“5G não é telefonia. 5G é conectividade”, explica presidente da ABINC em fórum do Estadão

Especialistas discutem principais desafios do 5G e comentam sobre a aplicação da tecnologia no mercado empresarial

O 5G chegou para impulsionar projetos que estavam parados, ou que foram até um certo ponto colocados à disposição, é o que explicou Paulo Spaccaquerche, presidente da Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC), em painel sobre os desafios do 5G no Brasil realizado pelo Fórum Estadão Think, em São Paulo. 

De acordo com o Ministério das Comunicações, já são mais de 6,6 mil antenas de 5G espalhadas por todo país para garantir conexão. Após um ano da licitação das faixas de radiofrequências do 5G, as estações levam a tecnologia para cerca de 50 milhões de pessoas e estão presentes em todas as capitais brasileiras, viabilizando a potencialização de transformações digitais.

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A ABINC, como órgão responsável por reunir empresas do segmento de IoT no Brasil e fomentar este mercado, enxerga que o processo para adaptação do 5G é um projeto conjunto de soluções para chegar em cidades inteligentes. De acordo com o Paulo Spaccaquerche, o 5G não é sobre telefonia, mas sim, sobre conectividade, e essas tecnologias vem impulsionando a evolução da Internet das Coisas no país. “O IoT é o coração da digitalização. E hoje quase tudo é digitalizado. Entretanto, a conectividade é o coração do IoT, sem ela não é possível fazer muita coisa”, ressalta.

Segundo o Diretor Executivo de Marketing e Negócios da Embratel, Marcelo da Silva Miguel, o 5G amplia as possibilidades de utilização de automatização. Ele conta que existem empresas da indústria 4.0 que já estão muito evoluídas nesse processo, mas tem como necessidade tecnologias emergentes, como, por exemplo, machine learning e inteligência artificial, que ainda não foram completamente exploradas, pois a conectividade anterior não permitia isso. Porém, agora passam a ser habilitadas com a chegada do 5G. 

Por outro lado, o 5G traz uma série de coisas que são inerentes à revolução dessa modernização. Spaccaquerche afirma que um dos primeiros desafios é entender os diversos “Brasis” existentes para, assim, realizar a expansão dessa inovação da melhor forma para cada região.

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Para Ricardo Janes, professor da FEI, ainda existe muita dúvida no setor empresarial e um dos principais desafios é a falta de compreensão de que o 5G não é só uma conexão telefônica. “O empresário ainda tem que descobrir onde pode implementar em sua indústria e como se tornar uma ferramenta para melhorar a competitividade. O desafio é mostrar isso desde a micro indústria até as multinacionais”, aponta.

Por fim, o presidente da ABINC reitera alguns desafios atuais neste setor e complementa dizendo que é essencial entender exatamente as necessidades para poder aplicar a tecnologia. “Os nossos desafios são: formação de mão de obra e toda a parte de novas tecnologias que estão surgindo. Mas, nada disso é importante não houver o entendimento sobre o que realmente está em discussão”. 

Fonte: Mondoni Press

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