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IA no varejo: market4u diminui em 90% o índice de fechamento de unidades e aumenta faturamento em 10%

Rede de mercados autônomos, market4u faz uso da IA para precificação, mix de produtos e previsão de índice de saúde das unidades

Durante a NRF Retail Big Show 2024, maior evento mundial de varejo, a Inteligência Artificial (IA), foi tema dominante no palco, sendo apontada como fator crucial para o futuro do segmento varejista. Na prática, o market4u, rede de mercados autônomos que opera em condomínios comerciais e residenciais, é uma prova real dos benefícios que a IA pode proporcionar para o varejo. Com a tecnologia, a rede conseguiu aumentar em 1,5% a média das margens das operações, expandir em 10% o faturamento e reduzir em 90% o índice de fechamento de lojas.

Segundo Lucien Newton, vice-presidente da vertente de consultoria do Grupo 300 Ecossistema de Alto Impacto, que estava presente no evento, foi dada especial atenção à integração da AI em funções de varejo fora do merchandising, explorando novas aplicações e casos de sucesso. “As discussões se concentraram em como os negócios podem se adaptar e prosperar em um mercado em constante evolução, com um foco específico em inteligência artificial, tecnologia e sustentabilidade. E como as empresas podem adicionar valor para si mesmas e seus públicos, criando experiências únicas para os clientes e se remodelando, com insights de um mercado dinâmico, destacando a importância da inovação e da flexibilidade nas operações de varejo,” ressalta Newton.

Segundo Henrique Magalhães, Chief Data Officer (CDO) do market4u, a empresa faz uso da IA na precificação dos itens comercializados e na sugestão de mix de produtos. “A Inteligência Artificial é uma grande aliada na melhor utilização dos dados que possuímos, permitindo que seja realizando análises de informações com uma precisão enorme e em tempo real, otimizando os processos de forma a aumentar a margem de lucro e a satisfação dos clientes”, comenta Magalhães.

Outro fator que também ajudou nos resultados do market4u, foi a capacidade da tecnologia para a previsão de índice de saúde das unidades. “Como a Inteligência Artificial transforma dados em insights, ela viabiliza a antecipação de problemas operacionais ou financeiros, possibilitando intervenções proativas que garantem a sustentabilidade e o crescimento contínuo do negócio”, explica.

Para o especialista, a ascensão da IA no varejo é o início da Era dourada da criatividade. “Essa tecnologia é uma ferramenta de automatização com nível de precisão jamais visto e nos dá a oportunidade única de ressignificar o propósito do ser humano, viabilizando acesso a recursos que nos permitem colocar em prática nossas ideias num piscar de olhos”, finaliza o CDO do market4u.

Fonte: market4u

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Inteligência Artificial e o futuro do trabalho: quais são os reais impactos na empregabilidade dos profissionais?

Por Durval Jacintho*

Uma das questões que mais geram insegurança e receio sobre o uso intensivo da Inteligência Artificial (IA) Generativa é a possível extinção de empregos. De acordo com o Relatório de Inteligência Artificial da Opinion Box, 38% das pessoas acreditam que a utilização da inteligência artificial pode ocasionar a perda de empregos e causar impacto socioeconômico. De certo há muita especulação e incerteza, mas ninguém pode prever ainda, com algum grau de precisão, os reais impactos desta nova tecnologia.

Tal como ocorreu nas revoluções industriais passadas, empregos perdidos foram substituídos por outros, então acredito que lutar contra a inteligência artificial não seja a melhor alternativa. O movimento Ludista – surgido na Inglaterra no século XVIII, contrário ao uso da tecnologia, quebrando as máquinas como forma de protesto contra a mecanização e as más condições de trabalho – se mostrou ineficaz diante da evolução tecnológica que resultou na 1ª Revolução Industrial. Aliás, segundo o estudo da Opinion Box, 67% das pessoas concordam que os profissionais que não aprenderem a usar a inteligência artificial podem ficar em desvantagem no mercado de trabalho. Então, como lidar com essa contradição?

Existem diversas projeções sobre a perda de empregos provocadas pela IA, porém não há muitas bases sólidas sobre o real alcance da tecnologia. Surpresa: nós ainda não vivenciamos o suficiente a IA para chegar lá e ver acontecer. Além disso, poucos falam sobre os novos empregos que estão sendo criados. O Fórum Econômico Mundial (WEF – World Economic Forum) estimou que 85 milhões de empregos serão perdidos até 2025, mas que 97 milhões de novos empregos serão criados. 

Uma pesquisa da consultoria Gartner divulgada em 2023 e feita com 821 executivos de negócios que atualmente planejam implementar IA generativa em todas as funções de negócio mostra que há uma redução prevista do números de funcionários com a adoção da IA Generativa. Essa redução deve crescer até 8,2% em 2026. Ao mesmo tempo, 51% desses executivos relatam que irão adicionar pessoal com experiência em IA.

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Ainda, entre 42% e 50% dos funcionários destas organizações pesquisadas relatam uma expectativa de delegação parcial ou completa à IA de suas tarefas administrativas e físicas de rotina, como geração de imagens e vídeos, resumo de informações e gestão do calendário. Por outro lado, os funcionários mais preocupados com a mudança ou eliminação de seu emprego expressam menor intenção de permanecer com a organização atual. Esta rotatividade potencial é um dado a ser considerado pelas organizações, pois ela pode custar milhões de dólares por ano e uma perda significativa de produtividade. Assim, é preciso estratégia e planejamento neste cenário. 

Em colaboração com a Accenture, o Fórum Econômico Mundial publicou, em dezembro do ano passado, na série “Jobs of Tomorrow”, um documento de análise do impacto potencial dos grandes modelos de linguagem (LLM´s – Large Language Models) nos empregos em vários setores, mostrando uma mudança de paradigma na forma como interagimos com informações e, por conseguinte, na forma como trabalhamos.

A análise mostra que, embora a aplicação dos modelos de linguagem possa levar a ganhos significativos de produtividade e à criação de novos tipos de empregos, existe também o risco real de substituição das funções existentes, exacerbando disparidades socioeconômicas e criando um sentimento de insegurança na empregabilidade entre a força de trabalho global. Na pesquisa, o Fórum identificou que mais de 40% das horas de trabalho poderiam ser transformadas em modelos de linguagem por meio da automação e da inteligência artificial generativa. 

Os empregos mais impactados serão os de tarefas rotineiras e repetitivas, que não precisam de um alto nível de comunicação interpessoal. Os empregados com maior potencial de aumento de oportunidades são os que enfatizam o pensamento crítico e complexo e as habilidades de resolução de problemas, especialmente aquelas em ciências, tecnologia, engenharia e matemática, conhecidas pelo acrônimo STEM – Science, Technology, Engineering and Mathematics.

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Para orientar as organizações, o documento do Fórum Econômico Mundial propõe algumas ferramentas para a definição de estratégias a partir de três transformações principais que a IA irá provocar no futuro do mercado de trabalho. As transformações são orisco de mudançase deslocamento dos empregos, considerando que os modelos de linguagem são capazes de executar muitas das tarefas de linguagem usadas no trabalho; a qualidade do emprego, não somente pela afetação do número de vagas, mas pela natureza do trabalho; e é a necessidade contínua de aprendizado e requalificação dos profissionais (reskilling).

As estratégias de negócios podem ser enquadradas em três principais planos de ação para as empresas cuidarem da abordagem da IA nas organizações:

1 – Promover a conscientização dos trabalhadores, o que envolve informá-los e educá-los sobre os impactos potenciais dos modelos de linguagem em suas funções atuais e nas futuras perspectivas de emprego, capacitando-os para envolverem-se proativamente com o cenário de evolução tecnológica;

2 – Facilitar a mudança organizacional, ou seja, as empresas precisam adaptar suas estruturas, processos e estratégias para aproveitar os benefícios de novas tecnologias, mitigando os riscos associados com tais transformações.

3 – Adaptar as normas e cultura organizacional para remodelar atitudes, comportamentos e valores dentro do local de trabalho, a fim de promover agilidade na resposta às mudanças.

Por sua vez, cada plano de ação envolve algumas atividades para a transição segura da força de trabalho em conformidade com os modelos de linguagem e, consequentemente, com a atuação da inteligência artificial no ambiente de trabalho. São elas: 

1. Implantar uma previsão proativa e comunicar expectativas quanto ao uso da inteligência artificial, assim como garantir o design inclusivo de aplicativos de IA e elaborar programas amplos de conhecimento sobre os modelos de linguagem ao lado de trabalhadores que lidam diretamente com a inteligência artificial, visando a conscientização do trabalhador; 

2. Configurar e fazer uso de mercados de trabalho internos, além de implementar estruturas de governança transparentes para modelos de linguagem e priorizar uma abordagem que considera as habilidades de toda a organização em prol da mudança organizacional;

3. Garantir maior agilidade da força de trabalho, além de aumentar a conscientização sobre os benefícios dos modelos de linguagem no local de trabalho e oferecer oportunidades de aprendizado para facilitar a mudança de normas e da cultura da empresa.  

O estudo conclui que a transformação deve ser gerida de forma responsável. Para se beneficiar totalmente da inteligência artificial e dos modelos de linguagem, as empresas devem primeiro abordar as preocupações em torno de ética, confiança, governança e legalidade.

Por isso, líderes empresariais e Conselhos de Administração devem considerar nas estratégias de governança da empregabilidade na era da IA o equilíbrio entre aproveitar as oportunidades de maior produtividade e competitividade que a tecnologia permite e gerenciar possíveis disrupções sociais na organização e no relacionamento com os stakeholders.

Durval Jacintho é Engenheiro Eletrônico e Mestre em Automação Industrial pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e consultor internacional em tecnologia pela DJCon, com 38 anos de experiência C-Level no mercado de tecnologia e telecomunicações. Conselho de Administração certificado pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) e vice-coordenador da Comissão de Ética do IBGC e membro da Comissão de Inovação do Capítulo São Paulo Interior. Integra o Comitê de Gestão do Hub da Gestão e o Chief.group.

Fonte: Mondoni Press.

C&A: Automação da Prime Control para varejista recebe prêmio latino-americano de inovação

Projeto de automação de testes de performance e qualidade orientada por dados foi o ganhador do ISG Paragon Awards 2023, prêmio global que reconhece os melhores cases de tecnologia

A Prime Control, empresa brasileira de testes e qualidade de software, construiu uma camada robusta de testes regressivos automatizados para a C&A, varejista de moda e tecnologia. A solução permitiu que os especialistas em qualidade (QAs) da varejista tivessem mais tempo para focar em testes exploratórios e na prevenção de bugs. A automação da Prime levou a uma redução de 100% no esforço manual, liberando a equipe para tarefas mais estratégicas e aumentando a produtividade em mais de 80%.    

O projeto colocou a Prime Control no Hall da Fama da C&A em 2022 e, agora em 2023, a empresa é premiada na categoria de Inovação da primeira edição da América do Sul do ISG Paragon Awards, prêmio global que destacou a evolução da indústria de serviços de tecnologia. Segundo Everton Arantes, CEO da Prime Control, o case com a C&A enfrentou o desafio de escalar e implementar gestão de qualidade em mais de 70 squads atuando paralelamente. “Hoje, conseguimos executar cerca de 7.300 casos de testes automatizados, que abrangem tanto testes de API quanto de automação móvel, todos monitorados minuciosamente por meio de indicadores e dashboards dinâmicos. Foram automatizados um total de 1.113 endpoints, reduzindo o tempo de teste de horas para minutos e permitindo um monitoramento em tempo real da saúde das APIs.”

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Além disso, a Prime Control unificou diversos registros de execução, originalmente dispersos em diferentes repositórios, em uma base única. A solução central do projeto é o TAOF (Test Automation Observability Framework), um quadro de observabilidade robusto para automação de testes de API e mobile, construído utilizando diversas tecnologias, unindo soluções open source com ferramentas de mercado. “Os dashboards proporcionam uma visualização inteligente e rápida sobre os processos de automação, permitindo identificar avanços e áreas que precisam de atenção”, explica Everton. Esse nível de observabilidade auxilia a equipe a realizar entregas mais ágeis, além de reduzir incidentes e paradas em produção.

O Paragon Awards, realizado pela parceria do Information Services Group (ISG), empresa global de pesquisa e consultoria em tecnologia, com a TGT Consult, acontece anualmente na América do Norte, Europa, Oriente Médio e África. A edição de 2023 do prêmio foi a primeira a abranger a América do Sul, premiando empresas em quatro categorias: Excelência, Inovação, Transformação e Sustentabilidade Ambiental.

O CEO destaca que a conquista é uma oportunidade para chancelar o trabalho que a equipe vem realizando, incluindo os investimentos em inovação. “Todo o nosso esforço em manter uma atuação consistente como parceiro dos clientes, acelerando a cultura de qualidade para fortalecer ainda mais o posicionamento no mercado, mostrou resultados. A ideia é continuar colocando a Prime no centro da experiência do cliente, abordar os desafios do negócio e impulsionar o avanço com qualidade no dia a dia”, finaliza. 

Fonte: Mondoni Press

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Tempo de mudanças: Especialista destaca como a expansão IA exige a atualização dos profissionais para 2024

CEO do Mission Brasil, Thales Zanussi aponta como a tecnologia do momento tem traçado os novos rumos e tendências para o ambiente corporativo

Recentemente, o mundo foi surpreendido pelo vazamento de um plano de reestruturação interna da Google. Segundo o canal CNBC, mais de 30 mil funcionários pelo mundo serão impactados pela readequação. Se num primeiro momento a notícia poderia ilustrar uma eventual crise da gigante de tecnologia, pouco tempo depois se soube que, na verdade, as realocações fazem parte de um movimento estratégico para intensificar de forma expressiva os investimentos em soluções de inteligência artificial. O noticiário dá conta que a empresa irá injetar mais de US$ 2 bilhões no desenvolvimento da área nos próximos meses.

O caso envolvendo a Google é apenas um dentre tantos exemplos que evidenciam como a IA está transformando o mercado de trabalho de maneiras sem precedentes, criando inúmeras novas tendências e oportunidades para 2024. Graças a alta capacidade de potencializar habilidades e competências humanas, a tecnologia vem se consolidando como um apoio indispensável ao trabalho, afastando cada vez mais a noção de representar uma ameaça. 

Não é à toa que mais de 75% das empresas globais, segundo um estudo do Fórum Econômico Mundial, já buscam incorporar a IA em seus negócios. De acordo com Thales Zanussi, CEO do Mission Brasil, empresa referência em digital outsourcing e staff on demand no país, estar alheio a esse movimento transformador pode representar riscos inclusive ao desenvolvimento de empresas e negócios. 

“A inteligência artificial não é apenas uma ferramenta tecnológica, mas sim um catalisador para a inovação e eficiência no ambiente de trabalho. As corporações que adotam a IA estão vendo melhorias significativas em produtividade e eficiência, além da redução significativa nos custos operacionais,” afirma Zanussi. 

Um novo cenário para profissionais

Se não há mais dúvidas quanto aos impactos da tecnologia pelo viés dos negócios, o mesmo pode ser dito em relação ao papel dos profissionais. Enquanto algumas tarefas rotineiras e repetitivas se tornam automatizadas, novas funções e atribuições começam a surgir. 

Para se ter uma ideia do tamanho desta renovação, um estudo publicado pela edX aponta que 47% dos líderes globais acreditam que os profissionais não estão preparados para o futuro do trabalho com a IA. Segundo Zanussi, à medida que a tecnologia passa a se popularizar, os profissionais também precisam se adaptar a essa nova realidade. “Estamos diante da curva de aprendizado mais íngreme desde a popularização da máquina de escrever”, afirma. 

Ainda de acordo com o especialista, trabalhadores que consigam usufruir da tecnologia para otimizar performance estão prestigiados no mercado. “É possível dizer que a habilidade mais requisitada num futuro próximo será saber aplicar o poderio da IA na sua rotina, independentemente de qual seja o setor de atuação ou o cargo em questão”, completa.

Fonte: Mission Brasil

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Como a IA transforma a eficiência operacional de startups de saúde?

*Por Rafael Kenji Fonseca Hamada, médico e CEO da FHE Ventures 

A inteligência artificial se tornou uma ferramenta poderosa na área da saúde e sua aplicação está revolucionando a forma como os serviços são prestados. Há muitas ferramentas que vão ao encontro desse universo. O aprendizado de máquina, ou machine learning, por exemplo, é uma subárea da IA que se concentra no desenvolvimento de algoritmos, permitindo que os sistemas aprendam e melhorem com a experiência.  

Na área, o ML é usado para treinar modelos com base em dados médicos e históricos para prever diagnósticos, resultados de tratamento e muito mais. Já as Redes Neurais Artificiais (RNAs) são estruturas de IA inspiradas no funcionamento do cérebro humano. Também são usadas em diagnóstico médico, além de análise de imagens, Processamento de Linguagem Natural (PLN), entre outras ações. 

Este último recurso, inclusive, envolve a capacidade de os sistemas entenderem e gerarem linguagem humana. Isso é utilizado para automatizar a análise de registros, traduzir informações para facilitar a comunicação entre profissionais de saúde e pacientes e até mesmo para chatbots de atendimento ao cliente. 

Principais benefícios 

Não tem como negar que a inteligência artificial fornece vantagens tangíveis não apenas para os negócios, mas também para os pacientes. Entre os principais benefícios destaco: 

Diagnóstico mais preciso: é possível melhorar a precisão do diagnóstico médico, identificando doenças em estágios mais precoces e reduzindo erros humanos.  

Agilidade no atendimento: chatbots e assistentes virtuais baseados em IA podem agilizar o atendimento ao paciente, fornecendo respostas rápidas a perguntas comuns e facilitando o agendamento de consultas. 

Análise de Big Data: a IA pode processar grandes volumes de dados, permitindo que as startups identifiquem tendências de saúde, ajustem seus serviços e desenvolvam abordagens mais personalizadas. 

Monitoramento contínuo: dispositivos de IoT (Internet das Coisas) e aplicativos de saúde podem coletar informações em tempo real, favorecendo o monitoramento do paciente e intervenções precoces. 

Redução de custos: a automação de tarefas administrativas, como faturamento e agendamento, pode reduzir significativamente os custos operacionais. 

Melhoria na pesquisa médica: a IA pode acelerar a pesquisa médica, analisando vastas quantidades de dados e identificando correlações e insights que os seres humanos poderiam levar anos para descobrir. 

Portanto, as startups que adotam a tecnologia estão em uma posição vantajosa para oferecerem serviços de saúde mais eficientes e de alta qualidade, à medida que o segmento continua a evoluir com avanços tecnológicos. 

*Rafael Kenji Hamada é médico e CEO da FHE Ventures, uma corporate venture builder cujo principal objetivo é desenvolver soluções inovadoras voltadas ou adaptadas para as áreas de saúde e educação.  

Fonte: FHE Ventures

Novo relatório TGT ISG aponta emissão de moedas digitais e pix automático e internacional como tendências para o setor bancário

Estudo ISG Provider Lens™ Digital Banking Services 2023 evidencia a transformação digital do setor bancário e aponta novos modelos de negócios que devem reinventar o mercado

Com o setor bancário se consolidando no Brasil, tanto em termos de profundidade quanto de variedade de serviços, o ISG realizou pela primeira vez no país o estudo denominado ISG Provider Lens™ Digital Banking Services 2023 – Brazil 2023, no qual avalia a transformação desse ecossistema, que resultou na redução de custos de transação e na facilitação da migração de clientes entre instituições, eliminando barreiras para novos entrantes.

Em 2020, ocorreu um marco importante para a inovação do Banco Central que foi a construção de uma infraestrutura aberta de pagamentos instantâneos, o Pix, novo sistema que acabou se tornando o principal meio de transações entre os brasileiros. Segundo o BC, somente no mês de junho de 2023, foram realizadas mais de 3,3 bilhões de operações, que totalizaram R$ 1,4 bilhões transacionados.

Adriana Frantz, distinguished analyst da TGT ISG e autora do estudo, sinaliza que o cenário de rápida transformação e menores custos de mudança favoreceram o surgimento de diversas fintechs ou bancos digitais, empresas que desenvolvem produtos financeiros totalmente digitais, nas quais o uso da tecnologia é o principal diferencial em relação às empresas tradicionais do setor.

“Essas empresas utilizam uma ampla gama de inovações, incluindo blockchain, plataformas de pagamento digital e em tempo real, e computação na nuvem, assim como inteligência artificial para melhorar a eficiência, acessibilidade e experiência do cliente, desafiando o modelo tradicional de serviços bancários e financeiros”, complementa Adriana.

Um impulso para a proliferação das fintechs foi em 2010, quando o BC promoveu um cenário de multi-adquirência e de interoperabilidade nos serviços das adquirentes de cartões, aponta o estudo TGT ISG. Além disso, o Banco Central atuou para promover a democratização e a inovação dos produtos e serviços bancários no Brasil, como o lançamento do Pix, as iniciativas de Open Finance e o desenvolvimento de uma moeda nacional digital.

Segundo a autora do estudo, por se tratar de um cenário altamente competitivo, muitos bancos estão adotando um ecossistema complexo composto por integradores de sistemas, plataformas e provedores de serviços e software. Ela ainda afirma que esse movimento visa tornar os bancos mais ágeis, mais eficientes e aprimorar a experiência e fidelidade do cliente.

Outra inovação recente no setor bancário brasileiro é o Open Finance, um modelo de compartilhamento entre instituições de informações financeiras autorizadas pelo cliente com o objetivo de tornar o mercado financeiro mais aberto e acessível. Com ela, espera-se a melhora da experiência dos clientes no uso de produtos e serviços financeiros.

Para os próximos anos, é esperado o surgimento de avanços significativos no cenário dos pagamentos instantâneos. Dentre esses avanços, destaca-se o Pix Automático, destinado a facilitar pagamentos recorrentes, e o Pix Internacional, conectando os sistemas de pagamentos instantâneos de diferentes países. Diante desse panorama, os fornecedores de serviços permanecerão essenciais para orientar os bancos durante essa evolução.

Por fim, o relatório aponta que os Bancos Centrais do mundo todo estão estudando, explorando e testando sistemas para emissão de suas moedas digitais (Central Bank Digital Currency – CBDC em inglês), recentemente batizada de Drex, no Brasil. De acordo com o Bank for International Settlements (BIS), 60% dos bancos centrais estão atualmente experimentando essa inovação e a expectativa é que, até o fim de 2024, o Drex esteja liberado para o público, aponta o relatório.

A autora do estudo, mencionando informações do Banco Central, afirma que a moeda digital poderá ser trocada por papel-moeda e vice-versa, sendo acessível por meio de carteiras virtuais em bancos e outras instituições financeiras. “No cenário que se desenha, as plataformas de soluções que antecipadamente oferecerem serviços B2B para apoiar bancos a captarem as oportunidades que surgirão relacionados ao Drex devem se destacar num futuro próximo”, finaliza Adriana.

O relatório 2023 ISG Provider Lens™ Digital Banking Services para o Brasil avalia as capacidades de 30 fornecedores em três quadrantes: Core Banking Technology and Integration Services, Payment Modernization Technology Services e Banking Business Process as a Service.  

O relatório nomeia Accenture como Líder em todos os três quadrantes, enquanto Capgemini, Compass UOL, Stefanini e TIVIT são nomeadas como Líderes em dois quadrantes cada. Atento, Eviden e Teleperformance são nomeadas Líderes em um quadrante cada.  

Além disso, a CI&T é nomeada Rising Star – uma empresa com um “portfólio promissor” e “alto potencial futuro” pela definição do ISG – em dois quadrantes.

Fonte: Mondoni Press

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IoT em 2024: novas tendências apontam para uma revolução conectada

No cenário atual de Internet das coisas (IoT), surge a necessidade de explorar as tendências emergentes para os próximos anos, como a crescente harmonia entre inteligência artificial e IoT, além da projeção de soluções que priorizam a sustentabilidade. Para 2024, as tendências desse setor apontam para uma revolução ainda maior na interação entre o mundo digital e o físico, bem como o crescimento do número de dispositivos conectados é um indicativo dessa transformação. De acordo com dados do IoT Analytics, a previsão é que, até 2027, existam em média 29 bilhões de dispositivos conectados.

Sob essa perspectiva, Paulo Spaccaquerche, presidente da Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC), destaca elementos como a ascensão do 5G, a atenção redobrada à segurança, a convergência com a inteligência artificial e a preocupação crescente com a sustentabilidade, e ainda afirma que a IoT continuará a moldar o futuro digital de maneiras impactantes. 

Para 2024, espera-se um foco crescente em soluções IoT que contribuam para práticas sustentáveis, como a eficiência energética, o monitoramento ambiental e a redução do desperdício de recursos. Além disso, a expectativa é de que os dispositivos IoT incorporem recursos de eficiência energética, reciclagem de materiais e monitoramento ambiental, aponta Paulo. 

O presidente da ABINC prevê que a parceria entre a inteligência artificial e IoT ganhará ainda mais forças no próximo ano, possibilitando tomadas de decisões mais eficientes e abrindo novas possibilidades em áreas como análise de dados e automação, resultando em uma otimização das operações.

A inteligência artificial será empregada de maneira avançada para analisar interações, identificar conexões e desenvolver insights subjacentes. Esta tecnologia pode ser crucial na previsão da demanda por serviços, como hospitais, capacitando autoridades para tomar decisões mais informadas sobre a alocação de recursos. Além disso, será utilizada para detectar mudanças nos padrões de comportamento do cliente, analisando dados quase em tempo real. Com isso, novas oportunidades de emprego surgirão em áreas como desenvolvimento, programação, testes, suporte e manutenção.

Leia também: 5G viabiliza evolução de setores que demandam alta disponibilidade e confiabilidade de IOT, diz estudo da parceria TGT ISG

Everton Arantes, fundador e CEO da Prime Control, argumenta que o crescente uso da inteligência artificial, independente da área, traz um completo debate ético. “A capacidade das máquinas de aprender e tomar decisões por si mesmas, embora empolgante, também levanta algumas questões. Como garantir que os algoritmos tomem decisões justas e imparciais? Como equilibrar a automação com a manutenção de empregos e a privacidade dos dados? Essas são questões que nos desafiam a encontrar um equilíbrio delicado entre o potencial da IA e a responsabilidade ética”, questiona.

Em 2023, a Inteligência artificial generativa (IA), um tipo de IA que pôde criar conteúdos e ideias, tomou o conhecimento do público e ganhou popularidade no cenário tecnológico. Já em 2024, antecipa-se que essa tecnologia se estenda ainda mais com uma variedade crescente de aplicações cotidianas e revolucionando diversos setores. Com uma ampla gama de aplicações, a IA generativa promete oferecer oportunidades para moldar a forma de interação e criação de conteúdo na era digital, onde será possível se aprofundar no desenvolvimento de modelos generativos avançados, extrair insights de dados e muito mais.

Ao exemplificar o impacto de IoT, o presidente da ABINC menciona o setor de agronegócio, onde já é possível encontrar todos os equipamentos conectados, proporcionando uma abordagem mais inteligente e eficiente para a produção de alimentos. “Dentro do agronegócio, várias aplicações da IoT estão sendo inovadoras e mudando todo o cenário do setor”, complementa.

No entanto, para David de Paulo Pereira, distinguished analyst da TGT ISG, o setor de agronegócio permanece como um mercado a ser atendido pelos fornecedores de IoT.  Isso se deve ao fato de que a tecnologia pode auxiliar na irrigação de precisão ao permitir que os agricultores monitorem as condições da lavoura remotamente e administrem melhor os recursos naturais, diz o analista.

Outra tecnologia que manterá sua importância até o próximo ano é o edge computing, focado no processamento de dados em proximidade à fonte. Essa estratégia reduz a latência, alivia a carga nas redes e permite respostas mais rápidas aos dados gerados pelos dispositivos IoT. À medida que mais aplicativos são desativados e analisados ​​em tempo real, a integração entre edge computing e IoT se torna mais profunda e sofisticada.

A automação robótica de processos (RPA) também surge como uma tecnologia promissora para os próximos anos, à medida que automatiza diversas funções. Ela refere-se à utilização de software para simplificar uma variedade de processos empresariais, abrangendo desde a interpretação de aplicativos e o processamento de transações até o tratamento de dados e até mesmo a resposta a e-mails, com objetivo de automatizar tarefas repetitivas realizadas manualmente.

Já o Blockchain, inicialmente reconhecido por sua aplicação em criptomoedas, é uma tecnologia que cria registros digitais distribuídos, imutáveis ​​e seguros. A convergência entre Blockchain e IoT vai elevar a conectividade para novos patamares, onde segurança e confiança são prioridades. À medida que os mercados percebem o potencial da combinação, antecipamos uma revolução na maneira como os dados são gerados, compartilhados e aplicados.

Posteriormente, essa combinação pode oferecer cada vez mais uma camada adicional de segurança, protegendo os dados gerados e transmitidos pelos dispositivos IoT, contratos inteligentes, que são programas independentes baseados em Blockchain e podem ser usados ​​para automatizar processos e garantir que as condições sejam cumpridas antes que um pagamento ou uma ação seja realizada e, além disso, a tecnologia Blockchain pode eliminar intermediários, custos reduzidos e aumentar a eficiência em transações financeiras e de dados.

No mais, essas tendências não refletem apenas avanços tecnológicos, mas também indicam mudanças significativas nas expectativas e demandas dos consumidores e das indústrias. De acordo com relatórios do Gartner, haverá um aumento de 8% nos investimentos mundiais com TI, em 2024, com gastos chegando a US$ 5,1 trilhões. Portanto, é um momento crucial para as empresas se prepararem e se adaptarem às mudanças do setor. 

Fonte: Mondoni Press

Cloud computing pode ser diferencial competitivo de quem está ingressando

Ao fazer parte de iniciativas voltadas para Tecnologia, é possível aprender habilidades técnicas e comportamentais importantes para o setor, além de encontrar uma comunidade engajada de colegas e profissionais como referência

O Brasil possui 8,6 milhões de desempregados, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, a PNAD Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para alguns, uma maneira de driblar esse número é tentar uma carreira na área de Tecnologia, já que sobram oportunidades, mas faltam profissionais capacitados. De acordo com o estudo Panorama de Talentos em Tecnologia, feito pelo Google for Startups com o apoio da Abstartups e da Box 1824, desde 2021 até 2025, aproximadamente 53 mil profissionais irão se graduar em Tecnologia, em diferentes áreas. Contudo, a demanda projetada é de 800 mil profissionais, o que está gerando um déficit de 530 mil talentos durante estes quatro anos. Dessa forma, apostar em setores de TI no currículo, como cloud computing, pode ser um diferencial competitivo interessante. 

“Com a crescente adoção de serviços em nuvem por empresas de todos os setores, há uma demanda crescente por profissionais capacitados em cloud. Além disso, a nuvem é uma tecnologia em constante evolução, o que significa que os especialistas em cloud têm muitas oportunidades de desenvolvimento de carreira”, explica Ana Letícia Lucca, especialista em Estratégia de Carreira, que destaca que, para atuar com computação em nuvem não é preciso cursar uma universidade. “Para ingressar na área de cloud é preciso ter conhecimentos comprovados através de cursos ou certificações na área”.

Ana Letícia também é CEO da Escola da Nuvem, uma organização social sem fins lucrativos cujo propósito é capacitar jovens a partir de 16 anos e em situação de vulnerabilidade social para carreiras em cloud computing. Lá, os alunos selecionados passam por trilhas de aprendizado em habilidades técnicas e comportamentais, além de receberem acompanhamento de carreira para conseguirem o primeiro emprego na nuvem em vagas de entrada. “Nossa metodologia contempla, além da parte teórica, uma prática muito próxima ao que os alunos encontrarão no mercado. Temos a preocupação em deixá-los o mais preparados possível para a realidade”, explica Ana. 

Como são as aulas na Escola da Nuvem?

Josely Castro é instrutora de habilidades técnicas na Escola da Nuvem e ensina Fundamentos AWS aos alunos. Antes de assumir a posição, ela também passou pela trilha de aprendizado da Escola, sendo hoje ex-aluna. “Como professora, a Escola me deu a oportunidade de repassar tudo o que eu aprendi durante o curso. Aceitei esse desafio e gostei muito”, conta ela, que dá aulas tanto para pessoas que já são familiarizados com a área de Tecnologia, quanto para aquelas que não conhecem o setor ou que estão em transição de carreira. “Para os alunos que estão migrando de área, que nunca pensaram em se tornar profissionais de Tecnologia, existe uma certa dificuldade de entender termos técnicos, então eu analiso a aula e tento destrinchá-la para que eles entendam e se sintam à vontade. Também procuro deixá-los preparados para o mercado. Eles têm que olhar com os próprios olhos, mas eu também trago a minha visão”, explica. 

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De acordo com Josely, “a área de Tecnologia não é fácil, mas não se pode desistir. A transição [de carreira] pode ser rápida, mas também pode demorar. Cada um tem o seu tempo, a sua história, uma facilidade ou dificuldade para entender certo assunto. Então, eu tento deixá-los tranquilos quanto a isso. Conto um pouco da minha história, dou exemplos de pessoas que eu conheço que fizeram essa mesma transição e hoje estão trabalhando na área de Tecnologia; de pessoas que não desistiram por conta das dificuldades. Porque existe, sim, uma dificuldade. É difícil, e eu falo muito isso para eles, porque quero que entendam que não vai ser fácil, mas que é muito bom quando você faz o que você gosta”, comenta. 

E, embora existam iniciativas que visam driblar este cenário, ainda existem barreiras para o ingresso na área de Tecnologia, como a própria inclusão das pessoas em situação de vulnerabilidade, pessoas negras e mulheres, principalmente no momento da contratação. De acordo com a pesquisa #QUEMCODABR, a proporção de pessoas brancas na área da Tecnologia é maior em comparação com a sociedade brasileira. Enquanto menos da metade da população é branca (45,2%), a área de Tecnologia é composta majoritariamente por pessoas dessa cor (58,3%). Já quando pensamos nas pessoas negras, elas representam 53,9% da população, mas compõem apenas 32% da área de Tecnologia. Além disso, ao analisar a diversidade das equipes de tecnologia, percebe-se que em 32,7% delas não há nenhuma pessoa negra. E em 68,5% delas, as pessoas negras representam o máximo de 10%. Os dados foram coletados entre novembro de 2018 e março de 2019. 

Para Josely, apesar das dificuldades, é possível “se alimentar com elas e a partir disso crescer. Quando você ultrapassa uma dificuldade, consegue se tornar um profissional melhor, mais requisitado no mercado de trabalho e só vai subindo a escadinha”, comenta, destacando a importância de estar perto de profissionais que trilham o mesmo caminho que se deseja alcançar. 

“Na Escola da Nuvem você encontra muitos e bons desafios, além de pessoas que realmente gostam do que fazem e estão ali para transmitir conhecimento, compartilhar um pouco da própria trajetória. E muito conteúdo prático, muito conteúdo que nenhum curso pago vai dar. Para mim, a melhor parte é ajudar uma pessoa a se desenvolver, a crescer como pessoa, principalmente porque lá na Escola da Nuvem temos aulas de soft skills também”, finaliza a instrutora. Dentre as habilidades pessoais de um profissional de Tecnologia estão comunicação e escuta ativa, capacidade de liderança, entusiasmo para a criatividade, inovação e experimentação, observação crítica e gosto pelo trabalho em equipe.

Fonte: Mondoni Press

Escola da Nuvem participa de Engage Experience, evento de tecnologia, inovação e negócios da Ingram Micro

Com participação em painel sobre ESG e na Agenda MasterClass, organização social mostra oportunidade para empresas de Tecnologia construírem um futuro mais inclusivo e diverso

A Escola da Nuvem, organização social sem fins lucrativos que tem o propósito de formar e empregar jovens em situação de vulnerabilidade para carreiras em cloud computing, participou do evento Engage Experience, organizado pela Ingram Micro e realizado na última quarta-feira (22), na Arca, em São Paulo. Na ocasião, participou de um pitch de 20 minutos na Agenda Masterclass para apresentar a iniciativa e esteve presente no painel “ESG na Era Digital: Desafios e Oportunidades” com a participação da CEO da Escola, Ana Letícia Lucca; de Gissele Ruiz Lanza, Diretora Geral da Intel para a América Latina; e Flavio Moraes Junior, Vice-Presidente e Country Chief Executive da Ingram Micro. 

De maneira geral, o painel discutiu o ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa, em português) como necessário para a inovação tecnológica das empresas e também como oportunidade de integrar e incluir pessoas vulnerabilizadas ou marginalizadas, o que estaria completamente ligado às estratégias de governança social. Cada empresa também apresentou as próprias iniciativas dentro da agenda ESG. Para Gissele Ruiz, “a educação é um pilar fundamental para o crescimento econômico e social de qualquer país. Quando falamos de capacitação na área de Tecnologia, isso se torna mais importante ainda, porque sabemos o quanto a tecnologia está revolucionando a maneira que vivemos e o quanto os profissionais na área de Tecnologia estão sendo cada vez mais demandados”, explica. 

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“Dessa forma, existe uma oportunidade de trazer grupos mais vulneráveis para a área. Isso fornece empregabilidade, mas vai além disso. É muito importante [que essas pessoas estejam atuando em Tecnologia] para a economia do país, para as empresas terem diversidade dentro delas, para resolver problemas complexos com diversidade de pensamento. E quando pensamos nesses grupos mais vulneráveis, ao capacitá-los em carreiras em Tecnologia, fornecemos a oportunidade de entrar [no mercado de trabalho], de empoderá-los. Estamos falando de inovação e é fundamental que haja uma inovação sustentável”, defende ela. 

Flavio Moraes Júnior vai ao encontro do que diz Gissele, lembrando da escassez de profissionais na área de Tecnologia, ao mesmo tempo em que existe uma oferta de pessoas que poderiam estar atuando na área. “São pessoas que poderiam estar sendo aproveitadas para esse movimento, mas que não têm acesso, não têm a chance de ter o conhecimento, a formação em tecnologias como a de nuvem, porque é caro ou porque muitas vezes não têm nem conteúdo no idioma em português. Então, nós entendemos que apoiar iniciativas como a Escola da Nuvem é uma forma de incluir pessoas e apoiar o movimento de inovação de forma sustentável, acelerando esse processo tecnológico, fazendo a tecnologia chegar e estar disponível não somente para o usuário da tecnologia, mas também para que potenciais talentos tenham a possibilidade de entrar nesse mercado de trabalho e serem empregados por um ecossistema como esse, que é formado por empresários.” 

Durante o painel, Ana explicou de que forma as empresas podem apoiar a Escola da Nuvem e frisou a importância para a ONG de contar com parcerias mantenedoras do projeto. “A gente precisa de empresas que se conectem com o nosso propósito, que contratem os nossos alunos, que abram espaço para essa diversidade e inclusão social. A Escola da Nuvem tem toda uma jornada de desenvolvimento para ajudar nesse processo de aprendizado, tanto para a empresa [saber como] receber pessoas em situação de vulnerabilidade, que não são do mesmo meio que ela está acostumada a contratar, como para essas pessoas entrarem e performarem [da melhor forma possível]. As parcerias também podem ser feitas na esfera de doações de investimentos para que a gente possa atingir mais vidas”, disse. 

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“Nós precisamos de mentores, pois cada aluno move cinco voluntários. Temos pessoas que fazem simulação de entrevista, mentores técnicos, facilitadores de aulas de soft skills e de desenvolvimento comportamental. Tudo isso para munir esses alunos de ferramentas para que consigam se apropriar da ideia de se tornar uma versão melhor de si mesmos a cada dia. Eu brinco que a gente não entrega pessoas voando, mas com potencial de voo. O mais importante é que essas pessoas têm medo de altura, então elas vão precisar de empresas parceiras que peguem na mão e as ajudem”, comenta a CEO. Na Escola da Nuvem, os alunos contam ainda com trilhas de aprendizado técnico para atuar em computação em nuvem. Segundo Ana, até o fim do ano, a Escola terá formado mais de 3400 alunos. 

O Engage Experience contou ainda com diversas palestras sobre cloud, segurança cibernética e internet das coisas. Com mediação da jornalista Christiane Pelajo, palestraram representantes da Ingram Micro, DELL Technologies, Fortinet, Lenovo, HP, Cisco, Microsoft, IBM, AWS e Intel. Também aconteceram apresentações focadas em comportamento, mudanças e adaptação, com o Prof. Dr. Clóvis de Barros Filho, o comediante Murilo Gun e Gustavo Loyola, economista e ex-presidente do Banco Central do Brasil. O encerramento ficou por conta da banda Os Paralamas do Sucesso.

Fonte: Mondoni Press.

Empreendedorismo digital: um universo que vai muito além de cursos e lojas virtuais

Por Daniel R. Bastreghi*

Estamos vivendo uma era de transformação digital que está apenas começando. Isso significa que há um vasto espaço para inovação e empreendedorismo. O empreendedorismo digital oferece oportunidades para iniciar um negócio com investimentos mínimos, validar novas ideias e expandir rapidamente. No entanto, o que realmente é o empreendedorismo digital?

Ao contrário do que muitos pensam, o empreendedorismo digital vai muito além de simplesmente oferecer cursos online, treinamentos ou criar lojas virtuais. Em 2003, Gary Hamel e Liisa Välikangas introduziram o conceito de “inovação reversa” em seu artigo “The Quest for Resilience”, publicado pela Harvard Business Review. Eles descreveram essa inovação como a habilidade das empresas digitais de desafiar os modelos de negócios tradicionais. Este pode ser o caminho para o sucesso no empreendedorismo digital: superar as barreiras dos negócios tradicionais, oferecendo soluções inovadoras e práticas ao público.

Estamos vivendo em uma época única da história, na qual é possível empreender, mensurar e testar hipóteses para validar negócios verdadeiramente promissores. Os rastros digitais deixados pelos consumidores fornecem uma base valiosa para os empreendedores compreenderem o comportamento do cliente e aprimorarem suas ideias. Além disso, o ambiente digital oferece a capacidade de escalar os negócios, o que significa vender para um público maior sem grandes custos adicionais. Um produto 100% digital pode ser vendido para 100, 1.000 ou até mesmo 1.000.000 de pessoas, sem variações significativas de custo.

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Para ter sucesso no empreendedorismo digital, os empreendedores precisam ser obstinados na criação de soluções para problemas reais. Tanto no mundo digital, quanto no físico, um bom empreendedor deve ter a dose certa de iniciativa, ousadia, persistência e comprometimento para fazer o negócio prosperar. Além do conhecimento técnico, é crucial acompanhar as inovações tecnológicas e utilizar plenamente as ferramentas disponíveis.

No mundo digital, a concorrência é intensa; seu concorrente está apenas a um clique de distância. Pode levar um certo tempo até conquistar os primeiros clientes e seguidores. A competição não é apenas com outros negócios digitais, mas também com conteúdos que podem atrair a atenção de sua audiência, como vídeos de animais fofos ou as dancinhas da moda. Portanto, é fundamental ser criativo, persistente e focar nas necessidades do seu público-alvo. Resolva os problemas deles e você ganhará sua lealdade.

Um exemplo notável de empreendedorismo digital é a Preppo, uma plataforma de prepostos jurídicos que acompanhei de perto. A advogada Lucyanna Lima Lopes, de Curitiba, é uma empreendedora que identificou uma oportunidade após uma mudança na lei que flexibilizou as condições para prepostos jurídicos. Ela criou uma plataforma inovadora para conectar empresas a prepostos em todo o Brasil, reduzindo custos para as empresas e proporcionando uma fonte adicional de renda para muitas pessoas.

Chris Guillebeau, autor do livro “The $100 Startup”, é conhecido por sua abordagem prática e inspiradora ao empreendedorismo digital. Guillebeau destaca princípios-chave, como a simplicidade das ideias de negócios e a importância de oferecer valor genuíno aos clientes. Ele incentiva os empreendedores a encontrar oportunidades em mercados não atendidos e a criar soluções acessíveis. Além disso, ele enfatiza a necessidade de criar uma presença online sólida através de websites, blogs e redes sociais para alcançar o público-alvo.

Para ter sucesso no empreendedorismo digital, é essencial estar disposto a adaptar-se às necessidades do mercado em constante mudança. Esteja preparado para enfrentar a competição acirrada e, mais importante, esteja pronto para inovar e oferecer soluções que verdadeiramente resolvam os problemas dos seus clientes. O empreendedorismo digital é mais do que uma simples transação online; é sobre construir relacionamentos duradouros e proporcionar valor real em um mundo digital em constante evolução. E ai?! Você está pronto?

*Daniel R. Bastreghi é sócio administrador e Consultor de Marketing na DRB, atuando com orientação e assessoria de planejamento estratégico, estruturação comercial, implantação de CRM, inbound marketing, ações integradas de marketing digital e pesquisas. Sendo assim, é a fonte ideal para falar sobre tendências do setor, social media, influenciadores, produtividade e gestão.  Daniel é MBA em Gestão de Projetos pela UNINTER. Pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, possui especialização em Planejamento e Gerenciamento Estratégico.

Fonte: Mondoni Press

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