Empresas no Brasil adotam automação para fazer a transição para SAP S/4HANA, aponta relatório ISG

Pesquisa realizada e divulgada pela TGT Consult destaca busca por provedores de serviços para ajudar a converter o código personalizado legado ao novo sistema ERP da SAP

 

Empresas no Brasil estão adotando o sistema ERP inteligente SAP S/4HANA e movendo cargas de trabalho SAP para a nuvem, usando ferramentas de automação para fazer o trabalho pesado, revela novo estudo publicado nesta quarta-feira, 12, pelo Information Services Group (ISG), realizado e distribuído pela TGT Consult no Brasil.

O ISG Provider Lens™ SAP HANA and Leonardo Ecosystem Partners – Brazil 2020, aponta provedores de serviços SAP que oferecem ferramentas ajustadas para ajudar as empresas a converterem dados de sistemas ERP legados em S/4HANA. As ferramentas de inspeção de código aceleram a conversão e substituição de código personalizado.

A maioria das grandes empresas no Brasil está adotando um brownfield e usando ferramentas de automação para converter código legado customizado e sistemas ERP para S/4HANA, revela o estudo. Uma estratégia avançada é dissociar as customizações legadas do núcleo do ERP e implantar recursos de automação e DevOps baseados em IA (Inteligência Artificial).

Pedro L. Bicudo Maschio, autor da pesquisa ISG Provider Lens™ SAP HANA and Leonardo Ecosystem Partners – Brazil 2020, acredita que o CIO responsável por qualquer marca de ERP deve ler esse relatório para avaliar suas opções de serviços e parceiros. “É uma pesquisa representativa do mercado brasileiro de serviços de TI. O ERP SAP é o mais utilizado pelas grandes empresas no Brasil”, afirma.

No mercado intermediário brasileiro, as ferramentas e estruturas automatizadas estão permitindo projetos de transformação rápida. Os provedores de serviços no país desenvolveram a expertise para entregar S/4HANA a preços competitivos, ajudando clientes de midmarket a migrar de outras plataformas para SAP.

No entanto, no mercado das empresas médias e pequenas há muitas opções de ERP no Brasil, mas a maioria não atende os requisitos de contabilidade, tributos e regulamentações complexas, que são demandas comuns das grandes empresas. “Dessa forma, a maior relevância é que esse é o único estudo que avalia as empresas de serviços que viabilizam o SAP para mas maiores e melhores empresas brasileiras”, ressalta Pedro Bicudo.

De acordo com o relatório, a COVID-19 impõe novas regras nesse mercado. Todos os entrevistados relataram que não interromperam seus projetos em andamento e têm 100% de seus funcionários trabalhando home office. As ferramentas disponíveis podem habilitar remotamente a migração de dados e testes automatizados, enquanto os usuários remotos podem testar a solução na nuvem.

O relatório também aponta que a automação está sendo amplamente utilizada no mercado de serviços de aplicações gerenciadas para SAP. Embora a automação não tenha substituído a codificação humana, ela vem sendo utilizada para tarefas repetitivas, incluindo classificação de incidentes, documentação, análise de incidentes, alertas e previsão de incidentes. “Ao automatizar as tarefas de suporte, os provedores de serviços podem se concentrar na qualidade do código e no aprimoramento de aplicações”, diz o documento.

No serviço de plataforma gerenciada, a principal tendência observada é que todos os provedores qualificados se concentrem em mover o SAP S/4HANA para a nuvem. Alguns provedores de serviços de aplicações puros resistiram a um impulso de nuvem da SAP e dos provedores de cloud, no entanto, porque não veem um benefício claro para eles, considerando o custo para certificar suas equipes para serviços relacionados à nuvem.

O estudo observa que a receita da nuvem da SAP nas Américas está compensando o declínio na receita de licenciamento de software, que caiu devido à pandemia da COVID-19.

Para o autor da pesquisa, essa é uma grande oportunidade para adotar a nuvem. “A queda de 31% refere-se a licenças para SAP, ou seja, upgrade para rodar S/4HANA in-house. Já as vendas da SAP na modalidade ‘como serviço’ cresceram no mesmo período. Em cloud, o cliente paga por uso do sistema. Há vários parceiros no Brasil que oferecem o S/4HANA Cloud. Essa é a grande oportunidade para fazer uma modernização de plataforma mais agressiva, incluindo o S/4HANA sem customizações, que podem ser reescritas para rodar na SAP Cloud Platform – SCP – usando APIs e micro serviços. Há ferramentas que automatizam a conversão da customização. Como o cliente não precisa pagar uma licença antecipada, e rodar em nuvem custa bem menos, mesmo para o SAP legado, esse período de recessão econômica pós-Covid é um ótimo momento para modernizar reduzindo a despesa operacional. Todo CFO gosta de ouvir isso. É o momento do CIO ousar”, completa Pedro Bicudo.

Quadrantes

Os estudos da ISG servem como uma importante base de tomada de decisão para o posicionamento das principais relações e considerações de ir ao mercado. No caso do relatório ISG Provider Lens™ SAP HANA and Leonardo Ecosystem Partners – Brazil 2020, um total de 29 provedores foram avaliados e qualificados em 5 quadrantes, sendo eles: SAP S/4 HANA System Transformation –  Large Accounts, SAP S/4 HANA System Transformation –  Mid Market, Managed Application Services for SAP ERP, SAP Cloud Platform and SAP Leonardo  Services e Managed Platform Services for SAP HANA.

O relatório classificou a IBM como líder em quatro quadrantes e Accenture, Atos, DXC e Tech Mahindra em três. Castgroup, Essence IT, FH Consultoria, Infosys, T-Systems e Wipro são líderes em dois quadrantes. A Megawork, Seidor, SPRO e TIVIT foram nomeadas líderes em um quadrante.

As “estrelas em ascensão” são: BCI Consulting, Essence IT, FH Consultoria, Infosys, Megawork e Wipro.

O relatório completo foi disponibilizado pelas empresas FH e T-Systems, e pode ser acessado pelos links abaixo:

https://digital.fh.com.br/relatorio-ISG-2020

https://www.t-systems.com.br/isg-provider-lens-sap-hana-leonardo-brazil

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