Tecnologia nos Marketplaces: CSO do Grupo Intelipost comenta sobre reestruturação e automatização de operações logísticas

Brasil é o país com maior crescimento de vendas online; executivo adverte que automatização de processos logísticos é melhor opção para marketplaces

Os marketplaces estão crescendo de forma acelerada. Não à toa, dos sites de e-commerce mais acessados no mundo, os que ocupam as primeiras posições são marketplaces. Segundo a Digital Commerce 360, somente em 2020, 62% das vendas online globais foram feitas em marketplaces. Outro dado do relatório The last-mile delivery challenge da Capgemini, de 2019, indica que 55% dos consumidores não hesitam em realizar a compra em uma plataforma concorrente, se o diferencial for uma entrega mais rápida.

Neste cenário, que tem se mostrado cada vez mais favorável ao desenvolvimento de marketplaces, Stefan Rehm, CSO (Chief Strategy Officer) do Grupo Intelipost – maior grupo de tecnologia logística do Brasil – alerta que os e-commerces que estão expandindo e migrando para o modelo de marketplace precisam reestruturar as operações logísticas, já que hoje os consumidores valorizam muito mais a diversidade nas opções de entrega e o acompanhamento em tempo real dos produtos adquiridos. Um e-commerce que decide se tornar um marketplace não consegue fazer uso da estratégia de operação logística já existente, devido à complexidade na gestão das entregas.

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“A principal razão da necessidade de reformulação dessas operações é que no caso das empresas que atuam no modelo 1PL, isto é, realizam as entregas das suas mercadorias com frota própria – como por exemplo distribuidores, indústrias e atacadistas – geralmente possuem poucas origens, com alguns centros de distribuição e talvez algumas dezenas de lojas. Já no caso das empresas que atuam no modelo 3PL, com a armazenagem, gestão de despacho, transporte e cross docking terceirizados, potencialmente temos milhares de origens diferentes, pois neste caso cada seller é uma origem, o que muda tudo na forma de pensar a logística”, comenta Rehm.

O executivo afirma ainda que as funcionalidades de um sistema de gerenciamento de transporte abrangem todas as questões operacionais que um marketplace necessita e proporciona diversos benefícios aos sellers, além de melhorar a experiência do consumidor final. “Por meio da tecnologia é possível automatizar o cálculo de frete, o intercâmbio de dados da operação como, por exemplo, expedição de pedidos, além da comunicação com os consumidores”, comenta o CSO do Grupo Intelipost.

Segundo Rehm, a ausência de tecnologia inteligente nas operações pode criar dificuldades no envio das mercadorias. O executivo destaca que a automatização de processos é a melhor opção para os marketplaces, já que têm como principal objetivo promover visibilidade total da cadeia logística e agilidade nas operações. Com isso, é possível otimizar o tempo e reduzir a incidência de erros da operação, além de garantir melhor integração entre os setores de pré-vendas e pós-vendas.

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Para os novos marketplaces que desejam começar a fazer uso de tecnologia inteligente, Rehm aconselha que a automatização seja feita em todos os processos, pois, quando o marketplace atinge certo grau de maturidade, ele oferece uma cartela completa de serviços. Neste caso, é necessário adicionar mais transportadoras especializadas no last-mile e contratar motoristas terceirizados para criar uma frota dedicada que consiga realizar as entregas. Por fim, o marketplace passa a oferecer o serviço de armazenagem e expedição, que engloba a gestão otimizada do estoque, recebimento de itens, separação dos pedidos e empacotamento.

“Neste cenário, a principal vantagem para o marketplace é o maior controle da operação, principalmente de tempo e custo, o que gera uma experiência de compra mais positiva para o consumidor final”, finaliza o CSO.

Fonte: NR7

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