Últimas

“5G não é telefonia. 5G é conectividade”, explica presidente da ABINC em fórum do Estadão

Especialistas discutem principais desafios do 5G e comentam sobre a aplicação da tecnologia no mercado empresarial

O 5G chegou para impulsionar projetos que estavam parados, ou que foram até um certo ponto colocados à disposição, é o que explicou Paulo Spaccaquerche, presidente da Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC), em painel sobre os desafios do 5G no Brasil realizado pelo Fórum Estadão Think, em São Paulo. 

De acordo com o Ministério das Comunicações, já são mais de 6,6 mil antenas de 5G espalhadas por todo país para garantir conexão. Após um ano da licitação das faixas de radiofrequências do 5G, as estações levam a tecnologia para cerca de 50 milhões de pessoas e estão presentes em todas as capitais brasileiras, viabilizando a potencialização de transformações digitais.

Leia também:

Como o 5G expõe os desafios do setor de telecomunicação?

A ABINC, como órgão responsável por reunir empresas do segmento de IoT no Brasil e fomentar este mercado, enxerga que o processo para adaptação do 5G é um projeto conjunto de soluções para chegar em cidades inteligentes. De acordo com o Paulo Spaccaquerche, o 5G não é sobre telefonia, mas sim, sobre conectividade, e essas tecnologias vem impulsionando a evolução da Internet das Coisas no país. “O IoT é o coração da digitalização. E hoje quase tudo é digitalizado. Entretanto, a conectividade é o coração do IoT, sem ela não é possível fazer muita coisa”, ressalta.

Segundo o Diretor Executivo de Marketing e Negócios da Embratel, Marcelo da Silva Miguel, o 5G amplia as possibilidades de utilização de automatização. Ele conta que existem empresas da indústria 4.0 que já estão muito evoluídas nesse processo, mas tem como necessidade tecnologias emergentes, como, por exemplo, machine learning e inteligência artificial, que ainda não foram completamente exploradas, pois a conectividade anterior não permitia isso. Porém, agora passam a ser habilitadas com a chegada do 5G. 

Por outro lado, o 5G traz uma série de coisas que são inerentes à revolução dessa modernização. Spaccaquerche afirma que um dos primeiros desafios é entender os diversos “Brasis” existentes para, assim, realizar a expansão dessa inovação da melhor forma para cada região.

Leia também:

5G domina a grade do Congresso do Futurecom 2022

Para Ricardo Janes, professor da FEI, ainda existe muita dúvida no setor empresarial e um dos principais desafios é a falta de compreensão de que o 5G não é só uma conexão telefônica. “O empresário ainda tem que descobrir onde pode implementar em sua indústria e como se tornar uma ferramenta para melhorar a competitividade. O desafio é mostrar isso desde a micro indústria até as multinacionais”, aponta.

Por fim, o presidente da ABINC reitera alguns desafios atuais neste setor e complementa dizendo que é essencial entender exatamente as necessidades para poder aplicar a tecnologia. “Os nossos desafios são: formação de mão de obra e toda a parte de novas tecnologias que estão surgindo. Mas, nada disso é importante não houver o entendimento sobre o que realmente está em discussão”. 

Fonte: Mondoni Press

Newly, o seu portal de tecnologia.

Microsoft e Recode capacitam jovens de ONG no Rio de Janeiro para criar aplicações

Com treinamentos envolvendo o desenvolvimento de soluções com pouco ou nenhum código, alunos aprendem a codificar e a criar aplicações que melhoram o funcionamento da instituição filantrópica

 Com o intuito de ajudar na formação de jovens atendidos pela ONG Solar Meninos de Luz, que atua no entorno das comunidades Pavão-Pavãozinho e Cantagalo, em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, a Microsoft e a Recode estão oferecendo cursos gratuitos de tecnologia voltados para a criação de aplicações com pouco ou nenhum código. Alunos colocaram em prática o aprendizado dos treinamentos e criaram uma solução de dados para a ONG.

As atividades complementares oferecidas abordam temas como “Criando infra na nuvem”, “Ferramentas digitais para o mercado de trabalho” e “Tecnologias para o futuro”. Os alunos Eryc Freire e Luiz Miguel Ferreira, ambos de 15 anos, que aprenderam no curso de “Power Platform” a codificar e desenvolver aplicativos de software de inteligência de negócios, passaram a entender melhor o funcionamento da organização e puderam contribuir para o planejamento estratégico dela. “Com o que aprendemos, criamos um banco de dados com todas as informações de alunos que, antigamente, acabavam sendo perdidas”, conta Eryc.

Leia também:

Microsoft lança desafio na Campus Party Brasil 2022

De acordo com o diretor de tecnologia e infraestrutura do Solar, Hermom Tangarife, o projeto dos alunos está sendo utilizado para um melhor aproveitamento dos recursos internos. “Com as informações que levantamos, reorganizamos a nossa instituição: isso começa pelas formações, passa pelo voluntariado e chega, até mesmo, à alimentação que fornecemos na instituição. Conseguimos olhar o presente para construir o futuro”, destaca o gestor.

As boas práticas apresentadas vêm estimulando o jovem Luiz Miguel a sonhar com voos mais altos. Agora, ele pensa em iniciar uma carreira na área de tecnologia: “Na ONG aprendemos diversas atividades como música, mas, agora que vi as formações, estou mudando de ideia. Gostei muito dos aprendizados em tecnologia e penso em ingressar na área de programação, no desenvolvimento de games ou em algo que envolva dados”, ressalta.

Leia também:

Microsoft e Vale promovem Desafio Tech para ensinar programação a jovens de baixa renda

“Hoje não é necessário ser um programador para desenvolver soluções que atendam às necessidades de organizações e a capacitação em Power Platform que oferecemos com a Recode apresenta aos jovens as diversas possibilidades de criar e inovar por meio da tecnologia, contribuindo para a sua qualificação em tecnologia low/no code, assim como outras habilidades como letramento digital, que são essenciais para o mundo do trabalho do futuro”, diz Lucia Rodrigues, líder de Filantropia da Microsoft.

“Ainda que a capacidade de programar seja uma demanda do mercado, a tecnologia low code/no code permite instrumentalizar empreendedores de periferias. Eles poderão desenvolver algoritmos, sites e aplicativos que beneficiem não só as suas famílias com o

aumento de renda, mas toda a sua comunidade”, explica Rodrigo Baggio, fundador e CEO da Recode.

Ao todo, 921 certificados da trilha de Power Platform da Recode, em parceria com a Microsoft, já foram emitidos pela instituição.

Fonte: Edelman

Newly, o seu portal de tecnologia.

AWS se mantém em posição de destaque no setor de cloud com amadurecimento do mercado

Segundo o estudo ISG Provider Lens™ AWS Ecosystem Partners 2022, o crescente volume de certificações e qualificações auxilia na entrega de valor

Com o amadurecimento sobre os casos de uso da computação em nuvem, a Amazon Web Services (AWS) mantém a liderança no mercado de nuvem por meio do desenvolvimento e ampliação do portfólio de produtos e serviços. Segundo a nova edição do estudo ISG Provider Lens™ AWS Ecosystem Partners, o crescimento de empresas credenciadas como parceiros AWS, juntamente com o crescente volume de certificações e qualificações nos serviços de nuvem, auxilia na entrega de valor e a introdução de novos fornecedores, aumentando a capilaridade e atendimento aos clientes em várias regiões do país.

Há um equilíbrio entre grupos de empresas que apresentam numerosos contratos com fornecedores diferentes de nuvem e que, considerando a falta de profissionais qualificados no mercado, sofrem com um alto custo, pois indivíduos habilitados em mais de uma nuvem são raros e caros no mercado. Além disso, o estudo aponta que serviços gerenciados se tornaram essenciais com ferramentas de gestão automatizada, que aumentam a confiabilidade, eficiência e disponibilidade.

“Embora o mercado global de tecnologia demonstre uma queda na taxa de crescimento e no volume de negócios com o arrefecimento da pandemia, refletindo em demissões em várias partes do mundo, o mercado brasileiro tem reagido de forma diferente e continua mostrando crescimento, principalmente no setor de cloud computing. Além disso, as empresas no Brasil apresentam uma característica de não ‘ir às compras’ com tanta avidez, seja por conta da limitação no orçamento ou pelo nosso perfil de ‘follower’”, comenta Mauricio Ohtani, analista líder da TGT Consult/ISG e autor do estudo. “Como consequência, ainda que inevitável, as demissões acabam ocorrendo, mas em volume bem menor. Nossa perspectiva é que o mercado brasileiro de computação em nuvem ainda continue em sua posição de “comprador” e de forma crescente”.

Segundo o relatório, com a implantação da rede 5G ocorrendo nas principais capitais do país, muitos projetos de IoT estão sendo acelerados e mais soluções têm sido desenvolvidas para atender uma demanda reprimida em razão do alto custo associado a todas as funcionalidades da nuvem, como captura e transmissão de dados. Ademais, houve uma maior procura no setor público por negócios com a AWS nos últimos dois anos, ocasionada pela dificuldade de entendimento e alinhamento entre oferta e compra de produtos e serviços de nuvem. Desde 2020, diversos contratos de variados tamanhos têm ocorrido em todas as esferas do setor público, além de entidades que adquirem serviços por meio de licitação pública.

Leia também:

+ Saiba como é aplicada a proteção de dados na logística reversa

Ohtani destaca que as empresas globais de tecnologia apresentam, geralmente, maior capacidade de entrega do que as empresas brasileiras. Entretanto, as companhias nativas têm investido em capacitação e expandido sua atuação, ampliando suas ofertas de serviços conforme a demanda, principalmente para atender os requisitos da agenda ESG. “Este é um tema que está nas agendas corporativas em todo o mundo. Estando mais atuante ou não, nossa expectativa é entender, analisar e provocar a atenção dos parceiros AWS sobre este tema importante e quente”, declara o autor.

Em relação ao mercado internacional quando o assunto é sustentabilidade e descarbonização, o analista destaca que as empresas globais estão bem mais avançadas, com amplo e profundo entendimento, além de iniciativas internas e amplitude na oferta de serviços para o mercado. “Entretanto, temos visto aqui no Brasil poucas, mas contundentes, iniciativas sociais, em que empresas brasileiras têm assumido posição de destaque com a sociedade, seja nas iniciativas, no envolvimento de várias entidades públicas e privadas, inclusive com o envolvimento de outros fornecedores de serviço e parceiros AWS, mesmo que eventualmente sejam concorrentes”.

Para os parceiros AWS que desejam continuar evoluindo na oferta de serviços, o autor destaca a necessidade de continuar expandindo e melhorando suas capacidades de entrega, já que, com um mercado mais maduro, a expectativa dos clientes é encontrar parceiros que entreguem melhores resultados e ajudem a atingir as métricas em OKR (Objective and Key Results), além do TCO (Total Cost of Ownership). “Nossa recomendação é que não haja somente capacitação tecnológica e exigências técnicas por parte da AWS, mas haja também desenvolvimento e melhora das habilidades e compreensão das necessidades de negócio dos clientes finais”.

Ademais, o relatório indica que as modernizações dos ambientes em nuvem têm acontecido de forma acelerada, principalmente com Infrastructure as Code (IaC). Dessa forma, as organizações que estão adotando soluções nativas têm exigido abordagens padronizadas e automatizadas para não depender de codificação e de recursos escassos no mercado, promovendo o uso de low-code/no code.

Leia também:

+ Além das reuniões: Como as soluções de videoconferência impactam o futuro do trabalho

O relatório ISG Provider Lens™ AWS Ecosystem Partners 2022 para o Brasil avalia as capacidades de 40 fornecedores em sete quadrantes: AWS Managed Services, AWS SAP Workloads, AWS Data Analytics and Machine Learning, AWS Internet of Things (IoT) Services, AWS Migration Services, AWS Consulting Services e Brazil Public Sector — Technology Services.

O relatório aponta BRLink, Compass UOL, dataRain, Dedalus, IPsense, Logicalis, Nextios e TIVIT como Líderes em quatro quadrantes cada. Nomeia Claranet, Darede, SoftwareONE e Wipro como Líderes em três quadrantes cada e Accenture, ST IT e Stefanini como Líderes em dois quadrantes cada. AX4B, Embratel, Extreme Group, G&P, MIGNOW, NTT DATA e Sky.One são nomeados Líderes em um quadrante cada.

Além disso, a Accenture e a V8.Tech são nomeadas como Rising Stars – empresas com um “portfólio promissor” e “alto potencial futuro” pela definição do ISG – em dois quadrantes cada. O relatório aponta dataRain, Embratel, Extreme Group, Inmetrics e Projetas como Rising Stars em um quadrante cada.

Versões personalizadas do relatório estão disponíveis em Darede, dataRain, G&P, Inmetrics, IPsense, Logicalis, ST IT e TIVIT.

Fonte: Mondoni Press

Especialista elenca principais ciberataques que empresas despreparadas podem sofrer em 2023

Profissional da Compugraf alerta para o constante crescimento no número de ataques cibernéticos nos últimos anos e lista recomendações para evitar essas ações

Segundo pesquisas do setor de Cibersegurança, o segmento deve contar com um crescimento entre 8% a 12% no orçamento em segurança por parte das empresas neste ano. Essa estimativa é reflexo de ataques cibernéticos cada vez mais frequentes dentro de organizações de pequeno e grande porte, já que os cibercriminosos se utilizam, com cada vez mais frequência, de diversos tipos de ferramentas para atacar e colocar em risco a segurança de informações e dados confidenciais de pessoas e empresas. 

Uma dessas ferramentas é o Phishing, usado como uma tática de engenharia social bem conhecida, em que uma pessoa é induzida a fornecer informações ou instalar um malware em um sistema operacional sem o seu conhecimento. “Essa prática criminosa é um dos principais vetores de ataque ou infecção no mundo, que vem crescendo ao longo dos anos, sendo cada vez mais elaborado e complexo. Provavelmente continuará forte em 2023”, explica Kleber Souza, gerente de segurança de TI da Compugraf, provedora de soluções de segurança da informação, privacidade de dados e governança das principais companhias brasileiras

Leia também:

Transporte: “Falta investimento em cibersegurança e isso pode afetar o setor”, alerta especialistas

Além do Phishing, o Ransomware é uma outra tática praticada pelos criminosos no momento de realizar os ciberataques. Ela consiste em ataques à dados, que posteriormente são criptografados e roubados, bloqueando o acesso a informações e sistemas até que o valor do resgate pedido seja pago. “Essa prática continua sendo um dos ataques mais populares em todo o mundo”, completa o especialista.

Para Souza, visando proteger seus dados e de seus clientes, as empresas possuem seus próprios mecanismos de defesa contra esses ataques, porém, o recomendado é que elas realizem treinamentos de conscientização de segurança e simulações de Phishing com todos os membros de sua equipe, para evitar esse tipo de ameaça. Além disso, quando se trata dos Ransomwares, é necessário que os sistemas estejam sempre atualizados, que haja auditoria recorrente e sistemas imutáveis de proteção de dados caso haja algum problema.

“O crescente ataque aos dispositivos móveis pessoais, phishing direcionados de acordo com a localização geográfica e a preocupação com o uso de dispositivos pessoais durante o trabalho remoto são algumas das táticas que os criminosos estão adotando para realizar esse tipo de ataque. Por isso, é de suma importância que as empresas estejam atentas e tomem as medidas necessárias para evitar esses tipos de invasão”, ressalta Kleber Souza.

Leia também: Cibersegurança em startups: proteção da informação representa 80% das buscas

Expectativas para 2023
Apesar das constantes ameaças sofridas pelo setor, os especialistas do segmento analisam que as possibilidades da implementação de novas tendências para o ano de 2023 na cibersegurança são animadoras. Diversas ferramentas estão sendo desenvolvidas para facilitar e proteger empresas e consumidores que utilizam a internet no cotidiano.

“Há a expectativa de uma massificação de Zero Trust Network, ou acesso à rede de confiança zero (ZTNA), além do crescimento do uso de Inteligência Artificial nos produtos de segurança e a adoção de autenticação sem senha, o chamado passwordless”, conclui Kleber.

Fonte: Compugraf

Newly, o seu portal de tecnologia.

Transporte: “Falta investimento em cibersegurança e isso pode afetar o setor”, alerta especialistas

Experiente em logística e transportes, Iltenir Junior aponta os agravantes da falta de investimento em segurança no setor e alguns motivos dessa ausência

A tecnologia é uma grande aliada para o setor de transportes e vem contribuindo na indústria há décadas. Como explica Iltenir Junior, sócio-diretor da KNG Network, integradora de negócios que atua nos segmentos de logística e tecnologia e idealizador do CISO Forum Brazil, ela deu início através do TMS (Sistema de Gerenciamento de Transportes), automatizando processos de emissões de documentos fiscais, relatórios de controle e integração entre filiais intermunicipais, interestaduais e internacionais. Em sequência, a localização por satélite, que deu maior robustez na gestão de riscos, chegando ao EDI (Intercâmbio Eletrônico de Dados), que permitia a troca de informações entre a indústria e transportadores através de arquivos leves de notas fiscais, embarques, ocorrências e cobrança.

Para o especialista, a tecnologia tornou-se uma matéria prima da indústria de serviços, com investimentos em servidores em nuvem, plataformas mobile e crescimento exponencial. “O varejo eletrônico, com toda a sua demanda crescente ano a ano, colocou o transporte na rota da digitalização através de API’s (Interfaces de Programação de Aplicações), mas foram as startups de logística e transportes, conhecidas como LogTechs, quem consolidaram ainda mais tecnologias no setor”, pontua.

Leia também: “Quem acha que tecnologia resolve problemas de cibersegurança, não entendeu o problema e nem a tecnologia”, diz expert da Accenture em CISO Forum Brazil

Contudo, existem alguns desafios a serem enfrentados com tamanha evolução, como, por exemplo, o investimento em segurança para evitar os ataques cibernéticos no setor. Por conta da pandemia, as compras online e os pedidos por aplicativos impulsionam a importância dos transportes e, por consequência, colocam o setor como alvo das ameaças cibernéticas.

Na opinião do especialista, toda empresa, sendo ela do varejo ou indústria, concentra um grande volume de dados, desde seu pessoal, fornecedores, produtos e, principalmente, clientes e vendas. Com isso, a informação é tão importante quanto a entrega do produto e considerar o gerenciamento de risco somente no rastreamento de um caminhão, em um alarme de proteção do veículo ou escolta armada já não é mais o suficiente.

“O volume de dados que administramos, em mãos erradas, podem beneficiar ações criminosas como roubos de cargas. Seu vazamento pode impactar na estratégia de grandes empresas que confiam seus produtos às transportadoras”, destaca Junior.

Iltenir aponta os agravantes que essa falta de proteção adequada pode causar como imensos prejuízos a clientes, fornecedores e às próprias empresas, que perdem credibilidade e entrada neste imenso mercado. Uma vez que o setor está envolvido desde o transporte de matéria-prima para a indústria, até a entrega no destinatário final, sendo ele um distribuidor, revendedor ou consumidor, falhas graves de segurança podem afetar toda a cadeia e gerar custos que não foram planejados e baixa avaliação pelos clientes. 

“Sem logística é impossível imaginar um funcionamento minimamente satisfatório de praticamente qualquer setor da economia e das mais diversas áreas da vida de mais de 210 milhões de brasileiros”, aponta.

Leia também: Conheça os principais desafios de Cibersegurança do Open Banking no Brasil

Dessa forma, algumas melhorias devem ser adotadas para garantir a segurança e evitar falhas maiores. Dentre elas, Junior enxerga alternativas fundamentais, como investir em equipamentos de qualidade e atuais que permitam mais eficiência na execução de tarefas, criar credenciais intransferíveis, adequadas para cada nível de acesso aos sistemas de acordo com níveis hierárquicos da empresa e ter uma equipe de profissionais de TI à disposição para cuidar da infraestrutura em equipamentos e da segurança digital. 

Além disso, é necessário um bom investimento também na proteção da rede usada pela empresa e sempre manter um bom antivírus e um firewall ativos em todos os dispositivos e usar um serviço VPN confiável, melhorando a criptografia dos dados da conexão e mantendo a rede mais segura. Tudo isso, contando com uma equipe de assessoria especializada em segurança da informação.

Questionado sobre esses investimentos, Iltenir pontua que não há reciprocidade em relação à importância que a logística e o transporte movimentam comparado a sua valorização de modo geral. “As margens estão cada dia mais enxutas e a cultura de grande fatia das principais empresas ainda sob gestão familiar de segunda e terceira geração. Esses fatores impactam na adoção de medidas preventivas”, finaliza.

Fonte: Mondoni Press

Newly, o seu portal de tecnologia.

TGT/ISG: Brasil se destaca como fornecedor de produtos, serviços e plataformas de automação inteligente

De acordo com os relatórios ISG Provider Lens™ sobre o mercado de Intelligent Automation, Brasil está à frente de outros países em relação a plataformas de IA de conversação e se destaca em processamento inteligente de documentos e na digitalização de processos

O novo estudo ISG Provider Lens™ Intelligent Automation – Products and Platforms 2022 para o Brasil revela que fornecedores nacionais de plataformas brasileiras de automação inteligente se diferenciam por conseguirem criar soluções voltadas para a realidade local, mais abrangentes para diferentes casos e condições de uso em negócios. Adicionalmente, devido às iniciativas eletrônicas do governo e investimentos dos setores financeiro, varejo e saúde, o Brasil também está à frente de outros países em relação a plataformas de inteligência artificial (IA) de conversação, assim como na digitalização de processos, como revela outro estudo lançado nesta semana, o ISG Provider Lens™ Intelligent Automation – Services and Solutions  Os relatórios, produzidos e distribuídos pela TGT Consult, trazem uma análise detalhada do mercado nacional de automação.

“O Brasil tem uma dinâmica de legislação tributária própria que é muito complicada quando comparamos com outros países.  As empresas gastam um tempo considerável mapeando informações e alterando parâmetros de sistemas para não serem penalizadas”, explica David de Paulo Pereira, analista líder da TGT Consult/ISG e autor dos estudos. Segundo ele, isso representa, ao mesmo tempo, um grande desafio para os fornecedores de serviço e uma grande oportunidade de utilizar serviços e produtos de automação inteligente para garantir conformidade e otimização de tempo, automatizando atividades rotineiras de checagem em relação às mudanças na legislação que consomem tempo.

Segundo o analista, em outros países, a necessidade de processar invoices (faturas) ainda é grande e este é um nicho que muitos players se concentram. Com isto, as oportunidades de avanço no Brasil se concentram em outros processos e setores, como aqueles envolvendo controle de pessoas (da admissão até a demissão), o setor de saúde, jurídico, entre outros, com diversos players globais demonstrando casos de uso relevantes nestes setores. Com a Nota Fiscal Eletrônica, presente no Brasil há anos, o país se destaca em outros usos já com alto grau de automação. “Temos aqui o uso de chatbots em quase todas as redes de varejo, atendimento médico e até mesmo no serviço público. Essas tecnologias funcionam bem no país e são um grande diferencial para as organizações”.

Leia também:

+ Número total de dispositivos conectados pode chegar a 27,1 bilhões até 2025, diz estudo da TGT ISG

 O relatório revela que, nos últimos anos, foi possível observar uma revolução na automação de produtos, serviços, funções de TI, processos de negócios e interações entre consumidores e funcionários que se baseia em uma vasta gama de tecnologias, principalmente aprendizado de máquina, mas também IA em geral, visão computacional, reconhecimento de voz, processamento de linguagem natural (NLP), dispositivos e sensores da IoT e automação de processos robóticos (RPA).

Em outros aspectos, como no caso de Descoberta e Mineração de Processos (Process Discovery and Mining), o Brasil ainda é iniciante no assunto. De acordo com o analista, ainda estamos passando pela fase inicial de automação de processos com uso de robôs (RPAs). Em contrapartida, o relatório aponta que o Brasil se encontra no mesmo patamar em relação a serviços e soluções que compreendem os temas de automação empresarial inteligente, inteligência artificial para operações de TI (AIOps) e automação de próxima geração (Next-Gen). “Tanto as empresas locais, quanto as multinacionais com presença no Brasil, estão fazendo um ótimo trabalho e evoluindo na mesma velocidade que as operações de outros países”, relata David.

Outro destaque deste ano é o uso cada vez mais intensivo de inteligência artificial e suas ramificações, como machine learning e deep learning. “Em todos os quadrantes vemos usos muito bem estruturados de IA, que vão desde o reconhecimento de padrões de documentos, identificação de processos feitos por computadores e seres humanos, até o reconhecimento de voz e linguagem natural para resolver as mais diversas situações”, declara o autor.

De acordo com o analista, os produtos e serviços de automação são ferramentas que tornam as organizações mais eficientes e, como consequência, mais rentáveis. “Estas tecnologias são facilmente justificáveis do ponto de vista de retorno sobre investimentos. Os gestores de tecnologia têm uma grande oportunidade de implementar soluções que trazem retorno rápido às organizações”, afirma.

Para isso, o especialista explica que os executivos e tomadores de decisão devem se atentar à capacidade de extrair o melhor das ferramentas de automação inteligente para resolver problemas reais. “O Brasil ainda é um país com muita burocracia e saber usar inteligência artificial para lidar com o burocrático e deixar o ser humano com tempo mais livre para cuidar de pessoas, sejam clientes ou funcionários, é uma grande oportunidade. Quanto às plataformas e produtos, a ideia é que os executivos busquem ofertas que permitam que pessoas não necessariamente técnicas possam utilizar as soluções em benefício da organização”, diz o autor.

Leia também:

+ Robotic Process Automation: A tecnologia obrigatória no mundo empresarial que deve crescer US$3 bilhões nos próximos 4 anos

Segundo o relatório ISG Provider Lens™ Intelligent Automation – Services and Solutions 2022, pequenas e médias empresas tiveram sua visão de automação inteligente prejudicada por experiências anteriores. “Em algumas situações, os fornecedores não deixaram claro que as plataformas sozinhas não poderiam fazer a transformação completa da empresa, sendo necessário adaptar ou mudar processos ou até mesmo o perfil das pessoas. As plataformas de automação auxiliam, e muito, na agilidade, acuracidade e controle das informações, mas pessoas ainda são um fator chave para o sucesso de qualquer projeto de transformação digital”, comenta o analista.

“Alguns desafios adicionais são a formação e retenção de talentos, devido à carência de mão de obra já existente, lidar com integrações, principalmente para médias e pequenas empresas. Para os grandes fornecedores globais, a adaptação de cultura e idiomas locais dar suporte e cobertura com um país com nossa dispersão geográfica”, declara o analista da TGT.

O relatório ISG Provider Lens™ Intelligent Automation — Platforms and Products 2022 para o Brasil avalia as capacidades de 52 fornecedores em três quadrantes: Conversational AI Platforms, Intelligent Document Processing, e Process Discovery and Mining.

O relatório nomeia ABBYY, Celonis, CPQD, Google Dialogflow, IBM, Kofax, Microsoft, Nama, OpenText, Software AG, Stefanini, UiPath e UpFlux como líderes em um quadrante cada.

Além disso, AWS, Automation Anywhere e SAP Signavio são nomeadas como Rising Stars – empresas com um “portfólio promissor” e “alto potencial futuro” pela definição do ISG – em um quadrante cada.

O relatório ISG Provider Lens™ Intelligent Automation — Services and Solutions 2022 para o Brasil avalia as capacidades de 28 fornecedores em três quadrantes: Intelligent Enterprise Automation, Artificial Intelligence for IT Operations (AIOps) e Next-Gen Automation.

O relatório nomeia Accenture, Capgemini e Stefanini como Líderes em todos os três quadrantes. Ele nomeia a DXC Technology como Líder em dois quadrantes. IBM, PwC, Stoque, TCS, TIVIT e Wipro são nomeados Líderes em um quadrante cada.

Além disso, Deloitte, TCS e Wipro são nomeadas como Rising Stars – empresas com um “portfólio promissor” e “alto potencial futuro” pela definição do ISG – em um quadrante cada.

Uma versão personalizada do relatório está disponível na Capgemini.

Fonte: Mondoni Press

Corrida pelos sêniores: como solucionar o déficit de profissionais capacitados na área de tecnologia?

Pedro Castilho*

Não é segredo para nenhum gestor de tecnologia que nos últimos anos tem sido cada vez mais difícil contratar profissionais com alto nível técnico. A “corrida pelos sêniores” tem se tornado um fato inescapável da gestão de tecnologia no Brasil. Levando em conta a competição do exterior e um Real desvalorizado, não há um caminho sustentável para a manutenção da capacidade técnica nas empresas de tecnologia brasileiras que não passe por tornar a educação continuada dos colaboradores um ponto focal da estratégia de negócios.

A pandemia de COVID-19 abriu as porteiras do trabalho remoto, que vinham se desenhando gradualmente, de sopetão, e assim apresentou a toda uma geração de devs brasileiros e brasileiras a ideia de que seu trabalho não precisava estar atrelado a uma localidade específica. Essa transição, associada ao crescimento contínuo da demanda por pessoas capazes de liderar processos cada vez mais necessários de transformação digital, introduziu um grau de competição jamais antes visto entre as empresas para recrutar as “melhores” pessoas. 

Leia também: 4 dicas para atrair, contratar e reter os melhores profissionais de tecnologia

Os profissionais vistos como melhores, claro, são em geral sêniores, capazes de se autogerir e, em certa medida, realizarem projetos sem grandes orientações da parte da empresa. Embora muitas companhias, da forma como estruturam-se, precisem de muito mais pessoas sêniores do que têm no momento, há dificuldades significativas em preencher as vagas sênior abertas no país. Há uma série de razões para esse fenômeno, dentre as quais se destaca a forte competição que o mercado de desenvolvimento de software brasileiro vem sofrendo de empresas no exterior, especialmente dos Estados Unidos e também da Europa. Desta forma, torna-se inviável para empresas brasileiras acompanharem salários que seus competidores estrangeiros são capazes de oferecer. 

Algumas (mas ainda poucas) recorrem a benefícios como maior flexibilidade de horários e horas mais curtas para atrair devs. Existe, contudo, uma estratégia ainda muito longe de seu máximo potencial: A capacitação de talentos “dentro de casa” – que é mais possível hoje do que jamais antes. O Brasil vive o momento de um imenso boom de formação de novas pessoas desenvolvedoras, devido à ampla disponibilidade de bootcamps e faculdades EAD. Para criarmos um setor de informática sustentável no Brasil, urge à indústria tomar à frente do esforço de capacitá-las.

Leia também: Habilidades “híbridas”: Mudanças no ambiente de trabalho exigem novas habilidades dos profissionais de tecnologia

A própria mentalidade de que é necessário contratar principalmente sêniores vem, frequentemente, de uma presunção de impossibilidade de melhorar simultaneamente os sistemas voltados à educação dos colaboradores e os negócios da empresa. A realidade, entretanto, é que o contexto do qual as pessoas que desenvolvem necessitam para trabalhar não é distinto do contexto do qual qualquer outra área da empresa precisa para operar – isto é, uma noção clara de como funcionam e como devem funcionar os negócios da organização. 

Não apenas as pessoas da área de desenvolvimento de software necessitam dessa informação para construir sistemas empresariais, mas elas podem participar ativamente da estruturação do negócio desde os níveis mais fundamentais do conhecimento técnico.

A apresentação desse contexto às pessoas desenvolvedoras e o encorajamento para que documentem e expressem as regras do negócio de forma que faça sentido a partir das atividades diárias de desenvolvimento e operações, constrói não só capacidade de autogestão nos profissionais de menor senioridade, mas também encoraja a empatia em toda a empresa em relação à realidade de tecnologia – e desbloqueia a possibilidade de construirmos sistemas que capacitam nossos colaboradores e potencializam as interações entre pessoas que viabilizam as operações empresariais.

Fonte: Seven PR

Newly, o seu portal de tecnologia.

Saiba como é aplicada a proteção de dados na logística reversa

Antes do descarte do equipamento, consumidores devem apagar todas as informações pessoais contidas no produto pós-consumo

A Logística Reversa busca reinserir os materiais que compõem produtos eletroeletrônicos e eletrodomésticos em fase final de vida útil em novos ciclos produtivos, por meio do descarte ambientalmente adequado. Neste processo, é necessário tomar alguns cuidados, como apagar todos as informações salvas nos equipamentos, visto que os produtos recebidos – notebooks, celulares, tablets, entre outros – podem conter dados sensíveis dos usuários. Diante disso, é fundamental que o consumidor seja orientado sobre como realizar esse procedimento. A ABREE – Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos, orienta a população a limpar todas as informações pessoais dos produtos eletroeletrônicos conforme direcionado pela legislação.   

Leia também: Pesquisa revela que 80% das empresas no Brasil ainda não se adequaram à Lei Geral de Proteção de Dados

“A associação não tem medido esforços para colaborar com reciclagem desses equipamentos. Já são mais de 4,7 mil pontos de recebimento espalhados pelo país, presentes em quase 1,4 mil municípios. Claro que ainda temos muito a avançar no processo da Logística Reversa, mas desde o início trabalhamos a questão da segurança de dados. Os consumidores são orientados a apagar todos os dados contidos nos equipamentos que serão descartados nos pontos de recebimento, além de entregá-los inteiros, limpos e desligados”, explica Sergio de Carvalho Mauricio, presidente executivo da ABREE.   

Segundo a legislação, a responsabilidade sobre os cuidados com os dados pessoais é reforçada tanto pela Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD, quanto pelo Decreto 10.240/2020, na qual regulamenta a Logística Reversa de produtos eletroeletrônicos de uso doméstico e seus componentes. De acordo com o texto do artigo 13°: Art. 31. São obrigações dos consumidores no âmbito do sistema de logística reversa de que trata este Decreto: II – remover, previamente ao descarte, as informações e os dados privados e os programas em que eles estejam armazenados nos produtos eletroeletrônicos, discos rígidos, cartões de memória e estruturas semelhantes, quando existentes.  

Para Reinaldo Correa, DPO, especialista em privacidade e proteção de dados e sênior business developer da DARYUS Consultoria, ações para prevenir o uso indevido dos dados são essenciais. “Na logística reversa, os dispositivos eletroeletrônicos poderão conter dados pessoais. Com isso, cabe tomar as providências para evitar que dados pessoais, que ficaram armazenados nos respectivos dispositivos, caiam em mãos erradas. Vale ressaltar que dependendo do contexto, uma organização do ecossistema de logística reversa poderá ser penalizada por não ter tido a devida investigação no manuseio desses equipamentos”.  

Leia também: O futuro pertence ao omnichannel e à logística urbana sustentável

O uso indevido das informações pode gerar sanções administrativas para as empresas. As advertências podem conter medidas corretivas e multas de até 2% do faturamento, com limite de até R$ 50 milhões. Nestes casos, a penalização pode chegar também ao bloqueio ou a eliminação dos dados irregulares, além da suspensão parcial da utilização do banco de dados ou a proibição parcial, ou total da atividade de tratamento. 

Para o presidente executivo da ABREE, todos os envolvidos no processo de logística reversa devem realizar as medidas necessárias para garantir a segurança dos dados. “As empresas devem estar em conformidade com a legislação vigente, continuamente orientando o consumidor quanto à importância da remoção das informações pessoais no momento do descarte. Tão importante quanto contribuir para a melhoria do meio ambiente é garantir que as informações pessoais do consumidor sejam preservadas”. 

Fonte: ABREE

Newly, o seu portal de tecnologia.

Suas campanhas de marketing digital estão em conformidade com a LGPD?

* Por Patrick Marquart, diretor de Vendas Corporativas da Upstream, especialista global em automação de mobile marketing

Após constantes vazamentos de dados privados em todo o mundo, os países passaram a instituir legislações, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), para garantir a segurança e a privacidade dos usuários. 

Desde que a LGPD foi criada no Brasil, as empresas iniciaram uma corrida para adequar seus negócios às novas normas e, assim, proteger os dados pessoais de seus clientes. Isso significa – entre outros procedimentos – garantir que a organização tenha o consentimento dos usuários para se comunicar com eles e lidar com suas informações da maneira mais segura, só compartilhando tais dados com outras instituições com o consentimento expresso do cliente para esse fim.

Leia também:

Dois anos de LGPD expõem empresas a se tornar alvos fáceis das gangues cibernéticas



Apesar das dificuldades, mais de 94% das empresas entrevistadas já estão tomando providências para se adequar à nova lei, de acordo com a pesquisa Panorama de Proteção de Dados Pessoais no Brasil, divulgada no início deste ano pelo Fórum Empresarial LGPD. Mas ainda levará tempo até que as novas normas sejam totalmente implementadas. Entre os respondentes do levantamento, 4,4% acreditam que só conseguirão concluir a adaptação no próximo ano e 3,8% ainda nem começaram a estabelecer novas políticas de proteção de dados. Enquanto isso, medidas punitivas, ou seja, sanções de até 2% da receita (ou até R$ 50 milhões por infração), já começaram a ser aplicadas.

A atenção das empresas precisa ser constante, pois até coisas simples, como se comunicar com usuários inscritos sem a opção de cancelar a assinatura a qualquer momento, violam a nova legislação. Felizmente, já existem soluções de marketing prontas para ajudar os negócios on-line a continuarem fazendo publicidade sem ter problemas com a justiça. Um bom exemplo são as plataformas de automação de mobile marketing projetadas para oferecer a melhor jornada ao consumidor por meio de marketing personalizado, de acordo com a personalidade e as necessidades dele, sem depender de cookies de terceiros. 

Leia também:

LGPD: entenda como a logística pode garantir a segurança de dados dos consumidores



Esse tipo de ferramenta auxilia as organizações na coleta de dados primários, que é permitida pela lei desde que consentida pelo indivíduo, ajudando-as a realizar uma comunicação direcionada ao seu cliente, além de aumentar sua base de usuários. Tais artifícios também oferecem várias opções de autorizações, que podem ser facilmente configuradas pelos consumidores com base em suas preferências, tanto no que diz respeito à coleta de dados de terceiros, quanto após o opt-in. Com eles, as instituições também podem incluir opções de cancelamento de assinatura em todas as comunicações, com páginas prontas que encaminham o usuário para esse fim. Essas soluções garantem a conformidade com a LGPD e qualquer outra norma correlata, como a europeia GDPR, para que as lojas online possam focar seus esforços nas vendas. 

Embora se adaptar às novas legislações e normas possa parecer complicado, é uma etapa necessária para proteger os dados dos indivíduos. E não se assuste, pois como mostrei anteriormente, existem formas de se comunicar com os clientes de maneira segura sem perder a eficácia.

Fonte: RPMA Comunicação

Newly, o seu portal de tecnologia.

4 tendências de pagamentos para o varejo digital em 2023

O mercado de pagamentos segue em constante evolução e está sempre em processo de inovação. Nos últimos anos, surgiram o Pix, as carteiras digitais, o crescimento do QR Code e a consolidação da jornada phygital no varejo, ou seja, uma experiência híbrida entre online e offline. Em 2023, essas tendências devem passar por melhorias e ganhar novas funcionalidades, além de novidades que prometem revolucionar e dar ainda mais força ao setor. Por isso, a Adyen, plataforma global de tecnologia financeira escolhida pelas empresas líderes, fez uma análise e listou as principais tendências da área para o próximo ano. Confira:

Fusão das experiências de compra online e offline

O muro entre loja física e o ecommerce está cada vez menor e a propensão é que ele desapareça. Cada vez mais os varejistas devem oferecer aos clientes uma experiência phygital, mais conectadas, sem separações entre o digital e presencial.

Com o Comércio Unificado é possível que varejistas deem um passo além da omnicanalidade e ofereçam ao consumidor um conceito cada vez mais híbrido entre o virtual e loja física. Com o centro de pagamentos e estoques unificados, o lojista consegue oferecer uma experiência de compra completa. Isso permite, por exemplo, que um cliente compre um produto que não esteja disponível no momento direto na loja e o receba em casa ou retire em outra unidade. Sendo possível até mesmo adquirir algo no ecommerce e retirar ou trocar na loja.

Segundo o Relatório Varejo 2022, realizado pela Adyen em parceria com a KPMG, o comércio híbrido é a principal tendência do varejo. Aproximadamente 85% dos participantes disseram que buscam estabelecimentos que ofereçam uma jornada de compra multicanal. O phygital deve crescer ainda mais ao longo deste ano.

Crescimento do Pix no varejo

Lançado em 2020, o Pix é um meio de pagamento exclusivo do Brasil. A transferência gratuita e instantânea conquistou a população e já é o segundo método mais utilizado no ecommerce, perdendo apenas para os cartões de crédito, é o que diz estudo realizado pela consultoria Gmattos.

Ainda de acordo com a pesquisa, em julho deste ano, 78% das lojas analisadas ofereciam a opção de pagamento via Pix. Em 2021 esse número era de 16,9%. Estima-se que a aceitação da transferência instantânea deve chegar a 92% das lojas em 2023. Além disso, o Banco Central está desenvolvendo novas modalidades de Pix, como: Pix Garantido, Pix Recorrente, Pix Internacional, entre outros.

Crescimento das carteiras digitais e QR Code

As e-wallets, ou carteiras digitais, chegaram para ficar. Com aplicativos, como Apple Pay ou Google Pay, os clientes podem fazer pagamentos com o celular. A praticidade dessa modalidade é o que mais chama atenção dos consumidores e vem deixando-a tão popular. Além dos QR Code, que começou a ser mais usado durante a pandemia e continua até hoje.

Segundo a PYMNTS, organização global especializada em dados e insights sobre inovação em pagamentos e economia conectada, em 2023 mais de 4 bilhões de consumidores pagarão com carteiras digitais no mundo. A estatística ganha destaque nas lojas físicas: 1,6 bilhão de clientes devem usar essa modalidade nas compras presenciais, o que vai corresponder a 30% dos recebimentos em estabelecimentos físicos.

Buy Now Pay Later

Esse é um modelo de pagamento parcelado que deve ganhar bastante destaque em 2023 em diversos países do mundo. O conceito de Buy Now, Pay Later (compre agora, pague depois, em tradução livre) pode ser familiar para os brasileiros, afinal comprar de forma parcelada já é comum no país. Mas a modalidade leva modernidade e tecnologia para o famoso boleto de parcelamento.

O BNPL é ligeiramente diferente do tradicional boleto parcelado do Brasil, pois ele traz a possibilidade de dividir compras digitais e funciona como um financiamento, o consumidor paga sua compra por meio de empréstimos. Geralmente, eles são intermediados por fintechs, que disponibilizam o serviço e fazem o meio de campo entre loja virtual e cliente. Usando tecnologia de Inteligência Artificial, a empresa financeira coleta dados do cliente e leva o cadastro para aprovação. O empréstimo deve ser pago via boleto em quantas vezes o consumidor escolher.

Fonte: VCPR Brasil