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LGPD incentiva melhores práticas na proteção de dados

Representantes do Poder Judiciário, da iniciativa privada e do meio acadêmico destacam a necessidade de comprovação de dano para aferir a responsabilidade civil na Lei Geral de Proteção de Dados

As consequências da responsabilidade civil frente à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) foi tema de debate promovido pelo CEDES, na manhã desta sexta-feira (12/5). O evento híbrido, que contou com representantes do Judiciário, de empresas privadas e do meio acadêmico, fez um balanço da interpretação judicial sobre a nova legislação, que entrou em vigor em 2018.

Na abertura, o professor e doutor em Direito Luciano Timm destacou a importância da ponderação na interpretação da lei. “Os juízes e as juízas devem ponderar sobre as consequências, conforme determinado pelo artigo 20 da Lei de introdução às normas do Direito Brasileiro, e refletir sobre a estrutura de incentivos aos agentes econômicos. Além da árvore, que são os casos específicos, existe a floresta.”

A necessidade da comprovação do dano foi apontada pelos debatedores como fator necessário para que a Justiça determine o pagamento de indenização. “A nossa jurisprudência está inclinada para esse lado. É preciso que tenha um efeito na vida de quem teve o dado vazado para que haja uma indenização”, afirmou a desembargadora Márcia Regina Barone, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

Ela também ressaltou a necessidade de levar em conta a conduta do agente responsável pelo tratamento dos dados. “A simples existência do vazamento pode não gerar nenhuma consequência. Se passarmos a responsabilizar o agente pelo vazamento que não teve nenhuma consequência, passamos ao desincentivo à proteção. O que seria contrário a toda a filosofia da LGPD, que traz inúmeros artigos que apontam para a necessidade da proteção.”

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A magistrada Renata Barros Souto Maior Baião, também do TJ-SP, disse que a LGPD assegura um fluxo adequado de dados e estabelece princípios de tratamento e mecanismo de responsabilização quando esse fluxo apropriado não acontece. “Quando o controlador consegue comprovar que empregou todos os meios razoáveis, de forma documentada, será que cabe a responsabilização?”, questionou.

“O que a lei diz é que para tratar dados precisa observar as bases legais. É diferente do Código de Defesa do Consumidor, que parte de uma hipossuficiência do consumidor. Por isso o sistema de responsabilidades é diferente”, complementou a juíza.

Representando a iniciativa privada, a gerente jurídico da Prudential, Clarissa Dias Barroso, destacou que a LGPD virou um tema do dia a dia das companhias porque atinge clientes e a reputação das empresas. “Temos uma série de exemplos de companhias que tomam medidas para enfrentar essa questão e conseguem comprovar que fazem de tudo para proteger os dados. Existem diversas formas de lidar com essa situação. Oferecendo um canal de comunicação, uma ferramenta de monitoramento.”

No entanto, toda semana as empresas sofrem tentativas de ações criminosas. “O Brasil ocupa o segundo lugar em tentativas de ataques cibernéticos. Foram 100 bilhões de investidas no ano passado”, lembrou Clarissa.

Já a advogada Giovanna Ventre, que representou o Google, salientou que a Lei Geral de Proteção de Dados não é uma lei setorial. “Diferentemente do Marco Civil da internet, a LGPD se aplica de uma maneira multisetorial, numa dimensão muito vasta.”

Segundo ela, o próprio legislador optou por afastar a responsabilidade objetiva, já que quase metade dos artigos da legislação tratam de princípios e boas práticas no tratamento dos dados pessoais. “Se a gente joga a LGPD para um rol de responsabilidade objetiva, haverá o esvaziamento das boas práticas e das medidas efetivas de prevenção. E esse esvaziamento é a maior preocupação quando se fala em responsabilização.”

Na avaliação da diretora da Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD), Miriam Wimmer, a turbulência é natural nesses primeiros anos. “Antes da LGPD, havia uma grande insegurança jurídica. A aprovação da lei veio para pacificar muitas questões e abrir o debate sobre outros temas importantes, como a responsabilidade civil, que se colocam sobre bases mais concretas.”

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Para a diretora da ANPD, mesmo os tribunais ainda enfrentam dificuldade na interpretação da lei dada a novidade do tema e da legislação. “No Brasil, temos uma característica nossa que é a grande facilidade para litigar. Esse conjunto de elementos leva a um cenário que pode gerar uma série de decisões judiciais. Leva um tempo para que a jurisprudência se sedimente e seja amplamente compreendida.”

Miriam encerrou com uma mensagem de otimismo. “A LGPD deposita uma grande confiança sobre os agentes responsáveis e a capacidade de demonstrar esses mecanismos. É um incentivo às melhores práticas preconizadas pela legislação e pela Constituição.”

O professor Matheus Sturari, do CEDES, abordou a necessidade de comunicação em casos de incidentes de insegurança. “É preciso que se faça toda uma análise, se foi ataque de criminosos, quem são os titulares dos dados envolvidos. Tudo para avaliar se há um risco de causar dano. Essa análise primária define se há necessidade de comunicação à ANDP”, disse. “Quando temos um incidente de insegurança, a presença de dados sensíveis é um aspecto relevante para fins de responsabilização, mas não pode ser determinante para a presunção de um dano. Existem incidentes que sequer devem ser comunicados. Depende da relevância e da natureza do incidente”, completou.

Fonte: F7 Comunicação

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Líderes de TI das maiores instituições do Brasil debatem inovação no Febraban Tech 2023

CIOs do Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa, Santander e BTG Pactual abordam, em 28 de junho, o papel da tecnologia no centro dos negócios e as tendências que levam os bancos ao pioneirismo

Está marcado para o dia 28 de junho o encontro dos CIOs (Chief Information Officer) das maiores instituições financeiras do Brasil durante o Febraban Tech 2023, principal evento de tecnologia e inovação do setor. Um dos painéis mais esperados, os executivos que são responsáveis pela TI dos bancos, discutirão as questões em torno da influência dos recursos da tecnologia para a gestão no setor, além de debater as tendências que levam as instituições ao pioneirismo nos modelos de negócios.

O painel “CIOs dos bancos: a tecnologia no centro dos negócios” será às 10h no Auditório Febraban. Participam do encontro: Ricardo Guerra, CIO do Itaú Unibanco; Edilson Reis, CIO e diretor-executivo do Bradesco; Adriana Salgueiro, VP de Tecnologia e Digital da Caixa; Luis Bittencourt, CIO do Santander Brasil e CEO da F1RST Digital Services; Christian Flemming, CTO e COO do BTG Pactual; e Marisa Reghini, vice-presidente de Tecnologia do Banco do Brasil, que será também moderadora do painel.

Os especialistas vão destacar o cenário tecnológico no país, as tendências e inovações que estão no presente e futuro dos bancos, além do papel da tecnologia no centro dos negócios digitais.

Temas 2023

O Febraban Tech 2023 terá debates sobre Open Finance, Meios de Pagamento, Inteligência Artificial e IA generativa, Economia Tokenizada, Dados, Metaverso e Web3, Nuvem, Cibersegurança, Internet das Coisas, 5G, Fintechs, bem como os aspectos ambientais, sociais e de governança (ESG). As trilhas de conteúdo são:

  • A escalada do open finance, Pix e os serviços agregados 
  • Economia tokenizada já é realidade? 
  • Os dados e a inteligência escalável 
  • Web3 e metaverso na prática e sem hype 
  • Nuvem coloca futuro em movimento
  • A IA generativa e a (re)conquista do cliente
  • Resiliência cibernética garante confiança digital 
  • IoT e 5G expandem e conectam mercados 
  • ESG direciona sociedade inclusiva, diversa e sustentável 
  • Cross Industry: a inovação além do setor financeiro 
  • Fintechs, parcerias e o novo cenário de negócios 

Além dos debates divididos em mais de 100 painéis de conteúdo e em 8 auditórios/palcos por especialistas, o Febraban Tech 2023 ainda reúne as empresas mais inovadoras do mundo, que trazem os principais produtos e serviços voltados ao setor financeiro para o presente e futuro da sociedade digital.

33 anos de inovação

O evento ganhou, em 2022, um novo nome e uma nova marca: FEBRABAN TECH, que mantém a missão de contribuir para a evolução contínua do setor financeiro e a inserção de todos estes ativos em prol da sociedade. 
 
Na última edição, com tema central “A Nova Realidade Global e a Transformação Acelerada”, o congresso foi realizado na Bienal de São Paulo, no Parque Ibirapuera, e recebeu mais de 25 mil visitantes ao longo dos três dias no mês de agosto.

A edição de 2022, em um formato renovado, marcou a volta do evento presencial e reuniu 156 patrocinadores e expositores, e mais de 200 palestrantes em 81 painéis de conteúdo. Outra novidade foi a adoção, pela primeira vez, do formato híbrido, com transmissões de painéis ao vivo e abertos ao público na plataforma.

Para 2023, o evento terá número recorde de áreas de exposição (186), sendo que todas já foram reservadas. As cotas de patrocínios estão praticamente esgotadas desde o lançamento do evento, em novembro de 2022.

As inscrições estão abertas neste link. Veja mais detalhes em febrabantech.com.

Fonte: DFreire Comunicação e Negócios

Plataforma ServiceNow se destaca na modernização do trabalho digital, diz estudo TGT/ISG

A fornecedora de plataforma para fluxo de trabalho digital, presente no Brasil desde 2014, oferece soluções de automação disponíveis para todos os setores

A demanda cada vez mais evidente de digitalização dos fluxos de trabalho e processos fez com que a ServiceNow, uma plataforma norte-americana de computação em nuvem que oferece soluções personalizadas, se consolidasse no mercado global. No Brasil, a realidade não é diferente. Segundo o novo relatório ISG Provider Lens™ ServiceNow Ecosystem Partners 2023 para o Brasil, produzido e distribuído pela parceria TGT/ISG, as empresas continuam (e continuarão) a migração para o digital, com foco na modernização e otimização da produtividade. Afinal, foi observado que companhias digitais crescem mais em faturamento em comparação com as que não são digitais.

De acordo com David Pereira, analista líder da TGT/ISG e autor do estudo, todos os setores foram impactados positivamente pela adoção mais intensa de ServiceNow. “Vários parceiros apresentaram casos de sucesso no uso da plataforma para recursos humanos, processos jurídicos, processos comerciais e no setor público para uso de processos internos e no atendimento ao cidadão”, destaca.

Em um mundo pós-pandemia, o modelo híbrido de trabalho se consolidou como uma grande tendência – e um enorme desafio para a maioria das organizações. De acordo com o estudo da ISG, este modelo de trabalho traz o equilíbrio entre tarefas que exigem interatividade entre a equipe e outras que exigem uma maior concentração. Por conta disso, é necessário que empresas do mundo todo pensem em formas de trabalho sem fronteiras ou horários definidos, em uma escala de atividades otimizadas totalmente para o digital. 

Entre as soluções mais recentes, destaca-se a Now Platform Tokyo, que ajuda as organizações em desafios administrativos complexos. A plataforma proporciona melhores experiências de pessoal e de cliente, além de turbinar a automação, a confiabilidade nas operações e a obtenção de valor. A automatização dos fluxos de trabalho acelera a inovação em escala e faz com que as pessoas trabalhem da melhor forma que podem, em um ambiente totalmente digital.

A ServiceNow também disponibiliza módulos como o Enterprise Asset Management (EAM), que automatiza o ciclo de vida completo de ativos físicos, destinado ao mercado de saúde, serviços financeiros, varejo, indústria e o setor público; e o Supplier Lifecycle Management (SLM), que moderniza as relações entre empresas e fornecedores e descarta o esforço com e-mails e planilhas, permitindo que as companhias reduzam custos operacionais e redirecionem seus talentos.

Tendências digitais para 2023

O analista da TGT Consult explica que, para este ano, a principal tendência é a autonomia dos usuários. Em fevereiro, a ServiceNow lançou a versão Utah da plataforma, cujas principais funcionalidades permitem criar experiências simplificadas que impulsionam a produtividade e a satisfação com o Next Experience — Theme Builder, permitindo a criação de temas móveis e espaços de trabalho.

A plataforma também conta com recursos de automação intencional, otimizando processos para reduzir custos e maximizar a eficiência com a Otimização de Processos e a expansão da Otimização da Força de Trabalho. “A ideia é dar agilidade organizacional para inovar mais rapidamente com flexibilidade e escala, introduzindo um novo produto de Saúde e Segurança para gerenciamento de incidentes no local de trabalho”, afirma.

David também destaca alguns cuidados ao contratar o melhor fornecedor de serviço no mercado nacional. Segundo ele, o primeiro passo importante é observar se a empresa é credenciada pela ServiceNow. “Para as empresas que estão iniciando, é preciso avaliar a capacidade consultiva do parceiro em entender os processos e recomendar por onde começar a transformação digital com ServiceNow. Algumas empresas têm Academias de ServiceNow, o que é um diferencial para quem precisa entender os módulos da plataforma e capacitar continuamente sua força de trabalho”, ressalta o autor.

Para as empresas que já deram os primeiros passos na qualificação da equipe, o analista ressalta que certificações e capacidade de integrar a plataforma ServiceNow às tecnologias já existentes são pontos a serem avaliados. “Se a empresa possui a plataforma e precisa contratar uma empresa que faça a gestão ou sustentação das soluções, ter uma equipe qualificada e dedicada para dar o devido suporte e ferramental para atendimento presencial e remoto são pontos importantes a se avaliar”, relata o analista.

Programa Riseup

Na missão de modernizar o trabalho e contribuir com a crescente demanda de profissionais qualificados no mercado de tecnologia, a ServiceNow possui o programa Riseup: uma iniciativa global para capacitar um milhão de pessoas na plataforma da empresa até 2024. São mais de 600 cursos gratuitos e 18 trilhas de certificação profissional, com uma didática que permite que os estudantes sigam seus próprios ritmos. O programa promove a expansão de oportunidades para talentos recém-qualificados, colocando-os no mercado de trabalho.

Para 2023, a ServiceNow busca parceiros em outras regiões brasileiras, fora do Sudeste, para implementar soluções específicas como segurança e conformidade.

O relatório ISG Provider Lens™ ServiceNow Ecosystem Partners 2023 para o Brasil avalia as capacidades de 27 fornecedores em três quadrantes: ServiceNow Consulting Services, ServiceNow Implementation and Integration Services, e ServiceNow Managed Service Providers.

O relatório nomeia Accenture, Alpar, Aoop, Capgemini, Deloitte e Extreme Group como Líderes em todos os três quadrantes, enquanto Digisystem e nuvolax são nomeadas Líderes em dois quadrantes cada. Wipro é nomeada como Líder em um quadrante.

Além disso, Kyndryl, Wipro e Yssy são nomeadas como Rising Stars – empresas com um “portfólio promissor” e “alto potencial futuro” pela definição do ISG – em um quadrante cada.

Uma versão personalizada do relatório está disponível na Aoop.

Fonte: Mondoni Press

5 benefícios de organizações que apostam em programas de capacitação interna

Ao longo dos últimos anos, iniciativas e programas voltados para o desenvolvimento de talentos e a capacitação interna de profissionais, se tornaram uma das principais pautas para o mercado corporativo. Conhecido como Upskilling, o conceito, que visa o desenvolvimento e aprimoramento intelectual e de habilidades que um profissional possui na área em que está inserido, vem alcançando grandes empresas de mercados diversos, sendo uma tendência mundial de negócios. Em uma pesquisa de 2020, desenvolvida pelo World Economic Forum, em um contexto pós pandemia, o Upskilling foi mencionado como estratégia para o futuro do mercado de trabalho e carreiras como um todo. 

Neste cenário, os benefícios com a implementação desses programas dentro das instituições, passam a favorecer não somente a empresa e sua estrutura interna, como também a vida dos colaboradores a nível profissional e pessoal, uma vez que as possibilidades de crescimento e evolução são expandidas. 

Para Flávio Legieri, CEO e Cofundador da Intelligenza IT, maior consultoria nacional de tecnologia SAP para RH, “temos um mercado cada vez mais acelerado e em constante evolução, além de amplamente competitivo para alguns segmentos. Por este motivo, apostar em diferenciais, como os programas de capacitação internos, ampliam as possibilidades de crescimento das empresas, que passam a focar em seus talentos”, afirma. 

Recentemente a HRTech lançou um programa inspirado nas universidades corporativas. Intitulada Academia de Líderes, a iniciativa é voltada para o desenvolvimento do time de gestão da empresa e busca conduzir as lideranças a um caminho de crescimento responsável e sustentável. Para o projeto, a HRTech se apoiou na inovação do mercado e em recursos tecnológicos, tendo como aliado o sistema de aprendizagem corporativa, o LMS do SAP SuccessFactors, que garante a gestão e o acompanhamento de estudos e avaliações personalizadas. 

Já com relação aos principais ganhos que uma instituição pode obter ao investir em projetos de capacitação interna ou outros semelhantes, os benefícios podem ser listados da seguinte forma: 

– Maior engajamento entre os colaboradores, uma vez que a iniciativa proporciona um senso de propósito entre os times, que visa um bem comum; 

– Redução de custos para a organização ao qualificar seus profissionais. Dessa forma, a empresa consegue se voltar para o desenvolvimento de talentos internos ao invés da busca externa; 

– Desenvolvimento de novos talentos. O benefício é capaz de promover uma maior especialização de funcionários em diversas áreas, o que possibilita o desenvolvimento orgânico de novos talentos; 

– Fortalecimento e valorização da cultura interna da empresa. Ao trabalhar com projetos voltados para a valorização do time interno é possível notar um maior espírito de pertencimento entre os colaboradores; 

– Redução de turnover e retenção de talentos. Da mesma forma que os projetos conseguem desenvolver talentos internos, também é possível promover maiores índices de retenção e por consequência, a diminuição do turnover acentuado. 

“Programas como estes se tornam um grande diferencial de mercado para as empresas e garantem ganhos diversos para a organização, principalmente com o desenvolvimento e retenção de talentos”, completa Legieri. 

Para os colaboradores os impactos com o benefício proporcionam efeitos significativos, uma vez que possibilita o crescimento e a especialização em diferentes áreas do conhecimento de forma acessível e personalizada de acordo com as necessidades de cada área de atuação. 

Fonte: NR7 Full Cycle Agency

Empresa de tecnologia desenvolve Corporate Venture Capital para acelerar o ecossistema de startups

Avivatec investe em CVC como nova frente de negócios

O setor tecnológico tem se apresentado cada vez mais desafiador, com empresas e startups tendo que desenvolver soluções assertivas, que atendam as demandas de forma ágil.  De olho nesse movimento, a Avivatec, consultoria de tecnologia e inovação, vai começar a investir no CVC (Corporate Venture Capital), uma frente de negócios que visa atender o ecossistema da empresa. 

“Observamos a necessidade de fazer o CVC quando passamos a enxergar o mercado como nosso aliado, além das startups que estão à nossa volta e suas soluções. Acreditamos que com o desenvolvimento desses novos negócios, atraímos mais clientes e liquidamos suas dores, que é nosso maior objetivo”, explica Marcelo Modesto, CEO da Avivatec. 

A intenção com o CVC é fomentar novas e promissoras iniciativas, ampliando o escopo da empresa. A ideia é englobar empresas que rodeiam o AvivaConecta, um hub de conexão que tem o objetivo de aproximar startups e viabilizar maiores relações entre esses novos negócios, seus parceiros e clientes e está inserida no braço de inovação da Avivatec, a Avivalab.

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A consultoria busca especialmente startups que estejam em um estágio inicial e com um MVP (Minimum Viable Product) validado, com cliente rodando e que tenha um plano de negócios bem evoluído, com expectativa de break even da operação desenhada e valuation pré determinado conforme base e análise de mercado. 

“Buscamos dar suporte especialmente para startups de dois setores: Fintechs e Heathtechs, entre outras soluções de tecnologia alinhadas ao core da empresa, investindo e/ou compartilhando o espaço do nosso escritório, ampliando nosso know-how e nos especializando cada vez mais para atender nossos clientes amplamente. Queremos trazer para o ecossistema da Avivatec maiores soluções de mercado que proporcionem tração nos negócios da empresa.”, finaliza Marcelo. 

Fonte: NR7 | Full Cycle Agency

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Setor Financeiro é o segundo mais atingido por ataque de ransomwares

Relatório da Apura aponta que setor é um dos preferidos pelos grupos cibercriminosos, que buscam roubar dados e pedir quantias pelo resgate das informações sigilosas

Um dos principais alvos de ataques de ransomwares é o setor Financeiro, segundo relatório da Apura sobre o cenário de cibersegurança e ameaças no Brasil, baseado em dados indexados na plataforma da empresa referente a ataques de ransomwares. O segmento foi o segundo mais alvejado, com 9,7% dos casos, ficando apenas atrás do setor de Engenharia e Arquitetura, que teve 11,1%.

Ataques de ransomwares são realizados com o intuito de encriptar e, posteriormente, roubar dados sigilosos de empresas, como documentos confidenciais e informações financeiras. Para recuperarem o acesso, as vítimas são extorquidas em valores que variam de poucas centenas de dólares até dezenas de milhões de dólares, e caso não paguem, correm o risco de ver seus arquivos sendo vendidos ou até mesmo expostos gratuitamente em sites.

“Esse tipo de ataque continua sendo uma das grandes ameaças do mundo cibernético, que certamente causa inúmeros transtornos no mundo real, e os grupos cibercriminosos têm se especializado em ataques com ransomwares”, diz Mauricio Paranhos, Chief Operating Officer da Apura.

Ataques a instituições financeiras costumam ser muito lucrativos pois os dados encriptados e roubados podem causar um grande impacto no funcionamento das instituições, impedindo que clientes tenham acesso às suas contas e informações financeiras. Isto pode estimular as empresas vítimas a pagarem os valores exigidos pelos criminosos a fim de reestabelecer com rapidez a normalidade do atendimento.

Um caso que aconteceu no Brasil foi a investida contra um banco regional, bastante conhecido por sua atuação no mercado de crédito imobiliário. O banco foi vítima de um ataque cibernético que impactou de forma significativa o atendimento aos clientes da instituição. Mesmo não havendo a confirmação oficial de autoria, alguns meios jornalísticos especializados apontaram para um ataque do ransomware LockBit 3.0.

“Muitos ataques acabam não sendo amplamente noticiados para que se preserve a identidade das empresas e não se estimule novas investidas por parte dos criminosos”, explica o especialista.

Outro caso notório de ataque de ransomware foi o executado pelo grupo Conti, um dos maiores grupos de ransomwares do mundo. Em uma demonstração de força e arrogância, o grupo atacou diversos serviços governamentais do Peru e da Costa Rica, o que também afetou inúmeras instituições financeiras desses países. A fabricante de eletrônicos Acer endossa a lista de vítimas. Em 2021, hackers exigiram o maior valor de resgate já feito em um caso de ransomware – US$ 50 MI –, após roubarem imagens de arquivos da empresa supostamente sigilosos, com prints de saldos de contas bancárias.

Diante desta crescente ameaça, a melhor maneira de evitar que uma empresa ou órgão público do setor financeiro seja alvo de um ataque de ransomware é investir em monitoramento e prevenção, dado que qualquer brecha pode ser utilizada para a efetivação do ataque.

Para isso, é importante contar com o auxílio de empresas especializadas em cibersegurança, que além de monitorar o cenário de ameaças de forma contínua em busca de indícios de possíveis problemas, também oferecem relatórios personalizados e orientações para que a segurança seja aumentada como um todo.

A Apura, por exemplo, conta com o BTTng, plataforma da qual foram extraídos os dados apresentados nesta matéria. Em 2022, a ferramenta passou a contar com um painel exclusivo para ransomwares, por meio do qual é possível acompanhar os ataques mais recentes realizados pelos principais grupos de ransomwares, como LockBit 3.0, Hive, Vice Society, entre outros.

Além disso, medidas básicas, como troca de senhas com frequência, uso de firewalls, campanhas de conscientização do uso correto de informações confidenciais, são sempre bem-vindas para minimizar as chances de sucesso de um possível ataque, já que muitas vezes os cibercriminosos se utilizam de pequenas oportunidades para abrir portas que se tornam gigantescas.

Fonte: Engenharia da Comunicação

Competição entre empresas não se dá apenas entre cadeias de suprimento, mas sim entre ecossistemas de fornecedores e clientes

Por Omar Tabach*

Diferente do que foi defendido no passado, ouso afirmar que a competição entre empresas não se dá apenas entre cadeias de suprimento, mas sim entre ecossistemas de fornecedores e clientes, incluindo serviços, soluções e tecnologias. Digo isto baseado não apenas em teorias, mas em observação do mercado e análises recentes sobre diferentes segmentos do mercado de tecnologia. Isso foi discutido em uma reunião exclusiva e fechada de CIOs de importantes empresas brasileiras, chamada de Headlines, onde se debatiam assuntos relevantes sobre o mercado fornecedor de tecnologia.

Em 2005, Thomas L. Friedman afirmou em seu livro “O Mundo Plano” que a competição estava mudando devido à globalização e a importância da eficiência das cadeias de suprimento, mas não destacou a relevância das alianças estratégicas entre empresas de tecnologia e seus clientes. Hoje, a competição ocorre entre ecossistemas de empresas, onde a escolha de um fornecedor de tecnologia por uma empresa impacta no arranjo competitivo de seu segmento e na relação dos demais players com seus fornecedores.

Ao longo dos últimos anos, notamos que existem três conjuntos de decisões que definem o sucesso de um líder de tecnologia da informação em grandes empresas. A primeira, e mais óbvia, é sua estratégia de tecnologia: a jornada de digitalização, arquitetura de soluções, estratégias de suprimentos, definições de outsourcing x insourcing, focos de inovação, entre outras. Já a segunda e a terceira vão definir o sucesso da execução desta estratégia que são, respectivamente, a escolha de sua equipe interna e a definição de seus parceiros chave de fornecimento de serviços de tecnologia.

Para compreender o desenvolvimento do ecossistema, basta pensar que, quando um banco escolhe um fornecedor de inteligência artificial para a digitalização da jornada do seu cliente, ele muda o arranjo competitivo do mercado, impactando toda a relação entre os outros players do seu segmento e seus fornecedores de inteligência artificial, de um lado para proteção de vantagens competitivas e propriedades intelectuais, e de outro lado para “correr atrás” de novos serviços e melhores experiências proporcionadas aos clientes pelo líder. Da mesma forma, quando uma empresa de varejo ou de bens de consumo seleciona seu parceiro de solução para e-commerce, vemos movimentos semelhantes de rearranjo dos seus concorrentes e sua relação com os fornecedores de tecnologia – seja para seguir o líder ou para se diferenciar.

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Antes da escolha do fornecedor de tecnologia, é fundamental que se tenha claramente qual o objetivo da aquisição e a estratégia de solução. Se a solução vai auferir uma vantagem competitiva ao cliente, o processo de aquisição não poderá ser centrado em preço e escala. Se buscamos inovação, o processo de seleção deve ser aberto, sem RFPs que definam a solução, mas que apresentem o problema  a ser resolvido, permitindo que os licitantes possam desenvolver alternativas de solução e mostrar suas competências específicas. A questão de propriedade intelectual e exclusividade também deve fazer parte da estratégia de sourcing. Se estamos falando de uma solução inovadora que se tornará um diferencial competitivo, como a empresa espera que seu fornecedor trate demandas semelhantes de seus concorrentes?

A escolha dos fornecedores de tecnologia, sejam eles de solução, integração ou serviços gerenciados, é complexa e, muitas vezes, de difícil reversão (geralmente, é mais fácil substituir membros de uma equipe do que trocar um fornecedor de tecnologia). Por este motivo, é fundamental que, antes de um processo de contratação, se conheça profundamente as ofertas de mercado, os fornecedores que se destacam em cada nicho de serviços e seus diferenciais. Existem várias formas de se manter atualizado nas ofertas do mercado brasileiro, seja através de publicações de pesquisas de mercado ou de eventos do setor.

Em resumo, a competição entre empresas mudou de cadeias de suprimento para ecossistemas, e a escolha de um fornecedor de tecnologia por uma empresa impacta no arranjo competitivo de seu segmento. O sucesso de um líder de tecnologia depende de três decisões importantes: estratégia de tecnologia, escolha da equipe interna e definição de parceiros de fornecimento de serviços. É imprescindível que o CIO defina as áreas estratégicas nas quais a tecnologia deve oferecer vantagem competitiva e inovação, bem como identificar fornecedores que aportam o conhecimento adequado às demandas de transformação da empresa. De forma análoga, ele deve saber onde não precisa de inovação e precisa de um parceiro que lhe dê eficiência em custos.

*Omar Tabach é sócio-diretor da TGT Consult e professor na Unicamp e ESPM

Fonte: Mondoni Press

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Debate sobre QA reúne especialistas da VIVO, Renner, Banco Daycoval e Cielo

Evento Prime Control Experience reuniu cerca de 60 representantes de grandes empresas para discutir a cultura da qualidade no mercado brasileiro

Reunindo cerca de 60 executivos de empresas como Banco Honda, Cielo, Azul Linhas Aéreas, Renner, Estapar, Seguros Unimed, Banco Daycoval, C&A, VIVO, CVC, Ailos, TravelEx Bank, Carrefour, Telefônica, Usiminas, Alpargatas, VR Beneficios, Arcos Dorados, Zodiac, Honda, Banco Pan e Itaú Unibanco, a primeira edição do Prime Control Experience, evento voltado para o público sênior de empresas de tecnologia, ocorreu no último dia 16 de março no Hotel Pullman Ibirapuera, em São Paulo. Na ocasião, os participantes debateram sobre os diferentes usos de QA para a entrega de valor para o cliente.

Segundo Everton Arantes, CEO da Prime Control, o objetivo do evento é criar uma comunidade para a gestão de QA e cultura de qualidade. “A comunidade de QA vai muito além dos testes. Convidamos empresas de grande porte, líderes em seu segmento, gestores dessas empresas para ter essa discussão. Existem muitos fóruns sobre técnicas e ferramentas, mas existem poucos eventos sobre os desafios de gestão de QA, de como acelerar a cultura, implantar um modelo mais escalável e de como fazer, de fato, a qualidade acontecer em toda a jornada da empresa, para que os clientes e os resultados sejam atingidos. Então, nosso grande foco é reunir a gestão para discutir quais são as grandes dores e os grandes desafios para se criar e acelerar uma cultura de qualidade nas empresas”.

A primeira palestra foi ministrada por Emerson Bosco, gerente de qualidade da Renner, que debateu os desafios de implementar um CoE de QA em um ambiente de alta complexidade. O especialista destacou o processo da criação de uma malha de qualidade nos processos de todas as companhias pertencentes ao grupo Renner e como os benefícios alcançados após a implementação superam os esforços. “Compartilhar o processo que fizemos com o público, pegar experiências das pessoas que estão aqui e ver que estamos no mesmo barco é muito interessante. Foi uma troca de experiência muito boa”.

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O debate com Emerson foi seguido pela palestra de Fernanda Trockel, gerente de qualidade da Vivo, na qual foi aberto o debate sobre como melhorar a experiência do usuário por meio de testes de produção. Fernanda destacou que o foco da Vivo é a qualidade digital (QD) e garantir que os aplicativos sejam funcionais para todos os tipos de usuários, independentemente da realidade de cada um.

“Foi uma experiência muito bacana a troca de informações com colegas, um grande aprendizado, com todo mundo trazendo novas tecnologias e inovações para a área de QA. Eu acho que foi muito válido mesmo”, comentou a palestrante. “Espero que o público tenha gostado e compreendido a importância de valorizar a experiência do cliente final, que, querendo ou não, é fundamental para uma área de Quality Assurance”.

O CEO da Prime Control destacou que a meta é manter a comunidade ativa: “Queremos trazer conteúdos realmente relevantes para a gestão de QA na comunidade. Esperamos que possamos fazer um segundo evento no segundo semestre para fortalecer e trazer cada vez mais o debate sobre como acelerar a cultura de qualidade dentro das organizações, para que elas possam cumprir o go-to-market, entregar uma experiência melhor para os clientes finais, ter maior eficiência operacional e tornar a qualidade o norte da jornada de software e tecnologia das empresas”.

Cintia Sberci, gerente de tecnologia do Banco Daycoval, disse que a troca de experiências agregou valor em uma fase de mudanças: “Estamos em um momento de transformação, querendo realmente trazer qualidade para o software e agregar cada vez mais no dia a dia de nossos usuários. Portanto, foi muito bom ouvir as experiências de quem já passou pela fase em que estou vivendo agora. Foi muito agregador mesmo”.

A experiência traz um olhar sobre diferentes soluções para os desafios de QA, como ressaltou Cléber Macor, coordenador da operação de qualidade de software da Cielo: “Estar neste evento e trocar experiências foi muito relevante. Saber que outras empresas estão no mesmo patamar que nós é bem interessante, algumas estão enfrentando os mesmos problemas. A troca de experiências e saber qual foi a solução para outra companhia, que caminho cada um está seguindo ali e ver que estamos todos na mesma direção, foi o grande diferencial de participar deste evento”.

A próxima edição do Prime Control Experience será realizada no segundo semestre de 2023 e reunirá cerca de 80 convidados, entre executivos e líderes de QA das principais empresas do país, com foco em gestão e melhores práticas. Além disso, acontecerá também no segundo semestre o Prime Control Summit, evento voltado para toda a comunidade de QA, com foco em conteúdo técnico.

Fonte: Mondoni Press

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ChatGPT: como a inteligência artificial pode impulsionar phishing e malwares

A Goldman Sachs, em nota lançada para investidores no final de março/23, afirma que a Inteligência Artificial (IA) pode aumentar o PIB global em 7%

O hype em torno do ChatGPT permanece intenso. A ferramenta vem se popularizando por respostas interessantes a problemas mundanos, que vão deste a melhor a escalação do seu time do coração, até qual seria a taxa de juros real neutra no Brasil. A Goldman Sachs, em nota lançada para investidores no final de março/23, afirma que a Inteligência Artificial (IA) pode aumentar o PIB global em 7%.

A instituição financeira acredita que a tecnologia pode aumentar a automação de tarefas, a economia com mão de obra e a produtividade do trabalho. No entanto, a ferramenta, de acordo com Thiago Marques, especialista em cibersegurança e sócio da Add Value Security, é um grande desafio para a área de segurança das empresas.

“Ferramentas NPL (Natural Language Processing) como o caso do chatGPT, aprendem com o passado para criar conteúdo, e isso vale também para campanhas de phishing. Com a versão 4, a ferramenta consegue entregar resultados ainda mais humanos e processar maior quantidade de dados, incluindo links. Analisando campanhas que obtiveram êxito e dados existentes, ciar campanhas de phishing eficientes possam ser realizados com pouco conhecimento técnico. Além disso, ainda existem caminhos no ChatGPT ou mesmo em outras ferramentas de NPL como GitHub Copilot ajudem a um potencial criminoso com pouco conhecimento técnico consiga produzir códigos maliciosos para criação de ransomware, por exemplo”, avalia Marques.

Engenharia Social. Este problema existe pela volumosa ingestão de dados corporativos confidenciais na ferramenta que coloca as organizações em risco. A Europol, agência da União Europeia para a cooperação policial, diz que o chatbot de inteligência artificial pode ser utilizado em fraudes e engenharia social, desinformação e cibercrime. As percepções dos agentes foram compiladas no primeiro relatório Tech Watch Flash da Europol, publicado em março/23, intitulado “ChatGPT – o impacto de modelos de linguagem ampla na aplicação da lei.

Criação de malwares. Somente o fato de questionar sobre atividades ilegais ou ataques hacker nas consultas viola as políticas de uso do chat. No entanto, o ChatGPT é “criativo”. Perguntar indiretamente fará com que o chat nos forneça as respostas passo a passo detalhadas. E com um pouco de conhecimento técnico e inputs corretos, existem questões que podem instruir sobre como automatizar um ataque de rede usando ferramentas conhecidas e comerciais processadas e códigos funcionais serão obtidos. Basicamente, ele tem recursos para codificar e modificar exploits conhecidos, malware, LOLBIN (Living off the Land Binaries) – código que pode ser distribuído globalmente – e com isso, maiores possibilidades de desenvolver ataques Zero-Day apenas perguntando corretamente.

Combata fogo com fogo. A própria OpenAI (a empresa por trás do ChatGPT) possui ferramentas para detectar textos gerado por IA. Essas soluções podem ser integradas e automatizadas para ajudar a detectar conteúdo malicioso e o entendimento do contexto e do uso de metadados. Além disso, a detecção de phishing deve fazer parte da estratégia geral de rede e infraestrutura. Ela é ainda mais eficiente quando o reconhecimento e filtragem são assistidos por soluções com IA combinadas com detecção e prevenção. Muitas das principais empresas de segurança estão se movendo para incorporar esses tipos de ferramentas em suas ofertas.

“Vale lembrar que todas estas tecnologias são muito recentes e as aplicabilidades são imensas. Assim como cibercrime pode usar para o mau, ferramentas de defesa podem usufruir de APIs para se conectar ao chatGPT para gerar rapidamente respostas aos ataques mais sofisticados. Os benefícios são enormes para todos, basta saber a melhor forma de utilizar. Profissionais de cibersegurança não serão substituídos por AI ou NPL, mas estes precisarão aprender a utilizar da melhor forma as ferramentas para continuar a se defender das melhores formas possíveis.”, completa Marques.

Fonte: Capital Informação

Estudo aponta que até 2025 as perdas mundiais com ciberataques serão de US$ 10,5 trilhões por ano

Vazamento de dados custa dinheiro e reputação do negócio, alertam especialistas

“Para 83% das empresas, não é uma questão de saber se uma violação de dados vai acontecer, mas quando. Geralmente, mais de uma vez.” A frase, exatamente assim, está no texto de abertura do relatório “Custo de uma violação de dados”, elaborado pela IBM. Expressa como qualquer negócio, de qualquer porte ou atividade econômica, está sujeito a ciberataques. Investidas de criminosos cibernéticos que geram prejuízos financeiros e desgastes à reputação da organização, alertam especialistas.

“Segundo um estudo da Cybersecurity Ventures, até 2025 as perdas mundiais com ciberataques serão de US$ 10,5 trilhões por ano. É uma fortuna, valores que poderiam estar sendo canalizados para o enfrentamento de problemas crônicos do planeta”, avalia o executivo de tecnologia da informação (TI) Fabrizio Alves, que há duas décadas atua com segurança em tecnologia. O custo médio de uma violação de dados, em valores globais, é de US$ 4,35 milhões, acrescenta, citando dados do relatório da IBM.

Além dos pesados encargos e prejuízos financeiros, a imagem da corporação que sofre violação dos dados é duramente atingida, pontua outro executivo de TI, Fábio Zanin. Embora seja ela também vítima dos criminosos, entre seus clientes e no mercado há o risco de se forjar a ideia de que a empresa é frágil, ou foi pouco zelosa, ou mesmo negligente com a segurança das informações que manipula.

Por isso, salienta o especialista, buscar uma maturidade tecnológica, isto é, investir para que processos e sistemas se tornem cada vez mais seguros e sólidos é mais que diferencial – é imprescindível para a sustentabilidade do negócio. “De simples gestos, como emprestar login e senha, dizer o número do CPF na fila do caixa com todo mundo ouvindo, até a falta de segurança de sistemas, tudo isso mostra que temos um longo caminho a percorrer”, observa Zanin.

No começo deste ano, Alves e Zanin, decididos a mudar o fatalismo que a frase de abertura do relatório da IBM sobre violação de dados traz, resolveram unir as suas respectivas empresas de segurança cibernética – a Virtù Tecnológica e a Vantix Cibersegurança – e fundar a VIVA Security. “Entendemos que é urgente democratizar o acesso à cibersegurança. A violação de dados e outros crimes cibernéticos causam graves danos à economia, à sociedade”, sublinha Zanin.

A VIVA nasce com um conjunto de cinco soluções em segurança cibernética. São elas: o Cymulate, de validação contínua de cibersegurança; o Firemon, plataforma caracterizada pela retenção de grande volume de dados, com velocidade na obtenção de informações; a Segurança de API; a Securiti, para garantir o cumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados; e o SOC 2.0, centro operacional de segurança 100% on-line e em nuvem, o primeiro do Brasil. “A Virtù e a Vantix viviam o melhor momento de suas histórias. Resolvemos potencializar isso com a união, e essas soluções oferecidas ao mercado são frutos dessa convergência”, ressalta Zanin, à frente da área comercial da VIVA Security.

A empresa forma-se também com um portfólio de clientes já consagrado. Com sede em São Paulo, atende corporações de várias partes do país, de diversas atividades econômicas e portes. “Viva a ciber resiliência é o slogan que traduz nossa disposição em enfrentar quatro grandes desafios quando o assunto é segurança cibernética: ameaças emergentes, mundo híbrido, escassez de talentos e cadeia de fornecedores”, sintetiza o executivo.

Fonte: Engenharia da Comunicação