Com mudanças e maior fiscalização, cumprir a Lei Geral de Proteção de Dados ainda é um desafio para algumas empresas
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) está em vigor desde 2019, com punições aplicadas desde agosto de 2021, mas algumas empresas ainda não se adequaram totalmente às regras para preservar a privacidade dos dados de seus consumidores. Com as mudanças em curso neste ano, tanto na fiscalização quanto na tecnologia, cumprir a regulamentação torna-se ainda mais urgente.
Por um lado, há a consolidação das diretrizes, e agora a possibilidade de a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) aplicar multas retroativas para incidentes ocorridos a partir de agosto de 2021. Por outro, temos o avanço da Internet 5G – as empresas que quiserem investir nesse mercado também deverão adaptar sua proteção de dados a esse sistema.
No caso das empresas de pequeno porte, que enfrentam maiores dificuldades para se adaptarem à lei por falta de pessoal qualificado e treinamento, há boas notícias: a partir da Resolução CD/ANPD nº 2/2022, as microempresas podem adotar procedimentos mais simples para seguirem a lei e contam com maior prazo para atender solicitações de titulares em incidentes de segurança das informações.
No entanto, treinar a equipe para seguir as diretrizes da LGPD, independentemente do porte da empresa, é urgente e fundamental. “Quem manuseia essas informações são os funcionários, eles também têm que aderir à lei”, explica Caio Cunha, presidente da WSI Brasil. Ele afirma que tanto o controlador, que na lei é o proprietário da empresa ou dos dados, quanto o processador – frequentemente uma terceira pessoa ou empresa, como no caso de consultorias de marketing digital, devem estar à disposição para esclarecer quaisquer solicitações do consumidor. Por isso, a WSI Brasil não se limita a informar seus funcionários diretos, mas também desenvolveu um manual da LGPD para os consultores franqueados, além de auxiliar os clientes a aderirem às regras.
Para que a empresa se mantenha alinhada à LGPD, é importante que os fornecedores contratados também estejam atualizados. Principalmente os que oferecem serviços ligados a tecnologia, como soluções de marketing digital, caso da WSI Master Brasil. “Quando um cliente fornece informações, orientamos nossos funcionários, criamos uma política de educação sobre a lei para eles aderirem, principalmente, quando novos colaboradores entram na empresa. No que tange a marketing, com referência ao controle dos dados, nós atendemos”, conclui Caio.
Como a lei é muito ampla e também pode envolver diversos setores, como Recursos Humanos, operações e vendas, se ainda houver dificuldade para a adaptação, é aconselhável consultar um advogado especializado, que poderá indicar as mudanças necessárias para a empresa se precaver.
Paulo Djalma Martins, docente do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistema e Ciência da Computação do CEUNSP, destaca as dicas para driblar esses golpes, tanto a empresas quanto às pessoas físicas
Salto e Itu, 27 de maio de 2022 – Não é de hoje que ataques cibernéticos estão em alta, mas em 2020, ano da pandemia, esses golpes se tornaram ainda mais evidentes. Trata-se de qualquer tentativa de expor, alterar, desativar, destruir, roubar ou obter acesso não autorizado e fazer uso de um dispositivo ilegalmente. Dessa maneira, o gerenciamento de segurança cibernética é importante para reduzir o risco de violações dos dados em computadores, sistemas e smartphones.
Segundo o professor Paulo Djalma Martins, de Análise e Desenvolvimento de Sistema e Ciência da Computação do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio – CEUNSP, os avanços tecnológicos possibilitaram inúmeros recursos, mas, conforme a tecnologia avança, as vulnerabilidades e técnicas de invasão também aumentam.
Dentre os principais ataques, estão inclusos o de Ransomware, um software malicioso de sequestro de dados, feito por meio de criptografia “É um ataque que o hacker solicita valores para liberar a chave secreta. Assim, passam por um processo de extorsão múltipla, além do hacker criptografar os dados, também ameaça divulgá-los, principalmente agora com a Lei geral de proteção de dados. Também existe os ataques de Denial of Service (tentativa de tornar os recursos de um sistema indisponíveis para os seus utilizadores) o BackDoor (método secreto de escapar de uma autenticação, deixar uma porta do computador aberta para futuro uso) ou criptografia normais em um sistema computacional e os ataques de Engenharia social”, explica o professor Paulo.
Em relação aos cuidados, o docente alerta que os cibercriminosos muitas vezes distribuem mensagens de e-mail falsos que se parecem muito com as notificações de uma loja on-line, banco, tribunal ou uma agência de cobrança de impostos, atraindo os destinatários a clicar em um link perigoso, liberando o malware em seu sistema.
“Na configuração do antivírus, não desligue as funções heurísticas, pois auxilia a detectar amostras de Ransomware. Outro item importante é manter todo software do computador atualizado, principalmente o sistema operacional. Quando falamos de internet, não devemos acreditar em ninguém, pois qualquer conta pode ser comprometida e links maliciosos podem ser enviados. É preciso ter muito cuidado com phishing e nunca abrir anexos em e-mails de alguém desconhecido”, alerta o docente.
Diante disso, o professor Paulo Djalma Martins, explica que qualquer um pode sofrer um ataque cibernético, sejam pessoas físicas ou até grandes empresas, mas que técnicas de golpes e riscos são distintos para esses públicos. “No caso de pessoas físicas, hoje em dia o atacante não quer deixar o computador indisponível e sim usá-lo para realização de ações maliciosas na internet, pois se for rastreá-lo não irá cair na máquina do atacante, e sim na máquina da vítima. Já no caso de empresas, além dos ataques de Ransomware, que criptografa informações para posteriormente pedir resgates em bitcoins, existe também ataques para deixar indisponível um sistema ou um serviço importante da organização. Diante disso, é importante implantar uma política de segurança baseada em normas reconhecidas na área de segurança como a ISO 27001 ou ISO 17799.”
Por fim, Paulo destaca que o essencial é tomar cuidado com qualquer site, mensagens falsas e até ligações realizadas com smartphones e computadores. “A sociedade torna-se cada vez mais dependente da informação e por isso é necessário, criar mecanismos de educação e treinamento, com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre o valor da informação que dispõem e manipulam, seja ela de uso pessoal ou institucional”, finaliza.
Manifesto a favor da PL 2.243/2021 inclui empresas de tecnologia, telefonia e de outros setores produtivos, pois permite que contribuinte utilize, como defesa, a compensação administrativa não homologada antes do ajuizamento da execução
Em nota, a Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC) declarou seu apoio à PL 2243/2021, que alterar a Lei de Execuções Fiscais. Segundo a entidade, ela também pode beneficiar empresas do setor de IoT e de outros segmentos de tecnologia do país.
“Atualmente, a empresa que tem créditos e sofre uma cobrança sobre outros tributos não pode realizar a compensação em âmbito judicial. Por isso, o grupo de associações incluiu empresas de tecnologia, telefonia e diversos outros setores produtivos”, explica Ricardo Azevedo, membro do Comitê Jurídico da ABINC.
O especialista explica que a alteração possibilitará que empresas que possuam créditos fiscais efetuem compensação com dívidas fiscais que são objeto da ação de cobrança pelo Fisco.
Ao citar o grupo de associações (listadas abaixo), Ricardo Azevedo está se referindo ao manifesto que foi encabeçado pela Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom), que defende a aprovação do Projeto de Lei 2.243/2021, atualmente em trâmite na Câmara dos Deputados.
Atualmente, o contribuinte não pode utilizar tal recurso em sede de embargos à execução fiscal, conforme cita o artigo 16, parágrafo 3º, da lei. Entretanto, apesar da previsão legal, há decisões judiciais conflitantes com relação ao tema, que oscilam entre permitir ou denegar a alegação da compensação supracitada.
O manifesto menciona que o problema se acarreta há anos e lembra que, recentemente, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu no sentido de não haver essa divergência, o que resultou em um cenário de insegurança jurídica. “Os contribuintes têm buscado o Poder Judiciário para pleitear a matéria, apresentando consequências prejudiciais, como o aumento de gastos públicos, a morosidade, a falta de uniformização das decisões e a dependência ao complexo regime de precatórios”, diz o documento divulgado pela Brasscom.
Por esse motivo, Projeto de Lei 2243/2021 foi apresentado no ano passado, com a proposta de alterar o art. 16, §3º da Lei de Execuções Fiscais, visando excluir o termo “nem compensação” do rol de matérias vedadas para defesa dos contribuintes em sede de embargos à execução fiscal.
“Esse Projeto possui ampla relevância para a sociedade em geral, para as empresas brasileiras e para as entidades que subscrevem este manifesto, pois há urgente necessidade de pacificação da divergência sobre o tema, a fim de promover maior segurança jurídica aos contribuintes que venham a sofrer execuções fiscais, mas que porventura tenham algum crédito ainda não homologado pelo Poder Público”, alerta o manifesto.
Confira lista de entidades que assinaram o manifesto:
ABINC – Associação Brasileira de Internet das Coisas
ABISEMI – Associação Brasileira da Indústria de Semicondutores
Abit – Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção
Abratel – Associação Brasileira de Rádio e Televisão
ABT – Associação Brasileira de Telesserviços
APETI – Associação dos Profissionais e Empresas de Tecnologia da Informação
AsBraAP – Associação Brasileira de Agricultura de Precisão
Brasscom – Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais
FABUS – Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus
FecomercioSP – Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo
FENAINFO – Federação Nacional das Empresas de Informática
LISBrasil – Associação Brasileira das Empresas Desenvolvedoras de Sistemas de Informação Laboratorial
TelComp – Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas
Com alta demanda do mercado, startups focam em qualidade de vida, trabalho remoto e ações inovadoras para atrair esses profissionais
A tecnologia é uma ferramenta que ajuda a nossa sociedade a ser mais eficiente. As gerações Z e Millennials viram em primeira mão o impacto positivo e a escala que a tecnologia pode ter em nossas comunidades, especialmente ao redesenhar indústrias antigas, como o mercado financeiro e o de seguros. Essa ferramenta também oferece a capacidade de escalar rapidamente, fornecer produtos e serviços personalizados e que estão, literalmente, ao nosso alcance com apenas alguns toques. Coisas que costumavam levar vários dias, semanas ou meses, como realizar um cancelamento, podem acontecer agora em segundos.
Com essa revolução e alta demanda por produtos digitais, todo o setor de tecnologia está encarando oportunidades para criar espaços para os profissionais ingressarem em uma empresa que seja empolgante, que visa romper uma indústria antiga, que paga salários competitivos e oferece opções de ações, priorizando a qualidade de vida e uma experiência de trabalho remoto.
A Justos, startup de seguros, é um exemplo disso. A empresa tem uma equipe com 70 profissionais que estão localizados no Brasil, Argentina, Colômbia, Espanha, Portugal, República Dominicana e Moçambique. “Aqui estamos sempre pensando em estratégias e formas de criar e transmitir nossa cultura para toda nossa equipe”, ressalta Jorge Soto, CTO da Justos. O executivo possui uma vasta trajetória e uma de suas empresas, levantou mais de R$250 milhões em fundos para construir uma plataforma de diagnóstico. Jorge também foi “Head of Civic Innovation” (Líder para Inovação Cívil) do gabinete do Presidente no México e, foi recentemente reconhecido como Global Fellow pela Yale University.
Ao nascerem em 2020, a insurtech, tem como objetivo construir um mundo mais justo e seguro. Para os tech talents, é uma ótima oportunidade para ingressar em uma empresa que usa ciência de dados, design e marca para revolucionar uma indústria multibilionária, semelhante ao que vem acontecendo no setor financeiro nos últimos 10 anos. “Estamos construindo uma equipe global e diversificada de criativos. Acima de tudo, procuramos profissionais que queiram crescer e tornar todos ao seu redor melhores”, reforça o CTO.
Outro fundador que merece destaque é Antonio Molins, Chief Scientist da startup. Molins é PhD em Harvard e MIT e ocupou cargos de diretoria em ciência de dados na Netflix e AirBnB. Inclusive, várias patentes relacionadas aos algoritmos de recomendações da Netflix levam o seu nome.
Com a oportunidade que a Justos está criando no mercado de seguros, os clientes poderão usar os telefones não apenas para lidar com todos os assuntos relacionados às apólices – cotação, contratação, definição de sinistros – , mas também para avaliar melhor sua conduta no volante, portanto, obter um preço que reflita isso. Se você é um motorista consciente, não será mais necessário pagar pela má conduta no volante de outros. “Oferecemos aos nossos clientes produtos que recompensam o comportamento seguro, são fáceis de entender e são pagos de maneira mais rápida quando as coisas não saem conforme o planejado. Isso é transformacional e a Justos está na posição perfeita para alavancar isso”, comenta Molins.
Na Justos, não se trata apenas de ter habilidades específicas. A insurtech está interessada em pessoas que buscam uma nova experiência em uma startup de rápido crescimento; um profissional que não tenha medo de colocar a mão na massa, mas também tenha uma visão estratégica do negócio; uma pessoa que saiba trabalhar em equipe; e pessoas que sejam criativas, curiosas e que enfrentam desafios e resolvam problemas com entusiasmo.
Por Luiz Antunes, diretor sênior de Solutions Consulting da Zendesk
“Redefinição” é o termo mais apropriado para entender o impacto da Inteligência Artificial no atendimento ao cliente. A IA vem se tornando essencial na automação dos canais de contato de uma empresa com o seu público de forma mais assertiva e produtiva.
Muitas marcas apresentam atendentes virtuais em formas humanas ou de mascotes animados que personificam a comunicação em seus canais de autoatendimento e chatbots. Por trás da simpática figura desses personagens, existe uma tecnologia com foco em dados, algoritmos e IA, para tornar a experiência de atendimento mais personalizada.
Se o consumidor quer, cada vez mais, ser atendido de maneira satisfatória pelo canal de sua preferência, fica evidente a necessidade das empresas investirem em um atendimento automatizado integrado. É por isso que 40% das empresas brasileiras de diversos segmentos já utilizam IA em seus negócios, de acordo com levantamento feito pela Morning Consult.
No entanto, apenas 26% delas, segundo o estudo CX Trends 2022, da Zendesk, oferecem autoatendimento guiado por algoritmos e alguma automação baseada em Inteligência Artificial, enquanto que 25% planejam adicionar esse recurso em um futuro próximo. O desafio do momento é implementar uma estratégia inteligente que de fato funcione e ofereça o atendimento personalizado e eficiente, baseado nas necessidades e demandas dos seus clientes.
Os consumidores sabem que o autoatendimento com IA existe para esclarecer dúvidas e resolver problemas. Consequentemente, qualquer falha nessa experiência – seja por falta de integração do sistema, burocracia ou impessoalidade do robô – poderá frustrá-los. E o preço a pagar por isso é alto, já que 75% não hesitam em partir para a concorrência após um único atendimento ruim.
Por isso, a grande preocupação das organizações é que, apesar do otimismo com a tecnologia, metade entende que o desempenho dos chatbots ainda é decepcionante. Seja pelas limitações tecnológicas ou abordagem ad hoc (sob encomenda) de integração com a IA. Sem uma estratégia abrangente ou compreensão clara dos potenciais benefícios (ou armadilhas) da tecnologia, raramente será possível extrair o máximo dela.
Um plano inteligente e bem definido de uso correto da IA e automação envolve diversas etapas, como a identificação das principais questões e temas que podem ser totalmente automatizados, e o agrupamento dos problemas de acordo com a melhor resolução (atendimento humano, automatizado ou combinado).
Os consumidores desejam interações autênticas, fluidas e nada robóticas, em que conversas realizadas anteriormente ou em outro canal sejam lembradas e consideradas nas interações seguintes, para trazer um contexto ao atendimento. Este é o conceito de conversational customer service, ou atendimento conversacional ao cliente, que consegue reunir e armazenar o histórico de cada mensagem de texto, questão ou comentário do cliente sobre a marca para serem utilizadas em futuras interações personalizadas.
No entanto, apenas 42% das empresas que utilizam IA afirmam que conseguem hoje integrar suas plataformas de atendimento a canais como WhatsApp e Facebook Messenger. Um ponto bastante sensível, se considerarmos que uma integração que garanta o atendimento conversacional requer ferramentas tecnológicas para avaliar os canais existentes e novos, bem como uma plataforma unificada para gerenciar o fluxo de respostas a qualquer hora do dia ou da noite.
O momento de reestruturar o atendimento com a IA é também a hora de rever a abordagem comunicativa da instituição com o seu público consumidor. Além de refletir sobre o seu relacionamento com ele e baixar a guarda para identificar as principais barreiras que possam impedir uma comunicação mais orgânica. Afinal, descobrir problemas comuns ou oportunidades para melhorias de produtos ou serviços irá estreitar o relacionamento entre a empresa e o cliente, que, ao sentir-se parte, tende a se tornar mais fiel à marca.
É comum que o erro no ambiente profissional venha acompanhado de julgamentos. Mas será que essa prática é eficaz? Quando um departamento ou um profissional erra, geralmente ocorre um questionamento, que, muitas vezes, tem como consequência a punição. No entanto, esta é uma ação equivocada, uma vez que empresas cada vez mais levantam a bandeira de um ambiente aberto de trabalho, no qual os colaboradores possam ter liberdade de expressão e de inovação.
A aversão ao risco pode ser uma barreira de criação e de desenvolvimento. Mas é algo que sempre existiu nas empresas, sendo menor naquelas mais inovadoras. No entanto, as startups, que supostamente são empresas mais arrojadas, quando investidas por um fundo de capital, todo o seu entusiasmo para testar novas ideias passa a ser contido, pois alcançar altas margens e resultados se torna o principal direcionamento dos investidores. Algo a se pensar…
Também é possível perceber que a aversão ao risco tende a aumentar quando o mercado passa por um período de turbulência, fazendo com que o controle cresça e o budget para inovação diminua. Nesse momento, a reinvenção, muitas vezes essencial para sobrevivência dos negócios, é deixada em um segundo plano.
Temos visto uma busca constante por grandes mentes. Grandes ‘sacadas’. A criatividade é uma das competências mais desejadas pelas empresas na procura por talentos. Acredita-se que as pessoas genuinamente criativas possuem o momento ‘eureca’. Seriam mentes geniais com momentos de epifanias. Eureca! E de repente cria-se algo genial e a empresa muda o mundo. Uma visão talvez um tanto fantasiosa, que exclui fatores importantes do processo criativo: arriscar e erra, para inovar.
Toma-se como exemplo Amadeus Mozart, considerado um dos gênios criativos que compôs sinfonias, concertante, operística, coral, pianística e camerística. Ele mostrou uma habilidade musical prodigiosa desde sua infância. Atribui-se a ele a seguinte frase:
“Quando sou completamente eu mesmo, quando me encontro sozinho e de bom humor – por exemplo, se estou viajando de carruagem, caminhando depois de uma boa refeição ou sem sono à noite, minhas ideias fluem melhor e com mais abundância” – segundo o professor Kevin Ashton, pesquisador do Massachusetts Institute of Technology (MIT).
Considerando esta frase como sendo, de fato, de Amadeus Mozart, pode-se concluir que os gênios criativos desenvolvem, de forma súbita, suas criações. Porém, o que muitos não sabem é que esta frase, apesar de atribuída a ele, foi inventada. Nunca Mozart disse isto!
Em suas verdadeiras cartas, Mozart revelou que o seu processo criativo era duro e exaustivo. Ele era excepcionalmente talentoso, mas não mágico. Ele se irritava, desistia momentaneamente e mais tarde voltava para tentar novamente. Portanto, ele errava, mas não desistia. Tinha dificuldades de compor sem um cravo ou um piano.
Isso reforça a ideia de que o processo criativo, diferente do que muitos imaginam, depende de trabalho. E por mais decepcionante que seja, também dependa da evolução dos erros. Ao errar, testa-se uma premissa e avalia se ela está correta ou não, nos dando um direcionamento para qual caminho seguir. Certamente uma de suas sinfonias mais famosas, a nº 40 em Sol Menor, foi concebida de muitas tentativas e erros.
Um outro exemplo de que a criatividade não é mágica e está associada aos erros, é do criador do hoje conhecido como IoT (Internet of Things, ou Internet das Coisas em português), Kevin Ashton, relatado em seu livro.
Segundo Kevin, ao longo de sua carreira, ele não se considerava bom em criar algo. Lia diversos livros de criatividade, porém fracassava continuamente e, quando mostrava as suas invenções, as pessoas se irritavam. Quando tinha algum sucesso, elas se esqueciam de que a ideia era dele.
As ideias de Kevin vinham de forma gradativa e as pessoas as recebiam sem animação, fazendo com que ele se sentisse um fracassado. Porém, quando se deparou com um problema de falta de batom nas lojas, teve a ideia de colocar um chip em cada produto, que mostrava quando um determinado batom estava acabando, acelerando a reposição e evitando a falta do produto e, consequentemente, a perda de clientes. Dessa invenção, surgiu o que conhecemos como IoT.
Não só apenas pessoas erram. Grandes e reconhecidas empresas também erram. Uma das empresas mais admiradas do mercado, o Google, criou um produto que foi um fracasso – o Google Glass. No entanto, antes de seu lançamento para o grande mercado, em 2014, o Google Glass era percebido como uma grande inovação. Ele foi até classificado, pela revista Time, como a melhor invenção de 2012, mas sua produção foi encerrada em 19 de janeiro de 2015, menos de um ano após o seu lançamento.
O que levou uma empresa, do porte do Google, com tecnologias e conhecimento de mercado que quase nenhuma outra possui, a fracassar em um projeto que consumiu mais de US$ 800 milhões? Nos questionamos sobre o porquê o Google, com tantas informações, não percebeu essa falha, que foi a de “privacidade”.
Ao ser colocado no mercado, entendeu-se que pelo fato do Google Glass ter conectividade, câmera de filmar e fotografar, que poderia ser utilizado por pessoas mau intencionadas e invadir a privacidade, como, por exemplo, senhas de ATM (Automated Teller Machine, ou caixa eletrônico de saque de dinheiro). Mas essa constatação só ficou realmente óbvia após o produto ser colocado no mercado.
Como toda inovação, não existia estudos de caso, analogias e nem testes, pois nunca havia sido feito algo parecido antes. Cercar todas as possibilidades de problemas, é praticamente impossível, o que nos leva novamente ao nosso ponto inicial. Ao inovar, a possibilidade de errarmos passa a ser imensa. Portanto, o erro faz parte da concepção de qualquer inovação. Os erros nos mostram para onde ir ou o que precisa ser melhorado. Não existe inovação sem erros.
Mas e o Google? Aprendeu com este erro? Sem dúvidas! O Google Glass continua até hoje, porém, não para as pessoas físicas, mas para o mercado industrial. Chamado hoje de Glass Enterprise Edition, relançado em 2017. Ele permite que as equipes de chão de fábrica possam consultar os computadores sem acessar um terminal, apenas olhando em seus óculos. Atualmente, ele também é utilizado pelas mais poderosas forças armadas do planeta, os pilotos de caça do F-35. Eles usam em seus capacetes para selecionar alvos e ver os dados de voo, não precisando olhar para o seu cockpit. O Google Glass entrou para um mercado que pode faturar US$ 197 bilhões em 2027, segundo o site Statista.
E não para por aí. De olho na corrida pelo metaverso, a empresa estaria desenvolvendo novos óculos para o mercado. Os novos equipamentos teriam autonomia de bateria, sem necessidade de fonte externa de carregamento e desempenho eficiente, segundo especulações.
Para encerrarmos, podemos questionar se o erro do Google foi uma perda ou apenas um aprendizado?
Ao se fechar para o erro, as empresas também se fecham para a inovação. Portanto, errar faz parte do caminho para a inovação. Só fique atento a algo importante. Ao aceitar errar, certifique-se que ele será um aprendizado e que não se deve errar duas vezes a mesma coisa. Portanto, erre barato, rápido e pequeno.
*Fernando Arbache é o fundador da Arbache Innovations, uma HR Tech brasileira premiada e enabler de Inovação no Brasil e América Latina. Com vasta experiência acadêmica e mais de 4 livros publicados, desenvolve pesquisas na área de mapeamento de competências comportamentais por meio de gamificação com uso de Inteligência Artificial. Independent Education Consultant Currently working with MIT Professional Education, Fernando atuou como professor FGV, nas cadeiras de Logística, Estatística, Gestão de Riscos e Sistemas de Informação. Professor da HSM Educação, IBMEC e FATEC.
Nossa conectividade vem atingindo proporções ímpares, e não falo apenas sobre o celular. Com a Internet das Coisas (IoT), recurso que proporciona conectividade de aparelhos via wi-fi ou bluetooth, acendemos e apagamos as luzes mesmo não estando em casa, atendemos ligações enquanto dirigimos de forma segura e tantas outras funcionalidades.
Essas comodidades vêm ultrapassando os limites das casas e indo para esferas maiores, como as cidades inteligentes (smart cities). A União Europeia entende como smart cities sistemas de pessoas interagindo e usando energia, materiais, serviços e financiamentos para catalisar o desenvolvimento econômico e a melhoria da qualidade de vida.
Tais processos de interação são considerados inteligentes porque fazem uso estratégico de infraestrutura e serviços e de informação e comunicação aliados ao planejamento e à gestão urbana para proporcionar retorno às necessidades sociais e econômicas da sociedade.
Mas qual o ponto de convergência entre a Internet das Coisas e as cidades inteligentes? Vou citar alguns exemplos: sistemas de vigilância inteligente, automação nos transportes, distribuição de água adequada e o acompanhamento das mudanças no meio ambiente são elementos que se elencam.
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) estima que até 2025 a implementação de cidades inteligentes via IoT irá movimentar ao menos US$ 1,6 trilhões em proporções globais, e R$ 27 bilhões no Brasil.
Para uma cidade ser considerada inteligente é necessária a utilização da tecnologia com o objetivo de trazer eficiência, conexão e interação com os cidadãos. A otimização de semáforos que conseguem monitorar e coletar dados do trânsito, e assim responder ao tráfego com o sinal verde por mais tempo, fazendo com que o engarrafamento diminua, é uma ação.
Para mensurar a dimensão de uma cidade inteligente são estabelecidos dez fatores: governança, administração pública, planejamento urbano, tecnologia, meio ambiente, conexões internacionais, coesão social, capital humano e a economia. No país existe o ranking smart cities, que classifica as cidades com base em seu desenvolvimento tecnológico, levando em consideração os fatores enumerados.
O BNDES ainda afirma que é uma prioridade que as cidades se tornem inteligentes, uma vez que 80% da população está nela, e assim carece de melhorias para sua vida e assim as tecnologias consigam se comunicar e “pensarem” sozinhas, via Internet das Coisas.
Pegando como referência a iluminação pública, a IoT pode prover economia de energia e de recursos financeiros, acionamento e desligamento das redes de iluminação à distância, medir a performance e o gasto energético, diminuir os gastos com manutenção, aperfeiçoar o uso do espaço público estabelecendo locais estrategicamente melhor iluminado, e consequentemente, trazer menos impacto ao meio ambiente.
Em resumo, a ideia por trás dessa associação é melhorar os espaços e recursos coletivos para outro nível de otimização e controle, e assim resolver os possíveis e principais problemas enfrentados nas cidades grandes.
*Otto PohlmannéCEOdaCentric Solution, empresa de tecnologia que fornece soluções completaspara atender aos requisitos de segurança e da LGPD,com foco em implementação, treinamento e suporte a fim de ajudar a sustentar o desenvolvimento de negócios de todos os portes e setores.
Problema pode ser solucionado a partir da capacitação da própria equipe de trabalho
Uma atual estimativa do Gartner expõe que o mercado mundial de softwares de hiperautomação deve expandir sua capacidade em 23% até 2022, chegando à cifra de US$ 596,6 bilhões. De acordo com a consultoria, esta ampliação deve-se por cinco fatores: a vontade das empresas em aumentar sua colocação de marca perante seus clientes; melhora da eficiência; redução de gastos operacionais; diminuição de erros e falhas humanas e, principalmente, a melhora dos resultados dos negócios.
Portanto, se automatizar deixou de ser uma opção para se tornar um caminho sem volta, sendo que neste cenário tão competitivo e dinâmico para as empresas de todos os portes e segmentos, a adoção das novas tecnologias tornou-se o elemento primordial para as organizações se manterem vivas. Contudo, há muitos espinhos neste cenário, a começar pelo déficit de profissionais especializados no assunto, conforme mostra um relatório recente da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom). A pesquisa, intitulada “Demanda de Talentos em TIC e Estratégia TCEM”, estima que as empresas de tecnologia demandarão 797 mil talentos até 2025. No entanto, com o número de formandos aquém da demanda, a projeção é que haja um déficit anual de 106 mil talentos – 530 mil em cinco anos.
Para Emauri Gaspar, Co-funder da Run2Biz, empresa 100% nacional que tem por objetivo auxiliar os negócios a se desenvolverem do ponto de vista digital, o problema da falta de talentos é grave, mas pode ser resolvido com o investimento em tecnologias, como o 4Biz, por exemplo. A plataforma é de fácil implementação e utilização, que simplifica a gestão de serviços e processos na TI e outras áreas otimizando tempo e custo, bem como auxilia na capacitação de mão de obra dos próprios funcionários das empresas em soluções que ajudem o gestor a acoplar todas as rotinas empresariais, desde a infraestrutura, passando pela operação e a manutenção de serviços, até as métricas de melhorias e planos para o futuro: tudo visando uma tomada de decisão mais ampla e assertiva.
“Hoje o propósito das empresas deve ser a melhoria contínua da qualidade da informação, por meio de uma gestão com foco no cliente e constância na qualidade de seus produtos e serviços, além de redução do número de falhas, incidentes, erros ou equívocos”, informa Kamilla Salgado, que atua na área de Treinamentos da Run2Biz. Ciente dessa necessidade, a empresa desenvolveu um treinamento completo – o Essentials – totalmente gratuito – onde o participante tem a oportunidade de conhecer os principais problemas do mercado e o melhor: como saná-los, de forma rápida, com uso de fluxos de trabalho inteligentes.
Totalmente online, dividido em módulos e com duração de 34 minutos, o curso é dirigido para todas as pessoas de uma empresa, desde a base, passando pela área de informática e TI, até o alto escalão, mostrando como e porque a hiperautomação tem ganhado força na agenda corporativa, uma vez que colabora determinantemente para a aceleração do desenvolvimento dos negócios.
Confira as dicas da Run2Biz para evitar prejuízos no negócio, e que são um dos pilares do curso Essentials:
Otimizar processos: é importante fazer com que os vários setores da empresa dialoguem entre si, de forma automática, sem a necessidade de atividades repetitivas.
Reduzir retrabalhos: integrando os setores, não há necessidade de reinserir a mesma informação em cada departamento. A partir do momento em que os dados são inseridos, ficam disponíveis para todos os funcionários que tenham acesso ao sistema, reduzindo o índice de retrabalhos.
Controle de métricas: com a quantidade de dados produzidos na empresa e parametrizados em um único sistema, é mais fácil de o gestor ter um material de apoio consistente para ter insights e melhor orientar os setores.
Gestão à vista: ao utilizar uma solução que permite a troca de dados entre múltiplas plataformas, com o seu controle feito em uma mesma interface, as empresas conseguem lidar com um fluxo cada vez maior de dados, vindo de fontes diferentes de forma mais simples, evitando assim a vulnerabilidade a ataques hackers, erros, equívocos ou falhas humanas.
Techfin que funciona como motor para gestão do fluxo financeiro comenta sobre a modalidade para as B2Bs
A cada dia, o número de empresas no Brasil aumenta. De acordo com o levantamento realizado pelo Mapa de Empresas, existem 18,915 milhões de empresas ativas no país. Visando facilitar as transações financeiras entre pessoas físicas e jurídicas, o Banco Central, lançou o PIX, um meio de pagamento instantâneo que, em pouco tempo, se tornou um dos mais populares meios de pagamento digital do mundo. Muito utilizado entre pessoas físicas, o serviço também pode ser usado para pessoas jurídicas e para empresas (B2B). A techfin que funciona como motor para gestão do fluxo do dinheiro em médias e grandes empresas, Slice, explica como o serviço pode ser utilizado pelos negócios.
“O PIX é uma ferramenta com impactos extremamente positivos para as empresas, principalmente no que tange agilidade nas suas liquidações financeiras, redução de custos operacionais e também redução do risco de crédito. Em resumo, o PIX já representa uma grande revolução como ferramenta de pagamento e as empresas que souberem aproveitar a mesma nos seus modelos de negócios terão como consequência uma vantagem competitiva e também uma melhora consistente da experiência de seus clientes, aumentando vendas, faturamento, e fidelizando ainda mais a sua base”. Comenta Alexandre Thorpe Sócio-diretor da Slice.
Presente no mercado há dois anos, a ferramenta permite que a empresa transfira qualquer quantia financeira, independente do dia ou horário, e ainda leve poucos minutos para ser finalizada – dor essa muito presente no mercado, tendo em vista que as transações demoravam cerca de dois dias úteis para cair na conta do destinatário. O serviço é oferecido pela maioria das instituições financeiras brasileiras, sem qualquer exclusividade.
Por ser um serviço instantâneo, seu funcionamento se diferencia pela sua agilidade. O responsável pela conta deve criar uma chave para realizar as transações livremente. Diferente das pessoas físicas, as jurídicas têm o direito de possuir 20 chaves diferentes que podem ser o número de telefone, CNPJ, conta do banco, dígito verificador, e-mail e até um token gerado automaticamente.
“O PIX para os consumidores é uma realidade, o desafio, quando falamos das empresas, está no seu aproveitamento nas demais etapas de uso deste dinheiro, como o pagamento a fornecedores, por exemplo”, explica Sérgio Irigoyen, CoFundador da Slice. “Visando dar controle sobre o movimento do dinheiro, a Slice oferece em sua plataforma, a tecnologia para que as empresas tenham gestão completa, conciliação e mais eficiência com seu modelo de negócio”, finaliza.
Até 800 bilhões de dólares. Esta é a estimativa do valor do metaverso até 2024, segundo a Bloomberg Intelligence. Com o aumento da adoção do home office no mundo e a alta procura por soluções digitais para a rotina de trabalho, o metaverso – ambiente virtual que busca unir o mundo físico e o digital – entra em pauta como uma alternativa aos espaços de trabalho na vida real, criando expectativas e preocupações entre os executivos de TI.
Segundo José Antonio Furtado, sócio-diretor da TGT Consult, o metaverso é o encontro de diversas modernas tecnologias com o intuito de oferecer liberdade de escolha para o público. “O metaverso traz consigo um potencial de mudança amplo, uma vez que conecta o mundo real com o virtual, podendo criar um futuro dos negócios, novas formas de relações entre as pessoas, educação e tudo mais. Caberá ao ser humano fazer o melhor uso deste potencial”.
“Essas tecnologias emergentes, como 5G, realidade virtual e realidade aumentada propõem um universo diferente, que dará possibilidades para qualquer pessoa de atuar em condições de igualdade com outros colaboradores, permitindo que muitos consigam traduzir e produzir o necessário de uma forma muito melhor por conta da tecnologia”, comenta Mauricio Ohtani, analista líder da TGT Consult/ISG.
Em 6 de abril, Mark Zuckerberg, CEO da Meta, apresentou o que ele considera o primeiro conceito de home office no metaverso, um escritório virtual em 360º descrito por ele como o novo espaço no qual é possível “atender chamadas do Messenger, ler e-mails ou trabalhar em seu próximo grande projeto”. Ele também mencionou que o número de usuários de headsets de realidade virtual seguem aumentando, o que é verdade. De acordo com a Mordor Intelligence, o setor de realidade virtual vai atingir cerca de US$ 184,66 bilhões até 2026.
O metaverso é um ponto de interesse para as companhias nacionais, uma vez que a perspectiva do uso do ambiente virtual para a alavancagem de negócios demonstra vantagens e pontos de atenção, como explica Vinícius Gallafrio, CEO da Madeinweb. “Ainda não está claro se o futuro do metaverso é um único ambiente virtual ou se vai se manter como atualmente, no qual cada um cria o seu. Isso obviamente dificulta para as empresas que estão querendo entrar nesse mercado de muitas formas, principalmente para entender por onde começar e como tudo isso funciona”.
Para Ana Lin, associada sênior da TGT Consult/ISG, o conceito do metaverso já vem sendo desenvolvido no universo dos jogos há bastante tempo. “Em games, os personagens possuem vidas virtuais completas com dinheiro, trabalho, habilidade de comprar um carro e fazer amigos. Além dos videogames, vemos bastante o uso em e-commerce, com várias empresas oferecendo experiências virtuais para os clientes, nas quais o público pode comprar um tênis ou até mesmo a versão digital dele, que eventualmente pode ser usada para a caracterização de um personagem de um jogo”.
Com o ininterrupto aumento nos casos de crimes cibernéticos, uma das preocupações para os executivos é justamente o quão seguro o metaverso realmente será para as empresas que decidirem seguir o caminho da total digitalização. Para Flavio Inojosa, Head of Digital Pre-Sales da T-Systems, um ponto de interesse na evolução da tecnologia é saber até que ponto as empresas poderão controlar a coleta de dados.
Em reuniões, empresas discutem decisões estratégicas, produtos, serviço, números… “Mas até que ponto a privacidade das informações está garantida neste mundo virtual?”, questiona o profissional. “A questão é: precisamos saber o que está saindo do ambiente corporativo para um ambiente aberto”, finaliza.
No geral, o conceito de metaverso é extremamente vasto, abordando áreas diversas, inclusive fora do mundo coorporativo. “Fala-se muito de interações de negócios e reuniões com o metaverso, mas eu acho que vai muito além disso. Hoje já pensamos no uso da realidade virtual para, por exemplo, fazer programas para tratamento de traumas. Neles, é possível colocar uma criança em um ambiente virtual de vacinação para ela sofrer menos traumas com a experiência”, exemplifica Ana Lin. No entanto, a especialista ressalta que o metaverso é ainda um vasto mundo, que precisa ser compreendido em suas possibilidades de aplicações de modelos de negócios.