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Transações tokenizadas dobram no Brasil; especialista aponta modernização de pagamentos em crédito como tendência

Glauco Soares Filho, diretor de negócios e cofundador da RPE, destaca que tokenização traz eficiência operacional, segurança de informações financeiras, inclusão digital e consciência ecológica

O avanço tecnológico tem impulsionado mudanças significativas no setor financeiro e de pagamentos, apontando para um aumento nos casos de uso de tokenização de pagamentos. Segundo informações fornecidas pela Visa, em janeiro de 2023 houve um aumento significativo nas transações tokenizadas no país, que dobraram em comparação com o mesmo período do ano anterior. Essas transações agora representam mais de 20% de todas as operações realizadas com credenciais de empresas no cenário online global.

O setor bancário e o varejo como um todo tendem para um caminho digital, o que demonstra a gradativa descontinuidade dos cartões físicos. Para Glauco Soares Filho, diretor de negócios e cofundador da RPE, a tokenização é uma realidade para que as empresas ofertem o serviço, respeitando as barreiras sociais existentes diante da necessidade do uso de smartphones, também permitindo o uso de cartões de crédito físicos, ou seja, um modelo híbrido que atenda todos os públicos. “A modernização dos pagamentos em crédito é o caminho. Os meios físicos continuam existindo, se adaptando ao longo do tempo, de forma que a jornada vai ficando cada vez mais fluida. É um caminho sem volta. Por exemplo, agora eu não preciso sair de casa com minha carteira e posso usar meu celular para tudo o que eu preciso, desde pegar o Uber até pagar uma compra no supermercado ou almoçar, seja por meio da tecnologia de NFC, wallets ou mesmo a tokenização”.

Sobre a tokenização, Glauco explica que esse processo também traz eficiência operacional e segurança, substituindo números de cartões por tokens para reduzir riscos. Além disso, protege a privacidade do consumidor com a segurança necessária, auxilia com a conformidade para as normas, contribui para a redução de custos e consciência ecológica.

Os esforços e benefícios da tokenização de pagamentos são reforçados em momentos de acessos intensos a sites, aplicativos e pontos de venda, como datas comemorativas e comerciais, por exemplo. Somente no Natal do ano passado, a RPE registrou 4 milhões de transações. A capacidade máxima de processamento atingiu 1200 transações por minuto. Em relação à integração e interações com os sistemas, registrou-se um total de mais de 120 milhões de requisições API, com uma média de 789 requisições por segundo.

“Os períodos comemorativos costumam ter um número de vendas exponencial, então fazemos uma reunião com parte dos nossos clientes para, junto com a área de Tecnologia deles, entendermos o plano apresentado para o período, seja de monitoria, de time ou de canais de relacionamento. Esse é um ponto importante para garantir a eficiência no atendimento”, explica Glauco.

Uma pesquisa recente da Mastercard, realizada na América Latina, revela que, nos últimos anos, 77% dos consumidores realizaram transações eletrônicas, sendo os métodos de crédito e débito os mais prevalentes, tanto em ambientes online quanto em lojas físicas. “Atualmente, observamos a implementação de inteligência artificial em sistemas de pagamento. Ao contrário do passado recente, quando apenas empresas analisavam dados de forma estruturada, agora a inteligência artificial desempenha um papel crucial nesse processo”, explica.

Além disso, o diretor destaca a presença de retail media, publicidade voltada para ambientes de varejo, e uma abordagem altamente personalizada nos meios de pagamento para que seja possível oferecer experiências personalizadas para os usuários de forma escalada. Ele explica que a tendência é personalizar campanhas de forma assertiva, utilizando inteligência artificial e dados estruturados. “Isso se traduz na entrega de produtos financeiros e não financeiros específicos para cada cliente, levando em consideração volume de consumo, classe social e características regionais. Antigamente, os produtos financeiros eram mais padronizados e os dados estavam disponíveis, mas possuíam aplicabilidade limitada. Agora, a personalização é uma realidade que tende a se expandir a cada novo período. O uso da IA e a análise de dados estruturados são ferramentas fundamentais para entender o comportamento do cliente”.

No entanto, o processo de digitalização não ocorre sem desafios e obstáculos, como evidenciado nas discussões recentes entre especialistas do segmento. Segundo Glauco, este processo enfrenta resistências, principalmente em setores menos familiarizados com a tecnologia, como regiões com menor taxa de acesso à internet, incluindo grandes centros, e há uma necessidade de considerar a inclusão respeitando as diferenças sociais presentes no Brasil.

“É um desafio geracional, social e geográfico e temos que reconhecer que o varejo é para todas as pessoas. Precisamos ter a jornada adequada para cada modelo de negócio, do físico ao online, levando em consideração as características regionais do país sem forçar uma evolução que tire as pessoas do foco”, finaliza.

Sobre a RPE

A RPE – Retail Payment Ecosystem é uma empresa nacional criada em João Pessoa (PB), que desde 2015 tem atuado para oferecer um ecossistema de pagamento completo e orientado a potencializar negócios do varejo e garantir acesso ao crédito a quem mais precisa. Por meio de parcerias focadas em combinar o melhor da tecnologia, inteligência e produtos, a RPE conta com soluções de emissão e processamento de cartões, bank as a service e todos os serviços financeiros agregados necessários à operação, tudo em uma única plataforma.

Baseada em compromisso, empatia, transparência, confiança e lealdade, a entrega da RPE une as duas pontas – varejistas e seus consumidores – a um só objetivo: gerar crescimento e impulsionar vendas como parte de um movimento que também prioriza qualificar e empoderar famílias ao consumo de alimentos, moda e serviços. Entre os 70 clientes estão redes como Caedu, Grupo Pereira, Muffato, Pague Menos, Tenda Atacado e Oscar Calçados. Já são mais de 70 milhões de consumidores ativos, com cerca de 250 milhões de transações financeiras e mais de R$ 15 bilhões processados anualmente no ecossistema da empresa. Saiba mais em: www.rpe.tech/

Emissões de cartões private label no varejo devem seguir ritmo de crescimento neste Dia das Mães, prevê RPE Tech

Aumento pode ser fator estratégico para impulsionar a fidelização e as vendas no varejo brasileiro; gasto médio com cartões de marca própria deve seguir o de 2023, ultrapassando R$ 215 por cliente

À medida que se aproxima o Dia das Mães, uma das datas mais significativas para o varejo no Brasil, os lojistas se preparam para uma onda de novos clientes e oportunidades de reforço de marca. Segundo informações da RPE Tech, em colaboração com a Fiabilité — empresa responsável pela gestão de dados de uma carteira composta por 70 dos principais varejistas nacionais — o Dia das Mães de 2023 registrou 3.264.024 transações via cartões private label, consolidando a fidelização dos consumidores.

Letícia Alcântara, diretora executiva da Fiabilité, compartilha que em 2023 foram emitidos 126.028 novos cartões private label, correspondendo a 20% do total de vendas. “A tendência de alta observada nos últimos anos sugere um crescimento contínuo na emissão desses cartões para o próximo Dia das Mães, com uma expectativa de aumento similar ao do ano anterior “, afirma Alcântara.

Este crescimento não apenas reflete a popularidade dos cartões de marcas próprias, como também destaca a importância estratégica deles nas vendas totais, evidenciando um esforço contínuo dos varejistas em fidelizar e fortalecer suas marcas junto ao consumidor.

A especialista aponta que a preferência pelo uso dos cartões private label se deve a vantagens exclusivas, como descontos, promoções e condições de pagamento facilitadas. A pesquisa mais recente da Fiabilité revela ainda que o gasto médio com esses cartões foi de R$ 219,92 por cliente, valor superior à média de mercado, que varia entre R$ 50 e R$ 200.

“Este dado não apenas reflete a capacidade de gasto dos clientes, mas também a atratividade das ofertas dos varejistas, que vão além das expectativas e contribuem grandemente para a satisfação e lealdade do consumidor”, explica Alcântara.

Com uma presença em diversos setores, como alimentação e moda, Letícia acrescenta que os cartões Private Label demonstram sua versatilidade e aceitação ampla, ressaltando sua eficácia como ferramenta de marketing e vendas no cenário brasileiro.

Pedro Albuquerque, diretor de novos negócios da RPE conclui: “Os números não mentem; eles mostram uma tendência clara e positiva no comportamento de compra dos consumidores, reafirmando o valor e a relevância dos cartões private label no mercado varejista”.

Estudo TGT ISG revela: expansão estratégica da Salesforce impulsiona transformação digital no Brasil

O relatório ISG Provider Lens™ Salesforce Ecosystem Partners 2024 destaca a rápida expansão e o impacto das nuvens Salesforce no mercado brasileiro, impulsionando a transformação digital e a demanda por serviços especializado

De acordo com o estudo ISG Provider Lens™ Salesforce Ecosystem Partners 2024 para o Brasil, com movimentos de fusão e aquisição (M&A), a expansão imediata das operações dos parceiros adquiridos por empresas globais tem permitido rápidas decisões estratégicas baseadas em crescimento do negócio ou aumento do nível de satisfação do cliente, o que antes era restrito ao custo de cada iniciativa. O relatório aponta que o aumento da capacidade de entrega, com melhor nível técnico e maior diversidade em serviços, têm incentivado as organizações brasileiras a acelerarem seus projetos com maior qualidade nos serviços, aumentando o potencial de êxito nos projetos de implementação e integração das nuvens Salesforce.

Segundo o autor do estudo e distinguished analyst da TGT ISG, Mauricio Ohtani, com o crescimento do interesse em implantar as nuvens Salesforce nas empresas locais, a demanda por serviços gerenciados das aplicações também cresceu, devido a necessidade em acelerar as entregas de produtos e serviços para os clientes. “Para isso, as empresas usuárias de Salesforce precisam agilizar a adoção da plataforma, contratando empresas de serviços que permitem viabilizar um ambiente integrado com outras aplicações corporativas, monitorando o ambiente, garantindo uma operação estável e de alto desempenho”, complementa

Além disso, também foi observado que além da frente de oportunidades baseada no grande interesse do mercado em dados e IA generativa, existem também outras frentes que a Salesforce já vinha explorando anteriormente. Uma delas, apontada no estudo, é a Industry Clouds, linha de soluções verticais direcionadas às áreas de negócio específicas em que todo o ambiente do usuário se encontra alinhado com as necessidades que cada vertical de negócio exige.

Maurício, ao comentar sobre essa plataforma destacada no estudo como chave para o próximo crescimento da Salesforce, menciona que o mercado brasileiro está ainda nos estágios iniciais de adoção das Industry Clouds, as quais proporcionam operações especializadas para diversos setores do mercado.

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“No Brasil, os parceiros de melhor desempenho já apresentam expertise em algumas (poucas) verticais, com uma quantidade e níveis de certificações ainda tímidas”, ressalta o autor. Ele ainda enfatiza que, à medida que as organizações perceberem o valor das nuvens verticalizadas, tanto a Salesforce quanto seus parceiros de serviços começarão a investir em capacitação e aumento de recursos para atender a demanda.

À medida que mais projetos de implementação acontecem, mais integrações com os ambientes pré-existentes são necessárias e menos profissionais qualificados estão disponíveis para atender à necessidade de sustentação das nuvens Salesforce, maior é a necessidade por empresas de serviços que suportem o ambiente – é o que diz o relatório. No entanto, serviços de gestão das aplicações, dados e usuários têm proliferado no país com uma maior quantidade de empresas serviços e parceiros Salesforce de diferentes tamanhos e especialidades. 

Para o autor, as empresas adquiridas tiveram um ganho substancial em recursos e “poder de fogo” nesse mercado altamente competitivo. “As grandes empresas que as adquiriram, ampliaram o mercado de atuação e ganharam desempenho em função dos processos bem estabelecidos e ferramentas de alta produtividade. Dessa forma, os clientes da carteira e as novas organizações podem aproveitar desse enriquecimento das capacidades de entrega para obter melhor qualidade na entrega dos serviços, com melhor eficiência e eficácia”, afirma.

Outro aspecto, apontado no estudo e que vem ganhando notoriedade e aumentando sua participação no mercado brasileiro é a solução Marketing Cloud. Segundo o autor, essa ferramenta da Salesforce se destaca como uma das mais completas do mercado para desenvolver e personalizar campanhas digitais, além de todo recurso direcionado a atender os profissionais de marketing das marcas e seus anunciantes.

O estudo revela um aumento significativo, de um ano para o outro, no número de novos parceiros especializados em Marketing Cloud, para atender à crescente demanda por campanhas de marketing digital.

“Resultado de uma combinação de soluções adquiridas ao longo dos anos, somado a evolução da plataforma que agora oferece GenAI incorporado às nuvens Salesforce através do Einstein GPT, além de uma poderosa ferramenta que unifica todos os dados (Data Cloud) em todos os sistemas diferentes e díspares, não apenas nos sistemas Salesforce, a oferta Marketing Cloud tornou-se a solução de melhor desempenho em receita para a companhia em 2023”, finaliza Maurício.

Fonte: Mondoni Press.

8ª edição do Cyber Security Summit Brasil vai trazer o ser humano para o foco do debate sobre segurança cibernética

Conferência global de cybersecurity pretende reunir 700 pessoas para debater ransomware, phishing, genAI e regulamentações, assim como os impactos das ameaças na vida das pessoas, empresas e governos

O Cyber Security Summit Brasil, uma das mais importantes conferências globais sobre cybersecurity, anunciou os primeiros palestrantes e a abertura do primeiro lote de inscrições para o encontro de líderes e especialistas, que acontecerá nos dias 28 e 29 de outubro, no hotel Grand Hyatt, em São Paulo. A edição deste ano tem expectativa de atrair 700 participantes para debater o papel do ser humano como chave para uma cibersegurança efetiva.

Rafael Narezzi, especialista e idealizador da conferência, explica que o evento tem o foco de incentivar o diálogo entre profissionais, líderes de indústrias e especialistas em tecnologia para promover uma visão crítica e inovadora sobre as tendências atuais e futuras na cibersegurança, com foco no ser humano. “No ano passado, discutimos sobre a inteligência artificial e como ela impacta as decisões. Este ano vamos valorizar o ser humano, que é a peça-chave no que diz respeito à cibersegurança, pois é ele quem controla tudo, seja IA ou qualquer outra tecnologia. Sem o ser humano, nada funciona”, explica o chairman Rafael Narezzi.

A pesquisa “Cyber Security Summit Report”, realizada pela última edição do evento, revela que a falta de entendimento ou consciência sobre os riscos cibernéticos foi apontado como o principal desafio para a proteção de TI e OT em ambientes de grande porte por 52% dos entrevistados, reforçando que a criatividade e a intuição humanas são fundamentais para antecipar e responder a ameaças emergentes que ainda não foram catalogadas ou automatizadas pelas ferramentas de IA.

O Cyber Security Summit 2024 discutirá o contínuo desafio do ransomware como principal ameaça global, com grupos expandindo e diversificando suas operações em todo o mundo, assim como detalhes sobre estratégias para enfrentar essa ameaça.  Outro tema de destaque será a evolução da relação entre CISOs e CIOs nas empresas, enfatizando a importância de uma parceria eficaz para garantir a segurança.

Além disso, o evento vai incluir sessões especiais para examinar o impacto da IA e genAI na cibersegurança, com foco nas mudanças das táticas dos cibercriminosos, especialmente no ataque de phishing sofisticado. Também serão discutidos os efeitos do aumento do malware “Info Stealer”, com especialistas analisando seu uso crescente para roubo de informações sensíveis.

Outros tópicos abordados serão as novas regulamentações e normas de compliance na cibersegurança, bem como a adoção de tecnologias emergentes por pequenas e médias empresas para melhorar processos. Adicionalmente, workshops focarão no desenvolvimento de habilidades interpessoais dos CISOs, essenciais para comunicar riscos aos executivos. Temas adicionais incluirão segurança em nuvem, IEM e SOC, e segurança cibernética industrial.

Entre os palestrantes confirmados para esta edição, está Andrei Costin, professor assistente e palestrante em cybersecurity na Universidade de Jyväskylä, na Finlândia. Com especialização em segurança cibernética para IoT, firmware e privacidade digital, Andrei desenvolveu a ferramenta de recuperação de chaves de cartão MiFare Classic MFCUK, além de ser reconhecido por seus ataques práticos de ADS-B (BlackHat, 2012) e pela pesquisa em análise automatizada de firmware em grande escala (Usenix Security, 2014). O tema da sua apresentação será “Hackeando com satélites, aeroespacial, aviônica, marítimo, drones: colisão/exploração na velocidade do SDR”.

Chelsea Jarvie também está confirmada para o evento. Ela é CISO e consultora, com experiência em diferentes setores. Chelsea liderou equipes de segurança e programas de transformação e, atualmente, está finalizando seu doutorado na Universidade de Strathclyde, focado em verificação de idade online. Reconhecida em 2024 como uma das mulheres mais inspiradoras em cibersegurança e uma das principais CISOs do Reino Unido, Chelsea é defensora da diversidade digital e embaixadora STEM (sigla em inglês que denomina as áreas de Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática) desde 2012.

Desde 2017, o Cyber Security Summit Brasil é considerado referência em conteúdo exclusivo e networking para o setor de cybersecurity, atraindo, anualmente, uma audiência composta por CEOs, CIOs, CISOs, CTOs, CROs, representantes governamentais, diretores, gerentes, analistas de TI, especialistas em segurança e tecnologia. Para mais informações e inscrições, acesse: https://www.cybersecuritysummit.com.br.

Porta-vozes da L’Oreal, Petz, C6 Bank e Sicredi vão debater a Inovação centrada na Tecnologia em evento de executivos em São Paulo

Dos mesmos idealizadores do Cyber Security Summit Brasil, conferência The Tech Summit acontece no dia 22 de maio e promete reunir 150 executivos de grandes empresas para discutir o valor agregado da tecnologia em diferentes setores

Visando debater o valor agregado da tecnologia, inovação para os negócios e promover mudanças significativas no cenário tecnológico, o evento The Tech Summit realiza a sua primeira edição no dia 22 de maio no Palácio Tangará, em São Paulo. A conferência que promete reunir cerca de 150 participantes entre executivos, CEOs, CTOs e diretores de companhias referência na área de inovação tecnológica, já tem a presença confirmada de porta-vozes de empresas como L’Oreal, Petz e Sicredi, que irão apresentar cases de sucesso de transformação digital.

Segundo Rafael Narezzi, CEO da 4CyberSec e idealizador do The Tech Summit e da conferência global Cyber Security Summit Brasil, o cenário empresarial atual no Brasil trouxe um foco total para a tecnologia em todas as áreas. “Tudo o que fazemos hoje trabalha ou vive tecnologia, e tecnologia gera valor. Então, quando olharmos para um banco, por exemplo, não é mais apenas um banco, ele é uma fintech, uma empresa financeira que tem suas operações centradas em alguma tecnologia. E no caso de, por exemplo, uma empresa de cosméticos, agora ela se torna uma beautytech. Então a ideia é debater o impacto da tecnologia em uma empresa, independentemente do setor em que ela atua, e descobrir como a tecnologia gera valor para o negócio”.

Com o tema “Inovação disruptiva: reinventando negócios através da Tecnologia”, o evento vai abordar a importância de reimaginar o papel da tecnologia, enfatizando a gestão integrada e a experiência do usuário, assim como a reinvenção da entrega de tecnologia, com ênfase em metodologias ágeis, serviços de infraestrutura modernos e parcerias flexíveis. Além disso, a necessidade de garantir o futuro da base tecnológica será um destaque, realçando a importância da arquitetura flexível, análise de dados e segurança cibernética.

Um dos palestrantes confirmados para o evento é Helio Matsumoto, CIO do Sicredi, que abordará a “Evolução digital e inovação no setor financeiro”. Helio é engenheiro eletrônico e possui MBA em Administração de Negócios pela FGV, além de especialização em Executive Program – Generative AI pelo MIT (2023). “No Sicredi somos comprometidos com o crescimento de mais de 7,5 milhões de associados e com o desenvolvimento local, construindo relacionamentos por meio de mais de 100 cooperativas, 2,7 mil agências e cerca de 45 mil colaboradores. Nesse contexto, a área de tecnologia é fundamental para escalar a transformação digital, e isso acontece por meio de lideranças e equipes que atuam de olho nos resultados, planejando soluções inovadoras, escaláveis, sem perder de vista o propósito da organização”, explica o CIO do Sicredi.

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Outra atração confirmada para o evento é Wiliam Potenti, CIO e membro do Comitê Executivo da L’Oréal Brasil, que vai abordar os pilares da estratégia de inovação que a L’Oréal tem adotado para se destacar no setor de beleza brasileiro. Executivo de TI com 20 anos de experiência em empresas de Energia, Indústria, Beleza e Consultoria, William é graduado em Tecnologia e possui MBA em Gestão Estratégica de TI.

O CIO conta que a L’Oréal quer se tornar a empresa número 1 de beauty tech no mundo. Para atingir esse objetivo, está investindo em tecnologias inovadoras para melhorar a experiência do cliente. “Por meio da aquisição da Modiface, empresa especialista em tecnologias de realidade aumentada e inteligência artificial, conseguimos habilitar o e-commerce para proporcionar experiências multissensoriais e personalizadas, fundamentais no ramo da beleza”, comenta.

Adicionalmente, Fernando Mitkiewicz, superintendente de Tecnologia e Transformação Digital da ANAC e professor da Faculdade Mackenzie Brasília, será também um dos palestrantes do The Tech Summit. Ele revela que, em sua apresentação, pretende “abordar o tema de ‘Citizen Experience’, a próxima fronteira de Governo Digital, e como a ANAC está estruturando a oferta proativa e personalizada de serviços públicos digitais, com foco no usuário, para resolver os principais desafios do setor de aviação”. Fernando é ex-Secretário de Governo Digital e possui experiência tanto no setor público quanto privado. Ele ocupou cargos de destaque, como a presidência do Conselho de Administração do SERPRO e conselheiro da DATAPREV. No Ministério da Infraestrutura, foi Subsecretário de Gestão Estratégica, Tecnologia e Inovação, além de outras instituições, públicas e privadas.

O CISO do C6 Bank, José Luiz Santana, irá palestrar sobre “Como segurança pode servir de alavanca para transformação digital”. Ele é especialista em cibersegurança, prevenção à fraudes, computação em nuvem, infraestrutura de internet e tecnologia, com 10 anos de experiência no segmento financeiro. “Com a crescente digitalização dos negócios, uma nova abordagem do papel da segurança pode servir de alavanca para inovação, escalabilidade e eficiência de custo das jornadas digitais. Segurança não deve ser opcional, deve ser uma parte fundamental na forma como produtos digitais são desenvolvidos”, explica.

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Alex Julian, CTO da Kora Saúde, é outro nome anunciado. Com mais de duas décadas de experiência na área de tecnologia, Alex já atuou em empresas como UHG, SAS Institute, Bradesco, HSBC, Dell, Citibank, B3, Vivo e Claro. Graduado em Ciências da Computação e com MBA em gestão de projetos e finanças, ele também atua como conselheiro consultivo em empresas de tecnologia e mentor de startups vinculadas à iniciativa Pipe (FAPESP).

Por fim, a CIO da Petz, Claudia Marquesani, também será uma das palestrantes do The Tech Summit. Com mais de 27 anos de experiência em Tecnologia da Informação, participou de eventos nacionais e internacionais, como MBA Brasil em Harvard e E-commerce Brasil, abordando temas como transformação digital e inteligência artificial no varejo, além de palestrar sobre a participação da mulher no mercado de trabalho no TEDx Campinas.

As inscrições para o evento e mais informações podem ser encontradas no site: https://thetechsummit.com.br.​​​​​​

Fonte: Mondoni Press.

Transformação digital trouxe para o marketing das agências a necessidade de criar processos, checklists e padrões

*Por Daniel R. Bastreghi

Se antes as estruturas orgânicas funcionavam bem para o marketing na mídia tradicional, a transformação digital trouxe a necessidade de padronizar alguns processos para garantir que as campanhas impactem os clientes e as pessoas certas. Para enviar um simples e-mail marketing, por exemplo, hoje é necessário garantir a qualidade do mailing, a segmentação de público correta baseando-se em filtros de dados, o respeito às leis de privacidade e configurações complexas de DNS, e integrações de sistemas para assegurar a boa entrega do conteúdo.

Junta-se a isso o desafio de que as agências precisam ser constantemente criativas, pois isso está no DNA do marketing e da comunicação. É sempre necessário adicionar elementos novos em cada entregável, pensando que cada cliente tem especificidades únicas: identidade visual, preferências, ferramentas. Nesse contexto, cada demanda possui suas próprias particularidades, então, como manter uma frequência razoável de entregáveis e garantir a produtividade do time com qualidade?    

Penso que as agências de marketing podem se inspirar bastante nas empresas de tecnologia, pois percebo que ambas compartilham contextos semelhantes: necessitam fazer entregas rápidas, com qualidade e bom nível de inovação; lidam com o intangível e com crescente complexidade; e utilizam-se predominantemente de capital humano. As agências de marketing e comunicação podem aprender muito sobre organização e inovação olhando com maior profundidade para as organizações de tecnologia, principalmente porque a transformação digital elevou a exigência de requisitos técnicos para o mundo do marketing, aspectos que não costumam fazer parte da formação de publicitários, designers e criativos, mas que são importantes para atingir bons resultados.

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Seja numa equipe de tecnologia ou de marketing, o ativo principal são as pessoas, que despendem tempo de trabalho e talento. Apesar de esse primeiro recurso ser um custo que precisa ser gerenciado, pois é ele que vai garantir a saúde dos projetos e o lucro das agências, é importante não exagerar. O uso excessivo de planilhas de tempo, por exemplo, pode levar a um micro gerenciamento ou à coleta de dados desnecessários, que não serão analisados no futuro. Nesse contexto, alguns profissionais sentem-se sufocados por controles rígidos e isso pode prejudicar a criatividade deles, uma vez que nunca se sabe quanto tempo será consumido até que uma boa ideia emerja.  

Dessa forma, cada empresa precisa encontrar o melhor equilíbrio, de acordo com o teor de suas atividades e a necessidade de gestão, para fazer o gerenciamento de tempo. Aqui, até mesmo o ócio criativo deve ser considerado, pois produtividade não é pressão, afobação ou pressa. Ela é o uso diligente do tempo e dos recursos, primando pelo que no final fará sentido e trará benefícios. Nesse sentido, se a criatividade requer ócio, o ócio precisa ser considerado como parte do processo produtivo. Mas, além disso, tem algumas outras estratégias que podemos considerar:

1.      Para estimular o foco, force o lançamento de tempo em blocos de 30 minutos, como um pomodoro. Isso estimulará as pessoas a agruparem as atividades por projetos ou clientes para que mensurem o consumo de tempo mais facilmente e percebam quantos minutos, em média, precisam para fazer cada tarefa.

2.      Estipule uma estimativa de tempo para cada demanda e combine com a equipe que, caso seja necessário extrapolar o tempo estimado, ela deve justificar isso em um campo de comentário. Isso fará com que ela reflita sobre a forma como está consumindo o tempo.

3.      Bloqueie um horário semanal seu para revisar os lançamentos de tempo.  Ao fazer sua parte, demonstrará disciplina e seriedade na revisão dos lançamentos para instalar esta cultura nos colaboradores.

4.      Para procedimentos mais técnicos, crie checklists. Em atividades reconhecidas pela altíssima qualidade, como aviação e construção civil, onde erros podem causar perdas imensuráveis, os checklists estão sempre à mão e tornam-se ferramentas essenciais. Lembre-se que checklists precisam ser curtos e práticos.

5.      A gestão a vista é sua aliada. Crie painéis de monitoramento dos tempos lançados por cliente ou demanda. Deixe-os a vista, de modo que todos possam acompanhar os lançamentos e ajudar a identificar inconsistências.

Além disso, podemos considerar ainda o uso da inteligência artificial, principalmente a generativa, para reduzir o esforço e elevar a qualidade da entrega da equipe. Aliás, de acordo com uma pesquisa da IDC, a aplicação da IA Generativa a uma série de tarefas de marketing empresarial resultará em um aumento de produtividade estimado de mais de 40% até 2029.

No entanto, é preciso fazer isso com responsabilidade e considerar que ainda estamos compreendendo todas as implicações do uso dessa tecnologia. Nesta etapa, como parte da gestão, a função é assegurar que o conhecimento interno sobre a ferramenta se espalhe o mais rápido possível e que exista boa absorção do conhecimento externo. Crie workshops recorrentes para:

  • Reconhecer bons casos de uso de IA em sua equipe;
  • Colaboração e compartilhamento interno de ferramentas e novas funcionalidades;
  • Treinamentos;
  • Discutir limites legais e éticos para uso da IA;
  • Brainstorming de tendências e impactos gerados pela IA.

As agências que cuidam da produtividade e da gestão de tempo das equipes verão melhor colaboração entre os membros do grupo e menos atrito causado por processos ineficientes e erros que poderiam ter sido evitados. Verão ainda um ambiente com relações mais leves e saudáveis. Tais agências terão mais lucro, pois possuirão maior controle sobre seus custos. Por fim, estarão mais capacitadas a apresentar resultados para seus clientes e provar o ROI de seus esforços.

*Daniel R. Bastreghi é sócio administrador e Consultor de Marketing na DRB.MKT, atuando com orientação e assessoria de planejamento estratégico, estruturação comercial, implantação de CRM, inbound marketing, ações integradas de marketing digital e pesquisas. Sendo assim, é a fonte ideal para falar sobre tendências do setor, social media, influenciadores, produtividade e gestão.  Daniel é MBA em Gestão de Projetos e especialista em Planejamento e Gerenciamento Estratégico.

Fonte: Mondoni Press.

Ética e IA no marketing: um desafio para além da proteção de dados

*Por Fagner Souza, gerente jurídico da SIS Innov & Tech

O uso da inteligência artificial (IA) no campo do marketing tem sido transformadora, mas traz consigo uma série de desafios éticos que demandam nossa atenção. Enquanto exploramos os benefícios e potenciais da IA nas estratégias de marketing, é imperativo que também consideremos suas implicações éticas e sociais.

Alguns desafios rondam esse dilema. Como substituição potencial do trabalho humano pela automação alimentada pela IA, replicação de padrões indesejados pela IA e, talvez o mais importante, as preocupações sobre privacidade e autodeterminação.

Neste último, a interconectividade de dados possibilitada pela IA pode representar um risco para a privacidade dos consumidores e sua capacidade de tomar decisões informadas. Os profissionais de marketing e as marcas precisam priorizar a transparência e a proteção dos dados dos consumidores, garantindo que suas informações sejam utilizadas de maneira responsável e ética. Quando usadas de maneira incorreta, em todo caso, toda a responsabilidade jurídica recairá naquele que é o dono da campanha, independentemente do meio utilizado.

Em relação à legislação, é fundamental respeitar os direitos de informação estabelecidos pela Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) e pelo Direito do Consumidor. Embora o uso da IA em campanhas de marketing possa não exigir informações adicionais, é essencial garantir que os consumidores estejam cientes do tratamento de seus dados e das tecnologias utilizadas.

No que diz respeito ao uso de dados pessoais, também deve-se adotar uma abordagem ética. As empresas devem coletar dados apenas com o consentimento adequado e utilizá-los exclusivamente para os fins declarados. Além disso, a anonimização de dados pode ser uma medida preferível para garantir a privacidade dos consumidores e evitar possíveis violações da LGPD.

De fato, a integração da IA no marketing oferece oportunidades emocionantes, mas deve ser usada de forma responsável. Os profissionais de marketing precisam garantir que as práticas comerciais sejam transparentes e respeitosas aos direitos dos consumidores, usando apenas dados realmente necessários. Ao fazer isso, é possível aproveitar todo o potencial da IA para impulsionar o sucesso das estratégias de marketing, ao mesmo tempo em que se protege e respeita os valores éticos fundamentais.

Fagner Souza é gerente jurídico da SIS Innov & Tech.

Fonte: Nova PR.

Com investimento de R$15 milhões, AWS e Escola da Nuvem esperam capacitar mais de 5 mil pessoas em computação em nuvem até 2025

A Amazon Web Services (AWS) anunciou que investirá R$15 milhões no Brasil para ampliar a oferta de profissionais qualificados em computação em nuvem e aumentar a diversidade. Essa é uma das competências mais procuradas no mercado de trabalho. Um estudo da consultoria IDC indica que o gap de habilidades digitais está crescendo a uma taxa composta de 11,4% no período de 2022 a 2025 na América Latina, sendo que até 2026 haverá quase 2,5 milhões de cargos emergentes que exigirão profissionais atualizados.

O investimento será viabilizado pela AWS Partner Network (APN), comunidade global que aproveita tecnologias, programas, expertise e ferramentas da AWS para construir soluções e serviços para clientes, e será alocado nos próximos dois anos à Escola da Nuvem, uma organização não governamental que prepara estudantes para carreiras na nuvem e os conecta com potenciais empregadores.

“Uma das maiores barreiras para o sucesso atual na condução de avanços tecnológicos e inovação é a disponibilidade de talentos, e a indústria de computação em nuvem enfrenta tanto uma escassez de talentos quanto uma lacuna de habilidades”, afirma Ruba Borno, vice-presidente Global de Canais e Alianças da Amazon Web Services. “Com parceiros como a Escola da Nuvem, podemos alcançar juntos nosso potencial e compromisso de construir um negócio mais sustentável para nossos clientes, investindo em desenvolvedores, estudantes e na próxima geração de líderes de TI em todo o Brasil.”

O programa da Escola da Nuvem oferece cursos de treinamentos online e presenciais gratuitos voltados principalmente para pessoas vulneráveis e grupos sub-representados no mercado de tecnologia em todo o Brasil. Os cursos são abertos a pessoas de todo o país, sem necessidade de conhecimento prévio de nuvem ou outras tecnologias. Até o final de 2025, a Escola da Nuvem espera ter cerca de 6 mil pessoas capacitadas, 3 mil com certificações AWS e mais de 2 mil encaminhadas para vagas de emprego.

A estrutura do curso é baseada no AWS re/Start, um programa gratuito de treinamento de desenvolvimento de força de trabalho que ajuda indivíduos desempregados ou subempregados a desenvolver habilidades de computação em nuvem e conecta os participantes a oportunidades de emprego em empregadores locais. O treinamento inclui habilidades práticas de carreira, como entrevistas e redação de currículos, para ajudar os participantes a se prepararem para funções básicas na nuvem, incluindo operações em nuvem, suporte de infraestrutura, programação, segurança, fundamentos de banco de dados e técnicas de segurança.

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A Escola da Nuvem já formou milhares de alunos com a colaboração da AWS. Um deles é Jhonathan Turial de Oliveira, de 20 anos, morador do Espírito Santo, que conquistou a certificação AWS Cloud Practitioner e passou no processo seletivo para uma vaga de trainee. “A Escola da Nuvem conseguiu me trazer uma realocação no mercado de trabalho através da capacitação oferecida, além da oportunidade de tirar uma certificação relevante em computação em nuvem e me destacar nas vagas oferecidas aos profissionais de TI”, comenta Jhonathan.

“A nuvem é uma tecnologia em constante evolução e oferece oportunidades de crescimento e desenvolvimento de carreira para muitos profissionais”, afirma Ana Letícia Lucca, CRO da Escola da Nuvem. “Mas entendemos que é preciso proporcionar conhecimento sobre o tema e preparar os alunos para entrarem nesta área. Para alcançarmos isso, temos parceiros nessa jornada preparados para oferecer oportunidades de empregos para os alunos que concluam os treinamentos”, finaliza.

Muitos profissionais também fizeram transição de carreira com apoio da Escola da Nuvem. É o caso de Thaís Rivarolli Barbosa, 30 anos, moradora de Caieiras, São Paulo, que atuava na área de vendas. “Busquei novos desafios e comecei a estudar tecnologia. Descobri a Escola da Nuvem por recomendação de uma amiga, que se tornou minha base fundamental para crescimento na área”, conta.

“Continuo pessoal e profissionalmente inspirado pelo trabalho da Escola da Nuvem e pelo comprometimento de seus alunos. Juntos, somos capazes de criar um impacto real nas comunidades no Brasil, ao mesmo tempo que continuamos a apoiar a crescente economia da nuvem”, finaliza Chris Sullivan, vice-presidente de Canais e Alianças das Américas na Amazon Web Services.

Desde 2017, a AWS treinou mais de 800 mil pessoas no Brasil em habilidades em nuvem com cursos pagos e gratuitos. Os interessados podem se inscrever a qualquer momento no site da Escola da Nuvem. Fundada em 2020 através da união de empreendedores, executivos e profissionais do setor de Tecnologia da Informação, a Escola da Nuvem já formou aproximadamente 4 mil pessoas em tecnologia de nuvem no país.

Fonte: Mondoni Press.

Soluções open source são econômicas, flexíveis e estratégicas para o marketing das pequenas e médias empresas

Por Daniel R. Bastreghi*

O Marketing é uma área sempre pulsante que, por natureza, precisa estar continuamente inovando em suas formas de conquistar o público e fazer uma empresa crescer. Para os profissionais da área, é vital estar em contato com novas tecnologias que possam trazer vantagens competitivas para as organizações. Uma delas é o open source, abordagem de desenvolvimento colaborativo que é flexível e acessível para a experimentação, sendo uma opção especialmente interessante para as pequenas e médias companhias.

De acordo com um levantamento encomendado pela Cloudera e conduzido pela Coleman Parkes Research divulgado no fim do ano passado, 80% das empresas planejam continuar investindo em tecnologias open source nos próximos três anos. Esse tipo de solução tem como principal valor a colaboração e permite que desenvolvedores possam estudar, usar, modificar e distribuir códigos de maneira flexível para que projetos sejam criados e aprimorados rapidamente; as comunidades trabalham em conjunto e têm a chance de construir algo maior do que conseguiriam por conta própria.

Para as pequenas e médias empresas, o open source representa a oportunidade de inovar a partir de uma base tecnológica, de colaborar com o ecossistema e assim ocupar as lacunas deixadas pelas organizações maiores. Isso requer predisposição, mas as iniciativas open source permitem que, com um pouco de atenção e conhecimento, as empresas usufruam de recursos avançados. De maneira geral, as comunidades de desenvolvedores dão um grande exemplo em termos de colaboração e organização e as equipes de marketing podem aprender muito com elas.

Isso porque, no marketing ou em qualquer área, experimentar é caro, exige tempo, recursos e criatividade, além de demandar cuidados adicionais com integração ao legado e privacidade de dados. Isso nem sempre está ao alcance das pequenas empresas ou até das maiores, então soluções colaborativas entre múltiplas organizações acabam se fortalecendo. A área de software está repleta de bons exemplos. Entre as mais famosas, está o WordPress, uma consagrada solução de código aberto para gerenciamento de conteúdo que possui uma comunidade bastante ativa e um enorme repositório de plugins e temas.

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Outra solução interessante é o Mautic, uma ferramenta de inbound e automação de marketing muito versátil e completa; o Chatwoot também foi criado a partir de iniciativas de código aberto e favorece o atendimento omnichannel com diversas opções de integração às redes sociais, chat ao vivo e suporte via e-mail que facilitam o atendimento ao cliente; o Cal.com favorece o agendamento de reuniões comerciais; e as soluções de CRM EspoCRM e o X2CRM também são notáveis. A composição destas e outras soluções formam uma estrutura de martech muito funcional e acessível.

Soluções de código aberto são excelentes opções para iniciar e validar inovações. Conforme amadurecem, pode-se cogitar a ampliação ou troca para outras soluções. Porém, este não é o fim para as soluções de código fonte aberto. Afinal, elas podem ser facilmente customizadas e complementadas com plugins e outras integrações.

Contudo, o marketing é essencialmente uma competição. Isso significa que a colaboração massiva e aberta em algum momento se torna incompatível com a atividade de marketing. A partir de um determinado ponto, as equipes precisam reservar para si alguns recursos, estratégias ou insights para que, por definição, conquistem vantagens competitivas. No entanto, até que este momento chegue, qualquer empresa tem muito a ganhar se explorar o potencial das inúmeras soluções de código aberto existentes para marketing e vendas.

*Daniel R. Bastreghi é sócio administrador e Consultor de Marketing na DRB.MKT, atuando com orientação e assessoria de planejamento estratégico, estruturação comercial, implantação de CRM, inbound marketing, ações integradas de marketing digital e pesquisas. Sendo assim, é a fonte ideal para falar sobre tendências do setor, social media, influenciadores, produtividade e gestão.  Daniel é MBA em Gestão de Projetos e especialista em Planejamento e Gerenciamento Estratégico.

Fonte: Mondoni Press.

Brasil avança em agenda de transformação ecológica e impulsiona mercado de serviços em ESG

Novo estudo ISG Provider Lens™ revela avanços no mercado de soluções sustentáveis e a escassez de profissionais qualificados para enfrentar os desafios futuros

A temática de sustentabilidade e ESG nas organizações, combinada com a falta de conhecimento interno sobre uma implementação eficiente, originou um mercado de soluções e serviços de sustentabilidade que segue avançando no Brasil. O crescimento dos serviços em ESG no Brasil é tema do novo estudo ISG Provider Lens™ Sustainability and ESG (Environmental, Social, Governance), produzido pela parceria TGT ISG.

Segundo o relatório, os fornecedores de serviços e soluções de sustentabilidade enfrentarão a falta de profissionais qualificados em setores-chave, abrangendo desde estratégia de sustentabilidade até gestão sustentável de resíduos. A demanda por “green jobs” – trabalhos e ocupações que atuam diretamente com iniciativas de conservação e sustentabilidade – é prevista para exceder a disponibilidade de profissionais com as habilidades necessárias. Por este motivo, os fornecedores precisarão investir em programas de educação e formação para aprimorar as competências da força de trabalho.

Adriana Frantz, distinguished analyst da TGT ISG e autora do estudo, afirma que é possível observar um número significativo de fornecedores qualificados, indicando a forte competitividade do setor e o aumento das ofertas de sustentabilidade e ESG. Para manter a liderança nesse mercado, as empresas devem investir continuamente em inovação para criar produtos, tecnologias e modelos de negócios sustentáveis mais eficientes, enfrentando os desafios mais urgentes. “Os fornecedores precisam estabelecer uma ampla rede de parcerias e alianças, incluindo diversas organizações, como ONGs, agências governamentais e outras empresas, para desenvolver e implementar soluções de sustentabilidade com rapidez. Isso pode auxiliar as empresas a alcançarem um público mais extenso e a criar soluções mais eficientes.”

Em 2023, o Brasil se tornou o primeiro país a adotar as normas do ISSB em sua regulação. Em outubro, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) lançou a Resolução CVM 193, uma iniciativa inovadora. A partir de 2024, companhias abertas, fundos de investimento e companhias securitizadoras podem, voluntariamente, apresentar relatórios financeiros sustentáveis, seguindo o padrão internacional (IFRS S1 e S2) do International Sustainability Standards Board (ISSB). A obrigatoriedade dessa adoção se inicia em 2026, exigindo também auditoria independente para validar as divulgações necessárias pelas IFRS S1 e S2. Essa medida implica na implementação de novos processos, controles internos e investimento na capacitação de profissionais para atender às regulamentações.

Em 2025, o Brasil sediará a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-30), uma oportunidade para liderar a diplomacia ambiental de países em desenvolvimento e organizações da sociedade civil ao fortalecer a agenda climática. A indústria da sustentabilidade deve crescer, impulsionada por mudanças regulatórias e reconhecimento crescente de que os fatores ESG são fundamentais ao desempenho corporativo e de investimento. O relatório explica que, diante disso, fornecedores intensificaram investimentos para expandir serviços, aumentar capacidades e estabelecer parcerias estratégicas.

“O crescimento do tema ESG está evidente em todos os lugares. Investidores, bancos e empresas firmaram uma série de alianças, comprometendo-se a reduzir suas próprias emissões de carbono e as de seus portfólios. Esse crescimento tem impulsionado o financiamento de desenvolvimentos e melhorias em métodos de produção mais limpos, cadeias de suprimento sustentáveis, padrões de consumo de empresas responsáveis e, de maneira geral, mudanças de comportamento em direção à sustentabilidade empresarial”, explica a autora.

De acordo com o relatório, as empresas enfrentam desafios na priorização e comunicação eficiente de ações de ESG, devido à complexidade. Outra questão surge na medição imprecisa de ESG, com empresas e consultorias oferecendo classificações, amplamente utilizadas por investidores e acadêmicos. A dificuldade em vincular o desempenho ESG ao financeiro e o debate sobre o impacto nas empresas, que podem preferir externalizar custos, como poluição, são pontos centrais, dada a complexidade da relação, que pode variar dependendo das dimensões avaliadas ou de fatores externos.

“Embora a sustentabilidade e o ESG tenham se tornado mais populares, ganhando tração dentro das organizações, a implementação de uma estratégia sustentável ainda é repleta de dúvidas e desafios. Muitos executivos acreditam que ações simples, como a divulgação de um relatório de sustentabilidade, são suficientes e se frustram quando não conseguem obter resultados dessa forma”, finaliza Adriana.

O relatório ISG Provider Lens™ Sustainability and ESG 2023 para o Brasil avalia as capacidades de 81 fornecedores em cinco quadrantes: Strategy and Enablement Services, Technology Solutions and Implementation Services – IT, Technology Solutions and Implementation Services – OT, Data Platforms and Managed Services e Rating and Benchmarking Services.

O relatório nomeia Accenture, IBM e Wipro como Líderes em quatro quadrantes cada, enquanto Capgemini, Deloitte, EY, PWC e SAP são nomeadas como Líderes em três quadrantes cada. EcoVadis, KPMG, Siemens e WayCarbon são nomeadas Líderes em dois quadrantes cada, enquanto Agrotools, Bain & Company, BCG, Bloomberg, CDP, DEEP, ESG Book, FactSet, ISS ESG, LSEG Data & Analytics, Moody’s ESG, MSCI, S&P Global e Sustainalytics são nomeadas Líderes em um quadrante cada.

Além disso, a Schneider Electric é nomeada como Rising Star — uma empresa com um “portfólio promissor” e “alto potencial futuro” pela definição do ISG — em dois quadrantes, enquanto GreenPlat, RepRisk e TIVIT são nomeadas como Rising Stars em um quadrante cada.