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Soluções open source são econômicas, flexíveis e estratégicas para o marketing das pequenas e médias empresas

Por Daniel R. Bastreghi*

O Marketing é uma área sempre pulsante que, por natureza, precisa estar continuamente inovando em suas formas de conquistar o público e fazer uma empresa crescer. Para os profissionais da área, é vital estar em contato com novas tecnologias que possam trazer vantagens competitivas para as organizações. Uma delas é o open source, abordagem de desenvolvimento colaborativo que é flexível e acessível para a experimentação, sendo uma opção especialmente interessante para as pequenas e médias companhias.

De acordo com um levantamento encomendado pela Cloudera e conduzido pela Coleman Parkes Research divulgado no fim do ano passado, 80% das empresas planejam continuar investindo em tecnologias open source nos próximos três anos. Esse tipo de solução tem como principal valor a colaboração e permite que desenvolvedores possam estudar, usar, modificar e distribuir códigos de maneira flexível para que projetos sejam criados e aprimorados rapidamente; as comunidades trabalham em conjunto e têm a chance de construir algo maior do que conseguiriam por conta própria.

Para as pequenas e médias empresas, o open source representa a oportunidade de inovar a partir de uma base tecnológica, de colaborar com o ecossistema e assim ocupar as lacunas deixadas pelas organizações maiores. Isso requer predisposição, mas as iniciativas open source permitem que, com um pouco de atenção e conhecimento, as empresas usufruam de recursos avançados. De maneira geral, as comunidades de desenvolvedores dão um grande exemplo em termos de colaboração e organização e as equipes de marketing podem aprender muito com elas.

Isso porque, no marketing ou em qualquer área, experimentar é caro, exige tempo, recursos e criatividade, além de demandar cuidados adicionais com integração ao legado e privacidade de dados. Isso nem sempre está ao alcance das pequenas empresas ou até das maiores, então soluções colaborativas entre múltiplas organizações acabam se fortalecendo. A área de software está repleta de bons exemplos. Entre as mais famosas, está o WordPress, uma consagrada solução de código aberto para gerenciamento de conteúdo que possui uma comunidade bastante ativa e um enorme repositório de plugins e temas.

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Outra solução interessante é o Mautic, uma ferramenta de inbound e automação de marketing muito versátil e completa; o Chatwoot também foi criado a partir de iniciativas de código aberto e favorece o atendimento omnichannel com diversas opções de integração às redes sociais, chat ao vivo e suporte via e-mail que facilitam o atendimento ao cliente; o Cal.com favorece o agendamento de reuniões comerciais; e as soluções de CRM EspoCRM e o X2CRM também são notáveis. A composição destas e outras soluções formam uma estrutura de martech muito funcional e acessível.

Soluções de código aberto são excelentes opções para iniciar e validar inovações. Conforme amadurecem, pode-se cogitar a ampliação ou troca para outras soluções. Porém, este não é o fim para as soluções de código fonte aberto. Afinal, elas podem ser facilmente customizadas e complementadas com plugins e outras integrações.

Contudo, o marketing é essencialmente uma competição. Isso significa que a colaboração massiva e aberta em algum momento se torna incompatível com a atividade de marketing. A partir de um determinado ponto, as equipes precisam reservar para si alguns recursos, estratégias ou insights para que, por definição, conquistem vantagens competitivas. No entanto, até que este momento chegue, qualquer empresa tem muito a ganhar se explorar o potencial das inúmeras soluções de código aberto existentes para marketing e vendas.

*Daniel R. Bastreghi é sócio administrador e Consultor de Marketing na DRB.MKT, atuando com orientação e assessoria de planejamento estratégico, estruturação comercial, implantação de CRM, inbound marketing, ações integradas de marketing digital e pesquisas. Sendo assim, é a fonte ideal para falar sobre tendências do setor, social media, influenciadores, produtividade e gestão.  Daniel é MBA em Gestão de Projetos e especialista em Planejamento e Gerenciamento Estratégico.

Fonte: Mondoni Press.

O que a Inteligência Artificial deve transformar no mercado ainda em 2023?

O uso da Inteligência Artificial para otimizar processos é provavelmente a maior tendência do ano. Enquanto alguns discutem os limites e riscos envolvidos no compartilhamento de dados, uma pesquisa da Deloitte aponta que 7 em cada 10 empresas devem investir em IA ainda em 2023.

A descoberta das ferramentas de IA e suas aplicações no mundo corporativo apontam para uma grande mudança nos postos de trabalho. O Relatório Inteligência Artificial e Empregos, divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), aponta que 27% dos empregos conhecidos atualmente podem ser automatizados pela IA e deixar de existir. 

Transformando as profissões e formatos de trabalho, uma pesquisa da FrontierView, encomendada pela Microsoft, aponta que a IA deve contribuir para um crescimento de 4,2% do PIB brasileiro até 2030. 

Segundo Luis Redda, Field Sales Manager da Harness, empresa de software delivery de ponta a ponta, é possível visualizar vários impactos para a IA ainda em 2023, mas sem dúvida, o principal destaque é o aumento da produtividade. “Essa ferramenta está ajudando na construção de planejamentos, documentos, resumo de textos e até mesmo em demandas mais complexas, como gerar códigos para desenvolvedores de software”, aponta Redda. 

No entanto, o executivo da Harness destaca que 2023 está sendo um ano de “aprendizagem” para boa parte das empresas que ainda estão amadurecendo de que formas essas novas tecnologias podem ser usadas em sua operação, “mas nos próximos anos o uso da IA no trabalho vai ser um diferencial extremamente competitivo no mercado. Isso já acontece no mundo da tecnologia com mais força, onde a Inteligência Artificial já está sendo usada pelas companhias e seus desenvolvedores de software para corrigir mais rapidamente erros na geração de códigos”, destaca Luís.

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De acordo com Vinicius Gallafrio, CEO da MadeinWeb, provedora de TI e transformadora digital, com a previsão de crescimento econômico para o segundo semestre, as empresas devem apostar na IA para melhorar a assertividade na previsão de vendas e com isso, gerar mais eficiência em toda a cadeia de produção e estoque. 

No entanto, os investimentos estratégicos em infraestrutura de inteligência escalável, recrutamento de talento e promoção de uma cultura de alfabetização de dados em toda a organização são etapas cruciais para a implementação bem-sucedida da IA na previsão de demanda. “A jornada certamente será repleta de obstáculos e oportunidades de aprendizado, mas as possíveis recompensas valem o esforço”, reforça o executivo.

No setor de marketing digital, a IA aplicada à prevenção de tráfego inválido pode reduzir prejuízos, de acordo com dados da Juniper Research, que devem chegar a ordem de US$ 100 bilhões globalmente em 2023. Ferramentas de machine learning, como soluções antifraude, atuam em tempo real prevenindo ações – muitas vezes criminosas – que não geram engajamento real e desperdiçam o orçamento da publicidade online. “O grande ponto é que as equipes de segurança pensam em uma estratégia macro e esquecem áreas mais vulneráveis, como é o caso do marketing. Geralmente, há um investimento grande em sistemas, firewall, autenticação em dois fatores, criptografia, detecção e prevenção de intrusões, mas a fraude nos anúncios digitais ainda não é prioridade para muitas empresas”, conta Tamirys Collis, gerente de marketing LATAM da TrafficGuard, empresa de tecnologia que atua globalmente no combate de tráfego inválido em anúncios digitais.

Outra vertente do marketing que a inteligência artificial está destinada a revolucionar é a otimização da personalização do usuário, que impulsionará a experiência do cliente para novos níveis de excelência. Segundo Victor Paschoal, Diretor de Marketing Latam da CleverTap, plataforma de retenção e engajamento de usuários, ao coletar e analisar dados em tempo real, a IA é capaz de compreender as preferências individuais, comportamentos de navegação e histórico de interações do usuário de maneira profunda e abrangente. “Com esse conhecimento, as empresas poderão criar recomendações altamente relevantes, oferecer conteúdo sob medida e fornecer comunicações personalizadas que ressoem com cada usuário de forma única”, explica o especialista. A capacidade da IA de aprender e adaptar-se continuamente permitirá que a personalização se torne mais sofisticada e precisa com o tempo, aprimorando assim o engajamento, a fidelidade e a satisfação do cliente em todas as interações.

Fonte: Agência NR7.

90% dos profissionais entendem que segurança em Apps é uma responsabilidade compartilhada, diz pesquisa inédita da Conviso

Nova pesquisa revela a necessidade de implementar técnicas de segurança em todas as etapas de desenvolvimento

Cerca de 90,9% dos profissionais de AppSec entendem que a responsabilidade por garantir a segurança de aplicações é de todos os envolvidos no processo. Isso é o que revela a pesquisa “O cenário do mercado de Segurança de Aplicações em 2022”, realizada e divulgada pela Conviso. Com o objetivo de fomentar o mercado, o relatório leva em consideração as respostas de analistas de segurança da informação e desenvolvedores de empresas brasileiras de todos os setores e portes, que lidam com dados sensíveis de usuários.

O relatório aponta que 61,6% dos entrevistados indicam que existe em suas empresas um setor específico para AppSec. Em comparação com o estudo feito pela Conviso em 2020, houve um crescimento de 10% nos últimos 2 anos, o que indica um avanço na conscientização sobre a importância das etapas de segurança durante a criação de aplicações. Além disso, a pesquisa indica também um aumento de orçamento para tal fim, com 59,8% dos entrevistados indicando a existência dessa verba, contra 50% em 2022.

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Segundo Rodrigo Maués, Tech Lead no time de Consulting da Conviso, existem duas visões dentro das empresas. A primeira é que o produto deve ter um ciclo rápido, com foco e peso maiores em entregar funcionalidades de forma rápida, sem uma preocupação direta com segurança. Em uma segunda visão, processos de segurança são vistos como etapas que retardam a entrega. “Quando estas fases são ajustadas ao modelo de desenvolvimento ágil, o produto pode continuar sendo entregue com a velocidade esperada e segurança desejada”, afirma o especialista.

Além disso, 18,2% dos entrevistados entendem que a empresa possui conhecimento suficiente e/ou satisfatório sobre segurança de aplicações e 54,5% relataram ver esforços em melhorias neste sentido nos últimos anos. Apesar do aumento, ainda há muito o que ser feito, já que esses números eram 12,5% e 31,3% em 2020, respectivamente.

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Rodrigo Maués destaca que ainda estamos em um processo bem recente de entendimento da importância das melhores práticas de desenvolvimento seguro. “Mesmo que o cenário já esteja bem diferente do que estava há alguns anos, precisamos evoluir na cultura de segurança de aplicações. Olhar para modelos de maturidade e entender que eles não são ‘travas’ e que podem ser adaptados para trabalhar com modelos ágeis. Isso é muito importante e vai levar uma maior clareza sobre aspectos de AppSec, tanto aos times de desenvolvimento e segurança quanto aos de negócios”, alerta.

Rodrigo conclui que de forma geral, os números apontam para um avanço no entendimento sobre o cenário de segurança de aplicações, que pode ser notado no aumento percentual de empresas que têm interesse em investir no tema e que criaram equipes para atuarem com segurança. “Mas é importante notar que ainda temos melhorias para este campo. Particularmente, estou bem contente com o resultado e isso pode mostrar que nosso mercado está sim amadurecendo e entendendo o valor de entregar um software mais seguro”.

Fonte: Mondoni Press

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