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Magalu cria diretoria de Inteligência Artificial para acelerar revolução na forma de consumir

Com passagens por Nubank e Amazon, Caio Gomes chega para ser o responsável por acelerar o “cérebro da Lu”, a IA generativa que vai transformar a experiência de compra do cliente Magalu

Divulgação/Magalu. Caio Gomes chega para ser diretor de dados e inteligência artificial do Magalu

O executivo Caio Gomes é o novo diretor de Inteligência Artificial do Magalu, empresa que está digitalizando o varejo brasileiro. Na posição, que acaba de ser criada, Gomes chega com o desafio de centralizar e acelerar o desenvolvimento do que foi batizado de “cérebro da Lu”, a inteligência artificial generativa, que vai transformar a forma como os clientes interagem com a empresa, antes, durante e após a compra.

Para isso, a Lu, maior influenciadora virtual do varejo, será central. “Recentemente, a Lu ganhou um novo corpo. Agora, com a inteligência artificial,  ela ganhará um novo cérebro, muito mais potente, sempre a serviço da melhor experiência para os nossos clientes”, diz Gomes. “A IA será a nova grande revolução do varejo. E nós queremos ser protagonistas desse movimento.” 

Com a chegada de Caio Gomes, o Magalu acelera seus projetos para reduzir ainda mais o tempo de entrega de produtos e de resolução de conflitos, aperfeiçoar a comunicação com os clientes, além de expandir as indicações customizadas feitas pela Lu e a base de dados da Magalu Cloud. Todas essas iniciativas têm relação direta com o Encanta Magalu, principal tema do ano nas ações da companhia, que tem como foco o cliente e sua experiência de compra.

Gomes trabalha na área de dados desde 2007 e possui experiência em grandes empresas como Amazon, Nubank, Único e Booking. É formado em Física pela Universidade de São Paulo e tem mestrados em Teoria das Cordas pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) e em Física e Matemática pela escola francesa de engenharia, ciências e tecnologia, École Polytechnique.

O Magalu é hoje uma das maiores empresas de tecnologia para o varejo no Brasil, com cerca de 40 milhões de clientes ativos. Seu modelo de negócios único – baseado na multicanalidade – combina rentabilidade com um alto nível de serviço oferecido ao consumidor final. Em 2023, a companhia anunciou dois novos serviços tecnológicos: a Magalu Cloud e o “cérebro da Lu”.

Lançada em dezembro, a Magalu Cloud tem o objetivo de atender empresas brasileiras em sua jornada de digitalização. Um dos seus principais diferenciais é a oferta de produtos a preços mais acessíveis, em reais – diferenciando-se de outras plataformas que têm valores indexados em dólar. O serviço foi desenvolvido para atender às necessidades de negócios, que muitas vezes enfrentam barreiras de custo para se digitalizar.

O “cérebro da Lu”, lançado em julho, permite que a Lu recomende produtos com base nas necessidades e preferências de cada cliente, como o melhor smartphone com base na duração da bateria, no preço, na resistência da tela ou o aparelho mais adequado para edição de vídeos. As recomendações são geradas automaticamente, com base nas informações contidas nas perguntas dos clientes. 

Economia de 30% em recrutamento: conheça o modelo Squad-as-a-Service

Serviço entrega equipes completas e multidisciplinares sob demanda para lidar com projetos específicos

Segundo o relatório Tendências Gestão de Pessoas 2024, realizado pela Great Place To Work e pelo Ecossistema Great People, a adoção de novas políticas e/ou novos formatos de trabalho foi um dos principais desafios de 2023 para 21.8% dos entrevistados, e a contratação de profissionais com qualificação foi apontada como desafio por 16.3%. É neste cenário que o modelo Squad-as-a-Service surge como uma opção para empresas que não possuem uma área de TI robusta, sugerindo equipes multidisciplinares de desenvolvimento sob demanda.

Thiago Vasconcelos, Head da fábrica de software da Korporate, empresa especialista em desenvolvimento de software, explica que o modelo é uma forma de construir um time de desenvolvimento que seja adequado a cada projeto, sem os custos operacionais e orçamentários envolvidos com a contratação e treinamento. Segundo o especialista, em média, as empresas economizam cerca de 30% nos custos operacionais e 20% no recrutamento ao optar pelo modelo de Squad-as-a-Service.

“Imagine uma empresa precisando acionar o RH ou consultorias de recrutamento para buscar profissionais, realizar entrevistas, promover toda logística de maquinário, realizar treinamentos e fazer toda gestão de carreira do colaborador. Esse processo consome tempo e pode acontecer do colaborador não gostar do projeto, não se adaptar e sair, obrigando a empresa a recomeçar do zero. A Korporate oferece todos esses serviços já integrados ao projeto, absorvendo as despesas operacionais na fábrica de software”, explica Vasconcelos.

De acordo com a pesquisa “The Third Annual State of Agile Culture Report”, da Enterprise Apps, uma cultura ágil pode aumentar a performance comercial de uma companhia em até 277% e, para isso, é necessário que a empresa tenha capacidade de responder ao ritmo das transformações. “O mercado de TI tem oscilações e já tivemos períodos de saturação e de excesso de vagas de TI. Agora, a maior exigência é com relação à qualidade desses profissionais, o que exige um trabalho de recrutamento muito intenso”, explica.

Vasconcelos explica que a fábrica de software segue um fluxo de etapas que permite ao cliente ter uma noção clara de como será a experiência e a jornada do produto ou projeto desde o início e que o modelo pode ser aplicado em diversas áreas de atuação. “Não existe uma área específica; existe a necessidade. Quando o cliente precisa de desenvolvimento ou integração, seja mobile, front-end, apenas API, rotinas de arquivo ou construção de um middleware que se conecte a várias APIs, nossa fábrica de software, ou seja, o modelo de Squad-as-a-Service, é ideal para esse tipo de negócio”, finaliza.

Fórum E-Commerce Brasil 2024: Quod, Cadastra, Prime Control e Getnet prometem novidades em soluções tech para o varejo

Com início hoje, 30 de julho, evento acontece no Distrito Anhembi e projeta receber mais de 12 mil empresas e movimentar até R$1,5 bilhões em negócios

O Fórum E-Commerce Brasil 2024, a ser realizado no Distrito Anhembi de 30 de julho a 01 de agosto, projeta receber 25.000 inscritos e mais de 12 mil empresas. Com o tema “A arte do E-commerce”, A edição de 2024 destaca a integração entre tecnologia e experiência humana. Entre as marcas que estarão presentes, podemos citar Quod, Cadastra, Prime Control, Getnet, entre outras. 

A agenda do Fórum E-Commerce Brasil 2024 aborda diversos temas importantes. Em 30 de julho, o evento oferecerá palestras sobre tendências e inovações no e-commerce, além de painéis de discussão e workshops interativos. No dia 31 de julho, o foco será em tecnologia e experiência do usuário, com apresentações de cases de sucesso e oportunidades de networking com líderes do setor. No dia 1º de agosto, o evento será encerrado com debates sobre o futuro do mercado digital, estratégias de marketing e vendas, e a apresentação de novas soluções tecnológicas. 

Entre as empresas expositoras, a Quod, datatech que transforma dados em inteligência para qualificar a tomada de decisão, estará no Fórum trazendo soluções para proteger empresas contra fraudes com maior agilidade e velocidade de validação. No ramo de antifraude, suas soluções incluem identificação de operações fraudulentas, geolocalização via rede móvel, validação de vínculos de cartão de crédito e maximização de aprovação de transações. 

A Cadastra, empresa global de serviços de tecnologia, comunicação, dados e estratégia, apresentará sua abordagem para vender mais no e-commerce com marketing e tecnologia. A empresa investiu na formação de um COE (Centro de Excelência) de Commerce com a aquisição de três empresas (Digital Ethos, M3 e Maeztra) e a consolidação de uma equipe de mais de 200 profissionais, 220 clientes ativos e atuação em dez países. 

A Getnet Brasil, empresa de tecnologia do grupo PagoNxt e do Grupo Santander, participará apresentando suas principais soluções, como a plataforma digital proprietária, a ferramenta de PDV móvel Eye, o Get Tap (que transforma celulares em maquininhas de cartão) e o link de pagamento Get Pay. Ricardo Marson, Superintendente de Produtos da empresa, participará de um painel no dia 31 de julho, às 16h50, sobre o futuro dos meios de pagamento, discutindo a evolução do PIX, Tap on phone, NFC, pagamento invisível, entre outros. 

Segundo o Relatório de Tendências de Dados e IA de 2024 do Google, quase dois terços dos tomadores de decisão esperam uma democratização do acesso aos insights, com 84% acreditando que a IA generativa vai acelerar a produção de insights em suas organizações. A Prime Control apresentará no evento a solução de Real User Monitoring (RUM), que utiliza IA para analisar a jornada do usuário em tempo real, identificando e corrigindo pontos de fricção e erros que podem prejudicar a experiência de compra. A solução promete aumentar a taxa de conversão dos clientes e melhorar o ROI em até 20% e, com insights de dados comportamentais automáticos, personaliza e estrutura dados, identifica tendências e anomalias em KPIs, e fornece fluxos de dados para IA, otimizando conversões e reduzindo fraudes. 

Focando na personalização e segmentação de público para publishers, a Rakuten Advertising apresentará o Audience Engine, que visa melhorar a experiência do usuário e aumentar o engajamento e a lealdade. Com a análise de dados e comportamentos dos usuários, os afiliados podem criar ofertas de conteúdo personalizadas que atendem às necessidades e preferências individuais. 

Além disso, a Social Digital Commerce lançará um novo hub de negócios, expandindo o potencial do e-commerce. Em parceria com a Concha Y Toro e a Cia Muller, a Social promoverá ativações exclusivas em seu stand. 

Falhas e bugs são inaceitáveis: porque sua empresa precisa de uma fábrica de testes

Por Wilson Kubo*

Wilson Kubo, Gerente Comercial da Prime Control

Apesar de ser um termo consolidado há bastante tempo, a fábrica de testes continua extremamente relevante. Investir em uma fábrica de testes oferece vários benefícios, como a centralização das atividades de teste, otimizando os recursos disponíveis, e a padronização dos processos, garantindo maior consistência nos resultados, crucial para a manutenção da qualidade.

Para uma empresa, investir em uma fábrica de testes é muito benéfico. Além dos benefícios técnicos, é necessário avaliar os benefícios financeiros. Muitas vezes, as fábricas de software veem isso como um custo adicional, mas se implementado de forma estruturada, com processos bem definidos, pode trazer um desenvolvimento mais limpo, com menos erros e retrabalho, permitindo entregar o software em menor tempo e com maior qualidade.

Para o usuário final, a expectativa é que o software funcione corretamente. É inadmissível que um software tenha falhas ou bugs. Por isso, o processo de teste e qualidade de software é indispensável. Com um bom processo de teste, os projetos têm mais tempo e tranquilidade para focar na usabilidade e experiência do usuário final.

Uma fábrica de testes funciona como um centro especializado dentro do desenvolvimento de software, dedicado exclusivamente à validação e verificação da qualidade dos produtos. Centralizando os esforços de teste, as empresas conseguem otimizar recursos e padronizar processos, resultando em maior eficiência e melhores resultados.

Um dos principais benefícios é ter uma equipe independente de teste. Não é recomendável que o próprio desenvolvedor cuide também da qualidade, pois pode haver conflitos de interesse. É sempre bom ter uma equipe que desenvolve e outra que valida o software.

Como gerente comercial da Prime Control, vejo que o principal custo é a mão de obra especializada e o software necessário para gerenciamento e execução de testes, especialmente em dispositivos móveis. Ferramentas como farms de dispositivos permitem testar massivamente e de forma automatizada em diversos aparelhos, otimizando o processo.

Hoje, já existem muitas ferramentas open source desenvolvidas pela comunidade que não têm custos de licenciamento, especialmente para automação de teste e teste de performance. As ferramentas mais atuais voltadas para produtividade usam inteligência artificial, como as criadas pela Prime Control, que ajudam na construção de cenários, scripts e outros tipos de testes.

Mesmo com o uso de automação e novas tecnologias, a qualidade do software ainda depende do fator humano. Segundo o Relatório de Tendências de Dados e IA de 2024 do Google, quase dois terços dos tomadores de decisão esperam uma democratização do acesso aos insights, com 84% acreditando que a IA generativa vai acelerar a produção de insights em suas organizações. O relatório também destaca que a escassez de competências é uma das maiores barreiras para acompanhar o ritmo das mudanças tecnológicas.

É essencial que as lideranças não percam essa essência ao focar nas tecnologias. O equilíbrio entre o uso de tecnologias e o engajamento humano é fundamental para o sucesso dos projetos de software.

Quando um cliente nos procura para criar uma fábrica de testes, nossa primeira preocupação não são apenas os aspectos técnicos, mas o que o software proporciona ao cliente final. Precisamos entender para que fim o software foi construído e quais funcionalidades são mais importantes. Também consideramos quais dispositivos o público-alvo costuma utilizar para garantir que os testes contemplem a variação de aparelhos.

A tecnologia facilita muito nosso trabalho, mas ainda dependemos do fator humano para a qualidade do software. Mesmo com metodologias ágeis e equipes remotas, um bom planejamento e o engajamento das pessoas são essenciais. A fábrica de testes facilita o trabalho remoto e distribuído, mas é crítico manter o planejamento adequado e envolver as pessoas para que o modelo funcione.

*Wilson Kubo é Gerente Comercial da Prime Control. Tem mais de 31 anos de carreira em empresas nacionais e multinacionais, com 16 anos em projetos de teste de software e nos últimos 12 anos focados em relacionamento e vendas, gerenciando contas corporativas e fidelizando clientes. Ele possui experiência em gestão financeira de projetos, prospecção de clientes, elaboração de propostas, negociação de contratos e inovação em serviços. Kubo também tem ampla vivência em startups e na gestão de projetos de qualidade de software, tendo trabalhado com clientes como Toyota do Brasil, Banco Cacique e Itaú. Ele possui experiência em projetos internacionais com empresas japonesas, chilenas e peruanas, destacando-se no relacionamento e gerenciamento de pessoas, organização, proatividade e foco nos resultados. Especializado em qualidade de software, Kubo tem grande experiência na otimização e implementação de processos de qualidade.

Geração Z é a que mais relata ter sofrido golpes pela internet

Em estudo sobre segurança e e-commerce conduzido pela Akamai, o grupo que mais atingido de golpes foi o entre 18 e 24 anos

A Akamai, empresa líder em serviços de nuvem que impulsiona e protege a vida online, lançou recentemente um relatório sobre e-commerce e as práticas online dos consumidores brasileiros. Entre outras informações relevantes está a de que a geração Z é a que mais relata ter sido vítima de golpes digitais. 

Apenas 44,76% dos respondentes entre 18 e 24 anos, e 45,33% das pessoas entre 24 e 29 anos afirmam nunca ter sofrido um golpe. Essas são as únicas faixas de idade nas quais mais de metade das pessoas afirmam ter sido vítimas – na geração baby boomer (mais de 60), são 52,38%. Assim, entre os respondentes, o número de pessoas na geração Z sofrendo golpes é 17% maior que entre os baby boomers. 

A geração Z, em sua definição mais comum, consiste nas pessoas nascidas entre 1996 e 2012 – tendo, assim, entre 11 e 28 anos. Os números brasileiros refletem uma tendência mundial. Ano passado, uma pesquisa similar nos Estados Unidos, realizada pela Deloitte, apontou que membros da Geração Z sofriam 3 vezes mais golpes que os da geração baby boomer. 

“Isso pode soar contra-intuitivo para muitos, inclusive para os próprios jovens”, afirma Helder Ferrão, gerente de estratégia de indústrias da Akamai LATAM. “A geração Z, afinal, são os chamados nativos digitais, pessoas que não tiveram contato com o mundo pré-internet.”

“Mas”, continua, “as coisas acabaram sendo mais complexas do que isso: houve recentemente uma leva de notícias sobre empregadores reclamando dos mais jovens, de que chegam ao mercado sem saber conceitos básicos de informática, como o que são arquivos e pastas. Por sua experiência ser com celulares e tablets, mas não computadores. Houve, de fato, um déficit no ensino de informática, mas os jovens são mais rápidos em aprender – assim como adotam novas tecnologias, adotam novos hábitos.”

Um exemplo disso é a adoção de novas tecnologias pelos mais jovens: 75,52% das pessoas entre 18 e 24 anos afirmam usar Pix para suas compras online, um número que vai caindo progressivamente conforme a idade, até chegar a seu menor patamar, 47,62%, entre aqueles com mais de 60. 

É esse gosto por inovação o que acaba expondo gente mais jovem a golpes. “O que realmente está acontecendo é que as gerações mais velhas confiam menos no celular. Pessoas com mais de 60 tendem a simplesmente não usar apps bancários porque não confiam na tecnologia.”

“Se existe o golpista que faz de alvo o idoso”, conclui  Helder, “há também os especialistas em jovens. Esses golpes se baseiam em apps de namoro, apps de investimentos, apps para conseguir emprego. Os golpistas circulam anúncios pelas redes favoritas dos jovens, como o instagram e tiktok – uma hora esses apps e anúncios são tirados do ar, porque são contra as políticas das lojas de aplicativos, mas aí o estrago está feito.”

Hábitos do consumidor 

O golpe mais comum em qualquer faixa de idade foi comprar produtos e não receber, o que atingiu um em cada quatro brasileiros – e, curiosamente, aqui a geração Z e os baby boomers empatam como os mais atingidos, com quase 30% passando por essa situação. O segundo golpe mais comum é ter o cartão clonado após uma compra num site: 14% dos brasileiros, mas aqui a faixa entre 18 e 24 anos se sai melhor que qualquer outra: apenas 9% passaram por isso, versus 17% dos com mais de 60. Nesse golpe em particular, os baby boomers tem o dobro de chance de cair que os mais jovens. 

Além de questões de segurança, a pesquisa da Akamai ainda trouxe diversas outras revelações sobre os hábitos de consumo online do brasileiro. A grande maioria – 74% – afirma fazer compras online no mínimo uma vez por mês, com 6% fazendo todos os dias. Apenas 2% disseram nunca comprar pela internet. A geração mais adepta de compras são os millennials: na faixa entre 30 e 39 anos, são 84% comprando no mínimo todo mês (o número é 74% entre 18 e 24 anos, 80% entre 25 e 29 e 58% para mais de 60). 

Uma outra diferença de geração é a preferência por sites de compras nacionais ou estrangeiros. Quando se fala em eletrônicos, os mais jovens (18 a 24) preferem os marketplaces internacionais (33%) que os nacionais (30%), enquanto os com mais de 60 preferem os nacionais (33%) versus os estrangeiros (23%). “Aqui, também, você pode ver a confiança maior do jovem em novidades, como lojas sem tradição no Brasil”, comenta Helder. “Ainda que a briga de gerações sempre dê caldo para conversa, os jovens de hoje não são diferentes em tudo daqueles do passado. Estão sujeitos a fatores humanos, inclusive cair em golpes, como todo mundo.”

O relatório completo, na forma de e-book, pode ser baixado aqui.

Edenred investiu €480 milhões em inovação tecnológica em 2023

Valor é 25% superior ao empregado em 2022. Desde 2016, Grupo francês soma mais de € 2,4 bilhões investidos

Foto: Divulgação.

A Edenred, plataforma digital líder para serviços e meios de pagamento que, no Brasil, é detentora das marcas Ticket, Edenred Ticket Log, Edenred Repom, Edenred Pay e Punto, soma mais de € 2,4 bilhões investidos em inovação tecnológica, desde 2016, nos 45 países em que atua. Apenas no ano de 2023, o montante foi de €480 milhões, que representa um aumento de 25% em relação a 2022. 

“O investimento em tecnologia é fundamental para alcançarmos nossos objetivos de ampliar a gama de serviços com foco B2B2C, integrando soluções de parceiros em nosso portfólio e ampliando os nossos canais de distribuição”, comenta Gilles Coccoli, presidente da Edenred Brasil.

Em 2023, graças a seus ativos tecnológicos globais, a Edenred geriu € 41 milhões em volume de negócios, realizados, principalmente, por meio de aplicações móveis, plataformas online e cartões.  “Temos aproximadamente três mil profissionais dedicados ao desenvolvimento tecnológico no Grupo, incluindo internos e terceiros. Cerca de 200 deles são especialistas e profissionais de dados”, revela o executivo.

Aprimorar a experiência dos clientes por meio da tecnologia é outro objetivo da Edenred. Um exemplo é a criação da EVA (Edenred Virtual Assistant), ferramenta baseada em inteligência artificial que dá suporte de atendimento a todos os públicos com os quais a marca se relaciona (empregados, empresas-clientes e comerciantes), de forma direcionada e personalizada a cada um deles. Desenvolvida pela operação brasileira, atualmente a EVA atende os públicos da Ticket, Edenred Ticket Log, Edenred Repom e Edenred Pay e as pessoas colaboradoras da empresa em atendimentos relacionados a áreas como RH e jurídico. “As interações tornaram-se 35% mais ágeis no comparativo com o desempenho da central de atendimento. Considerando todos os canais em que está presente, a EVA já realizou mais de 8,5 milhões de atendimentos ao público externo”, detalha Coccoli.

Cibersegurança é outro aspecto que integra os investimentos da Edenred em tecnologia. “A área de IT Security investe no controle de acesso dos usuários dos diferentes aplicativos do Grupo, com camadas adicionais em área de login, por exemplo”, comenta o executivo. Já para elevar a eficiência de processos internos, o Grupo desenvolveu o Projeto RPA (Automação Robótica de Processos), com a introdução de robôs em processos automáticos do dia a dia. Desde 2018, no Brasil, mais de 100 mil horas de trabalho repetitivo foram economizadas. Hoje, apenas para áreas corporativas da operação brasileiras, existem 52 robôs ativos. Em 2023, eles atenderam 444 mil ações, em 23 mil horas de robô, que equivaleriam a mais de 48 mil horas humanas se as mesmas ações fossem feitas por pessoas.

E para se beneficiar de recursos poderosos, escaláveis e infraestruturas tecnológicas seguras, a Edenred prioriza a utilização de soluções de TI baseadas em nuvem privada, de fornecedores reconhecidos pelo mercado pela qualidade dos seus serviços e pela viabilidade a longo prazo. Desde 2020, as operações do Grupo começaram a migração das funcionalidades para soluções de nuvem. Essa migração deverá continuar como parte do processo de melhorar a qualidade dos produtos e serviços. “Soluções diferentes baseadas em nuvem garantem um alto nível de disponibilidade e segurança de dados. Isso nos permite tornar as transações dos nossos usuários finais muito mais eficientes”, finaliza Gilles Coccoli.

Analista da TGT ISG destaca impactos da aquisição da IPNet pela Vivo e expansão no mercado de Google Cloud

Nesta semana a Telefônica Brasil, dona da Vivo, anunciou a compra da IPNet, uma parceira do Google Cloud. A transação, avaliada em até R$ 230 milhões, será conduzida pela Telefônica Cloud e Tecnologia do Brasil (TCloud), subsidiária da Telefônica. Este negócio abrange as operações da IPNet no Brasil e nos EUA, incluindo a revenda de softwares, serviços profissionais e gerenciados, adaptação, migração e suporte em tecnologia digital.

A IPNet, atuante há 20 anos no mercado, possui cerca de 260 colaboradores, dos quais 140 são certificados pelo Google. A empresa atende mais de 1.400 clientes e registrou uma receita líquida de R$ 218 milhões em 2023, com um crescimento anual de 35%. A aquisição visa expandir o portfólio de produtos da TCloud e fortalecer os serviços profissionais e gerenciados, alinhando-se à estratégia da Vivo de se tornar um hub de serviços digitais.

Adriana Frantz, distinguished analyst da TGT ISG e autora de estudos ISG Provider Lens™ no Brasil, analisa a movimentação e ressalta que a IPNet é uma das principais parceiras Google Cloud no Brasil e aparece na liderança de três dos cinco quadrantes do último estudo ISG Provider Lens™ Google Cloud Partner Ecosystem Brasil: serviços de implementação (migração para nuvem), serviços gerenciados e Workspace (conjunto de ferramentas e aplicativos de colaboração do Google).

Implicações no Mercado

Adriana destaca que a Vivo, até então com uma atuação tímida no Google Cloud, optou pela aquisição para expandir rapidamente suas capacidades, portfólio e participação de mercado no Google Cloud. A tendência de adoção de ambientes multinuvem é crescente, principalmente entre grandes empresas, permitindo escalabilidade, flexibilidade e evitando o aprisionamento tecnológico.

“É muito complicado e custoso para um fornecedor, até mesmo para a Vivo, manter parceria com os principais fornecedores de nuvem, pois exige investimento na certificação dos profissionais (são certificações distintas), produção de casos de sucesso e times dedicados para relação com cada parceiro. Então, esse tipo de aquisição me parece ser uma estratégia nova no mercado, para crescer de forma instantânea a base de clientes, receitas e recursos. A Compass UOL fez isso quando comprou em 2022 a Avenue Code, empresa especializada em Google Cloud”, analisa a distinguished analyst da TGT ISG.

Adriana também menciona que o mercado de Google Cloud no Brasil está mais competitivo, atraindo novos players e empresas globais. A aquisição pela Vivo reflete o aquecimento deste mercado, com maiores projetos de Google Cloud em grandes empresas privadas e crescimento no setor público.

Hospital Mãe de Deus realiza a primeira cirurgia robótica de coluna vertebral do Sul do País

O robô Mazor™ será utilizado em cirurgias na cidade de Porto Alegre; Oito pacientes serão submetidos à artrodese, procedimento indicado para corrigir instabilidades entre as vértebras

O Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, realizou, no dia 23 de julho, a primeira cirurgia com a plataforma Mazor™, robô da Medtronic utilizado em cirurgias de coluna vertebral. Com até 99% de precisão na colocação de implantes, sem a ocorrência de desvios, o Mazor™, que chegou ao Brasil no início do ano, é um marco para a saúde do país e vai possibilitar à equipe médica do Mãe de Deus entregar, na região Sul do país, o que há de mais inovador no âmbito de cirurgias ortopédicas. A iniciativa é liderada pelo Dr. José Maria Alves Neto e seu filho, Dr. Lucas Sangoi Alves, ambos especialistas em Ortopedia e Traumatologia com subespecialização em cirurgia da coluna vertebral.

Para a estreia do robô no Sul do País, oito pacientes serão submetidos à cirurgia de artrodese, indicada para corrigir instabilidades entre as vértebras, que pela 1ª vez, em Porto Alegre, contará com a robótica para auxiliar os cirurgiões.  A robótica na área de cirurgias de coluna oferece maior segurança, menor lesão aos tecidos, redução drástica no risco de lesão nervosaprocedimentos mais rápidosmenor risco de sangramento, infecção recuperação acelerada. 

O ganho da medicina e dos médicos com a introdução da cirurgia robótica na coluna vertebral é imenso. Pacientes do Rio Grande do Sul e de outros estados, assim como os médicos, serão beneficiados. Os médicos poderão operar seus pacientes no Hospital Mãe de Deus utilizando o robô, contando com todo o suporte necessário. Esta tecnologia oferece inúmeras vantagens em comparação aos métodos convencionais, incluindo maior segurança, redução drástica no risco de lesão nervosa, procedimentos mais rápidos, menor risco de sangramento e infecção, e uma recuperação acelerada que permite um retorno mais rápido às atividades diárias.

Na cirurgia de artrodese robótica com a plataforma Mazor™, tomografias computadorizadas detalhadas são utilizadas para planejar o procedimento cirúrgico. Durante a cirurgia, o robô fornece orientação em tempo real aos cirurgiões, ajudando a posicionar com precisão os instrumentos cirúrgicos, suas trajetórias e os implantes de parafusos, adaptados à anatomia de cada paciente. 

Sobre a cirurgia de coluna

A cirurgia de artrodese é indicada para pacientes que sofrem de dor nas costas gerada por uma instabilidade. Essa instabilidade por ser causada por desgaste de disco, espondilolistese, hérnia de disco associada a desgaste de disco e estenose de canal com instabilidade. Além disso, a artrodese também é utilizada para a correção de deformidades como escoliose ou hipercifose. De acordo com a Pesquisa Nacional da Saúde, realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 27 milhões de adultos no país são acometidos por doenças crônicas na coluna.

Estudos recentes, incluindo um publicado na revista The Spine Journal, destacam os benefícios das cirurgias robóticas de coluna, e demonstram que o robô Mazor™, em particular, ajuda a reduzir a probabilidade de complicações cirúrgicas e o risco de novo procedimento cirúrgico. Além disso, a utilização dessa tecnologia resultou em uma redução de 80% no tempo de exposição à radiação durante o procedimento, o que é fundamental para a segurança do paciente.

Os médicos José Maria Alves Neto e Lucas Sangoi Alves

A equipe médica, reconhecida por sua excelência no tratamento de patologias da coluna, sempre esteve na vanguarda ao oferecer aos pacientes as mais inovadoras abordagens para o tratamento de patologias na coluna vertebral. O Dr. José Maria Alves Neto é formado pelos melhores centros de cirurgia da coluna vertebral do mundo, incluindo a Cleveland Clinic Foundation, o Lutheran Medical Center em Cleveland e a Universidade de Syracuse. Em 1996, ele foi pioneiro no Brasil ao realizar a primeira cirurgia videolaparoscópica de coluna. Por sua vez, o Dr. Lucas Sangoi Alves aprofundou-se em técnicas cirúrgicas minimamente invasivas em centros de renome mundial, como o AOSpine em Miami e o NASS em Chicago, além de possuir especialização em cirurgia por vídeo endoscópica na USP, em São Paulo. Ambos os doutores estão agora dando um passo inovador com a adoção do sistema robótico Mazor™, que representa o estado da arte em procedimentos minimamente invasivos para a coluna, marcando um novo capítulo na história da medicina nacional.

Unesp lança edital para estimular estudo em tecnologia assistiva

Edital de pesquisa faz parte de iniciativa com USP e Unicamp apoiada por governo de SP

Prótese de bambu desenvolvida em pesquisa da Unesp em Bauru, por João Victor Gomes dos Santos.

Em uma iniciativa conjunta inédita, Unesp, USP e Unicamp uniram esforços para estimular a pesquisa científica em tecnologias assistivas no estado de São Paulo e estão investindo, ao todo, R$ 10 milhões em projetos direcionados para a área. Os recursos sairão dos caixas das três universidades estaduais paulistas na seguinte proporção: 50% (R$ 5 milhões) serão financiados pela USP, 25% (R$ 2,5 milhões) pela Unesp e outros 25% (R$ 2,5 milhões) pela Unicamp.

Elaborados de forma simultânea, os três editais das pró-reitorias de pesquisa das universidades destinarão auxílios à pesquisa no valor de até R$ 500 mil a projetos na área das tecnologias assistivas para equipes compostas por no mínimo dois pesquisadores dos quadros permanentes das instituições, que obrigatoriamente trabalharão com ao menos dois docentes de outras instituições de ensino superior paulistas. 

“As três universidades financiarão, com recursos próprios, pesquisas qualificadas em tecnologias assistivas e com uma marca de integração da pesquisa científica no estado de São Paulo. Creio que, com esse edital, estaremos escrevendo uma nova página na história das universidades, com um olhar social aprofundado”, afirma o professor Edson Cocchieri Botelho, pró-reitor de pesquisa da Unesp.

De acordo com a Lei Brasileira de Inclusão (lei 13.146/2015), o termo “tecnologia assistiva” tem como definição produtos, equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias, estratégias, práticas ou serviços que tenham como objetivo promover a funcionalidade relacionada à atividade e à participação da pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida, objetivando autonomia, qualidade de vida e inclusão social. 

O edital foi construído conjuntamente pelas pró-reitorias de pesquisa das três universidades estaduais paulistas e faz parte de uma iniciativa maior, que conta com o apoio do governo estadual e da própria Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). No início de julho, a Fapesp anunciou a constituição de 21 novos Centros de Ciência para o Desenvolvimento (CCDs), sendo três deles voltados a pesquisa e desenvolvimento de tecnologias assistivas e que têm como instituições sede Unesp, USP e Unicamp e instituição parceira a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo.

Na mesma linha dos CCDs da Fapesp, o edital conjunto concebido pelas pró-reitorias das universidades estaduais paulistas está voltado para o conhecimento científico aplicado, na busca de soluções para questões sociais notórias com o apoio de instâncias governamentais. 

“Do ponto de vista acadêmico, esta iniciativa conjunta que culmina no edital é uma mudança de paradigma, pois faz ciência pensando de forma coletiva e com um fim social bem determinado. É uma forma de pensarmos em soluções para o Brasil real”, afirma o professor Celso Luis Marino, assessor da pró-reitoria de pesquisa da Unesp.

Leia aqui o Edital de Apoio à Pesquisa em Tecnologias Assistivas Desenvolvidas por Grupos Interinstitucionais do Estado de São Paulo, edital de número 14/2024 da Pró-Reitoria de Pesquisa da Unesp.

Rio Innovation Week 2024 promete Nobel, IA e inclusão

Os pilares da Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) estão alinhados com a curadoria da quarta edição do Rio Innovation Week 2024, que ocorrerá de 13 a 16 de agosto no Píer Mauá, Rio de Janeiro, com o tema “Humanização em tempos de inteligência artificial”. Mais de 2 mil palestrantes participarão de 26 palcos simultâneos, abordando 14 trilhas nas áreas de Saúde, Cultura, Moda, Ciência, ESG, Energia, Varejo, Agro, Mobilidade Urbana e Educação. Os ingressos e o credenciamento de imprensa estão disponíveis no site.

Entre os palestrantes internacionais, estarão os ganhadores do prêmio Nobel, o físico Kip Thorne e a ativista Nadia Murad, além de Sandrine Dixson-Declèv, Vandana Shiva, Fritjof Capra e Eric Ries. Palestrantes brasileiros incluem Adriana Barbosa, Ailton Krenak, Camila Farani, Ivair Gontijo, Monja Coen, Marcelo Gleiser, Sidarta Ribeiro e as influenciadoras Larissa Manoela, Sabrina Sato, Mari Maria e Jade Picon.

Bruna Reis, diretora-executiva do Rio Innovation Week, afirmou: “Nosso compromisso é usar a tecnologia para proporcionar acesso a oportunidades, com inclusão, diversidade e justiça social.”

Novos parceiros do evento incluem G20, Pacto Global da ONU, B2Mamy, BRIFW, Humanare, Planetiers e Ciências para Todos, com curadoria de Marcelo Gleiser. O evento também contará com discussões sobre clima, combate à fome, pobreza e desigualdade, promovidas por delegações do G20 e o Pacto Global da ONU – Rede Brasil.

A B2Mamy, maior comunidade de mães do Brasil, discutirá inclusão no mercado de trabalho e empreendedorismo. O BRIFW curará o pavilhão de moda, beleza e arte digital, incluindo trabalhos como os de Gabriel Massan.

O RIW espera gerar 20 mil empregos, atrair 2.500 startups e movimentar R$ 2,6 bilhões em negócios, com 150 mil visitantes esperados. A Open Innovation Week (Oiweek), organizada pela 100 Open Startups e a Sai do Papel, também será realizada durante o evento.

Pela primeira vez, o RIW será 100% descarbonizado, com a Serena garantindo a descarbonização completa e o Grupo Urbam gerenciando resíduos. Um percentual significativo de ingressos será reservado para democratizar o acesso ao evento.

Fábio Queiróz, diretor do Rio Innovation Week, disse: “Nossa responsabilidade social é democratizar o acesso à tecnologia e inovação, com uma curadoria que destaca temas e personalidades diversos, enriquecendo a troca de conhecimento com o público presente.”