O setor de serviços de computação em nuvem segue crescente na região da América Latina. De acordo com um estudo da International Data Corporation (IDC), sobre o valor da AWS para os negócios da LATAM, esse mercado ficou estimado em US$ 5.114 milhões de dólares e deve crescer por volta de 37% até o ano 2023.
O estudo internacional, o qual se deu em 4 países diferentes, dentre eles o Brasil, entrevistou 17 grandes organizações que migraram seus aplicativos de serviço para a nuvem AWS. Além de fazer descobertas significativas sobre os benefícios que a nuvem tem proporcionado às empresas, o relatório trouxe dados relevantes sobre o futuro desse mercado na região.
A empresa líder global de inteligência de mercado apurou que o crescimento da nuvem na Latam deve ser até 10 vezes maior do que o modelo tradicional on premise em um período de 5 anos. “Os gastos estimados de longo prazo também são mais otimistas na Latam do que em outras partes do mundo”, garante André Serafim, Cloud Financial Management Development Executivo da AWS.
De acordo com o levantamento da IDC, a transformação digital, a utilização da nuvem como plataforma de inovação e o apoio dos parceiros de serviço são apontados como os grandes responsáveis por essa tendência na Latam. As vantagens da utilização da nuvem, como redução de custos operacionais, agilidade na entrega de aplicações e redução de paradas também são considerados fatores para tomada de decisão.
“A migração para uma plataforma de serviços de nuvem deve incluir, portanto, métricas de sucesso que vão além da abordagem tradicional de comparação dos custos de infraestrutura (TCO). Tais métricas devem também levar em consideração benefícios que impactam o negócio como a redução de paradas não programadas e falhas de segurança, maior agilidade dos times de TI e mais velocidade no desenvolvimento e adoção de novas tecnologias”, assegura o relatório.
Resultados
A pesquisa da IDC mostrou que a adoção permitiu que as empresas rompessem com o modelo obsoleto de desenvolvimento tecnológico e, assim, acelerassem o lançamento de novas funcionalidades. As empresas começaram a ajustar seus processos e centraram nos recursos e atividades que realmente eram estratégicos. Como resultado, obtiveram 62% a mais de funcionalidades, 55% de novas aplicações e reduziram o tamanho do ciclo de desenvolvimento de novos produtos em 35%.
“Em relação ao retorno sobre investimento (ROI), a consultoria utilizou a metodologia de fluxo de caixa descontado e calculou um retorno médio de investimento de 417% em um período de 5 anos. Ou seja, falamos de um benefício financeiro total líquido por volta de US$ 1.074 milhões para cada 100 usuários. Para o mesmo período de tempo, o estudo considerou um lucro médio anual por empresa de US$ 3,61 milhões de dólares e 5 meses de amortização”, enfatiza André.
Dentre as organizações entrevistadas, também foi observado uma redução no número de paradas não programadas de até 99%, graças à utilização de arquiteturas de alta disponibilidade. Com a melhora da qualidade do serviço vindo da nuvem, as paradas de todas as empresas diminuíram sensivelmente.
“Quanto custa para você ficar com o seu serviço parado? Algumas empresas têm facilidade de mensurar isso por causa das multas de disponibilidade. Porém, acho que além do valor monetário e multas contratuais por ter a aplicação fora, existe o fator marca. Você perde imagem por ter indisponibilidade. A AWS tem gerenciando toda uma infraestrutura global e garante uma melhor resiliência”, afirma Rafael Marangoni, CEO da BRLink, empresa com foco em soluções de cloud e parceira Premier da AWS.