciado da PUCRS, pesquisador do CNPq. Fundador e diretor do grupo FK-biotec e consultor científico da ImunoBiotech.
Alberto Stein
Médico, Doutor em Medicina pela UFRGS. Membro do grupo de pesquisa da FK-Biotec e da Imunobiotech.

 

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Home office para quem? Pandemia revela exclusão digital

Por Dane Avanzi

 

O futuro é digital. Quanto a isso, não há dúvidas. A pandemia de Covid-19 é vista por muitos especialistas como o marco divisório entre um mundo que conhecíamos e outro que ainda está por vir, muito mais conectado, independente e tecnológico. Mas, em um país tão marcado por desigualdades, como o Brasil, esse discurso não vale para todos: estudantes, trabalhadores e famílias inteiras sem acesso à internet estão à margem da chamada transformação digital.

Dane Avanzi – Advogado, Empresário de telecomunicações e Diretor do Grupo Avanzi.

Segundo a PNAD Contínua TIC 2018, quase 15 mil domicílios brasileiros não utilizam internet. Em áreas urbanas, o percentual de casas sem acesso às redes por falta de interesse, custo elevado do pacote de serviços ou falta de conhecimento digital chega a 91,5%. Outro dado importante é que, nas áreas rurais, a não disponibilidade do serviço de acesso à Internet na área de residência representou 20,8%. Reconhecendo as diversas realidades brasileiras, como é possível democratizar o acesso à internet neste momento tão necessário?

Temos muitos desafios em relação aos excluídos digitais. As dificuldades enfrentadas por eles vão do trabalho e dos estudos, mas até para obter informações seguras sobre como se prevenir da contaminação do vírus. O desamparo vem de muito antes: geralmente, essas pessoas vivem em condições de higiene precárias, casas sem saneamento básico e itens essenciais, considerados básicos para muita gente, como um chuveiro e uma barra de sabão. Infelizmente, com a pandemia, sabemos que essa população de vulneráveis tende a aumentar e é para os mais carentes que as autoridades precisam voltar seu olhar.

O Governo Federal tem sido protagonista de questões importantes na área de telecomunicações, como uma medida provisória que estabeleceu a prorrogação de alguns impostos relativos às empresas do setor e outra que criou linhas de crédito para as de micro e pequeno porte. Isso permitirá muitas empresas de internet ter acesso a financiamentos que poderão ser utilizados em inovações, por exemplo. Com mais dinheiro em caixa e sem ameaças ao seu negócio, essas empresas podem promover ações de responsabilidade social em prol da democratização da internet, obtendo ganho de valor à marca e, principalmente, colaborando para um país menos desigual.

Outro ponto importante é que, com o aumento da demanda, o serviço das operadoras, que há tempos está bem aquém da expectativa do consumidor, passou a ser ainda mais criticado. Somado a isso, alguns fatores devem impactar o preço dos pacotes de internet, como o princípio da neutralidade e a alta do dólar. Sempre fui contra concorrências predatórias e venda de pacotes com ticket muito baixo, por esses não conseguirem entregar um serviço de qualidade para o consumidor, aumentando muito as reclamações. O que poderia conter essa alta nos preços seria uma política pública, por parte do Governo Federal, visando diminuir a exclusão digital – algo que nunca vimos até hoje.

A Telebrás, por exemplo, tem essa como sua principal meta, mas é preciso que isso seja tratado como uma política pública, integrando governos locais e a sociedade civil, para que consiga beneficiar as populações mais carentes. A organização possui satélite em órbita em funcionamento e também redes de fibras óticas interligando as capitais. O que precisa ser feito é um investimento para levar essa rede de altíssima capacidade para comunidades para que as pessoas com menor poder aquisitivo possam ter acesso à internet, seja por meio de um custo subsidiado ou gratuito. Parcerias com ONGs e organizações de bairro podem ser um bom caminho para ter acesso a essas pessoas, em meio à situação delicada que vivemos.

Antes, falava-se de internet nas escolas. Hoje, temos que pensar em internet nas residências, tendo em vista a necessidade de isolamento social que se impõe e pode perdurar o ano todo. O tempo exige ações práticas e uma liderança com visão para promover espaços colaborativos. E acredito que essa seja a palavra-chave: colaboração. Somente conseguiremos reduzir ou eliminar a exclusão digital se todos contribuírem: Governo, empresas e comunidade.

 

 

Dane Avanzi é advogado, empresário de telecomunicações e diretor do Grupo Avanzi.

 

 

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PagueVeloz realiza adesão ao PIX, programa de pagamentos instantâneos do Banco Central

Fintech já concluiu testes de conectividade e liquidação e entra para a lista de empresas que adiantou processo de ajustes para garantir aos clientes acesso à solução

 

Previsto para entrar em vigor em novembro deste ano, o PIX é uma solução de pagamentos instantâneos criada pelo Banco Central. Ele vai garantir aos brasileiros a realização de transferências e pagamentos entre diferentes instituições bancárias em tempo real, em qualquer dia e horário.

Paulo Gomes – CEO PagueVeloz

Se adiantando aos prazos de adequação ao projeto, a fintech PagueVeloz, que desenvolve soluções de gestão financeira para nichos de negócios, confirmou que já está realizando a adesão ao PIX. A empresa não entra na lista de instituições financeiras que serão obrigadas a se ajustarem ao sistema, mas optou por ser uma das primeiras a garantir a adesão. “Acreditamos que essa evolução do sistema financeiro é um grande passo para a desburocratização da gestão financeira no país e entendemos que estar entre as pioneiras nos ajudará no fortalecimento de mercado e na entrega de serviços ainda mais ágeis e facilitados aos nossos clientes”, destaca o CEO da PagueVeloz, Paulo Gomes.

A primeira fase de adesão ao PIX vai até 1º de junho. Desde o início de maio a PagueVeloz já consta da lista de aderentes ao sistema do Banco Central.  Por se tratar com uma fintech com menos de 500 mil contas ativas, a empresa entra no sistema por iniciativa própria, já que apenas instituições com este número de clientes são obrigadas a aderirem ao sistema de pagamento instantâneo.

Proximidade com iniciativas do Banco Central

A presença da PagueVeloz em projetos de inovação do mercado financeiro segue também em outras frentes. A fintech foi uma das quatro empresas brasileiras selecionadas para o Lift Learning, programa da Fenasbac, em parceria com o Banco Central do Brasil, que une bancos, instituições de pagamento e fintechs a instituições de ensino superior para o desenvolvimento de soluções inovadoras que beneficiem o Sistema Financeiro Nacional.  Também participa de discussões junto ao Banco Central que abordam a regulação da atuação das fintechs de crédito no país.

Com mais de 60 mil contas ativas e atuação em nichos de negócios como o automotivo e de serviços, a PagueVeloz oferece uma conta digital completa, que permite aos pequenos negócios realizar cobranças parceladas em cartão de crédito, emitir boletos, simular vendas, realizar pagamentos e transferências. Em 2019 transacionou mais de R$ 6 bilhões em sua plataforma e mesmo com a crise atual segue contratando: são mais de 20 vagas em aberto, para atuação em Blumenau (SC) e São Paulo (SP).

 

 

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Aumento do atendimento via Chatbot durante a pandemia de COVID-19

*Por Cassiano Maschio

Uma crise da proporção da pandemia de Coronavírus chega sem aviso, aparece repentinamente e nos pega de surpresa. É difícil estarmos preparados para este momento, no entanto, faz uma enorme diferença responder, de forma rápida e proativa, aos efeitos da crise, sem esperar as circunstâncias que nos levem a um destino  desconhecido.

Cassiano Maschio – Diretor comercial e de marketing da Inbenta Brasil

A incerteza é alta neste período difícil que estamos enfrentando. Com ela surgem dúvidas e perguntas, e mais do que nunca são necessárias fontes confiáveis de informações, com respostas rápidas. As tecnologias focadas na comunicação estão desempenhando um papel fundamental.

A situação de escassez de recursos humanos, aliada à necessidade urgente de informações, levou os chatbots ou assistentes virtuais a se tornarem um canal de comunicação muito importante. Nós da Inbenta, empresa especializada em atendimento online, atuamos como parceiros chave de diversas empresas nesse apoio à comunicação.

Realizamos um levantamento com todas as empresas da nossa base global, hoje em mais de 20 países, durante o primeiro mês de isolamento social proposto, para mostrar os impactos do Covid-19 nas operações no mundo. Constatamos que a demanda por informações aumentou em pelo menos 150%, até 300% em alguns setores, como turismo e e-commerce (por motivos diferentes).

No mês de março de 2020 tivemos um incremento significativo no volume de requisições (perguntas de usuários, cliques, avaliações) à nossa API, tendo aumentado quatro vezes em relação ao mesmo período do ano passado. Em uma visão consolidada de sessões de conversa com o chatbot (atendimento), batemos nosso recorde e alcançamos mais de 35 milhões de sessões, um incremento de 40% em relação ao mesmo período do ano passado. Lembrando que uma sessão de conversa pode ter mais de uma requisição, o que nos leva a concluir que cada sessão teve mais requisições, ou seja, maior complexidade nos atendimentos.

Quais têm sido as dúvidas mais comuns neste período:

”Vou precisar pagar essa parcela agora?”

”Vocês podem prorrogar o prazo de pagamento”

”Tenho seguro de vida e, com o corona aí, como que fica?”

“Recarga grátis por causa do corona?”

“Coronavírus 1 gb?”

“Bônus Coronavírus?”

Como tem sido o comportamento dos chatbots por tamanho da empresa:

Empresas com um pequeno nível de demanda – Detectamos um aumento nas consultas no final de fevereiro, o qual foi intensificado em meados de março. Também analisamos o número de respostas encontradas pelo chatbot e, nas empresas de menor demanda, este dado oscila devido à falta de uma base de conhecimento madura ou enriquecida.

Empresas com nível médio de demanda – Nas empresas de nível médio de demanda, o reflexo no atendimento se deu a partir de meados de março. Referente à quantidade de respostas encontradas pelo chatbot, permanece constante e próxima a 100%, o que mostra a existência de uma base de conhecimento bem construída e consistente.

Empresas com alto nível de demanda – São nas empresas de alta demanda que o impacto positivo de ter um chatbot de IA bem construído é maior. Neste caso, podemos ver como a busca por informações aumenta em mais de 300% e a eficiência do conteúdo é mantida em níveis em torno de 90%. Este é um chatbot maduro e bem construído, que ajuda seu público a obter as informações solicitadas.

Algumas sugestões para ajudar na comunicação neste momento:

Crie conteúdo com base na demanda

Identifique o que seu público (clientes, colaboradores, usuários) está solicitando e para o qual você não tem respostas, e crie um conteúdo adequado.

Antecipar

Em algumas indústrias específicas (aeronáutica, turismo, financeira) haverá muitas consultas decorrentes das conseqüências da atual pandemia. Portanto, você precisa antecipar, projetar e adicionar as respostas a essas perguntas.

Informações gerais sobre a pandemia

Embora sua empresa não seja especialista no tópico COVID-19, é provável que seus usuários usem sua interface de chatbot para consultas gerais sobre o coronavírus. Use FAQs de várias fontes oficiais (Organização Mundial da Saúde, Ministério da Saúde) para ajudar a fornecer respostas adequadas.

Oportunidade de construir reputação

Dar respostas rápidas, com informações confiáveis, ajuda seus usuários a confiar em sua empresa. Tão rapidamente a criação de conteúdo relevante é fundamental.

Como sabemos, os chatbots são projetados para responder à maioria das perguntas para as quais já temos respostas, permitindo que os agentes humanos se dediquem a resolver problemas complexos ou a fornecer informações direcionadas para tópicos mais específicos.

Todos estamos enfrentando uma crise global. Este momento servirá para as empresas perceberem o quão importante é dar atenção aos canais digitais e a comunicação com o cliente. Os bots sairão mais fortes desta pandemia. Quem não usava antes, já começou a utilizar para resolver demandas que antes iria até o ambiente físico ou perderia horas ao telefone.

 

*Por Cassiano Maschio, diretor comercial e de marketing da Inbenta Brasil, empresa especializada em relacionamento com o cliente online. 

 

 

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