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O futuro do delivery: cozinhas compartilhadas, marketing digital e a experiência do cliente

No Delivery Summit 2024, especialistas revelam como essas tendências estão impactando diretamente no bolso dos empresários; grandes nomes do setor compartilham as últimas novidades sobre como otimizar custos, aumentar vendas e conquistar clientes

O setor de food delivery tem crescido no mundo todo e o Brasil vem acompanhando essa tendência com vigor. Uma pesquisa recente realizada pela Ticket, que entrevistou quase 10 mil pessoas, revelou que 4 em cada 10 brasileiros pedem delivery regularmente — ou seja, 40%. Entre os jovens da Geração Z, com idades entre 15 e 28 anos, esse número sobe para 51%. Mas qual é a estratégia desse setor para continuar crescendo a cada ano? Foi nesse contexto de mercado aquecido que São Paulo recebeu o Delivery Summit 2024, evento realizado pela Woovi, em parceria com WAbiz, que reuniu especialistas e empresários para compartilhar práticas, tecnologias e estratégias que prometem transformar o delivery em uma máquina de vendas.

O evento apresentou tendências e cases de sucesso para quem deseja prosperar em um mercado em rápida evolução. A agenda foi marcada por insights sobre tecnologias emergentes, campanhas sazonais e estratégias de fidelização, com exemplos práticos que mostraram como é possível conquistar e manter clientes em um ambiente cada vez mais competitivo​. Com o apoio de marcas como Heineken, Seara, OpenPix, Catupiry, Sr.Caixa e Pietro Fornos, o Delivery Summit inovou em fazer o primeiro evento focado no setor food delivery no Brasil. Segundo a organizadora Woovi, as empresas que investirem em inovação e na experiência do cliente estarão à frente na corrida por um mercado cada vez mais dinâmico e competitivo. De acordo com  Rafael Turk, CEO da Woovi,  outro ponto que merece atenção de empresários do setor é a “automatização das transações e uma infraestrutura que possibilita agilidade nos processamentos de pagamentos, trazendo diferenciais como eficiência operacional e satisfação do cliente, desde o momento de decisão de compra até a satisfação no pós-vendas”.

Entre os palestrantes, Rafael Abath, fundador da Zapy Pizza, destacou o papel da inovação na construção de negócios bem-sucedidos. Ele compartilhou a experiência de sua empresa ao bater o recorde de entrega em apenas 8 minutos. “Fazer entregas em 40 minutos já não é diferencial. Quem não se adapta, fica para trás”, afirmou Rafael. O modelo de cozinhas compartilhadas é um dos segredos que garante essa eficiência, permitindo otimização de custos e aproveitamento de insumos para diferentes marcas.

Outro destaque foi Valmor Friedrich, CEO da Kadalora Pizzaria, que apresentou sua trajetória de 44 anos no setor de alimentação, marcada pela superação de desafios e pela expansão de seu negócio para 17 unidades. Valmor contou como inovou ao manter sua pizzaria aberta em horários que seus concorrentes não operavam, conquistando assim novos públicos. “Enquanto outras pizzarias fechavam cedo, permanecemos abertos e absorvemos mais clientes”, revelou. Além das pizzarias, Valmor diversificou seus negócios, criando um ecossistema que inclui boutiques de carne e produtos de limpeza, aproveitando sinergias entre os diferentes setores. Sua estratégia não apenas aumentou o faturamento, mas também garantiu uma base de clientes fiéis e uma operação mais robusta.

A importância do marketing estratégico foi amplamente discutida pela equipe da HS Marketing. Com base em funis de conversão otimizados, a empresa destacou que a cada 1.000 visualizações de anúncios, 100 interagem com a marca, 15 realizam compras e cinco se tornam clientes fiéis. O foco do marketing 360º está na redução da dependência de marketplaces como, por exemplo, iFood e UberEats, promovendo campanhas direcionadas para cardápios próprios e fortalecendo a fidelização do cliente. Para Rafael Turk, CEO da Woovi, “a centralização de canais próprios, além de marketplaces, permite que oportunidades sejam exploradas durante a jornada, como análise da recorrência de compra e aplicação de mecanismos de retenção, sem contar a redução de repasses para esses canais”.

A utilização de conteúdo visual atrativo, como o ‘foodporn’, e parcerias com influenciadores locais foram apontadas como essenciais para engajar o público e converter seguidores em clientes. A HS Marketing também apresentou cases de sucesso, como o crescimento de 40% no faturamento do Vila Anália, impulsionado por estratégias de comunidade, e o aumento de 50% nas vendas do Chapéu de Couro por meio de campanhas urgentes e personalizadas.

Jussara Calife, diretora de Trade Marketing para os canais ON e OFF do grupo Heineken, por sua vez, abordou a importância de adaptar cardápios de acordo com ocasiões específicas, como churrascos e festas, para aproveitar as oportunidades em feriados e finais de semana. Ela enfatizou que a personalização do atendimento, aliada ao uso de bots e listas organizadas pelo WhatsApp, pode aumentar a eficiência operacional e melhorar a experiência do cliente. “A criação de combos atrativos, pensados para diferentes ocasiões, é essencial para se destacar em um mercado tão competitivo”, explicou Jussara, reforçando que parcerias sólidas com fornecedores também são fundamentais para o sucesso.

As tendências presentes no setor de food service incluem a importância de processos que proporcionem aos consumidores experiências personalizadas com estratégias de marketing digital como interação de qualidade, gestão de relacionamento entre lojas e clientes, atendimento ágil, além da parceria com marketplaces convencionais.  Durante o caminho do consumidor, desde o checkout até a tomada de decisão de compra, assim como possível satisfação com o produto, fidelização e recomendação da marca, é importante facilitar os processos, simplificar as etapas e priorizar o cliente.

Além dos cases e insights práticos, o Delivery Summit 2024 trouxe dados importantes sobre o crescimento do mercado de delivery. O setor tem registrado aumentos consistentes, especialmente em segmentos premium e em datas sazonais, mostrando que a aposta em campanhas estratégicas e fidelização pode garantir uma receita sustentável. O evento foi marcado pelo engajamento dos participantes, que saíram com um plano claro para aplicar as estratégias discutidas e transformar seus negócios. Como concluiu Valmor Friedrich: “Prosperar é sobre preparar pessoas e criar um negócio que faça sentido a longo prazo”.

Data Spaces: o futuro da economia de dados no Brasil ganha força com apoio do governo e setor privado

Em painel na Futurecom 2024, a Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC) e a International Data Space Association (IDSA) destacaram a relevância dos Data Spaces como pilares para o avanço da nova economia de dados no Brasil. O painel, moderado por Flávio Maeda, vice-presidente da ABINC, reuniu especialistas de peso, incluindo Sonia Jimenez, diretora da IDSA; Isabela Gaya, gerente de Inovação da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI); Marcos Pinto, diretor do Departamento de Competitividade e Inovação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC); e Rodrigo Pastl Pontes, gerente de Inovação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que trouxeram diferentes perspectivas sobre os desafios e oportunidades dos Data Spaces para a economia de dados no Brasil.

Durante o evento, Sonia Jimenez ressaltou que muitas empresas ainda enfrentam barreiras para maximizar o valor gerado pelos dados que coletam, principalmente pela falta de confiança em compartilhar informações. “As empresas geram muitos dados, mas não estão obtendo o retorno esperado. A IDSA surge como uma solução para promover a confiança entre as partes envolvidas no compartilhamento seguro de dados, ajudando a superar as barreiras tecnológicas e gerando benefícios concretos para os negócios”, afirmou Sonia.

Ela também destacou que o cenário está mudando, e as organizações começam a perceber os benefícios claros de uma economia de dados integrada. Sonia explicou que o IDSA está observando uma crescente conscientização sobre o valor dos Data Spaces, especialmente na promoção de inovações tecnológicas e na interoperabilidade dos sistemas. Segundo ela, isso não apenas aumenta a eficiência, mas também ajuda a reduzir custos e a fomentar novos modelos de negócios digitais.

Outro destaque do painel foi a pesquisa inédita da ABDI “Agro Data Space Programa Agro 4.0”, apresentada por Isabela Gaya, que explorou o potencial dos Data Spaces no agronegócio, setor crucial para a economia brasileira. O estudo indicou que a adoção de Data Spaces poderia gerar um aumento de 30% na eficiência operacional em diferentes áreas da agricultura e reduzir os custos em até 20%. Além disso, o uso de soluções tecnológicas avançadas, como a Internet das Coisas (IoT) e inteligência artificial, possibilitaria a coleta e análise de grandes volumes de dados, permitindo decisões mais informadas e ágeis no campo.

A pesquisa também destacou o impacto positivo na sustentabilidade. Por exemplo, os produtores poderiam reduzir em até 70% o uso de herbicidas e diminuir significativamente o uso de outros insumos por meio de tecnologias de monitoramento e automação, o que resultaria em uma produção mais sustentável e eficiente. O estudo ainda revelou que mais de 1 milhão de propriedades rurais poderiam se beneficiar diretamente dessa transformação digital, o que reforça o papel estratégico dos Data Spaces no fortalecimento da competitividade do setor agroindustrial brasileiro.

Isabela Gaya, da ABDI, comentou durante o evento sobre o impacto da digitalização no setor agrícola: “A adoção de tecnologias inovadoras integradas a Data Spaces pode transformar o agronegócio brasileiro, melhorando a eficiência produtiva e promovendo uma gestão mais sustentável dos recursos”. Ela enfatizou que o setor está pronto para abraçar essas inovações, especialmente com o apoio de políticas públicas e investimentos direcionados.

Marcos Pinto, diretor do Departamento de Competitividade e Inovação do MDIC, trouxe a perspectiva do governo sobre a importância de acelerar o desenvolvimento de Data Spaces no Brasil. Ele destacou que o país tem uma produção massiva de dados, tanto de pessoas quanto de empresas, mas que apenas 25% das grandes corporações estão utilizando data analytics de forma eficaz. “O governo quer estimular o desenvolvimento desses Data Spaces para acelerar a economia de dados no Brasil. Estamos criando um programa específico para isso e estudando setores onde essa tecnologia pode ser aplicada com sucesso, como já vimos em outros países”, explicou Marcos.

Ele também mencionou que o governo está em fase de articulação, conversando com diversos setores para identificar áreas em que os Data Spaces podem ser implementados. “Nossa mensagem é de construção colaborativa, e esperamos lançar até o final do ano medidas concretas para apoiar esse desenvolvimento. Temos estudado iniciativas de outros países, especialmente da União Europeia, e não queremos esperar cinco anos para aproveitar essa onda de inovação. A vantagem é criar oportunidades de mercado e desenvolver produtos competitivos”, disse Marcos. Segundo ele, o governo deve promover uma tomada de subsídios para um marco legal regulatório em breve.

O diretor do MDIC enfatizou que o Brasil está comprometido em apoiar o setor produtivo na transição para uma economia mais digital e eficiente. “Para alcançar ganhos de produtividade, vamos precisar de empresas digitais que possam desenvolver essas soluções. O governo quer estar lado a lado com o setor produtivo para garantir que isso aconteça”, concluiu ele.

A ABINC, em parceria com o IDSA, tem atuado para trazer esse conceito de Data Spaces para o Brasil, buscando alavancar a competitividade digital do país. Essas iniciativas fazem parte de um esforço maior de transformação digital, que visa integrar setores como agricultura, saúde e mobilidade, além de fomentar a criação de novas oportunidades de negócios.

Flavio Maeda, vice-presidente da ABINC, ressaltou que essa parceria com o IDSA consiste em trazer conhecimento para o mercado a respeito do potencial dos Data Spaces no Brasil, especialmente para o agronegócio e indústria. Maeda também explicou que a ABINC está trabalhando em conjunto com o IDSA, a ABDI, o CNI e o MDIC para implementar, em 2025, o projeto de Open Industry, similar ao que foi o Open Finance. “Queremos trazer os mesmos benefícios do Open Finance para outros setores industriais. Esse projeto também vai de encontro com o conceito de Data Spaces”, explicou Maeda.

Rodrigo Pastl Pontes, da CNI, também comentou sobre a importância de uma infraestrutura robusta e interoperável para que as empresas industriais possam compartilhar dados com segurança e confiança, impulsionando a inovação e a eficiência em diversos setores.

Com os avanços discutidos na Futurecom 2024, fica claro que a economia de dados terá um papel central no futuro do Brasil, e o conceito de Data Spaces será fundamental para consolidar esse caminho, como concluiu Sonia Jimenez: “A evolução dos Data Spaces vai permitir que as empresas brasileiras alcancem um novo patamar de inovação, com segurança, transparência e, principalmente, confiança no compartilhamento de dados”.

Escola da Nuvem participa de painel sobre mulheres líderes e o impacto de times diversos nas empresas na Futurecom 2024

Com participação da CRO Ana Letícia Lucca, agenda Mulheres Conectadas discutiu a importância de haver equipes diversas nos mercados de Tecnologia e Telecomunicações

A Escola da Nuvem, organização social sem fins lucrativos que tem o propósito de formar e empregar jovens em situação de vulnerabilidade para carreiras em computação em nuvem, participou da Futurecom 2024, o maior evento de tecnologia da América Latina, na última terça-feira, 8 de outubro, no São Paulo Expo. Ana Letícia Lucca, CRO da Escola da Nuvem, esteve no MeetUp Mulheres Conectadas para discutir o impacto e a importância de times diversos nos mercados de Tecnologia e Telecomunicações, assim como a presença de lideranças femininas nas equipes. Ao lado dela, estiveram mais treze mulheres líderes, em um bate-papo sobre desafios e oportunidades no mercado de trabalho.

Ao longo do encontro, as lideranças puderam compartilhar suas experiências e vivências, além de algumas barreiras que enfrentam no dia a dia de trabalho, como ser mulher em um mercado majoritariamente masculino. Porém, esse fator não é restrito somente aos setores de Tecnologia e Telecomunicações. O Panorama Mulheres 2023, produzido pelo Talenses Group e pelo Insper, mostrou que, no Brasil, somente 17% dos cargos de presidência são ocupados por mulheres, enquanto nos conselhos esse número chega a 21%. Já a participação das mulheres nas diretorias executivas fica em 26%. Há ainda um recorte de raça feito pela pesquisa, mostrando que quando a presidência da empresa é masculina, 4,1% das diretoras mulheres são negras. Quando há uma mulher como presidente na organização [não especificando se ela seria branca ou não-branca], esse número sobe para 17,9%.

Leia também: Cenário, desafios e perspectivas para as mulheres na área de Tecnologia: onde estamos e para onde vamos?

Cientes desse cenário e com entusiasmo para transformar essa atmosfera de baixa presença feminina no mercado, cada participante do meetup compartilhou ações efetivas realizadas pelas empresas em que trabalham sobre o assunto. Letícia Alcântara, Diretora Executiva na Fiabilité, por exemplo, comentou que mensalmente são realizadas agendas de feedbacks para estimular a escuta feminina, gerando espaço de fala e posicionamento das mulheres. A empresa também investe em mentorias para fortalecer a cultura de respeito à mulher. Já Gizele Nisi, co-fundadora da Multiway Infra, compartilhou que, atualmente, 37% dos colaboradores na empresa são mulheres, disseminadas em todos os níveis de trabalho.

As especialistas presentes no painel também montaram um plano de ação efetivo para a inserção de mais mulheres no mercado de Tecnologia e a consolidação delas enquanto autoridade. Entre as ações propostas estão: dar notoriedade e voz à mulher no ambiente de trabalho masculinizado, prestando apoio; contenção de assédio horizontal – quando ocorre de uma mulher assediar outra mulher; que as empresas realizem reuniões mensais inclusivas e que gerem demandas de melhoria, com foco na implementação de programas e processos para elevar a autoridade das mulheres; processos seletivos paritários entre homens e mulheres, garantindo que haja o mesmo número de candidatos de ambos os gêneros; sugestão do rodízio de atividades que são, na maioria das vezes, realizadas por mulheres, como a confecção de ata em reuniões; criação de um grupo de trabalho para estreitar as parcerias entre empresas que apoiam a inclusão da mulher no mercado de tecnologia; mentoria para desenvolvimento de liderança para homens e mulheres; desenvolvimento de indicadores para que as conquistas sejam celebradas.

“A experiência foi muito positiva, porque olhar para mulheres que estão nesse segmento, lutando por esse espaço, lutando para construir esse espaço e junto a isso conseguir mostrar como a Escola da Nuvem tem agido e trabalhado para incentivar contratações de mulheres, desenvolvendo mulheres para liderança, foi muito inspirador. Quando eu olho para os profissionais da Escola da Nuvem, bem como para todas as ações que estamos fazendo para contribuir com a inserção de mulheres no mercado de tecnologia, me sinto motivada a continuar trabalhando neste propósito. Saímos de lá com várias ideias e ações que podemos aplicar desde já, desde mudança de postura, movimento de contratação, vagas afirmativas, até ações que o mercado já está fazendo, mas que podemos aprofundar e acelerar um pouco mais para cada vez mais preparar e trazer mulheres para o mercado de tecnologia” conclui a especialista Ana Letícia.

Além da CRO da Escola da Nuvem, também participaram do painel Fátima Primati, membra do Conselho Deliberativo da MCIO Brasil; Ione Garcia, presidente da MCIO Brasil; Gabrielly Lessa, sócia fundadora da Lessa e Lima Associados; Rosana Zago, Gerente Digital e de Inovação da San Martino; Leandra Garcia, Gerente Operacional da maior agência comercial dos Correios no Brasil; Regiana Veloso, CIO no Telhanorte; Letícia Alcântara, Diretora Executiva na Fiabilité; Ana Cerqueira, líder na Woncy Brasil; Renata Bolsoni Peres, Gerente de TI na Santos Brasil; Gizele Nisi, co-fundadora da Multiway Infra; Ana Paula Corazzini, CEO da ELGIN; e Thábata Mondoni, CEO da agência Mondoni Press e Diretora de Marketing da Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC).  

Fonte: Mondoni Press.

ABINC encerra Futurecom 2024 com vencedores da 6ª edição do Prêmio de IoT 

Entidade destaca os melhores projetos do ano nas categorias acadêmica, startups e empresas consolidadas; entre os vencedores estão Sirros IoT, Vivix e Instituto Mauá de Tecnologia

A Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC) anunciou em uma cerimônia de premiação, nesta quarta-feira (10), os vencedores da 6ª edição do Prêmio ABINC de IoT durante o Futurecom 2024, o maior evento de tecnologia da América Latina. O prêmio, que visa promover a visibilidade de casos reais de IoT e fortalecer o ecossistema brasileiro do setor, reconheceu os melhores projetos nas categorias acadêmica, startups e empresas consolidadas.

Segundo Flávio Maeda, Vice-Presidente da ABINC, o Prêmio ABINC de IoT sempre buscou exemplificar para a sociedade, e para o meio empresarial como um todo, os benefícios da aplicação das tecnologias que compõem a Internet das Coisas. “Não focamos nas tecnologias em si, mas nos resultados das aplicações e soluções que elas viabilizam. Dessa forma objetivamos incentivar e encorajar a inovação e o desenvolvimento tecnológico, tanto no setor privado quanto no público”, afirmou.

Na categoria startups, o projeto “Sirros Selos Pote”, da Sirros IoT, foi o vencedor pela inovação no setor industrial. A solução utiliza um dispositivo não invasivo para monitorar a segurança de colaboradores expostos a gases tóxicos, eliminando a necessidade de medições manuais e oferecendo alertas em tempo real.

Já o projeto “Engenheiro Virtual Vivix (EVV)”, da Vivix, ficou em primeiro lugar na categoria de empresas consolidadas, se destacando ao integrar dados de produção e qualidade em uma plataforma digital, reduzindo em mais de 80% o tempo de resposta a reclamações de clientes. Com a implementação de inteligência artificial, incluindo um chatbot, o projeto melhorou significativamente a eficiência na resolução de problemas de qualidade.

Na categoria acadêmica, o vencedor foi o projeto “Embalagem Inteligente de Transporte de Órgãos, Tecidos e Insumos”, do Instituto Mauá de Tecnologia. A inovação consiste em um sistema eletrônico autônomo que promove o transporte seguro de órgãos humanos, utilizando sensoriamento, georreferenciamento e controle de temperatura para garantir a preservação adequada.

O prêmio contou com um time de jurados especialistas em IoT e conectividades, composto por Paulo Spaccaquerche, Presidente da ABINC; Flávio Maeda, Vice-Presidente da ABINC; Maurício Finotti, Líder do Comitê de Manufatura da ABINC; Cristiane Kussuki, Conselheira da ABINC; Gustavo Zucchi, Conselheiro da ABINC; Jade Alves, Coordenadora de programas da Fundep; Mauricio Figueiredo, Diretor de Relacionamento; Camilo Martinelli, Diretor de Relações Institucionais; Nestor Ayala, Codiretor do Núcleo de Engenharia Organizacional/NEO da UFRGS; Eduardo Iha, Conselheiro da ABINC; e Dalton Oliveira MBA, Conselheiro da ABINC. Os projetos foram avaliados com base em critérios como aplicabilidade no mercado, geração de valor, integração tecnológica e grau de inovação, demonstrando a capacidade da IoT de resolver problemas reais e gerar resultados impactantes. 

Mercado de Tecnologia continua em crescimento, mas ainda é difícil preencher vagas: entenda motivos

Setor de TI deve crescer 12% este ano no Brasil de acordo com a IDC, mas o desafio é encontrar talentos qualificados para preencher as vagas cada vez mais exigentes

O mercado de Tecnologia no Brasil continua em crescimento. Dados da IDC mostram que essa indústria deve crescer 12% no país este ano, em um nível inclusive mais estável do que o dos Estados Unidos, que deve atingir apenas 9% de crescimento. Além disso, o estudo Mercado Brasileiro de Software – Panorama e Tendências 2024, da ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software), mostrou que o Brasil investiu quase U$50 bilhões em TI no ano passado. Mesmo com todo esse potencial, uma dificuldade ainda persiste: está mais difícil encontrar talentos qualificados para preencher novas vagas – 48% dos líderes de RH percebem a escassez de habilidades como uma das principais ameaças aos negócios, segundo o estudo Força de Trabalho 2.0 – Desbloqueando o potencial humano em um mundo impulsionado por tecnologias, da Mercer.

Outros estudos ajudam a entender alguns motivos para esse fenômeno. No relatório Panorama de Talentos em Tecnologia do ano passado, André Barrence, Diretor do Google for Startups na América Latina, chamou atenção para o fato de que a primeira geração criada em meio a aparelhos tecnológicos está chegando agora à vida adulta. Por exemplo, o primeiro computador pessoal surgiu há mais ou menos 40 anos, o IBM 5150. Então, é natural que seja mais difícil encontrar profissionais seniores de tecnologia no mercado, porque, no geral, as pessoas ainda não tiveram tempo de carreira satisfatório. Barreiras como a distribuição regional das vagas, já que 62% delas estão todas no Sudeste e 44% só no estado de São Paulo, também dificultam o desenvolvimento do país no setor de Tecnologia. 

Ao mesmo tempo, o rápido avanço da tecnologia digital torna mais difícil para entusiastas, profissionais e recém-ingressantes no mercado conseguir vagas de emprego. Segundo o estudo da Google for Startups, 54% dos potenciais talentos acham muito difícil cumprir todos os requisitos para as vagas júnior em Tecnologia no Brasil, enquanto 55% afirmam que existem poucas condições para estudar o setor no país. “A dinâmica do mercado de tecnologia mudou significativamente nos últimos anos, especialmente após a pandemia e o amadurecimento de tecnologias como a computação em nuvem, a automação e inteligência artificial. O setor passou por grandes demissões, o que aumentou a competitividade do mercado. Profissionais experientes que foram dispensados agora disputam vagas que antes eram mais acessíveis para iniciantes ou pessoas de perfis menos convencionais. Isso torna o ingresso para novos talentos, especialmente de grupos vulneráveis, mais desafiador”, comenta Ana Letícia Lucca, CRO da Escola da Nuvem, uma organização social sem fins lucrativos que prepara gratuitamente pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica para carreiras em computação em nuvem ao oferecer oportunidades de certificação e emprego.

Leia também: Com investimento de R$15 milhões, AWS e Escola da Nuvem esperam capacitar mais de 5 mil pessoas em computação em nuvem até 2025

Aliás, quando se fala em inteligência artificial, há um desafio específico a ser superado: sabemos que ela pode ajudar e muito o setor de Tecnologia a evoluir. Ao mesmo tempo, 58% das lideranças de TI concordam que é preciso ter mais conhecimento sobre a inteligência artificial antes de receber investimentos relacionados a ela, conforme a pesquisa “Antes da TI, a Estratégia”, de 2023, elaborada pelo IT Mídia. Além disso, 84% sentem a falta de profissionais qualificados no tema. Então, acaba-se criando um entrave justamente por conta da falta de mão de obra para lidar com a IA. De acordo com Ana Letícia, a área de TI “inclui a necessidade de atualização constante de habilidades, além da competição global por talentos. Dessa forma, as empresas precisam investir em programas de capacitação”.

Outra alternativa para ampliar a oferta de talentos além da capacitação é a oferta de vagas afirmativas dentro do setor de TI, pois elas englobam políticas de recrutamento que visam aumentar a participação de grupos historicamente excluídos na sociedade, como mulheres, pessoas negras e indígenas, pessoas com deficiência e a comunidade LGBTQIAPN+, por exemplo, na área. É importante salientar que não basta oferecer uma vaga, mas sim proporcionar programas de mentoria, treinamentos e outras iniciativas para garantir que esses grupos estejam realmente inseridos no dia a dia de oportunidades. De acordo com o Guia Salarial Tech de 2024 elaborado pela Fox Human Capital, a procura por vagas afirmativas aumentou entre o ano de 2023 e o início de 2024. “A diversificação das fontes de talentos é essencial para garantir uma força de trabalho preparada e sustentável no longo prazo. Ao investir na formação de novos profissionais e ampliar as oportunidades para perfis diversos, as empresas poderão não apenas preencher suas necessidades de curto prazo, mas também construir um pipeline de talentos que alimentará o crescimento da indústria nos próximos anos”, defende Ana Letícia Lucca.

Qual o futuro dos profissionais de TI?

O relatório da Fox Human Capital também mostrou que há um conflito de gerações a ser superado, principalmente a partir da Geração Z, uma população já considerada de nativos digitais. Embora essas pessoas consigam absorver grandes quantidades de informação de maneira rápida, o que é essencial no mercado de TI, não evoluíram tanto no quesito de habilidades emocionais. O estudo cita a pesquisa “Glassdoor’s 2024 Workplace Trends”, que aponta que 39% da Geração Z não se comunica bem e que 33% não parece muito interessada ou engajada com o trabalho. Dessa forma, a sugestão é a prática da escuta ativa; o estabelecimento de benefícios e de um plano de carreira personalizado para cada indivíduo; o investimento em benefícios e a simplificação do trabalho; e a prática de feedbacks para tornar possível gerenciar diversas gerações em uma mesma empresa ou equipe. “Ter habilidades técnicas sólidas é importante para o mercado, mas também é preciso de habilidades interpessoais, como comunicação, capacidade de aprendizado contínuo, comprometimento, engajamento e adaptabilidade”, explica Ana Letícia, CRO da Escola da Nuvem.

Para ela, o mercado de TI deve continuar crescendo exponencialmente, mas um dos principais desafios será mesmo o aumento do hiato de talentos qualificados. “A demanda por habilidades técnicas específicas aumentará à medida que mais setores integrem tecnologias digitais aos seus processos. Então, se as empresas continuarem a focar exclusivamente em profissionais seniores e mais experientes, correm o risco de ampliar ainda mais essa lacuna. Para evitar isso, o mercado de tecnologia precisará se abrir para formar novos profissionais e investir no desenvolvimento de talentos em estágio inicial de carreira. Isso inclui a criação de programas de treinamento, estágios e parcerias com organizações que trabalham com grupos sub-representados e em situação de vulnerabilidade, como a Escola da Nuvem”, finaliza a especialista.

Fonte: Mondoni Press.

Indústria e Varejo conectados: como a IA está transformando a experiência de compra e venda

Segundo especialistas, a inteligência artificial conversacional vem aproximando a indústria dos varejistas e aprimorando experiências de compra e venda 

Segundo previsões da IDC (International Data Corporation) Custom Solutions, até 2027 estima-se que as principais empresas da América Latina destinem mais de 25% dos gastos essenciais em TI para iniciativas de IA, resultando em aumentos significativos na inovação de produtos e processos. Além disso, 40% das empresas líderes na América Latina utilizarão experiências omnipresentes, análises avançadas e IA generativa para permitir que os clientes personalizem suas próprias experiências. 

É o que revela Manuel Centeno, co-fundador e general manager Brasil da Yalo, plataforma inteligente de vendas. Ele explica que a experiência do cliente está se tornando cada vez mais importante, até mais do que o preço dos produtos. “As pessoas valorizam mais a experiência e a ausência de fricção nas compras. É por isso que focamos tanto em melhorar a jornada do cliente, porque com uma boa experiência, as vendas, a satisfação e o valor da marca aumentam. Desde que o comércio começou, sempre foi sobre conversa. Mas a digitalização, os aplicativos e o e-commerce acabaram eliminando esse aspecto”.  

O Brasil, como um dos principais utilizadores de redes sociais no mundo – 131,5 milhões de usuários em 2023, segundo pesquisa da Comscore -, faz do WhatsApp uma ferramenta essencial para as empresas. O uso de inteligência artificial, através do app, permite uma jornada do cliente mais fluida, automatizando tarefas, como atendimento inicial e comunicação de promoções. Isso libera os times de vendas para focar em interações mais complexas e personalizadas. 

O uso de IA vai além da interação, permitindo que a experiência seja segmentada e personalizada a partir de uma análise de perfil que irá possibilitar a implementação de estratégias de venda. Entre elas, podemos citar automatização de processos, eficiência operacional, melhoria na experiência do cliente, maior agilidade nos atendimentos, identificação de personas, análise de dados, escalabilidade, redução de erros, consistência no relacionamento e acesso a insights em tempo real por meio de feedbacks.   

Manuel Centeno, co-fundador e general manager Brasil da Yalo

“Antes, os pequenos varejistas tinham que entrar em um e-commerce, ligar para alguém ou esperar uma visita. Agora, podem simplesmente enviar uma mensagem no WhatsApp para um vendedor virtual. Isso eliminou barreiras no processo de vendas e está ajudando a democratizar a tecnologia, o que é extremamente importante”, explica Manuel. 

Olhando para esta evolução dentro da indústria, um dos principais focos da Meta, hoje, é justamente integrar suas plataformas (Instagram, WhatsApp, Facebook) de forma a oferecer uma experiência completa ao consumidor, desde a construção da marca até a finalização da compra, como explica Flávia Ruiz, Industry Manager da Meta. “O nosso objetivo é proporcionar uma jornada completa, em que o consumidor possa não apenas se conectar com as marcas, mas também realizar suas compras sem interrupções”, afirmou. 

A Yalo, plataforma inteligente de vendas, oferece autonomia para que os proprietários de empresas – desde pequenos negócios até grandes corporações como Nestlé, Coca-Cola, Unilever, Mondelez, Raízen, entre outras – descubram como vender mais de forma omnicanal e possam melhorar as relações com os varejistas e clientes durante a jornada de compra. Além do sistema integrado, que visa transformar as experiências de vendas B2B de forma personalizada, a empresa vem revolucionando a indústria global com um modelo de conversas personalizadas que traz vendedores virtuais capazes de alavancar o varejo brasileiro. 

Cauê Vahamonde Rangel, gerente de e-commerce do Compra Agora

A plataforma inteligente de vendas da Yalo permite que as indústrias alcancem e mantenham o relacionamento com pequenos varejistas, de forma automatizada, utilizando aplicativos de mensagens instantâneas, como o WhatsApp, por exemplo. De acordo com dados divulgados pela própria Yalo, as organizações que adotaram a plataforma inteligente tiveram aumento de 12% nas vendas, sendo esse um sistema utilizado por mais de 3,5 milhões de pequenos negócios em toda a América Latina. Um exemplo é o marketplace Compra Agora, que, em parceria com a Yalo, implementou vendedores virtuais para melhorar o processo de vendas. No primeiro semestre de 2024, o Compra Agora registrou aumento de 46% no número de lojas usando o WhatsApp e de 195% em pedidos quando comparamos com o ano completo de 2023, por meio da parceria. 

Cauê Vahamonde Rangel, gerente de e-commerce do Compra Agora, destaca que a empresa tem como objetivo principal ajudar o pequeno varejista a prosperar, pensando nos desafios enfrentados por esse público, como a falta de tempo e a necessidade de lidar com múltiplas tarefas ao longo do dia. O uso do WhatsApp como ferramenta de negócios surge como uma solução para facilitar o dia a dia do varejista e otimizar seus processos, simplificando todas as etapas, desde a seleção e compra de produtos até a verificação de listas sugeridas e promoções, tudo diretamente no aplicativo de mensagens que o cliente já tem instalado em seu celular, sem a necessidade de logins ou navegação extra. 

“Nossa equipe está estrategicamente alinhada com os interesses do varejo de vizinhança, proporcionando notificações relevantes sobre promoções e ofertas de crédito no momento ideal. Ao eliminar a necessidade de logins adicionais, o WhatsApp se torna uma ferramenta essencial para facilitar a comunicação direta entre os lojistas tanto com os vendedores como com o ecossistema do Compra Agora, otimizando o processo entre oferta e pedido”, explica.  

Ele destaca que após a integração com o WhatsApp, mais de 40% das lojas vêm utilizando o aplicativo para realizar suas compras de forma independente, em comparação a apenas 7% que ainda utilizam a plataforma tradicional. Além disso, 4% das lojas estão em fase de transição para um modelo híbrido de pedidos, que combina a atuação do vendedor com compras autônomas.  

Flávia Ruiz, Industry Manager da Meta

A Yalo possui profundo conhecimento e soluções específicas para as necessidades da indústria, essas soluções ajudam os negócios a ampliar a visibilidade de marca por meio de promoções, venda de produtos e interação com clientes. Com isso, a plataforma viabiliza a integração com diversas ferramentas de mensagem a fim de facilitar a interação entre lojas e clientes. 

Para Flávia, a parceria entre o Compra Agora e a Yalo é muito relevante, pois uma das maiores dificuldades da indústria, hoje, é conectar os times de vendas com o pequeno varejista. “O Compra Agora endereça essa necessidade com uma proposta de valor muito clara. Quando a Yalo entra no jogo oferecendo o WhatsApp como a principal plataforma de comunicação da indústria, via Compra Agora, com os distribuidores e o pequeno varejo, ela entrega um valor significativo para operações que, até então, não conseguiam alcançar esse público”, destaca.  

Recente ataque à TOTVS reforça a necessidade de se repensar a estratégia de cibersegurança, explica especialista

A TOTVS, uma das principais empresas de software do Brasil, confirmou que foi alvo de um ataque de ransomware realizado pelo grupo BlackByte na última terça-feira, dia 01. Apesar do incidente, a empresa declarou que não houve comprometimento de dados sensíveis ou sigilosos e que todas as operações foram mantidas funcionando normalmente. A Totvs afirmou ter seguido seus protocolos de segurança para conter o ataque e continua monitorando seus sistemas para prevenir novas ameaças. O grupo responsável pelo ataque é conhecido por realizar extorsões ao redor do mundo, muitas vezes divulgando dados de empresas na dark web.

“Vimos que a TOTVS respondeu rapidamente ao incidente e informou que suas operações e as de seus clientes não foram afetadas. Em relação aos documentos e à indicação do ataque, o grupo BlackByte os retirou de sua página ainda ontem, o que indica que algum tipo de negociação com a TOTVS esteja em andamento ou já tenha sido concluída”, explica  Christian Reis, distinguished analyst da TGT ISG e autor do estudo ISG Provider Lens™ Cybersecurity – Solutions & Service.

Christian Reis, distinguished analyst da TGT ISG e autor do estudo ISG Provider Lens™ Cybersecurity – Solutions & Service.

De acordo com o especialista, há uma banalização de situações que, independentemente da frequência, deveriam manter o alerta máximo. “Avaliando os incidentes cibernéticos que continuam ocorrendo, uma coisa fica evidente: ainda há um grande gap na proteção de dados não estruturados, os quais estão armazenados em repositórios contendo propostas comerciais, tabelas de preços, apresentações executivas, arquivos de texto, planos de ação para correção de problemas e até listas com dados pessoais de funcionários”, explica.

Para o autor da TGT ISG, embora as brechas de segurança continuem sendo exploradas, é necessário que os dados, de qualquer natureza, estejam devidamente protegidos. “É hora de repensar a filosofia de segurança cibernética que permeia a maioria das empresas globalmente”, finaliza.

Flávia Ruiz da Meta destaca no Yalo Open Doors como a inteligência artificial está moldando o futuro das interações comerciais

Flávia Ruiz, Industry Manager da Meta

Na última quarta-feira, 25, a Yalo – plataforma inteligente de vendas – promoveu o Yalo Open Doors, reunindo grandes nomes da indústria para discutir o futuro das interações comerciais por meio da inteligência artificial. Durante o evento, Flávia Ruiz, Industry Manager da Meta, compartilhou suas visões sobre como essas tecnologias estão transformando o cenário global de vendas.

Flávia destacou um dos maiores desafios enfrentados pela indústria: a dificuldade de alcançar o pequeno varejo e a importância de parceiros como a Yalo para ajudar nesse processo. “Uma das maiores dores da indústria hoje é conseguir chegar no pequeno varejo que a força de vendas dela não chega. E a hora que a Yalo entra no jogo para oferecer o WhatsApp como a principal plataforma de comunicação da indústria com os distribuidores e com o pequeno varejo, ela entrega um valor muito grande para a operação que hoje não consegue chegar lá”, afirmou.

Manuel Centeno, co-fundador e general manager Brasil da Yalo

Manuel Centeno, co-fundador e general manager Brasil da Yalo, reforçou a importância dessa abordagem, explicando que o comércio sempre foi baseado em conversas, e que a digitalização trouxe um distanciamento desse aspecto fundamental. “Desde a antiguidade, a conversa e a interação sempre foram essenciais para as vendas. Com a digitalização do comércio por meio de aplicativos e e-commerce, essa conversa foi perdida. A Yalo está revolucionando o mercado ao trazer essa interação de volta por meio de vendedores virtuais. As pessoas gostam muito de conversar. Basta ver o sucesso do ChatGPT para entender que as pessoas preferem uma conversa a procurar algo no Google de forma tradicional”, comentou. 

Flávia também destacou a importância de uma jornada de compra fluida e personalizada. Para ela, o WhatsApp não é apenas uma ferramenta de mensagens, mas uma plataforma completa que permite uma jornada de compra integrada e sem fricções. “O WhatsApp tem funcionalidades que outras ferramentas de mensagem não têm, como mensagens de voz. Voz no Brasil é muito forte, pois ela facilita. A gente como companhia não sabia o potencial das mensagens de audio na hora que a gente lançou essa funcionalidade, até que vimos o volume utilizações. Hoje é gigante no Brasil”, explicou. 

Além disso, Manuel abordou como a Yalo está mudando a forma como as empresas realizam vendas, mencionando um exemplo cotidiano: “Eu quero entrar na minha cozinha, abrir minha geladeira e falar: ‘Preciso de presunto, queijo, laranja…’ e o vendedor virtual fazer o pedido por mim. Esse futuro está aqui. Em 5 anos, o mundo vai ser totalmente diferente por empresas como a Meta e a Yalo que estão à frente da tecnologia”, disse. 

Tanto Flávia quanto Manuel também falaram sobre o papel central da inteligência de dados na personalização da experiência do cliente. “A gestão de dados é fundamental para o sucesso, pois é necessário entender profundamente os sinais captados em todas as conversas com os clientes, para que você possa ajustar e adaptar suas estratégias conforme necessário”, observou Flávia. 

Manuel complementou essa visão ao falar sobre a integração das plataformas e como elas podem transformar a maneira como os consumidores interagem com as marcas. “O vendedor virtual é um dos produtos mais importantes de inteligência artificial. O futuro está aqui, mas as experiências, em grande parte, ainda são ruins. O que estamos fazendo na Yalo e com nossos parceiros, como a Meta, é revolucionar essa experiência”, comentou. 

Essa combinação entre tecnologia e relacionamento está permitindo que empresas de todos os tamanhos, em especial no Brasil, prosperem em um ambiente de vendas cada vez mais conectado e eficiente. A Yalo tem se destacado ao oferecer soluções específicas para as necessidades da indústria, empoderando grandes marcas como Nestlé, Coca-Cola, Unilever, Mondelez e Raízen, ajudando empresas a vender de forma omnicanal e a melhorar suas relações com os clientes ao longo da jornada de compra.

“Estamos vivendo micro ciclos dentro do ciclo de transformação do varejo”, alertou Alberto Serrentino durante 3º Encontro RPE

De acordo com o especialista, a adoção de tecnologias como o comércio conversacional e a automação digital está impulsionando a inovação no varejo, permitindo que empresas naveguem com agilidade pelos desafios e oportunidades dos micro ciclos de transformação

Durante o 3º Encontro RPE, evento realizado em parceria com a Horizon Pay, que reuniu grandes líderes do varejo, tecnologia e mercado financeiro na última semana, Alberto Serrentino, Fundador da Varese Retail, apresentou uma análise abrangente sobre o panorama atual do varejo brasileiro e os desafios que o setor enfrenta após as grandes transformações impostas pela pandemia. Serrentino trouxe uma visão detalhada sobre as dinâmicas econômicas, as mudanças no comportamento do consumidor e a adaptação tecnológica acelerada no setor.

Logo no início, o especialista destacou a complexidade dos “micro ciclos” dentro do grande ciclo de transformação que o varejo tem enfrentado nos últimos anos. Ele pontuou como as empresas foram desafiadas a equilibrar necessidades imediatas com estratégias de longo prazo: “Nós estamos vivendo micro ciclos dentro de um ciclo maior que é o ciclo de transformação do varejo. Da pandemia para cá, a agenda mudou várias vezes, o que desafia as empresas a manter o foco no curto prazo enquanto precisam lidar com instabilidades e mudanças de ambiente”.

Um dos pontos centrais de sua fala foi a aceleração da digitalização durante a pandemia, especialmente no varejo essencial, onde a estratégia foi “levar a loja até o cliente”. O foco estava em soluções rápidas e imediatas para manter o fluxo de vendas, sem que as empresas se preocupassem com a sustentabilidade a longo prazo. “Foi uma aceleração digital muito voltada para fora e para alternativas de compra, mas a grande preocupação era simplesmente sobreviver. Se não fizéssemos, morreríamos”, ressaltou Serrentino. Ele destacou que essa aceleração digital, embora necessária, trouxe consigo grandes desafios culturais e operacionais para as empresas tradicionais, que precisaram se adaptar rapidamente a novas formas de interação com o consumidor.

Entretanto, o especialista foi enfático ao alertar sobre os impactos do cenário econômico no varejo pós-pandemia. Com a queda da liquidez e o aumento dos juros globais, muitas empresas que se alavancaram durante o período de dinheiro fácil agora enfrentam enormes dificuldades. “Nós saímos de um ambiente de pandemia com juros baixos e liquidez abundante para um cenário de muita incerteza, inflação global, juros altos e uma economia andando de lado. Para o varejo, isso foi devastador”. Ele observou que as empresas com uma estrutura de capital leve e boas reservas de caixa conseguiram sair relativamente ilesas da crise, enquanto aquelas que saíram alavancadas enfrentaram uma situação crítica, muitas vezes recorrendo à recuperação judicial ou encerrando as operações.

Um dos pontos mais discutidos foi o impacto do e-commerce no Brasil durante e após a pandemia. Serrentino trouxe uma análise profunda sobre como a digitalização impulsionou as vendas online, mas também como a queda posterior foi um reflexo da mudança de estratégia das empresas: “O e-commerce caiu em 2022 e 2023, mas isso não aconteceu por uma queda na demanda dos clientes, e sim porque o varejo parou de oferecer condições atraentes, como vendas a prazo sem juros e frete grátis. O cliente voltou para as lojas físicas e as empresas se tornaram mais conservadoras na oferta online”.

Essa reestruturação econômica também trouxe à tona uma nova abordagem no uso da tecnologia, especialmente no campo do conversational commerce, que ganhou força durante a pandemia. Segundo o especialista, plataformas como o WhatsApp se tornaram fundamentais para manter as vendas em movimento. “As empresas descobriram que podem fazer uma jornada de compra completa, do início ao fim, sem interação humana, e funciona. O cliente aceita isso”. A automação desse processo e a introdução de contas corporativas e governança dentro dessas plataformas também aceleraram a transição para um comércio mais eficiente e digital.

Além das questões operacionais e de digitalização, Serrentino trouxe dados importantes sobre o mercado de trabalho e o impacto positivo que ele tem sobre o varejo: “O Brasil, desde a pandemia, voltou a gerar empregos formais em ritmo acelerado. A renda que as pessoas perderam durante a crise foi recuperada, e isso dá fôlego para o consumo. Isso é o básico para o varejo crescer: emprego, renda e massa salarial”. Ele observou que a confiança do consumidor está em níveis mais altos do que antes da pandemia, o que representa uma janela de oportunidade para o crescimento do setor nos próximos anos.

Outro dado mencionado por Serrentino durante o 3º Encontro RPE foi o crescimento da renda e dos programas de assistência social, que tiveram impacto direto no consumo. “O Bolsa Família, que antes da pandemia girava em torno de R$ 34 bilhões, hoje está em R$ 170 bilhões. Esse aumento tem um impacto direto no varejo, especialmente nas famílias de baixa renda”. Ele destacou que cerca de 30% das famílias brasileiras são impactadas por esse recurso, o que alimenta diretamente o consumo de bens de primeira necessidade.

No entanto, o especialista também alertou sobre os desafios que ainda impedem o crescimento acelerado do varejo no Brasil. Entre os principais fatores, ele mencionou o endividamento das famílias: “Há um estoque de endividamento alto nas famílias brasileiras. Muitos clientes ainda estão negativados e não conseguem voltar a consumir como antes. A desalavancagem precisa acontecer não apenas nas empresas, mas também nos consumidores.” Outro ponto levantado foi a dificuldade de concessão de crédito. “O varejo precisa se financiar para financiar o cliente, mas os altos juros e o acúmulo de dívidas estão estrangulando essa capacidade”.

Por fim, Serrentino encerrou com uma visão positiva para o futuro de que, “apesar de todos os desafios, o varejo brasileiro ainda tem muito espaço para crescer. O acumulado até junho de 2024 mostra que o setor cresceu 5%, muito acima do PIB e registrando a melhor taxa dos últimos 10 anos. Com o mercado de trabalho aquecido e a confiança do consumidor em alta, acredito que temos um bom cenário pela frente”.

Novos caminhos para o varejo: A revolução dos meios de pagamento por meio da tecnologia

Na era da digitalização, o varejo brasileiro se reinventa em busca de soluções inovadoras para enfrentar desafios econômicos e sociais

Nos últimos anos, o varejo brasileiro tem enfrentado um impacto significativo devido a mudanças globais, como crises de saúde, oscilações econômicas e uma demanda crescente por práticas sustentáveis. Diante desses desafios, o 3º Encontro RPE surge como um ambiente propício para discutir estratégias que possibilitem às empresas não apenas se manter, mas também se destacar em um cenário cada vez mais competitivo e instável.

A RPE – Retail Payment Ecosystem é uma empresa que se destaca na área de tecnologia financeira oferecendo uma gama abrangente de soluções para varejistas e instituições financeiras. Com foco na melhoria das transações financeiras, a RPE disponibiliza ferramentas que vão desde a gestão de pagamentos até a criação de produtos financeiros adaptados às necessidades dos clientes. Sua plataforma permite aos varejistas integrar soluções como cartões de crédito e pagamentos digitais, aumentando a eficiência e a lealdade dos consumidores por meio de uma inovadora transformação digital.

Com a RPE liderando este caminho de transformação, a evolução dos meios de pagamento promete beneficiar tanto consumidores quanto empresários, criando um futuro financeiro mais conectado e dinâmico. Seu compromisso com a inovação não apenas melhora a eficiência, mas também amplia o acesso a serviços financeiros, democratizando as opções de pagamento e contribuindo para um ambiente comercial mais inclusivo.

Transformação digital no varejo: Compreender para aplicar

A transformação digital tem sido um tema recorrente no mundo dos negócios, mas muitas empresas ainda tropeçam na implementação de suas estratégias. De acordo com especialistas, a maioria das organizações se concentra na adoção de novas tecnologias e canais digitais enquanto negligência aspectos fundamentais como a cultura organizacional e a estrutura de gestão.

A experiência de Eduardo Terra, presidente da SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo) e um dos principais nomes em marketing e transformação digital do país, revela que, sem uma revisão aprofundada da cultura empresarial e da arquitetura organizacional, as soluções digitais frequentemente falham. Segundo Terra, “a solução é ruim, não porque a tecnologia em si é falha, mas porque a arquitetura subjacente não está preparada”. Durante o 3º Encontro RPE, ele destaca a importância de um planejamento cuidadoso, especialmente em um setor como o varejo, que frequentemente lida com legados tecnológicos complicados.

Um dos pontos mais intrigantes discutidos por Terra é a ascensão da inteligência artificial (IA) no varejo. O lançamento do ChatGPT em 2022 marcou um ponto de inflexão, trazendo a IA para o mainstream. Apesar disso, o especialista argumenta que, enquanto a IA é uma prioridade, sua implementação ainda enfrenta barreiras significativas, como a falta de compreensão sobre seu potencial e a infraestrutura tecnológica inadequada.

Terra destaca o Walmart como um exemplo de sucesso, ao implementar soluções de IA que ajudam os consumidores a resolver problemas complexos, como a preparação de refeições. Essa integração de tecnologia e experiência do usuário pode ser um diferencial crucial no futuro do varejo.

O papel do varejo aliado à tecnologia e inovação

Com o crescimento das fintechs, empresas que combinam tecnologia e serviços financeiros para oferecer soluções inovadoras e acessíveis, e o sucesso do sistema de pagamentos instantâneos, como o PIX, o setor varejista passa a contar com novas ferramentas que facilitam o acesso ao crédito e ao consumo. A tecnologia não só melhora a experiência de compra, mas também abre portas para modelos de negócios mais inclusivos. A digitalização é uma aliada, permitindo que os varejistas atinjam um público mais amplo e diversificado.

O varejo tem um papel fundamental na inclusão financeira da população, especialmente nas classes C, D e E. A realidade atual mostra que 89,8% dos brasileiros possuem, pelo menos, uma conta bancária, uma melhora significativa em relação a cinco anos atrás. No entanto, o acesso à conta não é suficiente; é necessário oferecer produtos financeiros capazes de atender às necessidades dessas pessoas.

Varejistas estão começando a oferecer serviços financeiros, criando um novo modelo de negócios que não apenas fideliza os clientes, mas também amplia suas margens de lucro. A RPE está na vanguarda dessa mudança, disponibilizando a tecnologia necessária para que os varejistas desenvolvam seus próprios serviços financeiros, como cartões de crédito e soluções de pagamento. A isso se dá o nome de embedar finanças.

“Esse movimento de embedar finanças ficou famoso nos últimos dois anos, muito movido pelo mercado global e, óbvio, o Brasil já tem essa cultura de ter finanças embarcadas nos serviços majoritariamente varejistas. O que aconteceu nesses últimos dois anos foi que empresas de segmentos que não são varejistas tradicionais, empresas de serviço, por exemplo, estão embarcando finanças e essas finanças passam por meios de pagamento, por PIX, pagamento de boleto, adesão de serviços de seguros e o próprio cartão,” afirma Pedro Albuquerque, co-fundador da RPE e Diretor de Novos Negócios.

Horizon Pay: Inovação e Integração no varejo brasileiro

Em um mercado em rápida transformação, a Horizon Pay se destaca como uma solução inovadora que integra diferentes serviços financeiros, proporcionando uma experiência aprimorada para varejistas e consumidores. Co-fundada por Glauco Soares, a Horizon Pay nasceu da RPE, uma processadora de meios de pagamento que já atende a diversos varejistas no Brasil. Ao longo do tempo, a empresa percebeu a necessidade de expandir seus serviços, oferecendo não apenas processamento de cartões, mas um ecossistema completo que abrange onboarding, programas de fidelidade, CRM (Customer Relationship Management) e outras soluções essenciais para o varejo e também para o mercado financeiro.

A proposta da Horizon Pay é criar uma infraestrutura que conecte esses diversos serviços, permitindo que os varejistas ofereçam uma jornada fluida ao consumidor. “Quando um varejo procura a RPE, não encontra apenas um serviço de processamento, mas uma gama de opções que podem ser integradas ao seu negócio”, explica Soares. A plataforma é modular, permitindo que tanto o varejo quanto instituições financeiras acessem serviços como onboarding e cobrança, cada um adaptado às suas necessidades específicas.

Um dos grandes avanços da Horizon Pay é o desenvolvimento do produto PIX multibanco, que se aproveita da popularidade crescente do PIX entre os brasileiros. Soares observa que, ao substituir métodos tradicionais de pagamento, como boletos, por soluções via PIX, as empresas têm observado um aumento significativo na taxa de recebimentos. “Varejistas que implementam o PIX rapidamente veem 70 a 80% de seus recebimentos sendo feitos através desta modalidade”, afirma. Essa mudança não apenas acelera o fluxo de caixa, mas também proporciona uma experiência de compra mais satisfatória para os clientes.

Soluções Inovadoras

A Horizon Pay também se destaca pela implementação de soluções inovadoras, como o PixCard, um produto de crédito que permite que clientes de um varejista façam pagamentos parcelados em diversos serviços, aumentando a relevância do varejo na vida cotidiana das pessoas.

“Estamos transcendendo a relação mercantil, oferecendo ferramentas que ajudam o cliente a gerenciar suas finanças de forma mais ampla”, comenta Soares.

Outro destaque da Horizon Pay é a implementação da biometria facial como forma de pagamento, já testada em redes de varejo como a Oscar Calçados. Este método não apenas agiliza o processo de compra, mas também proporciona uma camada extra de segurança, permitindo que o cliente finalize a transação usando apenas sua identidade facial.

Desafios e Oportunidades

Embora a Horizon Pay esteja bem posicionada no mercado, Soares reconhece que os desafios são significativos, especialmente quando se trata da integração com sistemas legados. “A dificuldade em modernizar as infraestruturas existentes é um grande obstáculo que enfrentamos. No entanto, acreditamos que nossa abordagem pode facilitar essa transição”, afirma.

Além disso, a competição entre métodos de pagamento, como o cartão de crédito e o PIX, está mudando a dinâmica do consumo. A possibilidade de oferecer descontos para pagamentos via PIX, por exemplo, tem incentivado tanto consumidores quanto comerciantes a adotarem esse sistema, criando um ciclo de benefícios mútuos.

À medida que o varejo se adapta às novas demandas do mercado, a inclusão financeira e a digitalização se mostram essenciais para construir um futuro mais acessível e próspero. O setor deve continuar a inovar e a buscar soluções que atendam não apenas às necessidades dos consumidores, mas também que promovam um ambiente de negócios mais sustentável e inclusivo. A transformação do varejo brasileiro é um reflexo das mudanças sociais e econômicas em curso, e aqueles que se adaptarem a essa nova realidade estarão melhor posicionados para prosperar em um cenário de incertezas.