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Wipro apresenta soluções de IA desenvolvidas pela NVIDIA mirando a próxima onda de Inteligência Artificial

A Wipro Limited (NYSE: WIT, BSE: 507685, NSE: WIPRO), empresa líder em serviços de tecnologia e consultoria, anunciou novas iniciativas que alavancam capabilidades de IA da NVIDIA para ajudar clientes em vários setores, incluindo saúde, comunicações e serviços financeiros, a desenvolver e implementar rapidamente novas estratégias de negócios para a era da IA com o NVIDIA AI Enterprise. Com base nessa colaboração, a Wipro também planeja expandir para áreas como manufatura digital e Digital Twins com o NVIDIA Omniverse, oferecendo valor excepcional a seus clientes locais e globais.

A Wipro está trabalhando com IA da NVIDIA para facilitar o acesso de grandes companhias a modelos prontos para uso para a construção de agentes de AI nas áreas de processamento inteligente de documentos, descoberta de medicamentos, atendimento ao cliente e processamento de sinistros. Criados com NVIDIA NIM Agent Blueprints – espera-se que esses modelos acelerem significativamente a entrega de valor comercial aos clientes.

“As empresas estão cada vez mais buscando benefícios comerciais mensuráveis para acelerar a adoção da IA em seus negócios e impulsionar a inovação em vários setores”, disse Nagendra Bandaru, Presidente e Managing Partner – Enterprise Futuring, Wipro. “O WeGA Studio da Wipro, construído com NVIDIA AI Enterprise, conta com todo o poder do NVIDIA NIM Agent Blueprint para acelerar a implantação de assistentes virtuais de IA relevantes para aprimorar as experiências do usuário e simplificar as operações.”

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“Estamos vivendo um momento decisivo na transformação digital, e a colaboração entre a Wipro e a NVIDIA representa um marco importante para o mercado de tecnologia no Brasil e no mundo. À medida que as empresas buscam benefícios comerciais tangíveis, nossa parceria não apenas acelera a adoção de Inteligência Artificial, mas também oferece a infraestrutura necessária para inovações robustas”, explica Wagner Jesus, country head da Wipro no Brasil. “Com a crescente pressão para controlar custos de nuvem enquanto se investe em soluções de IA generativa, acreditamos que essa colaboração irá capacitar as empresas a se adaptarem rapidamente e a prosperarem em um ambiente de negócios em constante evolução.”

“Na era da IA, as empresas estão em busca de maximizar seus recursos de IA generativa e impulsionar a transformação de negócios com aplicativos que podem se adaptar às suas necessidades”, disse John Fanelli, vice-presidente de enterprise software, NVIDIA. “Usando o NVIDIA NIM Agent Blueprints, o Wipro WeGA pode ajudar a acelerar a adoção da IA a aprimorar as experiências do cliente e otimizar as operações para desenvolver e implantar rapidamente aplicativos de IA generativa personalizados em todos os setores.”

O Wipro Enterprise Generative AI (WeGA) Studio conta com o software NVIDIA AI Enterprise, incluindo NVIDIA NIM Agent Blueprints NVIDIA NeMo e NVIDIA NIM, para desenvolver soluções personalizadas em todo o espectro do portfólio de serviços da Wipro que devem aumentar significativamente a velocidade de processamento e criar valor para os clientes da Wipro em vários setores.

Wipro aprimora Atendimento ao Cliente, Saúde e muito mais com NVIDIA AI

Usando o novo NIM Agent Blueprint para atendimento ao cliente, a Wipro pode criar rapidamente assistentes virtuais de IA personalizados para clientes de call center que podem ser implantados na nuvem ou no local. Esses assistentes virtuais são alimentados por microsserviços NVIDIA NIM e NVIDIA NeMo Retriever para geração aumentada por recuperação (RAG) para recomendar soluções que resolvam problemas e ajudem as pessoas a atender os clientes como embaixadores da marca informados.

Ao integrar as tecnologias NVIDIA ao WeGA Studio, a Wipro incorpora princípios de IA responsável em suas soluções. Essa estrutura prioriza precisão, confiança, transparência, desempenho, privacidade, segurança e proteção, ajudando a enfrentar os desafios da IA generativa e promover a inovação contínua. Como a solução pode ser implantada em qualquer lugar, no local ou na nuvem, as organizações podem cumprir os regulamentos de privacidade de dados.

A Wipro está oferecendo soluções de saúde de última geração com NVIDIA AI para melhorar as experiências dos membros, aumentar as inscrições e aumentar a produtividade na adjudicação de sinistros nas ofertas de saúde da Wipro sob o Affordable Care Act (ACA), Medicare e Medicaid.

Além da saúde, as soluções integradas da Wipro com tecnologia NVIDIA também podem oferecer serviços mais rápidos, melhores e mais acessíveis em áreas críticas, como gerenciamento da cadeia de suprimentos, contact centers, marketing, finanças e RH.

Fonte: BRSA.

Woovi aposta em conceito de Pix First para resolver problema de baixa conversão em e-commerces

ClickPix promete checkout de apenas um clique nas vendas online, reduzindo tempo de compra em até 52% comparado aos meios tradicionais de pagamento

O ClickPix, nova solução da Woovi, promete facilitar e agilizar vendas no e-commerce, reduzindo o tempo de compra em até 52% e o abandono de carrinho. A nova ferramenta será apresentada oficialmente ao público no RD Summit, que acontece nesta semana no Expo Center Norte, em São Paulo. A solução aposta no conceito de Pix First, oferecendo uma experiência de checkout único e reforçando o uso do Pix, como uma alternativa aos meios tradicionais de pagamento. 

Em média, um e-commerce tem uma taxa de conversão de 1,33%, um baixo número gerado pela usabilidade ruim, lentidão, longo checkout, fricção no processo e antifraude restritivo.  Por essa razão, Rafael Turk, CEO da Woovi, explica que o ClickPix surge para mudar o cenário atual deixando o processo rápido, eficaz e 100% seguro. “Nossa solução reduz significativamente o tempo de transação. É um ganho de mais da metade do tempo, além de garantir a queda nos números de abandono de carrinho. Permitimos o reconhecimento do mesmo usuário em toda a rede de lojas parceiras Woovi. Fora isso, estamos falando de um processo em que também é possível fazer recuperações de vendas via WhatsApp”.

Essa nova tecnologia promete aos comerciantes uma melhora na taxa de conversão além de oferecer uma experiência de pagamento familiar e segura para o cliente, reforçando o uso do Pix como uma alternativa eficiente aos meios tradicionais de pagamento. Segundo Rafael Turk, o objetivo da Woovi é transformar a forma de pagamento, utilizando tecnologia e integrações eficazes, como o Pix, em uma experiência ainda mais rápida e intuitiva para o e-commerce, trazendo um impacto significativo para o mercado de meios pagamentos no Brasil, facilitando transações instantâneas e cada vez mais seguras.

A democratização da IA já está acontecendo e você não precisa ficar para trás

*Por Lucas Felisberto

Lucas Felisberto, Vice-president Sales & CS at Jitterbit.

Você já percebeu como o uso de IA está deixando de ser exclusividade das grandes empresas e de especialistas em tecnologia, e se tornando acessível até para negócios de pequeno e médio porte? A transformação que antes parecia distante agora é uma realidade ao alcance de qualquer empresa que quer crescer com agilidade e inovação. Essa é a verdadeira revolução da democratização da IA: simplificar o acesso a tecnologias avançadas para que qualquer negócio — de startups a grandes corporações — possa aproveitar os benefícios da automação e da inteligência artificial de maneira prática e eficiente.

A ideia por trás desse movimento vai além de apenas “colocar mais tecnologia no dia a dia”. Trata-se de abrir um caminho para que equipes de diferentes áreas — que talvez nunca tenham tocado em uma linha de código — participem ativamente da criação de soluções inovadoras. É aqui que entram plataformas intuitivas, que combinam low-code com IA integrada, oferecendo uma experiência mais acessível e descomplicada. Esse tipo de plataforma permite que profissionais de vendas, marketing, operações ou finanças criem, adaptem e automatizem processos sem depender exclusivamente de desenvolvedores. É uma nova realidade, em que a tecnologia finalmente se adapta às necessidades do negócio, e não o contrário.

Na Jitterbit, líder global em acelerar a transformação de negócios para sistemas empresariais, temos visto de perto o impacto dessa transformação em empresas de diversos  portes no Brasil. Para mim, como VP de Vendas e CS para a América Latina, um dos momentos mais gratificantes é testemunhar como plataformas low-code com IA integrada — aqui, temos o AppBuilder — ajudam nossos clientes a não apenas ganhar agilidade, mas também a transformar completamente suas operações. De fato, nada tangibiliza melhor essa democratização tecnológica do que a maneira como essas aplicações permitem que ideias sejam rapidamente convertidas em aplicativos que suportam fluxos operacionais, comerciais e de automação em tempo recorde.

Pense no tempo que era necessário para desenvolver um aplicativo empresarial há alguns anos: meses de codificação manual, testes, ajustes e integração. Com plataformas low-code e de IA, esse processo pode ser feito em poucos dias. O que antes parecia inalcançável agora está à disposição de qualquer equipe, independentemente do seu conhecimento técnico. Isso abre possibilidades incríveis para empresas brasileiras, que podem automatizar processos, conectar diferentes sistemas e criar soluções sob medida para suas necessidades com um custo muito menor e uma curva de aprendizado reduzida.

O mais interessante é que essa mudança está impactando não apenas a maneira como aplicativos são desenvolvidos, mas também como a tecnologia é percebida dentro das organizações. O Gartner prevê que até 2026 a IA generativa irá transformar 70% do design e desenvolvimento de novos aplicativos, enquanto a McKinsey já aponta que quatro áreas — atendimento ao cliente, marketing e vendas, engenharia de software e P&D — serão profundamente influenciadas pela aplicação de IA nos próximos anos. Em outras palavras, estamos apenas no começo.

No Brasil, onde a adaptabilidade e a capacidade de inovação são diferenciais competitivos, essas soluções têm ajudado empresas de diversos setores a aproveitar todo o potencial da IA. No último levantamento Summer 2024 Enterprise Results Index da G2, a média de implementação das nossas soluções (o chamado “go live”) ficou em apenas 1,8 mês — praticamente metade do tempo que o mercado costuma levar para colocar um projeto em operação. Além disso, nossos clientes têm visto um ROI em 10,5 meses, seis meses a menos que o padrão do setor.

Mas mais importante do que as métricas são os casos concretos por trás delas. No Brasil, por exemplo, ajudamos a rede de varejo colaborativo Coop a agilizar processos e automatizar tarefas críticas usando o Jitterbit App Builder. É esse tipo de parceria que nos dá a certeza de que estamos tornando a IA e o desenvolvimento low-code acessíveis e, acima de tudo, úteis no dia a dia das empresas.

A combinação de low-code com inteligência artificial permite integrar dados de diferentes fontes, automatizar processos e criar aplicativos personalizados de maneira segura e escalável. Isso faz com que negócios menores tenham as mesmas ferramentas que antes eram exclusividade das grandes corporações, ampliando suas possibilidades de competir e inovar.

Quando falamos de democratização da IA, estamos falando de muito mais do que uma simples adoção de novas tecnologias. Estamos ajudando as empresas a se prepararem para o futuro — um futuro em que a velocidade de adaptação e a capacidade de transformação serão decisivas para o sucesso.

Ao adotar plataformas low-code com IA, as empresas não estão apenas facilitando a criação de aplicativos; estão também criando uma mentalidade organizacional, onde a inovação se torna parte do DNA do negócio. Isso é crucial para o desenvolvimento do mercado brasileiro como um todo, pois gera um ambiente onde até pequenas e médias empresas podem se reinventar, explorar novas oportunidades e impulsionar o crescimento de maneira mais rápida e eficiente. No final das contas, é isso que transforma a tecnologia em um verdadeiro ativo estratégico: a capacidade de ajudar qualquer empresa a competir e vencer, independentemente do tamanho ou do setor.

*Lucas Felisberto é vice-presidente de vendas e CS na Jitterbit LATAM.

Fonte: Mondoni Press.

Leia também: Pacto nacional une parceria pública-privada para revolucionar o acesso a inovação em saúde

Pacto nacional une parceria pública-privada para revolucionar o acesso a inovação em saúde

O projeto ‘Pacto Saúde do Futuro, Hoje’ busca soluções para promover acesso mais eficaz à saúde por meio da colaboração entre instituições privadas e públicas, conectando tecnologias para predição, tratamento e diagnóstico precoce


Durante a HospitalMed, realizada em Recife (PE) no último dia 25 de outubro, foi oficialmente lançado o ‘Pacto Saúde do Futuro, Hoje’ com o propósito de apoiar a transformação da eficiência e qualidade dos serviços na área da saúde no Brasil. Essa é uma iniciativa pioneira que propõe estruturar o acesso a tecnologias e inovações que impactam diretamente na população. Idealizado por Lísia Buarque, Co Fundadora da WAC Global Tech e Diretora da ABSS (Associação Brasileira de Startups de Saúde e Healthtechs), o projeto tem como foco principal oferecer ações para a avaliação das condições de saúde da população de forma preditiva, uma maneira eficiente e rápida de mapeamento de doenças atuais e futuras. Marcado pela assinatura de um compromisso inovador, o Pacto já conta com o apoio de parceiros estratégicos como Rodrigo da Fonte, Presidente da Hospitalmed; Katia Antunes, Diretora da HospitalMed; Shirley Cruz, Chefe de TI e Saúde Digital do Hospital das Clínicas UFPE e Marcelo Barbosa, CEO da StarHealth Innovation. As primeiras assinaturas aconteceram em Recife. Em breve, o Pacto também será assinado por outros parceiros no Rio de Janeiro, no Rio Health Fórum e em Porto Alegre, na Health Meeting Brasil.

“Esse pacto busca fomentar inovação com pesquisa e desenvolvimento de novas patentes para tratamentos mais personalizados e eficientes. Além disso, prevê políticas para garantir acesso equitativo às tecnologias e capacitação de profissionais de saúde, promovendo uma assistência mais acessível, sustentável e eficaz”, destaca Rodrigo da Fonte.

De acordo com a OMS, mais de 40% da população diabética não possui diagnóstico adequado. Atualmente, existe uma pandemia silenciosa crescente de pessoas que estão ficando doentes a partir dos 35 anos, um cenário real em que mais da metade dos brasileiros acima dos 40 anos já possuem Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), consequência: essas doenças tornaram-se as principais causas de mortalidade precoce. Olhando para essa realidade o Pacto foi criado como um apoio e iniciativa para mudar o cenário acima, atuando de forma preditiva, em grande escala, de forma rápida, eficaz, com alta tecnologia e baixo custo.

Esse novo programa busca apoiar nos desafios críticos do sistema de saúde em todo o país, oferecendo um modelo mais sustentável e eficiente para a prevenção e tratamentos precoces. O acesso será ampliado a diagnósticos precoces e utilização de tecnologias preditivas.
O esforço de unir as iniciativas públicas e privadas, somado à capacidade de transformação que a tecnologia pode proporcionar, tem como objetivo ampliar o acesso a intervenções precoces, reduzindo desigualdades no acesso à saúde, otimizando o uso dos recursos disponíveis para aliviar o sistema nacional. Já que os ecossistemas de tecnologia modernos permitem inovações rápidas e relevantes para o setor.

“Neste momento, é necessário identificar as pessoas que já estão com alguma DCNT e ainda, sequer, tem esse conhecimento – ou seja, existe uma boa parte da população que deveria estar em tratamento, para não agravar o seu quadro e não estão, por total falta de informação de sua saúde”, esclarece Lísia. Portanto, é necessário facilitar o acesso ao rastreio precoce de DCNTs para que as pessoas consigam identificar enfermidades de forma rápida, fácil e segura. Ao fortalecer a união entre tecnologia, saúde e assistência, o ‘Pacto Saúde do Futuro, Hoje’ se compromete com um futuro mais sustentável, acessível e inovador para todos os brasileiros.

Segundo Lisia, o Pacto é um compromisso nacional e coletivo com o futuro da saúde brasileira, em que cada organização envolvida assume uma responsabilidade compartilhada no fortalecimento do sistema.

A ABSS, uma das parceiras e apoiadoras do Pacto tem papel fundamental na propagação da iniciativa pelo país. “Sem dúvidas é uma iniciativa que irá gerar grande impacto positivo para a saúde em todo o país. A ABSS não poderia ficar de fora da assinatura do Pacto. É primordial o investimento em medidas preditivas, com o apoio de instituições e associações privadas e públicas”, ressalta Bruno Borghi, Presidente da ABSS.

A iniciativa também pretende maximizar o impacto social, atuando diretamente na conscientização e educação sobre doenças crônicas silenciosas, longevidade e prevenção, sempre se adaptando-se à cultura local e promovendo também hábitos saudáveis em cada região.

A WAC Global Tech
É uma empresa que acredita no poder da tecnociência aliada à medicina para transformar a lógica do futuro da saúde. Baseada na ética, inovação, segurança e responsabilidade, busca por um futuro saudável nos dias de hoje. Lançou ao mercado a primeira plataforma de Inteligência Preditiva, capaz de mapear o prognóstico em até 10 anos de maneira simples e ágil na leitura dos laudos e antecipando a probabilidade de doenças futuras. Também faz parte do Grupo de Saúde com o Instituto de Medicina do Esporte, o primeiro centro das Américas a receber a certificação de Collaborating Center for Sports Medicine, conferido pela Federação Internacional de Medicina do Esporte, que chancela as instituições com as melhores práticas em cuidado de saúde e performance do mundo.

Brasil é o 2° país com mais ataques cibernéticos no mundo, 1.379 golpes por minuto, totalizando mais de 700 milhões em um ano

Escocesa especialista em cibersegurança, Chelsea Jarvie, explica como os avanços da IA estão viabilizando o surgimento de novos riscos cibernéticos que ameaçam a segurança de dados sensíveis das empresas e exigem medidas estratégicas de proteção

Em um cenário onde a cibersegurança se torna cada vez mais desafiadora, a especialista escocesa Chelsea Jarvie levanta um importante alerta sobre a sofisticação de novos ataques cibernéticos que ameaçam dados sensíveis de empresas, colaboradores e como a evolução da inteligência artificial influencia esse avanço, levantando a necessidade da implementação de medidas cada vez mais sofisticadas e seguras. De acordo com dados do Panorama de Ameaças para a América Latina 2024, em um período de 12 meses, foram registrados mais de 700 milhões de ataques cibernéticos no Brasil, totalizando 1.379 por minuto, colocando o país como segundo colocado no ranking mundial.

Na sua primeira visita ao Brasil, Chelsea participou do Cyber Security Summit 2024, realizado nos dias 28 e 29 de outubro, em São Paulo e reforçou que os significativos avanços da IA implicam no crescimento de golpes cibernéticos mais complexos e difíceis de detectar, como o de vishing (phishing por voz) que representa 90% dos ataques. “Ao abordar o fator humano, podemos nos proteger melhor contra os jogos mentais que os invasores habilitados para IA estão jogando. Embora a IA ofereça tecnologias poderosas, ela também facilita fraudes e phishing em escala, aumentando a vulnerabilidade das organizações”, comenta a especialista.

O relatório “Cost of a Data Breach”, da IBM, revelou que o custo médio de uma violação de dados no Brasil em 2024 é de R$ 6,75 milhões. A pesquisa aponta que os ataques de phishing foram o vetor mais comum, com um custo médio de R$ 7,75 milhões por violação. Nesse sentido, a importância da inteligência artificial no combate a crimes digitais tem sido incontestável, apontando que 31% das empresas brasileiras implementaram ferramentas de IA e automação nas operações para prevenir ataques.

Os ataques de phishing são comuns e frequentemente ineficazes, mas a IA permite que sejam personalizados e escalados, aumentando as chances de sucesso. Chelsea enfatiza que as falhas de segurança são frequentemente problemas humanos e culturais, não apenas técnicos. A priorização da segurança cibernética e a implementação adequada de ferramentas são essenciais para criar resiliência organizacional. A manipulação emocional e a engenharia social continuam sendo táticas eficazes para os atacantes, especialmente quando combinadas com a análise de dados acessíveis publicamente.

Em 2024, os principais desafios na cibersegurança foram a complexidade dos sistemas de segurança e a falta de habilidades nas equipes. Por outro lado, a inteligência sobre ameaças, o uso de insights gerados por IA e machine learning, e os testes de resposta a incidentes foram fatores que ajudaram a minimizar as perdas financeiras das empresas em caso de violações de dados. Ainda assim, 97% dos líderes brasileiros acreditam que tecnologias emergentes, como a IA, já são fundamentais na defesa contra ataques cibernéticos. 

Chelsea Jarvie apresenta dados sobre ataques de vishing.
Chelsea Jarvie apresenta dados sobre ataques de vishing.

O desenvolvimento de medidas que vão além da tecnologia, mas priorizam treinamentos sobre o surgimento de novos ataques e a fortalecem a cultura de segurança dos ambientes, são elementos-chave para que uma estratégia assertiva faça parte de um plano de ação forte e eficaz. Os riscos cibernéticos estão ampliados e se tornaram escaláveis, exigindo não apenas soluções aliadas às inovações, mas uma profunda mudança no comportamento e na mente de todos que fazem parte do ecossistema digital que está ameaçado.

“As tecnologias são essenciais, mas a resiliência cibernética depende tanto das pessoas, quanto da cultura. O foco excessivo em tecnologia pode acabar negligenciando a capacitação e a conscientização dos colaboradores. É importante a implementação de processos e campanhas que integrem a segurança na vida cotidiana dos funcionários, a adoção de treinamento psicológico que os ajude a entender os objetivos dos atacantes e como evitar cair em tantas armadilhas”, explica a especialista.

Além disso, as métricas que vão além do simples “clique” em campanhas de phishing, implicam em análises, no monitoramento de incidentes e no engajamento dos colaboradores com os profissionais especializados em segurança. As práticas organizacionais são vistas como um fator crítico para gerenciar riscos e dados de recursos humanos podem oferecer insights sobre a saúde e o engajamento da força de trabalho. Por fim, a segurança cibernética deve ser uma responsabilidade compartilhada, com foco na construção de uma cultura de segurança preparada, que permita às organizações enfrentarem as ameaças modernas de forma inteligente.

Fonte: Mondoni Press.

Leia também: Cientista finlandês alerta como ataques a satélites e drones ameaçam a segurança global

Como AWS e Escola da Nuvem, juntas, estão transformando o mercado de Tecnologia ao conectar alunos a vagas de emprego

Por meio do programa AWS re/start, a Escola da Nuvem forneceu talentos para integrarem a In2Clouds, empresa de transformação digital que chegou recentemente ao Brasil

O mercado de Tecnologia continua aquecido no Brasil. Segundo o estudo Mercado Brasileiro de Software – Panorama e Tendências 2024, da ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software), o Brasil investiu quase U$50 bilhões em TI no ano passado. Além disso, nuvem é a segunda habilidade técnica mais demandada do setor de TI atualmente, segundo relatório da Robert Half, e a profissão de Engenharia de Dados é a segunda mais procurada. Ainda assim, o mercado lida com uma dificuldade: faltam talentos e, mais do que isso, talentos qualificados – 48% dos líderes de RH percebem a escassez de habilidades como uma das principais ameaças aos negócios, segundo o estudo Força de Trabalho 2.0 – Desbloqueando o potencial humano em um mundo impulsionado por tecnologias, da Mercer.

Com o objetivo de diminuir essa lacuna e transformar o mercado de Tecnologia em um ambiente mais próspero e diverso, a Escola da Nuvem e a Amazon Web Services (AWS) se uniram para conectar pessoas a vagas reais de emprego no Brasil: por meio do AWS re/start, um programa gratuito de treinamento e desenvolvimento de força de trabalho que ajuda desempregados ou subempregados a desenvolver habilidades de computação em nuvem e os conecta a oportunidades de trabalho, alunos certificados pelo programa conseguiram o primeiro emprego em Computação em Nuvem ao integrarem a In2Clouds, empresa de transformação digital presente na América Latina, Estados Unidos, Espanha, Caribe e América Central e que agora está chegando ao Brasil. Até agora, três profissionais formados pela Escola da Nuvem já estão atuando na empresa e há outros em processo seletivo.

“No final do ano passado começamos a trabalhar uma conta no Brasil de forma remota, a partir da Costa Rica. Olhando a oportunidade [tecnológica] que o país tem, decidimos montar uma filial aqui e em abril abrimos um CNPJ. Queríamos contratar pessoas, então entramos em contato com a AWS, com quem temos uma parceria muito boa, e eles nos indicaram a Escola da Nuvem. A partir dos alunos que se formaram no AWS re/start, montamos um time local”, explica Luis Jimenez, Diretor Comercial da In2Clouds no Brasil.

Leia também: Com investimento de R$15 milhões, AWS e Escola da Nuvem esperam capacitar mais de 5 mil pessoas em computação em nuvem até 2025

Para a Escola da Nuvem, essa é uma parceria significativa, pois permite apoiar profissionais e empresas que estão em crescimento, abrindo cada vez mais oportunidades para acesso ao emprego, desenvolvimento profissional, resultados e geração de renda, impactando positivamente indivíduos, empresas e sociedade no geral. “A In2Clouds tem se mostrado uma parceira genuína, mantendo o relacionamento de forma constante, sempre considerando os profissionais presentes no banco de talentos da Escola da Nuvem para seus processos seletivos, contratando, inclusive, uma candidata que se formou em uma das nossas turmas exclusivas para pessoas migrantes. Quando uma empresa está disposta a dar uma chance para profissionais com potencial, mas que ainda não tiveram acesso a essas oportunidades, abrimos espaço para gerar mobilidade sociais, permitindo que pessoas tenham um trabalho estável e uma carreira que irá permitir melhores condições de vida, gerando um grande ciclo virtuoso, não só em suas vidas, mas em todo o seu entorno, que passa a ser mais diverso e inclusivo”, comenta Anabel Filardi, Analista de Emprego Apoiado na Escola da Nuvem e especialista em Diversidade e Inclusão.

“A AWS, juntamente com seus clientes e parceiros, trabalha para ajudar a garantir que haja talentos no Brasil para atender à crescente demanda por profissionais de computação em nuvem”, afirma Fabio Filho, Head de Training and  Certification na AWS Brasil. “Ao lado da Escola da Nuvem, já formamos milhares de alunos com cursos de treinamentos online e presenciais gratuitos voltados a pessoas vulneráveis e grupos sub-representados no mercado de tecnologia em todo o Brasil”.

“Através da Escola da Nuvem, fui indicado ao cargo de Desenvolvedor e Consultor Técnico da In2Clouds e consegui essa oportunidade. Tenho conhecimento em outras duas línguas, entre elas o espanhol, que é muito importante para a gente aqui na empresa. Algo bem bacana da Escola da Nuvem é que ela nos mantém conectados com o setor de empregabilidade e encontra oportunidades bem voltadas às nossas características e perfil”, comenta Gabriel, de 29 anos, que conseguiu uma oportunidade na In2Clouds. 

Para Ana Letícia Lucca, CRO da Escola da Nuvem, “parcerias como essa não são apenas oportunidades de inserção dos alunos no mercado de trabalho, mas um marco de transformação. Cada porta aberta significa uma chance de quebrar ciclos de vulnerabilidade e construir um futuro mais justo e inclusivo. A colaboração entre empresas comprometidas com a diversidade e instituições como a nossa é o caminho para um mercado de tecnologia verdadeiramente acessível a todos. Estamos prontos para novas parcerias que compartilhem desse propósito: não apenas preencher vagas, mas transformar vidas, e, com isso, o mundo”.

Fonte: Mondoni Press.

Cientista finlandês alerta como ataques a satélites e drones ameaçam a segurança global

Em sua breve passagem pelo Brasil, o finlandês Andrei Costin, o professor da Universidade de Jyväskylä, fez alertas para centenas de especialistas reunidos na conferência global Cyber Security Summit Brasil, nesta segunda-feira, 28. Em uma era marcada pelo aumento de satélites comerciais, como o Starlink, Andrei destacou a complexidade de proteger redes que mesclam propósitos civis e militares.

Segundo ele, existem tecnologias civis e militares tão misturadas que é difícil traçar uma linha entre elas. “Muita dessa tecnologia é usada em geral e, às vezes, é muito difícil colocar uma linha entre onde o militar começa e onde o civil termina”, afirmou, citando como o Starlink desempenha funções tanto de conectividade civil quanto de apoio militar. Ele ressaltou que a presença dessas redes no espaço, especialmente em conflitos como o da Ucrânia, traz desafios de proteção que vão além das capacidades convencionais. Andrei observou que essas tecnologias precisam ser vistas como parte de uma nova estratégia de segurança que envolve tanto empresas quanto governos, enfatizando a necessidade de cooperação global para monitorar e proteger tais infraestruturas.

Com uma carreira marcada por pesquisas em segurança de dispositivos IoT, firmware e privacidade digital, Andrei explorou em sua apresentação os riscos associados ao uso comercial de satélites, drones, redes aeroespaciais e marítimas. Outro ponto levantado pelo professor foi o risco representado pelo mercado secundário de componentes eletrônicos. “No eBay, você pode encontrar peças de sistemas de controle antigas, com códigos vulneráveis que ainda compartilham protocolos com modelos atuais”, comentou. Ele explicou que essa realidade cria oportunidades para que hackers explorem códigos vulneráveis desses dispositivos, uma vez que as empresas frequentemente evitam substituições devido ao custo elevado. “Essas tecnologias não foram projetadas para os desafios de segurança que enfrentamos hoje… nós temos que apenas ‘patch and pray’, ou seja, atualizar o sistema e esperar pelo melhor. Esse é o único jeito”. Ele destacou como essa situação é preocupante para a confiança de quem depende desses sistemas, especialmente em contextos críticos, como aviação e infraestrutura.

A apresentação de Andrei também incluiu uma análise sobre a manipulação de dados de sistemas de comunicação, como o ADS-B (usado na aviação) e o AIS (para navegação marítima). O professor demonstrou como informações falsas podem ser injetadas nesses sistemas, simulando a presença de aeronaves ou embarcações em áreas estratégicas, o que poderia desencadear respostas políticas e militares indesejadas. “É como colocar um caça em um mapa digital, sem assinatura digital. Uma técnica falsa, mas que parece real”, explicou. Ele destacou como, em situações de alta tensão geopolítica, manipulações desse tipo poderiam ser mal interpretadas e causar incidentes internacionais, especialmente se visualizadas em tempo real por países como a China.

Andrei chamou atenção para as limitações de tecnologias antigas, ainda amplamente utilizadas em infraestrutura crítica, como sistemas de comunicação de aeronaves e navios. “Esses protocolos de comunicação, como o GDL90, ainda são vulneráveis, e a implementação de novas versões é cara e demorada”, relatou. Ele descreveu como as tecnologias de controle e comunicação usadas hoje foram projetadas há mais de uma década e permanecem vulneráveis a explorações, sendo muitas vezes inadequadas para enfrentar as ameaças modernas de segurança cibernética. “Em muitos desses sistemas, as vulnerabilidades são conhecidas, mas continuam sem solução por questões de custo e complexidade de atualização”, disse ele.

Em suas observações, Andrei reforçou que a evolução dos ataques cibernéticos exige uma abordagem que vá além da tecnologia, envolvendo também política e economia. “Essas tecnologias facilitam manipulações que vão muito além dos negócios; elas entram na esfera geopolítica, com potencial de desestabilizar relações internacionais”, enfatizou. Ele defendeu a criação de regulamentações mais rígidas e uma colaboração estreita entre empresas e governos para mitigar os riscos e proteger a infraestrutura cibernética crítica.

Com uma palestra que uniu conhecimento técnico detalhado a exemplos práticos e atuais, Andrei Costin deixou uma mensagem clara sobre a urgência de novas abordagens de segurança cibernética. “Se queremos proteger nossas infraestruturas, precisamos de uma visão de segurança robusta e integrada. Precisamos parar de apenas reagir e começar a antecipar essas ameaças”, concluiu.

Até 2031, deve ocorrer 1 ataque cibernético a cada 2 segundos

Cibersegurança é discutida entre especialistas no Brasil, ainda mais com a escaladas de invasões de empresas e golpes com auxílio da IA

Por Marina Harriz*

A preocupação com a escalada de golpes cibernéticos tem aumentado as discussões entre especialistas do Brasil e do mundo para frear ataques, especialmente em grandes multinacionais, e melhorar a segurança de dados e gerenciamento de crise dentro das corporações e empresas.

Em 2016, era possível ver um ataque cibernético a cada 40 segundos. Isso piorou em um cenário de cinco anos e, em 2021, um ransomware era visto a cada 11 segundos. Uma estimativa é que até 2031, ocorra um sequestro de dados a cada dois segundos, de acordo com o relatório da Netwrix 2021.

Esse dado foi apresentado durante painel em um evento de segurança em São Paulo: o Cyber Security Summit Brasil de 2024.

A segurança cibernética não deve ser isolada e precisa estar alinhada com a comunicação, área de danos e o jurídico das empresas, visando sempre ter um plano de gerenciamento de crise antecipado para conter possíveis ameaças globais, segundo Daniela Morelli, gerente executiva de segurança da informação, que esteve presente no evento em São Paulo.

Daniela Morelli, gerente executiva de segurança da informação – Foto: Divulgação/REC35films

“As decisões devem ser tomadas antes da crise. E, com o advento da LGPD, o jurídico e o CISO das organizações começaram a ter maior sinergia”, explica.

A estratégia bem desenhada pode auxiliar na precisão e velocidade na resposta de ataques, além de mostrar confiança na crise para acionistas, investidores e consumidores/clientes.

Porém, há diferenças nos posicionamentos adotados diante de ataques do Brasil em comparação a outros países. “No Brasil, não há tanta transparência de problemas cibernéticos como na América Central”, de acordo com Daniela Morelli. Em conversa exclusiva ao Newly, a gerente executiva de segurança afirmou que ainda há diferenças de regulamentação entre os países, mas uma grande diferença cultural, em que o Brasil ainda se receia em abrir questões de vulnerabilidade e risco.

Ataques x acesso privilegiado x mão de obra qualificada

Atualmente, os backups de empresas são os alvos mais recorrentes de ataques, em que os hackers criptografam dados e solicitam resgate financeiro milionário, muitas vezes, para liberá-los novamente. Mas ainda há muitos casos de Brute Force, que consiste em detectar senhas do sistema na tentativa e erro, ou Credential Stuffing, método automatizado para encontrar os acessos e nomes de usuários.

Na visão de Diego Miyamoto, técnico consultor de cibersegurança da ManageEngine, é essencial ter atenção ao gerenciamento de acesso privilegiado, como, por exemplo, dar permissões limitadas àquela atividade em si, a fim de manter a segurança da rede. Somado a isso, é necessário ter a preocupação de inovar nas ferramentas de segurança de alta performance e investir em treinamentos e capacitações dos funcionários.

Mesmo a cibersegurança sendo uma área que cresce e tem boas remunerações no Brasil, ainda há um déficit de 750 mil profissionais gabaritados para as funções, segundo estudo da Fortinet.

E cerca de 83% das empresas no mundo que sofreram violações de segurança no ano passado tiveram problemas maiores por não ter mão de obra qualificada, o que impacta em perdas financeiras, com prejuízos milionários.

Além da falta de profissionais especializados, o mercado enfrenta um outro problema: o burnout [ou esgotamento profissional] das pessoas que estão na linha de frente da área de segurança do setor privado. Isso acontece por times pequenos, mas também pela pressão para se resolver problemas de ataques o mais breve possível.

Ana Claudia Ferrari, diretora de TI e especialista em cybersecurity – Foto: Divulgação/REC35films

Com aumento e constância de ataques, Ana Claudia Ferrari, diretora de TI e especialista em cybersecurity, enfatiza a necessidade de estratégias dentro das organizações para prevenir esse problema, como planejamento pré-crise, delegação de tarefas e promoção de uma cultura que equilibre segurança e bem-estar dos funcionários.

Conectividade e ataques na sociedade civil

Até 2023, 92,5% dos domicílios tinham acesso à internet no Brasil, segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua. E golpes aumentam com tamanha conectividade mundial, não só em empresas, mas com a população de modo geral. Os principais ataques virtuais são phishing e golpe financeiro, ransomware, vazamento de dados, falsa central telefônica de empresas – que os criminosos se passam por órgãos oficiais – e extorsão relacionados a crimes sexuais.

As novas formas de ataques cibernéticos que ocorrem diariamente fazem com que hackers se aproveitem de tecnologias emergentes para aprimorar suas técnicas, especialmente com inteligência artificial.

“É muito nítida a migração da criminalidade tradicional para o digital. Isso porque na internet, o custo do estelionato é mais baixo e acaba apresentando mais benefícios para o criminoso”, segundo José Matias da Rocha Júnior, escrivão de polícia do Rio Grande do Sul.

E a pena do crime cibernético no Brasil é baixa ainda. Em conversa exclusiva com a delegada de polícia de crimes cibernéticos de Eldorado do Sul e Canoas, Luciane Bortoletti, além da punição branda, falta evoluir na integração do sistema das polícias no país.

Luciane Bortoletti, delegada de polícia de crimes cibernéticos de Eldorado do Sul e Canoas. Foto: Divulgação/REC35films

“Somado a isso, falta capacitação do servidor do policial de cyber, que é muito incipiente ainda; falta a de capacitação do MP e do judiciário, que não acompanham essa migração. Além do acompanhamento da legislação para penalizar com mais rigor esses crimes”, enfatiza.

Para a sociedade civil, as recomendações para se proteger de golpes, especialmente da falsa central, é não passar nenhuma informação por telefone e desconfiar de telefonemas de empresas e bancos, já que a prática não é usual. E, por telefone ou pela internet, “ao cair em um golpe, deve registrar imediatamente uma ocorrência [pelo BO], já que a polícia trabalha com o tempo”, finaliza Luciane.

Os delegados do sul do país foram responsáveis por identificar os criminosos responsáveis pelo Golpe 0800 durante a pandemia. Uma das técnicas utilizadas para rastrear os criminosos foi a triangulação de sinais de celular.

IA e educação cibernética

A engenharia social dos golpes e ataques em escalada tem ficado cada vez mais sofisticada e complexa, ainda mais com a aplicação da inteligência artificial. De acordo com Rafael Narezzi, especialista em cibersegurança e chairman da conferência global Cyber Security Summit Brasil, ainda precisamos avançar na educação relacionada ao digital.

Rafael Narezzi, especialista em cybersecurity e chairman do Cyber Security Summit Brasil . Foto: Divulgação/REC35films

“A educação cibernética, em alguns países, já está se desenvolvendo, como aqui no Brasil. Porém, as tecnologias avançaram, mas as proteções não acompanharam na mesma velocidade que era necessário. E hoje vivemos uma economia digital [mundial] e se você não está educado para essa realidade, tudo fica difícil”.

A edição de 2024 do Cyber Security Summit Brasil aconteceu nos dias 28 e 29 de outubro, no Hotel Grand Hyatt, em São Paulo e é considerado referência em conteúdo exclusivo e networking para o setor de cibersegurança, atraindo, anualmente, uma audiência composta por CEOs, CIOs, CISOs, CTOs, CROs, representantes governamentais, diretores, gerentes, analistas de TI, especialistas em segurança e tecnologia.

*Marina Harriz é jornalista e passou por veículos como TV Jovem Pan News, TV Record e TV Cultura.

Black Friday: como aumentar as vendas e se dar bem na data utilizando automação de WhatsApp

Segundo pesquisa, 66% dos brasileiros tencionam fazer aquisições na data; WhatsApp aparece como o canal mais eficaz no contato com o cliente

De acordo com a Pesquisa de Intenção de compra Black Friday 2024, elaborada pela Wake em parceria com a OpinionBox, 66% dos consumidores brasileiros pretendem comprar algum produto na Black Friday deste ano. O relatório, que também aborda questões relacionadas à experiência do consumidor, aponta que o WhatsApp é um dos meios preferidos de interação dos clientes (30,1%) com as empresas quando o assunto é comunicação e propagandas da marca.

Neste aspecto, o estudo Ranking Cielo-SBVC, elaborado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), mostrou que 46% das maiores varejistas que atuam no Brasil utilizam o WhatsApp como ferramenta de vendas. Ao mesmo passo, a pesquisa Panorama de Vendas 2024, elaborada pela RD Station, revelou que 70% dos profissionais de venda declaram que a rede é o canal mais eficaz no contato com o cliente.

A partir desse cenário, Marcos Schütz, CEO da VendaComChat, rede de franquias especializada nos serviços de automação do Whatsapp, alerta para o fato de que iniciar ações automatizadas no aplicativo de mensagens instantâneas antes da Black Friday potencializam as vendas e melhoram a experiência do cliente. “Campanhas prévias ajudam, não apenas expandir a base de contatos como também a criar expectativa nos consumidores. Ao anunciar ofertas e descontos especiais que estarão disponíveis, as marcas despertam o interesse e a excitação, incentivando os clientes a se planejarem para as compras”, explica.

Segundo o executivo, ferramentas de automação do WhatsApp oferecem várias funcionalidades projetadas para maximizar a eficiência do atendimento ao cliente e, consequentemente, ampliar as vendas. Isso porque, por meio do recurso, é possível atender um volume maior de consumidores simultaneamente, criar senso de urgência sobre as ofertas, responder perguntas frequentes e resolver problemas comuns com chatbot, além de gerenciar o fluxo de mensagens. “Essas capacidades de automatização asseguram que o serviço ao cliente seja não apenas rápido, mas também de alta qualidade, mesmo quando o volume de interações é significativamente maior”, comenta Marcos.

Conforme o CEO da VendaComChat, alguns recursos são cruciais para se destacar durante a Black Friday, confira:

Análise de Dados
Ferramentas de automação do WhatsApp viabilizam a coleta e a análise de dados dos clientes, de modo que os vendedores podem entender melhor os padrões de compra e otimizar as estratégias de marketing e vendas durante a Black Friday. “Esse tipo de ferramenta permite criar e enviar ofertas personalizadas com base no histórico de compra do cliente. Durante datas de alta demanda, isso pode ser usado para oferecer descontos exclusivos que são mais propensos a converter vendas, com base nas preferências e comportamento de compra anteriores dos consumidores”, esclarece Marcos.

Programação de alertas sobre ofertas relâmpago e estoque limitado
Por meio de mensagens automáticas, os varejistas podem avisar os clientes sobre o lançamento de futuras ofertas, promoções relâmpagos e sobre o estoque dos produtos mais desejados. Segundo Schütz, isso mantém os clientes informados e atentos até o início das promoções, motivando compras imediatas.

Gerenciamento no pico de atendimento
O sistema pode mecanizar o agendamento de confirmações ou lembretes, reduzindo a carga administrativa sobre os funcionários, de modo a evitar atrasos ou confusões. Além disso, em períodos de alto tráfego, o gerenciamento de mensagens recebidas garante que todas sejam atendidas de forma oportuna, mantendo a qualidade e a rapidez do atendimento.

Personalização de agradecimentos e solicitação de feedbacks
Por último, o CEO ressalta que realizar um pós-venda eficiente é crucial para fidelizar os clientes adquiridos durante datas sazonais do varejo e por isso recomenda, “envie mensagens de agradecimento personalizadas após a compra, usando o nome do cliente e mencionando especificamente o produto adquirido. Isso mostra apreço e reconhecimento por ele. Além disso, enviar pesquisas de satisfação logo após a conclusão de um atendimento, pode proporcionar um feedback instantâneo que deve ser usado para ajustes rápidos em tempo real”, finaliza.

61% dos trabalhadores não demonstram preocupação com a IA substituir as funções humanas

Relatório da Jitterbit e da Censuswide indica que a IA não é vista como a “vilã” do ambiente de trabalho, mas sim como aliada para o desenvolvimento

Lucas Felisberto, VP de vendas & CS da Jitterbit

A Inteligência Artificial vem sendo cada vez mais vista como uma ferramenta de capacitação para trabalhadores de escritório, em vez de uma ameaça aos seus empregos. Uma pesquisa recente realizada pela Jitterbit, em parceria com a Censuswide, com mais de mil trabalhadores dos Estados Unidos e do Reino Unido, revelou que a maioria vê a IA como uma oportunidade para aprimorar suas habilidades profissionais. O estudo mostra que 96% dos entrevistados acreditam que a IA pode melhorar suas funções no trabalho, eliminando tarefas repetitivas e liberando tempo para atividades mais estratégicas e criativas.

Para Lucas Felisberto, Vice-Presidente de Vendas & CS da Jitterbit, essa mudança está abrindo novas possibilidades para empresas de todos os portes. “No Brasil, temos uma oportunidade única de usar a IA para impulsionar nossa produtividade e inovação, especialmente em mercados emergentes. A IA já está otimizando processos e ajudando empresas de todos os portes a criarem soluções sob medida”.

Adicionalmente, a pesquisa destaca que 61% dos colaboradores não demonstram preocupação com a IA substituir as funções humanas, o que reflete uma compreensão crescente de que a IA atua como uma ferramenta complementar aos esforços humanos.

Além disso, a pesquisa mostra que a automação de tarefas rotineiras está se concretizando com a popularização da IA generativa. Entre os principais benefícios esperados pelos trabalhadores, 46% destacam a redução do tempo gasto na coleta de informações de sistemas e aplicativos de trabalho, enquanto 33% esperam que a IA aumente o tempo dedicado a atividades mais reflexivas e de maior valor.

No Brasil, a transformação digital impulsionada pela IA ainda está em seus primeiros estágios, mas já promete impactos significativos, como explica Lucas. “Com o aumento da aceitação da IA no ambiente de trabalho, o país tem a chance de se posicionar como um líder na adoção dessa tecnologia, não apenas para otimizar operações, mas também para criar novas soluções que impulsionam a competitividade global”.