ESG

Brasil avança em agenda de transformação ecológica e impulsiona mercado de serviços em ESG

Novo estudo ISG Provider Lens™ revela avanços no mercado de soluções sustentáveis e a escassez de profissionais qualificados para enfrentar os desafios futuros

A temática de sustentabilidade e ESG nas organizações, combinada com a falta de conhecimento interno sobre uma implementação eficiente, originou um mercado de soluções e serviços de sustentabilidade que segue avançando no Brasil. O crescimento dos serviços em ESG no Brasil é tema do novo estudo ISG Provider Lens™ Sustainability and ESG (Environmental, Social, Governance), produzido pela parceria TGT ISG.

Segundo o relatório, os fornecedores de serviços e soluções de sustentabilidade enfrentarão a falta de profissionais qualificados em setores-chave, abrangendo desde estratégia de sustentabilidade até gestão sustentável de resíduos. A demanda por “green jobs” – trabalhos e ocupações que atuam diretamente com iniciativas de conservação e sustentabilidade – é prevista para exceder a disponibilidade de profissionais com as habilidades necessárias. Por este motivo, os fornecedores precisarão investir em programas de educação e formação para aprimorar as competências da força de trabalho.

Adriana Frantz, distinguished analyst da TGT ISG e autora do estudo, afirma que é possível observar um número significativo de fornecedores qualificados, indicando a forte competitividade do setor e o aumento das ofertas de sustentabilidade e ESG. Para manter a liderança nesse mercado, as empresas devem investir continuamente em inovação para criar produtos, tecnologias e modelos de negócios sustentáveis mais eficientes, enfrentando os desafios mais urgentes. “Os fornecedores precisam estabelecer uma ampla rede de parcerias e alianças, incluindo diversas organizações, como ONGs, agências governamentais e outras empresas, para desenvolver e implementar soluções de sustentabilidade com rapidez. Isso pode auxiliar as empresas a alcançarem um público mais extenso e a criar soluções mais eficientes.”

Em 2023, o Brasil se tornou o primeiro país a adotar as normas do ISSB em sua regulação. Em outubro, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) lançou a Resolução CVM 193, uma iniciativa inovadora. A partir de 2024, companhias abertas, fundos de investimento e companhias securitizadoras podem, voluntariamente, apresentar relatórios financeiros sustentáveis, seguindo o padrão internacional (IFRS S1 e S2) do International Sustainability Standards Board (ISSB). A obrigatoriedade dessa adoção se inicia em 2026, exigindo também auditoria independente para validar as divulgações necessárias pelas IFRS S1 e S2. Essa medida implica na implementação de novos processos, controles internos e investimento na capacitação de profissionais para atender às regulamentações.

Em 2025, o Brasil sediará a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-30), uma oportunidade para liderar a diplomacia ambiental de países em desenvolvimento e organizações da sociedade civil ao fortalecer a agenda climática. A indústria da sustentabilidade deve crescer, impulsionada por mudanças regulatórias e reconhecimento crescente de que os fatores ESG são fundamentais ao desempenho corporativo e de investimento. O relatório explica que, diante disso, fornecedores intensificaram investimentos para expandir serviços, aumentar capacidades e estabelecer parcerias estratégicas.

“O crescimento do tema ESG está evidente em todos os lugares. Investidores, bancos e empresas firmaram uma série de alianças, comprometendo-se a reduzir suas próprias emissões de carbono e as de seus portfólios. Esse crescimento tem impulsionado o financiamento de desenvolvimentos e melhorias em métodos de produção mais limpos, cadeias de suprimento sustentáveis, padrões de consumo de empresas responsáveis e, de maneira geral, mudanças de comportamento em direção à sustentabilidade empresarial”, explica a autora.

De acordo com o relatório, as empresas enfrentam desafios na priorização e comunicação eficiente de ações de ESG, devido à complexidade. Outra questão surge na medição imprecisa de ESG, com empresas e consultorias oferecendo classificações, amplamente utilizadas por investidores e acadêmicos. A dificuldade em vincular o desempenho ESG ao financeiro e o debate sobre o impacto nas empresas, que podem preferir externalizar custos, como poluição, são pontos centrais, dada a complexidade da relação, que pode variar dependendo das dimensões avaliadas ou de fatores externos.

“Embora a sustentabilidade e o ESG tenham se tornado mais populares, ganhando tração dentro das organizações, a implementação de uma estratégia sustentável ainda é repleta de dúvidas e desafios. Muitos executivos acreditam que ações simples, como a divulgação de um relatório de sustentabilidade, são suficientes e se frustram quando não conseguem obter resultados dessa forma”, finaliza Adriana.

O relatório ISG Provider Lens™ Sustainability and ESG 2023 para o Brasil avalia as capacidades de 81 fornecedores em cinco quadrantes: Strategy and Enablement Services, Technology Solutions and Implementation Services – IT, Technology Solutions and Implementation Services – OT, Data Platforms and Managed Services e Rating and Benchmarking Services.

O relatório nomeia Accenture, IBM e Wipro como Líderes em quatro quadrantes cada, enquanto Capgemini, Deloitte, EY, PWC e SAP são nomeadas como Líderes em três quadrantes cada. EcoVadis, KPMG, Siemens e WayCarbon são nomeadas Líderes em dois quadrantes cada, enquanto Agrotools, Bain & Company, BCG, Bloomberg, CDP, DEEP, ESG Book, FactSet, ISS ESG, LSEG Data & Analytics, Moody’s ESG, MSCI, S&P Global e Sustainalytics são nomeadas Líderes em um quadrante cada.

Além disso, a Schneider Electric é nomeada como Rising Star — uma empresa com um “portfólio promissor” e “alto potencial futuro” pela definição do ISG — em dois quadrantes, enquanto GreenPlat, RepRisk e TIVIT são nomeadas como Rising Stars em um quadrante cada.

TGT/ISG: Velocidade da transformação digital não é um diferencial, mas uma exigência para os negócios

Relatório ISG Provider Lens™ Digital Business Enablement and ESG Services destaca a necessidade de que a digitalização se torne uma cultura dentro das companhias

As soluções de digital business se expandem no Brasil e encontram na velocidade e criação de cultura voltada para a transformação digital o caminho mais rápido para a evolução. Segundo o estudo ISG Provider Lens™ Digital Business Enablement and ESG Services, produzido e distribuído pela TGT Consult, as empresas brasileiras que conseguem acelerar e incorporar projetos-piloto em outras áreas dentro da empresa atingem benefícios de redução de custo, maior resiliência e ganhos em receita, reforçando a necessidade da criação de uma cultura organizacional pautada na transformação digital, demonstrando mudanças culturais e maior engajamento. 

Desta forma, as companhias conseguem identificar a possibilidade de desenvolver capacidades, detectando novas abordagens para conquistar os clientes. Segundo o estudo, casos de maior sucesso em soluções digitais geralmente começam com a escolha dos temas que apresentam maior potencial na sua extensão. Entre os exemplos citados no documento estão: Insights baseados em dados provenientes de diversas áreas dentro da organização, uso de ferramentas avançadas para acelerar a ida para o mercado, rastreamento dos resultados esperados e a promoção de ciclos de aprendizado entre as áreas envolvidas aumentam as chances de sucesso com resultados melhores para os negócios. 

Além disso, o estudo indica um crescimento de empresas de serviços com propostas para identificar, planejar e implementar soluções nos campos da sustentabilidade e carbono zero, avançando a agenda ESG. Diversos fornecedores de serviços neste segmento usam processos de inovação contínua e tecnologias emergentes para gerar impacto na redução das emissões de carbono e fomentar a economia circular. Ademais, as empresas de desempenho melhor e mais acelerado são aquelas que rastreiam suas decisões em supply chain, integrando a previsão de fluxo de caixa utilizando inteligência artificial, machine learning e analytics para obter uma visão rápida, preditiva e precisa dos cenários futuros.

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Em comparação com os avanços internacionais, o mercado brasileiro de digital business ainda caminha a passos lentos, como declara Mauricio Ohtani, analista líder da TGT Consult/ISG e autor do estudo. “Encontramos muito mais empresas globais de serviços em tecnologia investindo, promovendo e trazendo de suas matrizes internacionais ofertas e recursos para atender a demanda local do que empresas brasileiras, reduzidas a um grupo muito pequeno de empreendedores, que aceitaram o desafio de entender os benefícios e estão abrindo mercados no uso da visão computacional e realidade digital”. 

Conforme o relatório, a experiência do consumidor se torna um diferencial para os avanços das empresas e um dos desafios, com as empresas tendo que se atentar ao ritmo das mudanças e entregar o nível de atendimento que os clientes aguardam. Ohtani explica que a imposição por parte dos consumidores num atendimento cada vez mais personalizado, tem obrigado as organizações a entenderem o perfil de seus clientes, classificar e organizar grupos de interesse, direcionando ações a grupos específicos em todos os canais digitais e redes sociais. “O destaque principal são os dados que alimentam as bases de informação, que ajudam a definir melhor as características, interesses, preferências e necessidades para criar e desenvolver produtos e serviços”.

Uma das principais tendências é o uso de digital reality, apontado como uma oportunidade de investimento para as empresas que desejam evoluir digitalmente. O estudo demonstra que, no Brasil, a tecnologia não é novidade, sendo utilizada há mais de 30 anos, principalmente na fabricação de automóveis. Hoje, devido à evolução da tecnologia e redução nos custos de utilização, empresas focadas em criar ambientes e soluções foram sendo criadas e atendendo a um mercado crescente em vários segmentos de negócios.

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“A tecnologia vem rompendo barreiras, criando hábitos e experiências inesquecíveis para os usuários. Grandes inovações nascem com boas ideias e podem ter experimentações diferentes, de acordo com a tecnologia utilizada. Diversos segmentos podem criar novos modelos de negócio utilizando digital reality, além de entrar em novos mercados, testar produtos diferentes e experimentar possíveis reações, favoráveis ou não, de seus novos serviços”, explica o autor. Muito aplicado no cotidiano da Indústria 4.0, tecnologias como VR, AR e XR estão ampliando sua atuação, sendo fundamentais inclusive no metaverso.

Os fornecedores que se destacam na transformação digital atuam desde a definição da estratégia, até o monitoramento no uso da solução digital, numa cultura data-driven. Desta forma, as companhias conseguem mapear toda a cadeia de valor das empresas, identificar as áreas de oportunidade e configuram seus recursos para trabalhar nas etapas de cocriação, desenho da solução e arquitetura, experimentação e implementação da ideia materializada.

Para se manter em crescimento, o autor destaca que as companhias nacionais precisam se manter atualizadas em relação aos avanços no mercado global. “A evolução da tecnologia é constante e, da mesma forma, o seu uso. Contudo, alguns segmentos aceleram mais do que outros na adoção da tecnologia. Nossa recomendação é estar sempre atualizado no comportamento dos mercados internacionais com relação à adoção de novas tecnologias. Ainda que o Brasil apresente cenários distintos, reações de grande interesse lá fora podem se repetir no mercado local, principalmente em áreas ou com tecnologias que ainda não foram identificadas ou percebidas pelo mercado brasileiro”.

O relatório ISG Provider Lens™ Digital Business Enablement e ESG Services 2022 para o Brasil avalia as capacidades de 41 fornecedores de soluções de negócios digitais em cinco quadrantes: Business Consulting Services, Customer Experience Services, Supply Chain Transformation Services, Sustainability and ESG Services e Digital Reality Services.

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O relatório nomeia a Accenture como Líder em todos os cinco quadrantes e a Stefanini como Líder em quatro. BRQ e Wipro são nomeados Líderes em três quadrantes, e Deal, Deloitte Digital, Globant, ilegra e T-Systems são nomeados Líderes em dois. Enquanto isso, Beenoculus, CI&T, Compass UOL, FCamara, Infosys, Logicalis, MadeinWeb, PwC, Schneider Electric, Siemens Energy, V8.Tech, VRGlass e YDreams Global são todos nomeados Líderes em um quadrante.

Além disso, a MadeinWeb foi nomeada como Rising Star – uma empresa com um “portfólio promissor” e “alto potencial futuro” pela definição do ISG – em dois quadrantes. A Globant e a TOTVS Consulting foram nomeadas Rising Stars em um quadrante.

Versões personalizadas do relatório estão disponíveis na BRQ, MadeinWeb e V8.Tech.

Fonte: Mondoni Press

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Dia do Cliente e a necessidade de ressignificar o ESG

*Por Paulo Cesar Silva

Dias especiais de comemoração são datas escolhidas por variados critérios para celebrar algum acontecimento significativo ou designadas aleatoriamente que, em tese, deveria levar a alguma reflexão sobre um fato. E aí temos o Dia do Cliente, comemorado no dia 15 de setembro.

As empresas aproveitam esse dia para anunciar promoções, convidar seus clientes para eventos, lançar campanhas de marketing ou novos produtos. Também utilizam desse dia para ações internas, para ressaltar a importância do cliente para a empresa. Porém, cabe aqui uma reflexão: trata-se de um dia para se comemorar?

É uma boa questão. Do ponto de vista do cliente, se analisarmos algumas pesquisas relacionadas nesse sentido e sites especializados, que servem como plataforma para reclamações e intermediação de demandas entre empresa e consumidor, parece que o tempo está mais para dias nublados, sujeito a chuvas e trovoadas, do que para belas tardes ensolaradas.

Por exemplo, uma pesquisa realizada pelo IBCR – Instituto Ibero-Brasileiro de Relacionamento com o Cliente, evidencia que os Serviços de Atendimento ao Cliente são aprovado por apenas 28% dos brasileiros. Ou seja, 72% dos clientes se sentem insatisfeitos com os serviços voltados exatamente para atendê-los. Número altamente expressivo, não é mesmo?

Em uma rápida análise nos sites especializados em reclamações, vamos perceber que em seus rankings, como por exemplo as “Mais Reclamadas nos Últimos 6 Meses”, figuram ali empresas de grande porte, multinacionais, com muitos recursos, com estruturas sólidas, mas que parecem não se incomodar muito de aparecerem nesse ranking desfavorável.

O que chama a atenção, e se torna um fato interessante, é que algumas dessas empresas que ali aparecem nessas listas terríveis, também podem ser encontradas entre as empresas mobilizadas no sentido de investirem recursos e esforços para as agendas ESG, sigla em inglês das palavras Environmental, Social and Governance ou meio ambiente, social e governança. A preocupação é com a construção de um mundo mais sustentável, atenção com o meio ambiente, com aspectos sociais e com uma governança própria, focada na transparência aos que têm algum interesse na empresa.

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A prioridade agora está voltada para a economia verde, para a diversidade e inclusão e para a transparência financeira e critérios de compliance. Os temas que emergem abordam critérios de sustentabilidade, carbono neutro, riscos climáticos, energia renovável, descarte responsável, etc. Essas são as preocupações do momento.

Há uma busca aflitiva por profissionais que saibam lidar com as práticas do universo ESG. As empresas precisam ter acesso a esse palco para aparecerem bem no papel da sustentabilidade, da responsabilidade social e da governança para se tornarem um imã para investimentos. A meta e a moda agora é salvar o planeta!

Contudo, é preciso colocar as coisas nos seus devidos lugares. Para qualquer empresa, a prioridade são os clientes! Parece que queremos tratar bem o planeta antes de tratar bem o cliente! O cliente deve ser prioridade para sobrevivência da empresa!

Então, antes de salvar o planeta, as empresas têm de colocar como prioridade salvar o cliente, manifestamente insatisfeito (72%), mergulhado e perdido que está no mar poluído pelos dejetos e resíduos tóxicos do desrespeito, do descumprimento de promessas, das vendas mal feitas, dos atrasos, das recusas em face de produtos com defeitos, dos problemas não resolvidos, das tarifas abusivas, somados ao lixo calcinado dos atendimentos mecânicos, impessoais, insensíveis, dissimulados, robotizados, desumanos, padronizados, ineficazes e, pior de tudo, plastificados para serem inapeláveis.

Esses são os reais problemas das empresas e resolver tais problemas deveria ser a prioridade das prioridades, com investimentos em se construir uma unidade filosófica, em preparo e formação de funcionários, com novos paradigmas de liderança e numa busca obsessiva para se atingir um padrão de excelência em serviços.

ESG precisa, antes, significar Excelência para a Satisfação Garantida.

Mas então não devemos nos preocupar com o planeta? Sim, é claro que devemos. E está mais do que na hora das empresas se preocuparem com os temas de sustentabilidade, inclusão e transparência. Não há dúvida disso, porém não como prioridade número um. Esse lugar deve estar ocupado pelo cliente. Não podemos inverter a ordem.

Quem vai tomar conta do cliente? Afinal de contas, é o cliente que paga a conta, todas as contas, inclusive essa, da sustentabilidade.


*Paulo Cesar Silva é consultor de empresas na área de gestão de serviços e excelência na satisfação do cliente da Mais Cliente e Professor da ESPM.

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Como a transformação digital se relaciona com o conceito de ESG?

Por Fernando Brolo

Fernando Brolo – Sales Partner na logithink.

Com o passar dos anos, a transformação digital tem tornado-se uma necessidade básica para todas as empresas. Investir em soluções tecnológicas, seja para automatizar processos operacionais ou para aprimorar o desempenho das equipes, é tão crucial que pode definir, até mesmo, o êxito das companhias no atual cenário, marcado pelo alto investimento em inovação com o intuito de aperfeiçoar processos e captar a atenção de um público cada vez mais exigente.

Ainda neste contexto de jornada digital, ganhou proeminência também o conceito de ESG (Meio Ambiente, Social e Governança, em tradução livre), indicador que avalia as empresas de acordo cos seus impactos nesses três eixos da sustentabilidade. As mudanças constantes no perfil do público, bem como da sociedade em geral, vêm pressionando as empresas a adotarem ações inéditas no desenvolvimento de seus serviços e produtos. Com isso, a transformação digital e o ESG assumiram o topo das discussões sobre novos modelos de gestão.

Como transformação digital e ESG se conectam

A jornada digital é uma evolução necessária no mercado corporativo, não há como negar. Afinal, a adoção de ferramentas tecnológicas capazes de aprimorar a execução de processos, melhorar entregas e facilitar a integração entre sistemas e equipes, é crucial para que as empresas se adaptem melhor às rápidas mudanças de cenários e target, além de ajudar na construção de culturas organizacionais voltadas à inovação e com perspectivas mais abrangentes sobre o seu real papel na sociedade.

No entanto, as cobranças recentes têm demonstrado que apenas a adoção de novas tecnologias não é suficiente. É preciso também se preocupar com outras questões como social, de governança e ambiental. Ou seja, essas demandas precisam estar alinhadas e inseridas na jornada digital das companhias, para produzirem resultados efetivos, de fato, satisfazendo, assim, as expectativas dos seus clientes.

A conexão existe porque a transformação digital busca otimizar a execução dos processos e aperfeiçoá-los, enquanto que o ESG visa compreender exatamente qual é o negócio das empresas, de que forma elas impactam o mundo e atendem às necessidades da sociedade. Dessa forma, cria-se, portanto, um interesse mútuo de atender as expectativas do público, seja por meio de novas experiências ou pela atenção atribuída a temas que os clientes julgam importantes.

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Benefícios da digitalização para o ESG

A digitalização de processos sofreu grandes mudanças nos últimos anos. A partir do surgimento de soluções tecnológicas de automação e análise de dados, por exemplo, as empresas conseguiram aprimorar toda a cadeia de produção, mantendo a qualidade e ganhando mais agilidade na execução de processos. Com isso, a tomada de decisões foi maximizada, uma vez que passou a se basear na análise dos dados disponíveis nos sistemas internos das organizações, alimentados em tempo real.

Todavia, para além da tomada de decisões, as tecnologias digitais permitiram aos gestores personalizar os processos para oferecer ao público itens exclusivos e inovadores, sem precisar flexibilizar suas práticas sustentáveis. Ou seja, a digitalização de processos permite às companhias elevarem sua produção sem desrespeitar normas do ESG. Assim, essas empresas conseguem desenvolver serviços e produtos customizados sem gerar custos adicionais para o consumidor ou encargos para o meio ambiente, por exemplo.

A maior autonomia na cadeia de produção proporcionada pela digitalização se conecta diretamente com os principais objetivos do ESG, que são cuidar do meio ambiente; ampliar a responsabilidade social; e adotar melhores práticas de governança. E a tecnologia é a melhor aliada das empresas neste processo de transformação digital e adequação às normas e exigências do público.

O ESG é a próxima transformação corporativa e surgiu em resposta às necessidades da sociedade, que cobra das empresas uma atuação mais ativa na adoção de práticas sustentáveis contra problemas sociais que impactam a vida de todos. Neste sentido, a cobrança será ainda mais incisiva nos próximos anos e companhias que não se atentarem a essas questões poderão ter sérios problemas.

Assim como a jornada digital, o ESG é uma transformação necessária e que caminha junto à digitalização. Por isso, a conexão de ambos permite uma atuação cada vez mais estratégica e benéfica para as organizações e para a sociedade como um todo.

 

*Fernando Brolo é Sales Partner na logithink.

FONTE: IDEIACOMM

 

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Por que o conceito de ESG deve estar em pauta na sua empresa?

*Por Edson Pelicer 

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Edson Pelicer – Gerente de Infraestrutura e Projetos Comerciais na Arklok

O ato de inovar pode ser aplicado a diversos setores dentro de uma empresa. Em 2021, sem dúvidas, a transformação digital é um dos grandes exemplos que caminham nesse sentido, oferecendo possibilidades operacionais enriquecedoras, desde a automatização de processos à readequação de profissionais. No entanto, diante essa onda de tendências inovadoras, algumas novidades mostram-se ainda mais relevantes, afetando a relação das organizações com seus clientes e o próprio mercado.

Isso posto, o conceito de ESG (Environmental, Social and Governance) traduz com exatidão três pilares fundamentais para a saúde e integridade de qualquer companhia, independentemente do segmento em que ela se encontra atuante. Em tradução-livre, o termo corresponde a “meio ambiente, social e governança”. Não há como negar que são vertentes amplas, por isso, a importância de se aprofundar em meios de se deixar o campo teórico e aplicar práticas em sintonia com o mundo atual.

Avaliação interna em prol de diagnósticos precisos

No intuito de construir uma governança segura, funcional e orientada a princípios éticos, é preciso, inicialmente, olhar para dentro do negócio. Reconhecer pontos de melhoria, gargalos operacionais e ruídos de comunicação é um movimento bem-vindo e necessário, na medida em que demonstra ao gestor como e onde direcionar recursos, de forma assertiva e próxima à realidade da empresa.

Tomando como base esse ponto de partida, de diagnóstico e busca incessante pelo aprimoramento processual, fica muito mais fácil executar ações que provoquem os efeitos desejados. Atualmente, não existe governança corporativa sem Compliance, especialmente se tomarmos como parâmetro a nova abordagem, embasada legalmente, que todos devem atribuir à figura dos dados. Permanecer em sintonia com a legislação vigente, sob todos os aspectos, é uma missão a ser perpetuada pelo empresariado e demonstrada aos consumidores com frequência indispensável.

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Como sua empresa enxerga as pessoas?

Ao discutirmos o papel social de uma organização, é preponderante que coloquemos, no centro do debate, o componente humano, seja dos colaboradores, clientes ou da população em sua totalidade. Uma empresa alinhada com conceitos de ESG assume o vínculo simbólico de oferecer um ambiente organizacional de valorização das pessoas, com tratamentos responsáveis e políticas inclusivas. Vale destacar que relações humanizadas não significam pouco profissionalismo ou informalidade, mas o reconhecimento por parte das lideranças de que suas equipes são compostas por cidadãos, com direitos, hábitos e sentimentos.

Por outro lado, no que diz respeito à comunicação externa, posicionar-se em uma sociedade vai além de diferenciais competitivos, trata-se de cumprir uma civilidade que é natural a todas as empresas do país, sem distinções. Programas de caridade, educacionais, de formação técnica ou injeção de materiais que beneficiem determinados grupos são possibilidades a serem normalizadas pelos que compreendem o real impacto do ESG.

Meio ambiente é questão prioritária

O meio ambiente compõe um plano de fundo cuja importância é indiscutível para o Brasil e o mundo. Ignorar esse elemento constante no cotidiano empresarial não condiz com a consciência que todos nós esperamos encontrar em lideranças corporativas. Em outras palavras, conduzir operações sem se preocupar com os efeitos que serão provocados na natureza é, no mínimo, um hábito irresponsável.

Nesse sentido, é imperativo que as organizações demonstrem empenho em encontrar soluções capazes de provocar mudanças positivas, a exemplo da redução de gases poluentes, tratamento adequado a resíduos e modelos de reciclagem que, além de corresponderem a demandas sociais, trazem vantagens econômicas que não podem ser subestimadas.

Para concluir o artigo, volto a relatar o caráter de prioridade a ser empregado em iniciativas de ESG. Ao investir esforços nesses três espectros, o gestor deixa claro que não está alheio a questões relativas ao planeta e à população de nosso país, consolidando um posicionamento diferenciado em um mercado cada vez mais exigente quanto à cidadania prestada pelo meio empresarial.

 

*Edson Pelicer é Gerente de Infraestrutura e Projetos Comerciais na Arklok, empresa especializada em outsourcing de infraestrutura tecnológica.

FONTE: IDEIACOMM

 

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