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Sete estratégias para transformar networking em resultados e parcerias de negócios 

Conexões intencionais formam ecossistemas que impulsionam negócios e estruturam resultados escaláveis 

Dados do Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central, indicam que a projeção de crescimento do PIB brasileiro para 2025 está em 2,09%. Em um cenário de retomada moderada da economia, redes de apoio e colaboração estratégica podem ser determinantes para que pequenos e médios empresários avancem com mais segurança. 

Além disso, um levantamento da FGV-Eaesp mostra que empresas com forte engajamento em redes e associações empresariais têm até 35% mais chances de inovar em processos e produtos. Para Fernanda Tochetto, psicóloga com mais de 24 anos de experiência em educação empresarial e fundadora do Tittanium Club, essa estatística confirma a importância de ambientes como estes. “Os líderes precisam estar preparados para a economia real, com consciência estratégica e capacidade de agir a partir das conexões que criam”, ressalta. 

A construção de conexões no ambiente empresarial deixou de ser uma prática ocasional para se consolidar como uma estratégia estruturada e intencional de crescimento. No Brasil, 68% dos empreendedores afirmam que o networking é um dos principais responsáveis pela geração de novos negócios, segundo levantamento do Sebrae. “Quando aplicado com método, o relacionamento pode impactar diretamente o faturamento e a escalabilidade das empresas”, destaca. 

Especialista na formação de líderes e no desenvolvimento de ecossistemas de negócios, Tochetto afirma que conexões bem direcionadas são diferenciais competitivos. “Iniciativas bem-sucedidas não se constroem sozinhas. O poder das conexões certas faz toda a diferença para estruturar um crescimento sustentável”, pontua. Empresas com atuação ativa em redes de colaboração têm mais chance de ampliar sua capacidade de inovação e conquistar novos mercados. 

Fernanda recomenda que um grupo de networking deve ter como foco a criação de um ambiente que favorece a troca qualificada entre empresários e especialistas de diferentes setores. A estratégia não é apenas reunir pessoas, mas sim construir um ecossistema onde as relações geram impacto real nos negócios — desde a aceleração de resultados até a criação de novos produtos e serviços em parceria. 

A construção de vínculos genuínos em ambientes de networking empresarial exige mais do que trocas de cartões e apresentações rápidas. O verdadeiro impacto dessas conexões acontece quando há intencionalidade, consistência e entrega de valor mútuo. “Relacionamentos estratégicos são construídos com base na confiança, na escuta ativa e na disposição de contribuir antes de esperar retorno”, afirma a especialista. 

Para empresários e profissionais que participam desses grupos, o desafio é transformar cada encontro em uma oportunidade de gerar valor — seja por meio de colaborações comerciais, mentorias compartilhadas ou trocas de experiências que levem a soluções concretas para seus negócios. A força dessas redes está na qualidade das relações e no quanto os membros estão dispostos a crescer juntos. 

Fernanda separou 7 dicas para criar relações estratégicas em grupos de networking empresarial: 

  1. Seja intencional: vá aos encontros com objetivos claros — saber o que procura e o que pode oferecer facilita conexões alinhadas ao seu propósito. 
     
     
  1. Ouça mais do que fale: demonstre interesse genuíno pelos desafios e metas dos outros membros antes de apresentar sua proposta. 
     
     
  1. Compartilhe conhecimento: ofereça sua experiência sem esperar algo em troca de imediato; isso gera autoridade e reconhecimento no grupo. 
     
     
  1. Cultive a constância: relações estratégicas se constroem no tempo; participe ativamente das reuniões e mantenha contato com frequência. 
     
     
  1. Busque complementaridade: procure se conectar com pessoas que atuam em áreas diferentes da sua, mas que possam colaborar em soluções conjuntas. 
     
     
  1. Mostre resultados: compartilhar cases de sucesso reforça sua credibilidade e ajuda outros empresários a enxergarem possibilidades de parceria. 
     
     
  1. Aja com generosidade estratégica: indique profissionais, conecte pessoas e celebre conquistas alheias — essa postura amplia seu capital relacional e fortalece a rede como um todo. 

Fórum IoT Practices estreia com debates sobre inovação e futuro da tecnologia 

Encontro reúne especialistas para discutir impactos e desafios da Internet das Coisas

O Instituto Nacional de Telecomunicações – Inatel sedia, no dia 9 de abril, o Fórum IoT Practices. Promovido pela Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC), KER Innovation e Inatel, a iniciativa conta com o apoio do Centro de Competência EMBRAPII Inatel em Redes 5G e 6G – xGMobile, e acontece no Laboratório de Ideação com transmissão ao vivo. 

O evento faz parte da programação da Semana de Telecomunicações do Inatel e reúne especialistas, acadêmicos e profissionais do setor para debater a evolução e os impactos da Internet das Coisas em diferentes segmentos. A proposta é discutir cases de sucesso e desafios enfrentados em projetos de IoT, além de explorar tendências e estratégias para a digitalização da indústria e da sociedade. 

‘‘Este evento representa um marco importante no desenvolvimento da Internet das Coisas no país. O Inatel, como centro de excelência em telecomunicações, tem o compromisso de impulsionar a inovação e proporcionar um espaço de diálogo entre os participantes, e a colaboração com parceiros estratégicos é fundamental para fomentar o crescimento do setor’’, afirma Carlos Nazareth, diretor do Inatel. 

Painéis abordam tendências da IoT em setores estratégicos 

A programação conta com painéis sobre a aplicabilidade da IoT em setores como cidades inteligentes e agronegócio, além de visitas aos laboratórios e centros de pesquisa. Entre os painelistas confirmados estão Mauro Carrusca, CEO da KER Innovation, Paulo Spaccaquerche, presidente da ABINC e Samuel Baraldi, coordenador do IoT Research Group Inatel. 

A realização do Fórum fortalece a troca de conhecimento e impulsiona a adoção de novas tecnologias no Brasil. Comprometida com a inovação e o desenvolvimento tecnológico, a ABINC integra o Plano Brasil Digital 2030+, que estabelece diretrizes para a transformação digital do país. “A Internet das Coisas está revolucionando setores essenciais, como cidades inteligentes e agronegócio. A ABINC acredita que a evolução da IoT passa pela construção de um ecossistema colaborativo. O evento é uma oportunidade de conectar diferentes players e debater soluções com impacto direto no mercado e na sociedade’’, destaca Spaccaquerche. 

Mauro Carrusca, Fundador e conselheiro da KER Innovation, também reforça a importância da iniciativa e a necessidade de inovação contínua. ‘‘A KER tem como missão transformar ideias em soluções de impacto. Apoiar eventos como este nos permite compartilhar experiências e impulsionar projetos que contribuem para a transformação digital e a inovação em diferentes setores’’, ressalta. 

O Fórum IoT Practices é um evento de abrangência nacional, planejado para ocorrer periodicamente em diferentes cidades do Brasil. Após a primeira edição em Santa Rita do Sapucaí, as próximas edições estão previstas para Uberlândia (MG), Montes Claros (MG) e Recife (PE), em parceria com instituições locais. O objetivo é consolidar um espaço contínuo de discussão sobre as melhores práticas para o desenvolvimento da Internet das Coisas no país. 

A realização do evento, conduzida pelo xGMobile, reforça o compromisso do Inatel com a inovação e a capacitação de profissionais para a indústria de telecomunicações e tecnologia. A expectativa é que o encontro atraia graduandos, pesquisadores, especialistas e empresas do setor, promovendo conexões estratégicas e a disseminação do conhecimento sobre IoT. 

Mais informações sobre a programação estão disponíveis no site: https://www.sympla.com.br/evento/forum-iot-practices-inatel/2838459?referrer=inatel.br 

Com foco em multicloud, segurança e FinOps, Oracle cresce e impulsiona ecossistema de parceiros

Nova edição do estudo ISG Provider Lens™ destaca o papel estratégico dos fornecedores na implementação, integração e gestão de soluções Oracle, impulsionando inovação e eficiência para empresas no Brasil

A Oracle está se fortalecendo cada vez mais como uma das principais empresas do setor de tecnologia. Segundo a nova edição do estudo ISG Provider Lens™ Oracle Cloud and Technology Ecosystem 2024, produzido e distribuído pela TGT ISG, a empresa vem crescendo na área de computação em nuvem, impulsionada por parcerias estratégicas e pela busca por soluções inovadoras para solucionar os desafios enfrentados pelas empresas em ambientes digitais, evoluindo o mercado de fornecedores de serviços. De acordo com o relatório, a Oracle está se consolidando entre os hyperscalers globais, com uma estratégia focada na integração entre múltiplas nuvens, agregada à segurança cibernética avançada e expansão de infraestrutura de dados com IA.

“As empresas precisam de soluções que garantam a comunicação entre diferentes fornecedores de nuvem. A Oracle está se destacando ao oferecer uma infraestrutura que permite essa flexibilidade e agregando segurança e alta performance”, comenta Cristiane Tarricone, distinguished analyst da TGT ISG e autora do estudo. Com a adoção crescente de ambientes multicloud, empresas enfrentam dificuldades para integrar diferentes fornecedores sem comprometer desempenho e segurança. Para solucionar esse problema, os fornecedores de serviços Oracle têm investido na interconexão entre diferentes nuvens, permitindo que seus clientes utilizem plataformas como AWS, Microsoft Azure e Google Cloud de forma unificada. Um dos principais diferenciais da empresa é a Oracle Cloud Infrastructure (OCI), oferecendo um custo menor e maior previsibilidade de preços, o que tem atraído cada vez mais clientes.

Uma das iniciativas mais relevantes nesse contexto é o Oracle Database@AWS, um serviço que permite executar bancos de dados Oracle dentro da infraestrutura da Amazon Web Services (AWS), que garante maior flexibilidade na otimização de custos e na segurança de dados de forma mais estratégica, sem comprometer a execução. Além disso, a empresa está construindo centros de dados Oracle Cloud Infrastructure (OCI) dentro dos principais hyperscalers, o que facilita a migração de cargas de trabalho entre diferentes ambientes de nuvem. 

FinOps é uma prioridade, pois as empresas avaliam os custos entre os hyperscalers. A cibersegurança e a privacidade de dados são críticas para indústrias reguladas; as soluções de nuvem privada e soberana da Oracle garantem total controle dos dados e conformidade regulatória. Além disso, as empresas estão modernizando suas operações com o Oracle Fusion Cloud Applications, unificando os processos financeiros e de RH para aumentar a agilidade e o desempenho”, explica a autora do relatório da TGT ISG.

Imagem: Cristiane Tarricone

Segundo o estudo, a segurança cibernética é um dos destaques deste ano. Com o aumento de ataques como ransomware, a empresa tem utilizado inteligência artificial para monitorar e proteger ambientes. “Com o aumento das ameaças digitais, os fornecedores de serviços Oracle têm priorizado soluções avançadas de segurança cibernética baseadas em inteligência artificial. Tecnologias como os ‘robôs de defesa cibernética’ atuam prevenindo acessos não autorizados, evitando a remoção indevida de dados, auxiliando empresas a se defenderem contra ameaças de ransomware e outros ataques cibernéticos sofisticados, criando um ambiente digital mais seguro e resiliente”, afirma Cristiane.

Além disso, a Oracle tem investido em novas formas de autenticação para eliminar senhas e tornar os sistemas mais seguros. O uso de biometria e métodos de validação automática promete reduzir vulnerabilidades e aumentar a proteção dos usuários e de seus dados. Com mais de 162 centros de dados ao redor do mundo, a companhia continua investindo na expansão da sua infraestrutura. 

Os resultados financeiros também mostram esse crescimento orgânico que a empresa vem tendo. “O crescimento de 9% na receita total, com lucro de US$ 14,1 bilhões, e a expansão das soluções baseadas em IA mostram que a empresa está capitalizando o momento de transformação digital do mercado”, afirma Tarricone. O segmento de serviços em nuvem e suporte de licenças registrou um crescimento de 12%, totalizando US$ 10,8 bilhões. O consumo de GPUs para inteligência artificial aumentou 336%, reforçando a importância das soluções baseadas em IA para o futuro da empresa.

O estudo trouxe um panorama do ecossistema de parceiros Oracle que atuam no Brasil, dando enfoque às empresas que se consolidaram como líderes em serviços de consultoria, implementação e gestão de soluções Oracle. Dentre elas estão: Accenture, Deloitte, KPMG, PwC, Wipro e Ninecon. Outras companhias, como SkyOne e G&P, foram classificadas como “Rising Stars”, indicando potencial de crescimento.

“Navegar na evolução da Oracle Cloud no Brasil envolve equilibrar desempenho, custo, governança de dados e cibersegurança em um mundo multicloud”, afirma Cristiane.  A previsão é que a receita total da Oracle Cloud ultrapasse US$ 25 bilhões em 2025, consolidando a posição entre os principais players do mercado de computação em nuvem. 

“O avanço da Oracle no setor de tecnologia é inquestionável. A empresa está liderando a transformação digital ao oferecer soluções multicloud eficientes, segurança digital avançada e infraestrutura de alto desempenho”, finaliza.

Versões personalizadas do relatório estão disponíveis na G&P e na Ninecon.

Pesquisa revela como as mulheres estão transformando o e-commerce e impulsionando as vendas via mobile 

Yango Ads apresenta dados exclusivos sobre os hábitos de compra dos consumidores e o impacto do digital no varejo 

As mulheres estão impulsionando a transformação do e-commerce, de acordo com um estudo realizado pela Yango Ads. A pesquisa entrevistou 386 consumidoras brasileiras que possuem um smartphone e realizam compras online pelo menos uma vez por mês. Além disso, o estudo coletou insights de 2.600 mulheres em sete países, oferecendo uma análise aprofundada sobre como esse segmento se relaciona com as compras online — desde a predominância dos canais móveis e as categorias de produtos mais desejadas até os fatores que fortalecem a lealdade à marca e as estratégias de publicidade mais eficazes.  

De acordo com o estudo, 90% das mulheres no Brasil realizam compras pelo smartphone, o que deixa em evidencia a demanda por conveniência e interfaces mais intuitivas. Além disso, 79% preferem usar aplicativos de marketplaces, enquanto 77% optam por comprar diretamente nos sites dessas plataformas, o que demonstra uma forte tendência de concentração do consumo entre os grandes varejistas digitais.  

Entre as categorias mais compradas de forma online, roupas e calçados lideram com 88%, seguidos por produtos de beleza (82%) e eletrodomésticos (62%). O estudo também revela que 60% das mulheres comparam preços antes de finalizar uma compra, e a mesma porcentagem verifica avaliações e reviews de outros consumidores. Isso reforça a importância da credibilidade e transparência para impulsionar as conversões de vendas.  

“O consumidor digital está se tornando cada vez mais exigente e bem informado. As marcas precisam investir em personalização, experiência do usuário e benefícios como frete grátis, que é um fator decisivo para 60% das entrevistadas”, afirma Mira Weiser, Chief Product Officer da Yango Ads Space.  

Para engajar e reter consumidoras de forma eficaz, é importante aproveitar ofertas relâmpago e programas de fidelidade. 52% das mulheres compradoras aderem ativamente a promoções de curto período, então criar um senso de urgência pode impulsionar as vendas. Além disso, 36% dessas consumidoras valorizam recomendações personalizadas com base em compras anteriores. Ao combinar esses elementos, as marcas não apenas incentivam ações imediatas, mas também aprimoram a experiência de compra como um todo.  

Weiser acrescenta: “Esse comportamento mostra que as consumidoras respondem bem a gatilhos que criam um senso de urgência e personalização. As marcas devem focar em investir nos canais que atraem seu público mais engajado, ao mesmo tempo em que elaboram estratégias para gerar demanda segmentada para seus produtos.”  

O estudo também mapeou o tempo de decisão de compra por categoria de produto: enquanto alimentos e refeições prontas são adquiridos em poucas horas, itens de maior valor, como móveis e eletrodomésticos, podem levar mais de um mês para serem escolhidos, exigindo abordagens diferenciadas para cada segmento. 

Corrida da IA: países disputam liderança e empresas buscam soluções inovadoras 

Professor Diogo Cortiz explora as múltiplas dimensões da IA, revelando como a tecnologia está moldando o futuro do mercado e da interação humano-máquina 

A inteligência artificial tem se consolidado como uma das mais impactantes transformações tecnológicas da sociedade atual, influenciando desde a economia global até o cotidiano das pessoas. Em uma análise abrangente sobre o tema, apresentada no evento Yalo Connect IA que reuniu líderes das maiores indústrias do Brasil, o professor, pesquisador e colunista do Uol, Diogo Cortiz, explorou as múltiplas dimensões da IA, destacando seus aspectos técnicos, geopolíticos e econômicos, resgatando a trajetória dessa tecnologia desde a década de 1950, traçando um paralelo com a história da computação, período marcado pelo entusiasmo do futuro e a desilusão da limitação da época. 

Diogo Cortiz no Yalo Connect IA 2025.

Dentre esse espectro, três fatores principais têm acelerado o desenvolvimento da IA: o aumento do poder computacional, a digitalização massiva de dados e a ascensão de ferramentas com inteligência artificial. O aprimoramento dessas ferramentas tornou o processamento de grandes volumes de informação mais eficiente, enquanto a digitalização, intensificada pela web e pelas redes sociais, gerou uma base imensa de dados para alimentar os modelos de IA. A inteligência artificial transformou a forma como a tecnologia é percebida e utilizada. 

“A IA já fazia parte da nossa vida, por meio de interfaces que a gente usava, sistemas de recomendação, sistemas de fraude. Já éramos bombardeados de inteligência artificial, mas de uma forma oculta. O que mudou é que agora já podemos notá-la, se tiver dados. E isso traz uma nova dinâmica para o mercado e para a sociedade”, explicou o professor Diogo Cortiz.  

Atualmente essa tecnologia inteligente pode ser usada como estratégia geopolítica, uma vez que países e blocos econômicos disputam a liderança no desenvolvimento e controle dessa tecnologia, tendo a IA como um diferencial competitivo para segurança nacional, inovação industrial e influência global. Estados Unidos e China (as maiores potências globais) são os principais protagonistas dessa corrida, investindo bilhões de dólares em pesquisas, infraestrutura e talentos especializados. Já a União Europeia busca equilibrar inovação com métodos de regulamentação, estabelecendo algumas normas que garantam o uso ético e responsável da Inteligência. 

Além disso, com a popularização de algumas ferramentas, a interação com a IA se tornou acessível, permitindo novas possibilidades de uso e ampliando seu impacto social. Essa rápida popularização evidencia que a IA não é apenas uma ferramenta tecnológica, mas uma mudança de paradigma, redefinindo a relação entre humanos e máquinas e abrindo caminho para novas aplicações em diversas áreas. 

Não só na mira de governos e instituições, o meio corporativo também vem investindo pesado no uso da IA para melhoria de eficiência e custos da indústria. Recentemente, a mexicana Yalo, plataforma inteligente de vendas, hoje também presente no Brasil, anunciou globalmente que vem desenvolvendo o primeiro agente inteligente de vendas capaz de atuar como um trabalhador digital que recria as habilidades de vendedores humanos. Essa solução já está sendo testada em algumas empresas e logo será lançada a versão beta com grandes marcas no Brasil e ao redor do mundo.  

“As empresas buscam soluções completas e não apenas ferramentas tecnológicas. Por esse motivo estamos trabalhando no desenvolvimento do primeiro agente de vendas 100% movido por IA. A ideia é projetar um membro adicional da equipe para cumprir missões específicas e criar uma força de trabalho digital que potencialize e complemente as equipes humanas”, mencionou Manuel Centeno, General Manager da Yalo no Brasil. 

2025 será um ano de ouro para o e-commerce brasileiro e impulsionará empresas de tecnologia 

Segundo pesquisa, o e-commerce brasileiro pode atingir faturamento de mais de R$ 220 bilhões este ano; entenda como as novas preferências dos consumidores podem impactar o crescimento de grandes marcas 

O ano de 2025 desponta como um cenário promissor para o e-commerce brasileiro. De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), a projeção de crescimento para o setor é de 10% em relação a 2024, conquistando um faturamento de R$ 224,7 bilhões este ano. Para Elton Matos, sócio-fundador e CEO da Airlocker, primeira franquia brasileira de armários inteligentes, a mudança nos hábitos de consumo, com mais brasileiros aderindo às compras online, surge um leque de oportunidades para empresas que buscam expandir suas operações.  

“À medida que o consumo digital cresce, a necessidade de investir em soluções inovadoras para resolver os desafios logísticos também aumentam, especialmente no que se refere às entregas de produtos. A possibilidade de o entregador aparecer em um horário em que não há ninguém para receber ou deixar a encomenda em um local inseguro, são preocupações cada vez mais frequentes entre os consumidores”, revela o CEO. 

Segundo pesquisa realizada pela Octadesk e Opinion Box, 77% dos mais de 2 mil entrevistados afirmaram que compraram online ao longo de 2024. Considerando o potencial do contexto, empresas que atuam com alternativas que tragam mais segurança e praticidade para o dia a dia dos consumidores estão bem-posicionadas para se destacar como uma tendência promissora no mercado, como é o caso dos armários inteligentes. Esses dispositivos, cada vez mais comuns em áreas urbanas, oferecem um meio eficiente e conveniente para que as entregas sejam feitas de maneira mais segura, permitindo que os consumidores retirem suas encomendas em horários flexíveis, além de proporcionarem maior controle sobre a compra e resolver problemas logísticos. 

O empresário afirma que a tecnologia deixou de ser apenas um diferencial e passou a ser um elemento essencial na rotina diária da população. “A Airlocker é um reflexo dos novos hábitos de consumo, atuando na etapa final da cadeia logística, no que chamamos de ‘last mile’, uma espécie de intermediário entre os centros de distribuição e o consumidor final. Nos últimos dois anos, crescemos 200% e, atualmente, são cerca de três mil mercadorias entregues através dos nossos ‘smart lockers’”, conta Elton. 

5 erros que podem ser evitados no e-commerce com integração entre sistemas de gestão e logística 

A combinação de tecnologias é essencial para aumentar a eficiência, reduzir custos operacionais e garantir melhores experiências de compra 

O comércio eletrônico deve faturar R$ 224,7 bilhões em 2025, com crescimento de 10%, segundo a ABComm. Por isso, é crucial fidelizar consumidores com conveniência, entregas eficientes e integração logística a um software de gestão, o que reduz falhas, melhora a experiência de compra e dá mais controle do trabalho ao empreendedor.  

O diretor de marketing de produto da Omie, plataforma de gestão (ERP) em nuvem, José Adriano Vendemiatti, lista os principais problemas que podem ser evitados com a integração de sistemas — uma funcionalidade que permite ao empreendedor acessar, diretamente pelo software, serviços de outras empresas, como as parceiras logísticas. 

1 – Falta de agilidade e altos custos operacionais 

A falta de automação implica em processos ineficientes e aumento dos custos operacionais. A integração do ERP com o serviço de logística possibilita o agendamento da entrega de produtos diretamente pelo sistema, simplificando processos e garantindo mais agilidade. As empresas podem gerenciar de forma mais eficiente as despesas logísticas, proporcionando um serviço mais acessível e competitivo.  

“Também é possível realizar a cotação do frete, contratar o serviço de logística — com preenchimento automático do valor no pedido de venda —, emitir a etiqueta de envio e acompanhar a entrega em todas as etapas do trajeto”, explica Vendemiatti. 

2- Entrega incorreta e atrasada  

O prazo de envio impacta a decisão de compra de 53% dos consumidores, conforme aponta a pesquisa da Opinion Box. O diretor alerta que a falta de um sistema integrado pode comprometer essa escolha e gerar falhas no processamento dos pedidos, resultando em atrasos. Com um ERP vinculado à logística, os empreendedores conseguem monitorar todas as vendas em uma única plataforma e verificar a rota das entregas com atualizações constantes. 

Além disso, a ausência de uma gestão digitalizada pode gerar erros manuais. A integração garante maior precisão no processamento, assegurando que cada cliente receba exatamente o que comprou. 

3- Dificuldade de rastreio 
Vendemiatti destaca que, sem um sistema automatizado, os clientes podem ter dificuldades para acompanhar suas encomendas. A sincronização entre ERP e logística permite atualizações automáticas sobre o status dos pedidos, proporcionando mais transparência e confiança ao consumidor. 

4- Falta de controle de estoque 
Uma gestão de estoque eficiente é essencial para aumentar as vendas e aprimorar a experiência de compra. Entre as vantagens, estão a redução de desperdícios, controle de entrada e saída dos produtos e a identificação dos itens mais vendidos. A falta de comunicação entre distribuição e volume pode causar rupturas ou excesso de mercadoria. Com um ERP integrado, é possível monitorar o armazenamento em tempo real, evitando indisponibilidade ou perda. 

5- Erros fiscais e na emissão de notas 
Emitir notas fiscais manualmente aumenta o risco de erros e pode resultar em penalizações. Com a automação, a emissão de documentos ocorre de forma segura e dentro das regulamentações, garantindo conformidade com a legislação vigente. 

Assim, para o empreendedor que atua no e-commerce, investir em uma plataforma integrada, como um ERP, não é apenas uma escolha, mas uma necessidade estratégica. “Concluindo, a automação e a integração entre sistemas de gestão resultam em maior controle sobre o negócio, uma experiência de compra mais satisfatória para o consumidor e, consequentemente, no crescimento sustentável da empresa”, finaliza o diretor da Omie. 

Indústria aposta em IA generativa para aumentar vendas 

Relatório da Yalo e projeções do Gartner indicam que a IA generativa será relevante na estratégia comercial em 2025 

A inteligência artificial vem modificando a dinâmica de distribuição e de vendas na indústria brasileira, principalmente em negócios estratégicos com pequenos varejistas. Um estudo realizado pelo Gartner prevê que, em 2025, 35% dos diretores de vendas (CROs) irão estruturar equipes híbridas que contemplem funções com agentes inteligentes dentro de suas estratégias de go-to-market. Essa tendência reforça o papel da indústria na adoção de tecnologias que garantam maior eficiência e personalização no relacionamento com o varejo.  

O levantamento do Gartner também aponta que 75% dos profissionais de vendas já utilizam insights baseados em dados para otimizar atividades e 84% afirmam que seus sistemas fornecem recomendações de melhores ações a serem tomadas com clientes e prospects. Agora, o próximo passo é expandir esse potencial com a IA, permitindo que as equipes comerciais façam atendimentos totalmente personalizados e automatizados. Dados da Yalo, empresa latino-americana que oferece uma plataforma inteligente de vendas com agentes, revelam que as empresas estão mais abertas a soluções integradas, visando maior escalabilidade e produtividade. Nos últimos cinco anos, o portfólio de produtos das grandes indústrias cresceu, enquanto os times de vendas permaneceram do mesmo tamanho. Isso demonstra a necessidade da adoção de soluções baseadas em IA e automação para manter a competitividade e manutenção do relacionamento com os varejistas. 

Manuel Centeno, Co-Fundador e General Manager Brasil da Yalo.

“A capacitação baseada em casos de uso com IA é fundamental para mostrar como a tecnologia pode ser um multiplicador de força para as equipes de vendas. Ela permite que os vendedores se concentrem em atividades estratégicas, enquanto a IA cuida das tarefas repetitivas”, explica Manuel Centeno, Co-Fundador e General Manager Brasil da Yalo. 

O levantamento da Yalo também aponta que as empresas consideram fundamental manter os vendedores como parte essencial da estratégia comercial.  Segundo Manuel Centeno, a integração da IA deve ser feita de maneira a preservar a experiência do cliente, garantindo que a automação não comprometa o atendimento humanizado. “A IA deve ser vista como aliada e não como uma ameaça. Ignorar ou negligenciar essa realidade significa perder oportunidades de crescimento e eficiência. Quando bem aplicada, a tecnologia impulsiona a criatividade, gera autonomia para os vendedores e aumenta a produtividade da organização”, conclui o General Manager da Yalo no Brasil. 

Kumulus anuncia holding global e projeta faturamento de R$ 70 milhões

Com retorno de Thiago Iacopini à cadeira de CEO, empresa consolida atuação internacional e projeta dobrar faturamento nos próximos três anos

A Kumulus anunciou, nesta semana, uma nova fase de expansão global que vai unificar as operações internacionais. Batizada como “One Kumulus”, a reestruturação pretende consolidar a atuação da companhia nos mercados de países como Estados Unidos, Inglaterra, Irlanda e Portugal, onde já possui clientes ativos desde 2023. Com essa nova estratégia unificada, a empresa projeta dobrar o faturamento nos próximos três anos, chegando à marca de R$ 70 milhões.

Para comandar essa nova fase, Thiago Iacopini, que foi responsável pela expansão da Kumulus no mercado internacional, volta à cadeira de CEO, agora com a responsabilidade de liderar a operação global, que terá como holding a unidade inglesa; ele passará a controlar todas as unidades de negócios de todos os países de forma unificada. “Esse último ano foi de grande aprendizado, especialmente sobre a cultura de exigência dos mercados americano e britânico. Nossa estratégia agora é trazer essa experiência para fortalecer ainda mais nossa presença global e consolidar a Kumulus como uma parceira estratégica na transformação digital dos clientes”, destaca Iacopini.

Nos últimos dois anos, a expansão internacional foi responsável por uma parte importante do crescimento da empresa e hoje representa 30% do faturamento total. O objetivo com essa unificação global será dobrar esse faturamento, com metade do crescimento vindo do mercado internacional. Atrelada a nova estratégia de negócios da Kulumus está o fortalecimento da sua atuação como Trusted Advisor em transformação digital, ampliando o portfólio de serviços e se posicionando como uma parceira de negócios de longo prazo para os clientes.

Para isso, a empresa deve mirar em soluções de ponta a ponta em computação em nuvem, modernização de aplicações e inteligência artificial, já tendo uma chancela da Microsoft como AI Design Capable Partner, anunciada recentemente.

Uma característica que está no DNA da empresa é o uso da inteligência artificial de forma estratégica para proporcionar uma transformação digital eficiente aos clientes. “O mercado está inundado pela IA, então o segredo está em como usá-la. Aqui na Kumulus, entendemos que saímos na frente, porque começamos muito cedo a trabalhar e investir nesse tipo de tecnologia. A Kumulus, desde o início, trabalhou com o que deu origem a IA que conhecemos, com Large Language Models (LLMs). Por meio da nossa parceria com a Microsoft, fomos uma das primeiras empresas na América Latina a receber uma Advanced Specialization em Analytics do Microsoft Azure, sendo que hoje somos Azure MSP Expert”, comenta Iacopini. 

Com o objetivo de fortalecer a estrutura comercial internacional, nessa nova fase a Kumulus contará também com o retorno de Flavio Costa, desta vez como Diretor Comercial. Ele será responsável por unificar as operações de vendas nos diferentes países e fortalecer a sinergia entre as unidades. “A unificação das nossas operações de vendas internacionais é um marco estratégico para a empresa, o que nos habilita a oferecer uma experiência mais integrada e eficiente aos nossos clientes globais. Com essa nova estratégia, conseguimos alinhar culturas, processos e modelos de negócio distintos, fortalecendo nossa posição como parceira de transformação digital de grandes organizações. Nossa trajetória de sucesso em projetos de alto impacto e alianças estratégicas nos capacita a impulsionar a inovação e a competitividade, ajudando essas organizações a avançarem em seus negócios”, afirma Costa.

A parceria estratégica com a Logicalis, grupo ao qual a Kumulus está integrada, também desempenha um papel fundamental nesse novo momento da empresa. Segundo Iacopini, a Logicalis tem sido um canal estratégico para a distribuição dos serviços no exterior, facilitando sua entrada e consolidação em novos mercados.

“Com histórico de inovação e liderança no segmento de cloud computing e IA, a Kumulus reforça o compromisso de continuar entregando soluções de alto impacto para seus clientes e parceiros”, reforça o CEO. Entre as recentes conquistas da empresa está o reconhecimento como Microsoft Partner of the Year em 2022 e 2023, além de novas certificações que atestam a excelência na entrega de projetos de inteligência artificial e análise de dados.

O novo perfil do consumidor brasileiro e como atendê-lo 

Por Karine Gonçalves de Paula – Gerente de Marketing da GestãoClick 

A pandemia impactou severamente negócios de todos os setores, levando milhares de empresas ao fechamento. No entanto, o cenário atual mostra um movimento oposto: o boom do empreendedorismo. Em 2024, o Brasil ultrapassou a marca de 20 milhões de empreendedores registrados, segundo o Sebrae. O crescimento foi impulsionado principalmente pelo setor de serviços e pela ampliação do número de Microempreendedores Individuais (MEIs), que representam 78% das novas empresas no país. 

Um dos motivos para esse aumento está nas mudanças trazidas pela pandemia. Muitas pessoas foram obrigadas a encontrar novas fontes de renda, e o empreendedorismo se consolidou como uma solução viável. Pequenos negócios digitais, delivery de produtos e serviços personalizados foram algumas das saídas encontradas. Com a digitalização acelerada, as barreiras de entrada no mercado diminuíram, permitindo que qualquer pessoa com um celular e acesso à internet pudesse empreender. 

Da mesma forma que a tecnologia impactou os empreendedores, ela também transformou o perfil dos consumidores brasileiros. Antes impulsivo, o novo consumidor pós-pandemia é mais criterioso, digital e exigente. Isso significa que, por um lado, a concorrência aumentou entre as empresas, e, por outro, para se sobressair e conquistar clientes, é urgente compreender como oferecer uma experiência de compra que atenda às exigências por personalização e agilidade, que são imprescindíveis neste novo cenário.  

Onde está o erro? O digital da porta para fora 

Hoje, é difícil encontrar um empreendedor que não utilize meios digitais para alcançar novos consumidores. Contudo, sem preparação, o atendimento online não acompanha o ritmo dos consumidores, devido à falta de controle sobre o próprio negócio. Assim como a tecnologia é útil para a venda, ela também deve estar presente na gestão, pois a automação de processos e a busca por eficiência tornaram-se importantes diferenciais competitivos.  

A eficiência operacional é determinante para garantir que produtos e serviços sejam entregues com qualidade e agilidade. Para isso, não há outro caminho: é necessário aplicar a tecnologia também da porta para dentro. Os consumidores valorizam marcas que proporcionam conveniência, um processo de compra descomplicado, aliado a um atendimento ágil e eficiente. Empresas que investem na melhoria contínua de seus processos internos não só fidelizam clientes, mas também ampliam sua base de consumidores.