setembro 14, 2022 setembro 14, 2022 / Por Redação Newly
Tecnologia de geolocalização mapeia vagas e ajuda profissionais a encontrarem oportunidades de trabalho na região em que residem
Em 2019, o tempo médio de deslocamento de casa para o trabalho, somando-se os trajetos de ida e volta, era de 4,8 horas por semana no país, segundo o IBGE. Nas capitais brasileiras, o percurso ultrapassava 6,8 horas. Dados da empresa Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec) apontaram também que, em São Paulo, maior metrópole da América Latina, 70% das pessoas gastam mais de uma hora por dia no deslocamento até o serviço.
Pensando nisso, empresários da capital paulista desenvolveram o Trampolim, aplicativo colaborativo de empregos, criado para divulgar a oferta e procura de trabalho conforme a geolocalização de empresas e candidatos. A tecnologia tem como foco ajudar profissionais a encontrarem vagas perto de casa e por área de interesse.
“O app surgiu a partir de uma análise de base de que 60% dos paulistanos têm dificuldade de encontrar trabalho próximo de suas residências. Nosso objetivo é justamente mostrar as vagas disponíveis na região em que o usuário mora. Com a proximidade do local de trabalho, os profissionais passam a gastar menos tempo e dinheiro no transporte, além de terem ganhos na qualidade de vida”, explica Bruno Rizzato, diretor de produtos da startup.
O aplicativo pode também ampliar as oportunidades de recolocação para trabalhadores que moram longe dos grandes polos comerciais, diz o executivo.
“Atualmente, 80% dos usuários cadastrados no aplicativo moram em regiões periféricas de São Paulo. É comum que esse público se desloque até o centro da cidade para procurar emprego, mesmo que existam oportunidades dentro da sua própria comunidade. Graças ao recurso de geolocalização, o profissional tem acesso a essas vagas na tela do celular, que não teria conhecimento sem passar em frente ao local que está contratando”, afirma.
Outro diferencial do Trampolim é que o mapeamento e divulgação de vagas é feito de forma colaborativa pela própria comunidade local. Qualquer pessoa, contratante ou morador da região, pode replicar vagas anunciadas nas ruas ou grupos online e compartilhar no app a quem possa interessar – daí o caráter colaborativo.
“A tecnologia somada a solidariedade, possibilita que profissionais encontrem vagas de forma mais orientada, não só para ter um impacto econômico, mas também no bem-estar delas. Afinal, os custos de deslocamento fazem toda a diferença para determinadas faixas salariais”, pontua Bruno.
O aplicativo tem hoje mais de 4,8 mil vagas ativas no país, a maioria para áreas de Vendas e Atendimento (24%), Serviços Gerais (22%), Administrativo (12%), Alimentação (12%) e Indústria (11%). Para candidatar-se às vagas, os interessados podem acessar o link e baixar o aplicativo. O serviço é gratuito e está disponível para android.
Sobre o App Trampolim
O Trampolim é o primeiro aplicativo colaborativo de empregos, no qual os próprios usuários compartilham vagas e oportunidades de pequenos estabelecimentos, lojas de bairro e serviços que normalmente são divulgadas na vitrine/porta dos estabelecimentos e não são publicadas em sites tradicionais de emprego.
setembro 13, 2022 setembro 13, 2022 / Por Redação Newly
Especialista explica como o seguro Riscos Cibernéticos contribui para confiança do cliente e protege reputação da marca e empresa
Os seguros e programas de segurança digital estão sendo mais procurados no Brasil devido ao aumento de ataques cibernéticos. De acordo com a Checkpoint Research, a média de ataques cibernéticos no segundo trimestre de 2022 cresceu em 46%, uma diferença de 14% da média global, que é de 32%. A América Latina foi a região com mais ataques registrados, uma em cada 23 organizações são atacadas por semana. Essa realidade foi impulsionada pela digitalização de informações durante a pandemia, levando as empresas a buscarem reforço na proteção de dados, juntamente com a Lei Geral de Proteção de Dados, que entrou em vigor em 2020.
Segundo Eduardo Ramirez, Head de Seguros e Benefícios da WIT Insurance, a maior preocupação das empresas em relação a esses ataques é com sequestros de senhas e com o vazamento de informações. Por isso, a procura por esse serviço na WIT Insurance dobrou em 2022, uma alta puxada por clientes que buscam se resguardar dos riscos. “Essa preocupação está associada também com a Lei Geral de Proteção de Dados. Quando o cliente oferece seus dados a uma empresa, espera-se que possa confiar na segurança dela”.
O seguro cibernético ampara o patrimônio e a operação das empresas de riscos no ambiente digital, que, ao sofrerem um ataque, podem ter seu trabalho comprometido e a confiabilidade questionada. “O seguro protege não apenas do risco financeiro, mas da má reputação. Nenhum cliente quer fechar uma parceria e ter suas informações expostas. É mais vantajoso contratar o seguro do que perder a confiança da marca e seus clientes, causando prejuízos até piores do que os monetários”, diz Eduardo Ramirez.
A cobertura do seguro cibernético engloba diversos cenários, que vão desde a responsabilidade por vazamento de dados, perda de clientes e danos à reputação, lucros cessantes, custos de defesa e indenização, extorsões e gastos para cobrir as causas do vazamento de informação. “Desde que previstas na apólice, todas as perdas e despesas financeiras em razão de um ataque estarão protegidas”, completa o especialista.
Segundo a Susep (Superintendência de Seguros Privados), o mercado de seguros no Brasil registrou um crescimento de 19,6% no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2021, movimentando R$ 80 bilhões. No mundo, uma em cada 40 organizações são vítimas de ataques cibernéticos por semana, um aumento de 59% comparado ao mesmo período do ano passado.
Eduardo Ramirez alerta para o risco que empresas com mais acessos e exposição correm diante do cenário de ataques. Dependendo do segmento da empresa, deve haver uma preocupação maior com o espaço cibernético do que com patrimônios físicos. “Segurança não é apenas possuir uma barreira e um antivírus. É preciso uma adequação interna com a área de TI. A seguradora pode contribuir nesse processo com um trabalho de consultoria junto à empresa”, completa.
setembro 12, 2022 setembro 12, 2022 / Por Redação Newly
Falta de profissionais na área tem sido motivada por diversos fatores nos últimos anos e pode influenciar diretamente em perdas econômicas ao país a longo prazo
A exportação de mão de obra brasileira no setor de tecnologia não é novidade, pelo contrário, desde o início dos anos 2000 desenvolvedores, estudantes e empreendedores do ramo passaram a trabalhar e conduzir negócios fora do país de origem.
Atualmente, esse movimento representa apenas um dos elementos que formam a lacuna de profissionais de tecnologia no país. De acordo com uma pesquisa da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e de Tecnologias Digitais (Brasscom), o Brasil deve chegar em 2025 com um déficit de quase 800 mil profissionais do setor.
“Dar oportunidade para profissionais que estão iniciando a carreira no setor de tecnologia é algo que está acontecendo cada vez mais e que eu particularmente julgo muito necessário para que, no futuro, o mercado não sofra tanto com a falta de mão de obra”, explica João Gabriel, fundador da Compass Tech e Top Voice do LinkedIn.
Com a necessidade de formar 159 mil novos profissionais por ano até 2025 para preencher a lacuna, o Brasil precisa mais do que dobrar a quantia atual, visto queforma um pouco mais de 50 mil pessoas por ano segundo pesquisa da Brasscom (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais).
Um dos grandes motivos para essa diferença no que é necessário e no que efetivamente acontece é a evasão presente nos cursos de tecnologia, ainda segundo a associação, 69% dos universitários nas áreas de TIC não concluem a graduação.
“Os cursos de graduação de tecnologia ainda possuem esse grande percentual de evasão, o que é motivo de preocupação para o futuro do setor, mas devemos perceber também que novas alternativas estão surgindo, com os cursos gratuitos e tecnólogos. Este movimento pode diminuir a lacuna hoje presente no mercado”, conta o desenvolvedor.
Desta maneira, a perspectiva para o preenchimento dessas vagas, deve levar em conta além da oportunidade para os profissionais e mão de obra para empresas, a questão econômica. As perdas acumuladas entre 2010 e 2020 pela falta de profissionais de tecnologia batem os R$ 167 bilhões de reais, segundo dados da Softex, uma organização social voltada ao fomento da área de TI.
Atualmente, o Brasil é o 10º maior mercado do mundo no setor, sendo líder na América Latina e com o futuro cada vez mais tecnológico, o país deve concentrar esforços para criar mecanismos que não atrapalhem o desenvolvimento dos profissionais e as oportunidades que o país possa vir a ter com mão de obra qualificada e presente nos postos de trabalho.
Possibilidade de alta ascensão de carreira
Além da pandemia e da aceleração digital, que impulsionaram drasticamente a contratação de profissionais de tecnologia no país, outros fatores já contribuíram anteriormente para a maior procura de interessados aos cursos, como os altos salários, a possibilidade de rápida ascensão profissional e carreira fora do país.
A ascensão profissional é inclusive fator de muito debate na comunidade tech há alguns anos, e com os processos digitais acelerados, esta ação se tornou cada vez mais recorrente nas empresas de tecnologia.
“Existe espaço para todo mundo no mercado de tecnologia atual e o crescimento profissional dentro de uma empresa faz parte deste processo, com oportunidades aparecendo, a tendência é de que os jovens assumam responsabilidades maiores mais cedo e cargos maiores também”, comenta João.
setembro 9, 2022 setembro 9, 2022 / Por Redação Newly
Levantamento realizado por Take Blip analisou a presença e o atendimento de instituições financeiras nesses canais; nenhum banco possui atendimento via Instagram
A nova era que vivemos, chamada de A.I. First, é centrada em canais sociais e conversacionais, como WhatsApp, Instagram e Messenger, visando construir a melhor experiência entre marcas e consumidores. Prova disso é que, de acordo com a Meta, 1 bilhão de usuários trocam mensagens com estabelecimentos comerciais via aplicativos conversacionais da empresa. Essa onda se estende para diversos segmentos, incluindo, o bancário. Para entender como está a presença e o atendimento digital de instituições financeiras nestes canais, Take Blip, plataforma em nuvem de business messaging que desenvolve aplicativos conversacionais para criar interações entre marcas e consumidores, realizou um estudo que levou em consideração informações de 27 bancos, que são os mais relevantes de 2022 de acordo com a pesquisa World’s Best Banks 2022 e os com maior lucro.
Entre as empresas do setor bancário que foram incluídas neste levantamento estão alguns dos maiores bancos do Brasil, como Itaú, Santander, Nubank, Bradesco, Banco do Brasil, PagBank, BTG Pactual, BMG e outros.
O mapeamento aponta que 100% dos bancos estão presentes com um perfil ou conta no Instagram e Facebook, 85% no WhatsApp e apenas 30% possuem chats online no site. Quando o assunto é atendimento automatizado, 85% possuem este tipo de serviço no WhatsApp, 30% em chats online, 25% no Messenger e nenhum no Instagram, apesar deste último ser o segundo canal preferido pelos consumidores para se comunicar com as marcas, ficando atrás apenas do WhatsApp, de acordo com o Panorama de Mensageria, do Mobile Time/Opinion Box.
Segundo Rodrigo Battella, Head da Vertical de Finanças e Pagamentos em Take Blip, o Instagram realmente ainda não tem sido utilizado de forma massiva pelo segmento financeiro. “Talvez isso seja motivado pela falta de conhecimento das oportunidades que o canal oferece. A gente percebe que alguns segmentos têm utilizado de forma mais evidente esse canal, como varejo, por exemplo. O tipo de produto a ser ofertado também pode influenciar o apetite por explorar o Instagram. Identificamos uma aderência maior para produtos orientados a bens de consumo do que produtos financeiros”, explica o executivo.
Serviços financeiros no WhatsApp
O WhatsApp é o canal de mensagens mais utilizado pelos brasileiros e por isso se tornou um grande aliado das empresas que buscam conversar, vender e engajar seus clientes. De acordo com o estudo realizado por Take Blip, 85,2% dos principais bancos do Brasil disponibilizam atendimento via WhatsApp para o público em geral, ou seja, clientes e não clientes.
Quando o assunto é a abertura de contas via WhatsApp, apenas 17,4% das instituições financeiras oferecem essa opção: Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Banco Pan e Paraná Banco. Já quando o assunto são serviços relacionados ao PIX, modalidade de pagamento que vem crescendo a cada dia no Brasil, o estudo aponta que 73,9% dos bancos que possuem um canal de WhatsApp não ofertam soluções ligadas ao PIX, como cadastro, consulta, envio e recebimento de PIX.
Confira outros dados que o levantamento aponta sobre os principais bancos do Brasil:
39,1% disponibilizam serviços relacionados a consultas de saldo e extrato via WhatsApp para clientes;
13% disponibilizam serviços relacionados a pagamentos, como contas e boletos, via WhatsApp;
95,7% disponibilizam uma FAQ, ou seja, o serviço de perguntas frequentes para tirar dúvidas dos clientes e não clientes, porém, apenas 30,4% possuem este serviço de FAQ relacionado aos temas de cartão de crédito, como solicitação, limite, vencimento, fatura, etc;
34,8% disponibilizam serviços relacionados a renegociação, como 2ª via de boleto, simulação, consulta da renegociação, antecipação ou quitação de parcelas via WhatsApp;
13% disponibilizam serviços relacionados a contratação de produtos e serviços financeiros via WhatsApp.
“Ter a comodidade de emitir um boleto, uma segunda via, código de barras e gerar QR Codes via WhatsApp, por exemplo, agiliza muito a rotina de quem quer realizar pagamentos rapidamente, de onde estiver”, diz Battella.
A Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2022, produzida pela Deloitte, divulgou recentemente que os brasileiros utilizam cada vez mais canais digitais para realizar operações bancárias. Em 2021, de acordo com a pesquisa, 119,5 bilhões de transações bancárias foram feitas no país, entre pagamentos, contratações e consultas. Desse total, 70% ocorreram por mobile banking ou internet banking e houve um aumento de 23% de operações por canais digitais em relação a 2020. O salto foi de 28% pelos smartphones.
“Ao analisarmos a pesquisa da Febraban com informações sobre o comportamento do consumidor e o estudo que realizamos em Take Blip sobre a presença dos bancos em canais de mensageria, fica claro que o mercado financeiro tem muitas oportunidades pela frente para crescer no atendimento digital. As principais instituições financeiras do Brasil podem surfar ainda mais a onda de aplicativos de mensagens para se aproximar dos clientes, conquistar novos clientes e entregar um ótimo serviço para eles. A adoção de ferramentas para atendimento automatizado, como os chatbots, impactam diretamente na redução de custos por parte das empresas, mas, principalmente, no aumento do número de atendimentos realizados e na satisfação dos clientes. Afirmo isso, pois, cada vez mais, os clientes querem resolver suas solicitações pelos canais que eles mais utilizam e as empresas precisam estar neles”, afirma Battella.
O estudo realizado por Take Blip foi feito em abril deste ano e pode ser acessado em https://bit.ly/estudo-bancos.
Take Blip é a plataforma líder em interações inteligentes entre marcas e consumidores nos principais aplicativos de mensagem. Fundada em 1999, a companhia tem uma história de pioneirismo e protagonismo na internet móvel no Brasil. Em 2020, recebeu um aporte de US$100 milhões do Warburg Pincus, na época, foi o maior aporte Series A da história do mercado de investimentos do Brasil. Em 2022, recebeu um aporte Series B, também do Warburg Pincus, no valor de US$70 milhões. Atualmente, ajuda diversas empresas, como Dell, GM, Itaú Unibanco, Coca-Cola, Fiat, Claro e outras, a vender, engajar e se relacionar com os clientes de forma segura e completa em canais como WhatsApp Business API, SMS, Telegram, Instagram, Messenger, Google Business Messages, Google RCS, Apple Messages for Business e outros. A empresa foi eleita por 5 anos consecutivos entre as melhores empresas para se trabalhar pelo Great Place to Work. Mais informações em https://take.net/.
setembro 8, 2022 setembro 8, 2022 / Por Redação Newly
No mês da luta da pessoa com deficiência, pesquisa mostra que menos de 1% dos sites brasileiros possuem ferramentas que proporcionem navegação de usuários
Os últimos anos evidenciaram a importância da acessibilidade digital como forma de permitir o acesso de pessoas com deficiência a sites, blogs e redes sociais, fatores presentes na rotina diária dos brasileiros atualmente. No último censo realizado pelo IBGE, em 2010, o Brasil possuía cerca de 46 milhões de pessoas com algum grau de dificuldade em enxergar, ouvir, caminhar, subir degraus ou deficiência mental/intelectual, o que representava à época 24% da população do país.
Apesar disso, apenas 0,89% dos sites brasileiros seguem as diretrizes da LBI (Lei Brasileira de Inclusão), que determina que sites públicos e privados sejam acessíveis para o público com algum tipo de deficiência, segundo pesquisa da BigDataCorp, que avaliou mais de 16 milhões de portais do país em 2021.
“Percebemos uma preocupação cada vez maior por parte dos nossos clientes em desenvolver seus produtos digitais de maneira mais inclusiva e acessível, de modo a garantir uma boa experiência digital para todos os públicos. Ou seja, cada vez mais os aspectos da acessibilidade em soluções digitais deixam de ser um diferencial, e já são uma exigência por parte do mercado”, explica Rafael Tiba, CEO da Zappts, empresa de tecnologia que desenvolve produtos digitais para grandes marcas.
Acessibilidade digital pode transformar experiência de usuários
Com os diversos tipos de deficiências conhecidas atualmente, como visual, auditiva e física, além de outros exemplos, os sites devem possuir ferramentas que auxiliem a navegação destes usuários e possibilitem a inclusão dos mesmos.
Não possuir estes auxílios impacta diretamente no consumo deste público, que representa ¼ da população brasileira. Segundo pesquisa da empresa inglesa Click-Away Pound com pessoas que apresentam algum tipo de deficiência, 69% dos participantes relataram abandonar sites devido às barreiras de acessibilidade identificadas e 86% disseram que gastariam mais em lojas virtuais que possuam ferramentas de acessibilidade.
Diante desse cenário, alguns elementos devem ser imprescindíveis nos sites:
Conteúdos apresentados de formas diversificadas, permitindo que todos recebam a informação que é passada e o contexto;
Conteúdos não textuais (imagens e vídeos, por exemplo), acompanhados de textos e/ou áudios;
Funcionalidades do teclado para as pessoas que possuem alguma dificuldade no uso do mouse (como o uso da tecla Tab para rolagem de página);
Inclusão de legendas ocultas nos vídeos, para os leitores com deficiência auditiva;
Inclusão de textos alternativos em imagens para os leitores com deficiência visual.
“Um dos nossos papéis é ajudar nossos clientes a escolher as ferramentas corretas para garantir acessibilidade de seus produtos. Com o uso de ferramentas simples, é possível otimizar a usabilidade do usuário de maneira significativa, conforme adicionamos instrumentos tecnológicos à soluções digitais como portais e aplicativos, mais pessoas são possibilitadas a utilizar e usufruir daquele conteúdo.” conta o CEO da Zappts.
Importância da acessibilidade digital para inclusão social
Apesar de serem quase 25% da população brasileira, as pessoas com deficiência historicamente encontram problemas de acessibilidade no país, não apenas digital, mas também de infraestrutura. O avanço tecnológico apresentado nos últimos anos parece não ter sido refletido na usabilidade destes usuários nos sites brasileiros.
Desta maneira, a construção da acessibilidade digital é mais do que apenas um pré-requisito que os sites devem seguir, mas sim uma forma de inclusão social, permitindo que todos tenham as mesmas ferramentas de uso para utilizar a internet para consumo, pagamento de contas, lazer, conhecimento e informação.
“Vemos um crescente movimento no mercado em busca de parceiros tecnológicos que entendam e desenvolvam soluções realmente acessíveis. Cada vez mais as empresas de distintos ramos de negócio veem os aspectos da acessibilidade tecnológica como um investimento, que garante retorno financeiro e de imagem, conquistando vantagens competitivas sólidas frente à concorrência”, finaliza Tiba.
setembro 6, 2022 setembro 6, 2022 / Por Redação Newly
Por Jeferson D’Addario*
Com o crescimento da tecnologia e para oferecer aos pacientes mais comodidade, muitos hospitais, laboratórios e consultórios têm utilizado diversas ferramentas digitais como aplicativos para marcações de consultas, sites para verificação de resultados de exames, além de sistemas para autorização de procedimentos médicos. O fluxo e compartilhamento de informações nesse setor é amplo, por isso a necessidade em garantir a segurança e proteção de dados dos pacientes.
Para prejudicar ou enfraquecer a infraestrutura de qualquer país, o setor de saúde está entre os alvos de ataques clássicos, de acordo com o National Institute of Standards and Technology (NIST). Localizado nos Estados Unidos, o instituto também lista como alvos empresas e instituições em áreas como setor financeiro, governo, transporte, alimentação e telecomunicações.
Apesar dos cuidados com a segurança empresarial e corporativa, existem ameaças cibernéticas que podem ocorrer nesse ambiente como ransomwares, uma forma de código malicioso capaz de sequestrar dados utilizando criptografia. Os criminosos podem exigir resgate por meio de bitcoins ou outra criptomoeda e, mesmo assim, não existe a garantia de que a vítima terá os dados recuperados. Além disso, ainda há tentativas de invasão hacker, sequestro de dados, vírus, fraudes e tentativas de roubo de identidade. Por isso a preocupação com a cibersegurança no setor de saúde está cada vez mais em evidência.
Segundo a pesquisa Global Digital Trust Insights Survey 2022, realizada pela PwC, 83% das empresas brasileiras estimam elevar os investimentos em cibersegurança. É importante destacar que tanto o tema cibersegurança, quanto a gestão de segurança da informação, não são voltados somente para a tecnologia da informação. Para garantir a segurança cibernética na área da saúde, é necessário que toda a empresa esteja envolvida nos processos e protocolos. Só assim será possível estabelecer boas práticas, desde a direção até os colaboradores.
A cibersegurança precisa estar integrada ao planejamento estratégico da organização. Os gestores precisam enfrentar as dúvidas quanto ao tema, buscar conhecimento para poder então agir de forma consciente contra os incidentes cibernéticos. É importante ter um profissional especializado para coordenar uma equipe na gestão de segurança da informação ou avaliar a possibilidade de contratar uma empresa que faça consultoria para desempenhar essa função na organização.
Estabelecer regras de segurança da informação são fundamentais para manter o cuidado com os dados e garantir a melhoria contínua. Além disso, a empresa precisa ter a responsabilidade de educar os colaboradores e mostrar, através de exemplos, o quanto a gestão de segurança pode ser eficaz e ajudar as pessoas como um todo.
A identificação de riscos junto com gestores e equipes técnicas, pode ser um caminho para manter os parâmetros aceitáveis da empresa. Para isso, o ideal é sempre se preparar para o pior cenário que a companhia pode enfrentar. Criar cenários de incidentes e planos de gerenciamento de crises, podem preparar as equipes para reagir com cautela caso isso ocorra no ambiente real.
Com o propósito de auxiliar as organizações, independente de setor ou tamanho, a protegerem seus dados, existe o padrão ISO 27001, que normatiza o sistema de gestão da segurança da informação. A estruturação de processos pode beneficiar as empresas no que diz respeito a segurança de dados, além de oferecer menos riscos para quem investe na organização.
Para estar de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), as organizações da área da saúde precisam aceitar que é necessário o investimento em segurança da informação e cibersegurança. Desta forma, além das empresas mostrarem maturidade corporativa, elas garantem aos clientes e pacientes que estão dentro das normas de segurança e confiabilidade.
*Jeferson D’Addario é CEO do Grupo DARYUS, professor coordenador do MBA em Gestão e Tecnologia em Segurança da Informação (GTSI), do MBA em Gestão de Risco e Continuidade de Negócios (GRCN) do Instituto DARYUS de Ensino Superior Paulista (IDESP) e consultor sênior em Continuidade de Negócios e Gestão de Riscos.
Sobre o Grupo DARYUS
Desde 2005 com o propósito de iluminar mentes, potencializar pessoas e proteger negócios, por meio de educação e serviços em gestão de riscos, o grupo DARYUS tornou-se referência em consultoria, educação e eventos nos temas: Gestão de Riscos, Segurança de Informação, Cibersegurança, Proteção de Dados (LGPD) e Governança de Tecnologia da Informação (TI). O Grupo é composto por 4 unidades de negócios: 1) A DARYUS Consultoria – especializada em Gestão de Riscos e Cibersegurança, 2) O IDESP – instituto DARYUS de Ensino Superior Paulista – que é líder na formação em GRC, com mais de 30 mil profissionais formados desde 2006, e pioneira na criação dos cursos de pós-graduação em segurança da informação, forense computacional, cibersegurança e continuidade de negócios, 3) A DARYUS Eventos, que tem foco em criar e gerenciar eventos que desenvolvam a comunidade de cibersegurança e gestão de riscos no Brasil, e 4) A DARYUS StartLab, aceleradora de startups focada em Riscos, TI e Cibersegurança.
setembro 5, 2022 setembro 5, 2022 / Por Redação Newly
Por Pollyana Guimarães
Quantas vezes você já ouviu falar sobre o metaverso? O tema vem ganhando cada vez mais protagonismo e é considerado uma forte tendência tecnológica para o futuro – mesmo não sendo uma tecnologia totalmente nova. E, justamente, por ser algo que está fortemente relacionado a mudanças no cotidiano das pessoas, é fundamental entender os seus impactos, principalmente no meio corporativo, o qual precisa se adaptar mediante as transformações que surgem.
O conceito do metaverso parte da ideia de utilizar a tecnologia para promover um maior nível de interação e imersão, possibilitado através de mecanismos de realidade aumentada e virtual, através da internet. Tais aspectos são considerados alternativas viáveis para as corporações – principalmente as que possuem diversas unidades espalhadas e podem utilizar estes recursos para um amplo desenvolvimento do time, através de treinamentos e atividades com uma maior interatividade, deixando de lado o excesso de formalidade para um maior engajamento.
Contudo, as empresas devem se atentar a essa tendência, considerando a utilização do ambiente virtual como uma realidade. Como um exemplo claro, temos a pesquisa realizada esse ano pela Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD), em parceria com a Integração Escola de Negócios, onde foi constatado que 69% dos treinamentos no país são realizados de forma online.
Além disso, esse apontamento também leva em conta o novo perfil comportamental das novas gerações, principalmente Y e Z. Isso porque o uso desse recurso passa a ser mais efetivo para esse público, que dá preferência a treinamentos curtos. Para os gestores, isso viabiliza imensamente a identificação de quais são as habilidades e competências dessas gerações, que tem como características serem mais ativos e menos pacientes.
Certamente, toda a ideia envolvida no conceito do metaverso brilha os olhos. Até grandes referências no meio corporativo, como Bill Gates, acreditam que, em poucos anos, os processos de capacitação profissional serão realizados de forma virtual. Mas, não podemos deixar de lado os desafios que ainda impedem que essa seja uma realidade para todos.
Diversos fatores impedem que o metaverso tenha uma expansão gradual, que vão desde o custeio até à dificuldade na acessibilidade. Tendo em vista o desenvolvimento das gerações anteriores, adotar a prática de treinamentos virtuais não é considerado algo benéfico para aqueles que ainda necessitam do contato físico e dependem do formato em sala de aula para absorverem conteúdos de forma integral, devido a problemas de concentração.
Esse ponto chama atenção para a necessidade das organizações ao adotarem novos conceitos tecnológicos nas atividades de treinamento e desenvolvimento nas empresas, considerando esse público como parte do processo e que precisará ser inserido na aplicação destes treinamentos.
O metaverso se configura como uma excelente alternativa para as organizações construírem ambientes favoráveis de treinamentos e aprimoramento das interações sociais. Contudo, da mesma forma que esse recurso abre novas possibilidades, não podemos descartar que o seu processo ainda poderá levar um longo período para que atinja todos de forma ampla.
Deste modo, cabe às empresas se anteciparem na aplicação de treinamentos para capacitar a equipe fazendo uso dessas tecnologias e, assim, poderem utilizar tais ferramentas e recursos em favor do desenvolvimento contínuo como um todo.
setembro 2, 2022 setembro 2, 2022 / Por Redação Newly
Relatório inédito publicado pela TGT compara os pontos fortes de fornecedores de serviços de IoT no Brasil, seus desafios e diferenciais competitivos
O tema Internet das Coisas (IoT) está cada vez mais presente nas empresas privadas e nas iniciativas do governo, uma vez que é considerada uma tecnologia crucial dentro da transformação digital, permitindo que as empresas aperfeiçoem sua eficiência operacional. Algumas tecnologias como análise de big data, computação em nuvem e de borda, impulsionam a demanda por transformação digital corporativa. O uso cada vez maior dessas tecnologias avançadas, faz com que as empresas optem pela transformação baseada em IoT, trazendo diversos benefícios.
O estudo ISG Provider Lens™ Internet das Coisas (IoT) – Serviços e Soluções 2022, é o primeiro sobre o assunto no Brasil e foi criado em parceria com a Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC). A intenção é mostrar a realidade de IoT no Brasil, onde as tendências estão evoluindo de provas de conceito discretas e personalizadas para soluções escaláveis para todo o negócio e para a sociedade. Além do mais, o relatório analisou uma diferença do mercado brasileiro em relação ao cenário mundial e o destaque que obtiveram as empresas de telecomunicação.
Segundo o autor do estudo e analista da TGT Consult/ISG, David de Paulo Pereira, o mercado de serviços relacionados a consultoria, implementação e serviços gerenciados de Internet das Coisas evoluiu e amadureceu significativamente desde a publicação do Plano Nacional de IoT. “A gestão e monitoramento de ativos de toda natureza e o uso de dados e inteligência artificial (IA) para tomada de decisão passou a ser uma atividade comum em áreas distintas como Telecomunicações, Agronegócio, Medicina, Logística e com mais frequência em processos fabris”, afirma.
“Por uma questão histórica e de contexto local, nós vemos que este mercado é liderado principalmente por empresas que têm uma tradição na manutenção e automação industrial e pelas empresas de Telecom. Em termos de qualidade tecnológica, estamos em pé de igualdade com os países líderes na adoção de IOT, por enquanto com um mercado menor, porém com uma oportunidade enorme de crescimento”, pontua David.
Segundo o relatório, os fornecedores de serviços de IoT estão adotando plataformas de nuvem para entregar novos serviços diferenciados às organizações e a demanda por segurança de endpoint aumentou a necessidade de serviços de segurança gerenciados de IoT para proteger os dados da organização e dos funcionários. Outra tecnologia e tendência que favorece a implementação dos dispositivos de IoT é o lançamento do 5G, pois torna as conexões mais rápidas, móveis e resilientes.
“A principal tendência é a junção de IoT com Inteligência Artificial e com a Ciência de Dados. Quando se implementa dispositivos inteligentes, começa-se a coletar um volume gigantesco de dados e saber analisar e usar a Inteligência Artificial para entender padrões e tendências é um fator chave de sucesso. Outro movimento que estamos começando a ver é o uso de gêmeos digitais ou ‘Digital Twins’ para simular o funcionamento de equipamentos e ambientes complexos.” De acordo com David, com esta tecnologia consegue-se avaliar como é o comportamento de um determinado equipamento em diferentes condições ambientais como temperaturas extremas, trepidações, umidade e outras variáveis que podem afetar um equipamento.
Para o analista, o amadurecimento de entendimento dos benefícios deste tipo de tecnologia e o amadurecimento do próprio mercado, foram fatores cruciais para o avanço das tecnologias IoT no último ano. Ao mesmo tempo, a pandemia também acelerou a transformação digital e por consequência o uso de dispositivos conectados. “A logística passou a ser crítica para muitos segmentos e monitorar veículos, cargas e objetos passou a ser um fator de sobrevivência para muitos negócios”, cita David.
O relatório aponta uma área crítica, a implantação de redes integradas de dispositivos inteligentes que podem monitorar a localização e o movimento de veículos, equipamentos, mercadorias, animais e pessoas, além da capacidade de coletar e analisar um volume gigante de dados sobre o uso de ativos.
Apesar dos avanços dessas tecnologias, ainda há grandes desafios a serem enfrentados pelas empresas, para que aproveitem a oportunidade para serviços gerenciados de IoT, como aponta no estudo. “Algumas empresas já começaram a estruturar serviços, mas ainda há muito o que fazer quanto a sustentação de aplicações, monitoramento de dispositivos, manutenção dos equipamentos e evolução de soluções. Outro ponto crítico, principalmente para o Brasil, é o desafio da mão de obra. Os fornecedores devem ficar atentos para retenção e formação de bons talentos”, finaliza o autor do estudo.
“O Brasil está acompanhando os avanços mundiais com pequena defasagem por conta da nossa infraestrutura e não por falta de conhecimento”, finaliza Paulo Spaccaquerche, presidente da Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC).
O relatório ISG Provider Lens™ Internet das Coisas — Serviços e Soluções 2022 para o Brasil avalia os recursos de 26 fornecedores em cinco quadrantes: Consultoria Estratégica, Implementação e Integração, Serviços Gerenciados, Rastreamento e Gerenciamento de Ativos Móveis e Gerenciamento de Dados e IA na Borda.
O relatório aponta Embratel, IBM, Siemens e Telefonica Tech como Líderes em todos os cinco quadrantes. Ele nomeia a Accenture como Líder em quatro quadrantes e Algor Telecom, Bosch e TIM como Líderes em três quadrantes cada. A Deloitte é nomeada Líder em dois quadrantes.
Além disso, a Logicalis é nomeada como Rising Star – uma empresa com um “portfólio promissor” e “alto potencial futuro” pela definição do ISG – em dois quadrantes. Advantech, SONDA e TIVIT são nomeadas como Rising Stars em um quadrante cada.
O relatório ISG Provider Lens™ Internet das Coisas (IoT) – Serviços e Soluções 2022 para o Brasil está disponível para compra no site da TGT Consult.
setembro 1, 2022 setembro 1, 2022 / Por Redação Newly
Por Marcelo Navarini*
Não é de hoje que empresas buscam maneiras de aumentar a produtividade das suas operações e colaboradores, especialmente no Brasil, onde a taxa é bastante baixa. De acordo com o estudo realizado pela consultoria internacional, The Conference Board divulgado em 2020, o brasileiro leva em média uma hora para produzir algo que um estado unidense faria em quinze minutos e que um coreano levaria 20 minutos. Entre tantos fatores que influenciam esses dados, há a diferença de capital intelectual entre os países, consequência do tempo e qualidade da educação , mas também há um componente do dia a dia das empresas, relacionado à automatização de processos por meio de tecnologias. Dessa forma, o nosso esforço é maior ao passo que nossos resultados são menores.
Ainda neste cenário, segundo dados do Fórum Econômico Mundial (WEC – World Economic Forum), que elaborou em 2019 um ranking global de competitividade, no qual foi analisado o conjunto de instituições, políticas e fatores que determinam o nível de produtividade de 141 países, o Brasil performou na 71ª posição. Na ocasião, o país mais bem posicionado no ranking foi Singapura, superando os Estados Unidos, que ocuparam a segunda posição. O top 10 abrange ainda Hong Kong em 3º lugar, seguido por Holanda, Suíça, Japão, Alemanha, Suécia e Reino Unido.
O impacto desses dados é bastante significativo, visto que a única forma de viabilizar o aumento sustentado da renda média de um país é por meio da produtividade. O Brasil possui uma economia informal muito grande, com muitos processos não eficientes que consomem tempo de forma desnecessária. Existe um espaço enorme para avançarmos alguns degraus através da maior produtividade em processos diários.
A automatização dos processos é uma solução que vem à mente quando pensamos dessa forma. Suponhamos que, de um hora pra outra, as empresas conseguissem mudar seus processos de manual para automatizado. Sem sombras de dúvidas, teríamos um efeito global positivo na economia, podendo gerar mais resultados com menos esforços. Desta forma, a economia de recursos poderia acelerar o crescimento de outras frentes.
Apesar de ser um conceito antigo, muitos ainda acham que tecnologias vão substituir o trabalho das pessoas, no entanto podemos utilizar como exemplo a área da medicina para quebrar esse mito. Afinal, inúmeros procedimentos cirúrgicos contam com o auxílio da tecnologia, não como operadora, mas como uma ferramenta que auxilia o médico. A tecnologia, quando bem adotada, quebra barreiras.
Nesse sentido, o investimento em automatização focado em micro e pequenas empresas, incluindo as informais, causaria impactos positivos na produtividade da economia brasileira. Vale ressaltar a importância da qualificação da mão de obra, movimento que vem crescendo no setor privado, com destaque para companhias que buscam capacitar sua própria base de colaboradores.
Lógico, é importante frisar que para problemas complexos não existem uma única solução, contudo podemos pensar que o incentivo massivo em negócios com menor grau de formalização e com processos pouco eficientes é de extrema importância para que pequenos empreendedores consigam se atualizar e utilizar mais tecnologias, gerando um efeito positivo no que se refere aos aspectos econômicos e sociais do país.
* Marcelo Navarini é COO do Bling, sistema de gestão da Locaweb Company. O executivo é Administrador e Mestre em Economia Internacional. Antes do Bling, Navarini atuou como Investment Officer na CRP Cia de Participações, em transações de Venture Capital e Private Equity, além de outras experiências em empresas do setor financeiro e de bens de consumo. Atualmente acumula, também, o cargo de Diretor de Operações da Pagcerto.
Fundador de companhia com unidades no Brasil e nos Estados Unidos diz que hiperautomação não é bicho-papão: pequenas e médias empresas podem e devem fazer, e algumas até já fazem
Se automação de processos (o uso de robotização e inteligência artificial) pode soar algo caro, distante, para pequenas e médias empresas, um novo conceito em voga, o da hiperautomação, tende a parecer inacessível para elas. Mas não é. Na verdade, não raro a hiperautomação está presente em empreendimentos menores. O que falta é incorporar esse entendimento e implementar ações de maneira estratégica.
A avaliação é do pós-graduado em Tecnologia da Informação (TI) e em Análise e Projetos de Sistemas Emauri Gomes Gaspar Junior, que acumula experiência de mais de 25 anos na área. Investidor em empresas de Tecnologia e Cofundador da Run2biz, fabricante de software com unidade nos Estados Unidos e desenvolvedora de soluções em gestão de serviços de TI para empresas, Emauri Gaspar defende a simplificação do conceito e a importância de se construir uma nova mentalidade sobre o assunto.
“Podemos definir ‘hiperautomação’ como o uso de um conjunto de tecnologias combináveis, voltadas a eliminar, ou minimizar, o trabalho manual. Com isso, acelerando e intensificando tarefas, e diminuindo o risco de erros”, define o especialista. “E a hiperautomação não é algo caro, absurdo, inacessível a pequenas e médias empresas”, acrescenta.
Para Emauri Gaspar, o que precisa haver é a compreensão de que gastar com boas tecnologias deve ser entendido como investimento que dá resultados. Assim, para pequenas e médias empresas, que dispõem de menor potencial de aportes, o recomendável é partir para a hiperautomação de forma estratégica e, gradativamente, por etapas.
“Não é de uma hora para outra. É aos poucos. Identificar aquelas tarefas prioritárias, que podem ter sua execução manual ou operacional substituídas para serem incrementadas por soluções em robotização e inteligência artificial. Ir combinando as tecnologias, as soluções, de acordo com as necessidades imediatas”, afirma.
O passo seguinte na estratégia de se tornar um empreendimento hiperautomatizado é aplicar o retorno do investimento inicial na hiperautomação de uma outra tarefa ou setor dentro do negócio. “Então, o pequeno empresário investe numa primeira etapa, alcança resultados, e com esses resultados investe mais”, orienta o especialista.
Com a hiperautomação implementada, o pequeno e médio empresário pode direcionar os funcionários encarregados das antigas tarefas burocráticas, manuais ou repetitivas, para atribuições estratégicas. “Por exemplo, um colaborador deixar de ter o tempo tomado por essas tarefas ‘chatas’ e poder se dedicar à fidelização de clientes por contatos diretos e personalizados”, ilustra Emauri Gaspar.
Outro ponto a ser ressaltado, sublinha o executivo: a incorporação de tecnologias combináveis não demanda a presença de programadores, experts em TI. “Exceto para grandes corporações, com atuação e negócios muito específicos, as ferramentas costumam ser adaptáveis a empresas diferentes.” Além disso, muitas ferramentas geralmente têm funcionamento autoexplicativo.
Na prática, aponta o fundador e sócio da Run2biz, muitos pequenos negócios já lidam com certo grau de hiperautomação. Por exemplo, quando usam pacotes de software baseados em nuvem, que fazem integração de dados e operações. Os chamados SaaS (Software como Serviço), já bastante recorrentes, representam esse passo rumo à hiperautomação.
“Antes de mais nada, é preciso romper com a cultura de que investir em tecnologia da informação em uma empresa menor é ‘gastar demais’, ou seja, representa uma grande despesa. Não. É preciso mudar o olhar, como um investimento que diminui tarefas repetitivas, diminui erros e reduz o tempo das atividades que fazem a empresa funcionar. Ou seja, tem retorno”, sintetiza Emauri Gaspar.