brazil

Transações tokenizadas dobram no Brasil; especialista aponta modernização de pagamentos em crédito como tendência

Glauco Soares Filho, diretor de negócios e cofundador da RPE, destaca que tokenização traz eficiência operacional, segurança de informações financeiras, inclusão digital e consciência ecológica

O avanço tecnológico tem impulsionado mudanças significativas no setor financeiro e de pagamentos, apontando para um aumento nos casos de uso de tokenização de pagamentos. Segundo informações fornecidas pela Visa, em janeiro de 2023 houve um aumento significativo nas transações tokenizadas no país, que dobraram em comparação com o mesmo período do ano anterior. Essas transações agora representam mais de 20% de todas as operações realizadas com credenciais de empresas no cenário online global.

O setor bancário e o varejo como um todo tendem para um caminho digital, o que demonstra a gradativa descontinuidade dos cartões físicos. Para Glauco Soares Filho, diretor de negócios e cofundador da RPE, a tokenização é uma realidade para que as empresas ofertem o serviço, respeitando as barreiras sociais existentes diante da necessidade do uso de smartphones, também permitindo o uso de cartões de crédito físicos, ou seja, um modelo híbrido que atenda todos os públicos. “A modernização dos pagamentos em crédito é o caminho. Os meios físicos continuam existindo, se adaptando ao longo do tempo, de forma que a jornada vai ficando cada vez mais fluida. É um caminho sem volta. Por exemplo, agora eu não preciso sair de casa com minha carteira e posso usar meu celular para tudo o que eu preciso, desde pegar o Uber até pagar uma compra no supermercado ou almoçar, seja por meio da tecnologia de NFC, wallets ou mesmo a tokenização”.

Sobre a tokenização, Glauco explica que esse processo também traz eficiência operacional e segurança, substituindo números de cartões por tokens para reduzir riscos. Além disso, protege a privacidade do consumidor com a segurança necessária, auxilia com a conformidade para as normas, contribui para a redução de custos e consciência ecológica.

Os esforços e benefícios da tokenização de pagamentos são reforçados em momentos de acessos intensos a sites, aplicativos e pontos de venda, como datas comemorativas e comerciais, por exemplo. Somente no Natal do ano passado, a RPE registrou 4 milhões de transações. A capacidade máxima de processamento atingiu 1200 transações por minuto. Em relação à integração e interações com os sistemas, registrou-se um total de mais de 120 milhões de requisições API, com uma média de 789 requisições por segundo.

“Os períodos comemorativos costumam ter um número de vendas exponencial, então fazemos uma reunião com parte dos nossos clientes para, junto com a área de Tecnologia deles, entendermos o plano apresentado para o período, seja de monitoria, de time ou de canais de relacionamento. Esse é um ponto importante para garantir a eficiência no atendimento”, explica Glauco.

Uma pesquisa recente da Mastercard, realizada na América Latina, revela que, nos últimos anos, 77% dos consumidores realizaram transações eletrônicas, sendo os métodos de crédito e débito os mais prevalentes, tanto em ambientes online quanto em lojas físicas. “Atualmente, observamos a implementação de inteligência artificial em sistemas de pagamento. Ao contrário do passado recente, quando apenas empresas analisavam dados de forma estruturada, agora a inteligência artificial desempenha um papel crucial nesse processo”, explica.

Além disso, o diretor destaca a presença de retail media, publicidade voltada para ambientes de varejo, e uma abordagem altamente personalizada nos meios de pagamento para que seja possível oferecer experiências personalizadas para os usuários de forma escalada. Ele explica que a tendência é personalizar campanhas de forma assertiva, utilizando inteligência artificial e dados estruturados. “Isso se traduz na entrega de produtos financeiros e não financeiros específicos para cada cliente, levando em consideração volume de consumo, classe social e características regionais. Antigamente, os produtos financeiros eram mais padronizados e os dados estavam disponíveis, mas possuíam aplicabilidade limitada. Agora, a personalização é uma realidade que tende a se expandir a cada novo período. O uso da IA e a análise de dados estruturados são ferramentas fundamentais para entender o comportamento do cliente”.

No entanto, o processo de digitalização não ocorre sem desafios e obstáculos, como evidenciado nas discussões recentes entre especialistas do segmento. Segundo Glauco, este processo enfrenta resistências, principalmente em setores menos familiarizados com a tecnologia, como regiões com menor taxa de acesso à internet, incluindo grandes centros, e há uma necessidade de considerar a inclusão respeitando as diferenças sociais presentes no Brasil.

“É um desafio geracional, social e geográfico e temos que reconhecer que o varejo é para todas as pessoas. Precisamos ter a jornada adequada para cada modelo de negócio, do físico ao online, levando em consideração as características regionais do país sem forçar uma evolução que tire as pessoas do foco”, finaliza.

Sobre a RPE

A RPE – Retail Payment Ecosystem é uma empresa nacional criada em João Pessoa (PB), que desde 2015 tem atuado para oferecer um ecossistema de pagamento completo e orientado a potencializar negócios do varejo e garantir acesso ao crédito a quem mais precisa. Por meio de parcerias focadas em combinar o melhor da tecnologia, inteligência e produtos, a RPE conta com soluções de emissão e processamento de cartões, bank as a service e todos os serviços financeiros agregados necessários à operação, tudo em uma única plataforma.

Baseada em compromisso, empatia, transparência, confiança e lealdade, a entrega da RPE une as duas pontas – varejistas e seus consumidores – a um só objetivo: gerar crescimento e impulsionar vendas como parte de um movimento que também prioriza qualificar e empoderar famílias ao consumo de alimentos, moda e serviços. Entre os 70 clientes estão redes como Caedu, Grupo Pereira, Muffato, Pague Menos, Tenda Atacado e Oscar Calçados. Já são mais de 70 milhões de consumidores ativos, com cerca de 250 milhões de transações financeiras e mais de R$ 15 bilhões processados anualmente no ecossistema da empresa. Saiba mais em: www.rpe.tech/

8ª edição do Cyber Security Summit Brasil vai trazer o ser humano para o foco do debate sobre segurança cibernética

Conferência global de cybersecurity pretende reunir 700 pessoas para debater ransomware, phishing, genAI e regulamentações, assim como os impactos das ameaças na vida das pessoas, empresas e governos

O Cyber Security Summit Brasil, uma das mais importantes conferências globais sobre cybersecurity, anunciou os primeiros palestrantes e a abertura do primeiro lote de inscrições para o encontro de líderes e especialistas, que acontecerá nos dias 28 e 29 de outubro, no hotel Grand Hyatt, em São Paulo. A edição deste ano tem expectativa de atrair 700 participantes para debater o papel do ser humano como chave para uma cibersegurança efetiva.

Rafael Narezzi, especialista e idealizador da conferência, explica que o evento tem o foco de incentivar o diálogo entre profissionais, líderes de indústrias e especialistas em tecnologia para promover uma visão crítica e inovadora sobre as tendências atuais e futuras na cibersegurança, com foco no ser humano. “No ano passado, discutimos sobre a inteligência artificial e como ela impacta as decisões. Este ano vamos valorizar o ser humano, que é a peça-chave no que diz respeito à cibersegurança, pois é ele quem controla tudo, seja IA ou qualquer outra tecnologia. Sem o ser humano, nada funciona”, explica o chairman Rafael Narezzi.

A pesquisa “Cyber Security Summit Report”, realizada pela última edição do evento, revela que a falta de entendimento ou consciência sobre os riscos cibernéticos foi apontado como o principal desafio para a proteção de TI e OT em ambientes de grande porte por 52% dos entrevistados, reforçando que a criatividade e a intuição humanas são fundamentais para antecipar e responder a ameaças emergentes que ainda não foram catalogadas ou automatizadas pelas ferramentas de IA.

O Cyber Security Summit 2024 discutirá o contínuo desafio do ransomware como principal ameaça global, com grupos expandindo e diversificando suas operações em todo o mundo, assim como detalhes sobre estratégias para enfrentar essa ameaça.  Outro tema de destaque será a evolução da relação entre CISOs e CIOs nas empresas, enfatizando a importância de uma parceria eficaz para garantir a segurança.

Além disso, o evento vai incluir sessões especiais para examinar o impacto da IA e genAI na cibersegurança, com foco nas mudanças das táticas dos cibercriminosos, especialmente no ataque de phishing sofisticado. Também serão discutidos os efeitos do aumento do malware “Info Stealer”, com especialistas analisando seu uso crescente para roubo de informações sensíveis.

Outros tópicos abordados serão as novas regulamentações e normas de compliance na cibersegurança, bem como a adoção de tecnologias emergentes por pequenas e médias empresas para melhorar processos. Adicionalmente, workshops focarão no desenvolvimento de habilidades interpessoais dos CISOs, essenciais para comunicar riscos aos executivos. Temas adicionais incluirão segurança em nuvem, IEM e SOC, e segurança cibernética industrial.

Entre os palestrantes confirmados para esta edição, está Andrei Costin, professor assistente e palestrante em cybersecurity na Universidade de Jyväskylä, na Finlândia. Com especialização em segurança cibernética para IoT, firmware e privacidade digital, Andrei desenvolveu a ferramenta de recuperação de chaves de cartão MiFare Classic MFCUK, além de ser reconhecido por seus ataques práticos de ADS-B (BlackHat, 2012) e pela pesquisa em análise automatizada de firmware em grande escala (Usenix Security, 2014). O tema da sua apresentação será “Hackeando com satélites, aeroespacial, aviônica, marítimo, drones: colisão/exploração na velocidade do SDR”.

Chelsea Jarvie também está confirmada para o evento. Ela é CISO e consultora, com experiência em diferentes setores. Chelsea liderou equipes de segurança e programas de transformação e, atualmente, está finalizando seu doutorado na Universidade de Strathclyde, focado em verificação de idade online. Reconhecida em 2024 como uma das mulheres mais inspiradoras em cibersegurança e uma das principais CISOs do Reino Unido, Chelsea é defensora da diversidade digital e embaixadora STEM (sigla em inglês que denomina as áreas de Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática) desde 2012.

Desde 2017, o Cyber Security Summit Brasil é considerado referência em conteúdo exclusivo e networking para o setor de cybersecurity, atraindo, anualmente, uma audiência composta por CEOs, CIOs, CISOs, CTOs, CROs, representantes governamentais, diretores, gerentes, analistas de TI, especialistas em segurança e tecnologia. Para mais informações e inscrições, acesse: https://www.cybersecuritysummit.com.br.

Brasil avança em agenda de transformação ecológica e impulsiona mercado de serviços em ESG

Novo estudo ISG Provider Lens™ revela avanços no mercado de soluções sustentáveis e a escassez de profissionais qualificados para enfrentar os desafios futuros

A temática de sustentabilidade e ESG nas organizações, combinada com a falta de conhecimento interno sobre uma implementação eficiente, originou um mercado de soluções e serviços de sustentabilidade que segue avançando no Brasil. O crescimento dos serviços em ESG no Brasil é tema do novo estudo ISG Provider Lens™ Sustainability and ESG (Environmental, Social, Governance), produzido pela parceria TGT ISG.

Segundo o relatório, os fornecedores de serviços e soluções de sustentabilidade enfrentarão a falta de profissionais qualificados em setores-chave, abrangendo desde estratégia de sustentabilidade até gestão sustentável de resíduos. A demanda por “green jobs” – trabalhos e ocupações que atuam diretamente com iniciativas de conservação e sustentabilidade – é prevista para exceder a disponibilidade de profissionais com as habilidades necessárias. Por este motivo, os fornecedores precisarão investir em programas de educação e formação para aprimorar as competências da força de trabalho.

Adriana Frantz, distinguished analyst da TGT ISG e autora do estudo, afirma que é possível observar um número significativo de fornecedores qualificados, indicando a forte competitividade do setor e o aumento das ofertas de sustentabilidade e ESG. Para manter a liderança nesse mercado, as empresas devem investir continuamente em inovação para criar produtos, tecnologias e modelos de negócios sustentáveis mais eficientes, enfrentando os desafios mais urgentes. “Os fornecedores precisam estabelecer uma ampla rede de parcerias e alianças, incluindo diversas organizações, como ONGs, agências governamentais e outras empresas, para desenvolver e implementar soluções de sustentabilidade com rapidez. Isso pode auxiliar as empresas a alcançarem um público mais extenso e a criar soluções mais eficientes.”

Em 2023, o Brasil se tornou o primeiro país a adotar as normas do ISSB em sua regulação. Em outubro, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) lançou a Resolução CVM 193, uma iniciativa inovadora. A partir de 2024, companhias abertas, fundos de investimento e companhias securitizadoras podem, voluntariamente, apresentar relatórios financeiros sustentáveis, seguindo o padrão internacional (IFRS S1 e S2) do International Sustainability Standards Board (ISSB). A obrigatoriedade dessa adoção se inicia em 2026, exigindo também auditoria independente para validar as divulgações necessárias pelas IFRS S1 e S2. Essa medida implica na implementação de novos processos, controles internos e investimento na capacitação de profissionais para atender às regulamentações.

Em 2025, o Brasil sediará a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-30), uma oportunidade para liderar a diplomacia ambiental de países em desenvolvimento e organizações da sociedade civil ao fortalecer a agenda climática. A indústria da sustentabilidade deve crescer, impulsionada por mudanças regulatórias e reconhecimento crescente de que os fatores ESG são fundamentais ao desempenho corporativo e de investimento. O relatório explica que, diante disso, fornecedores intensificaram investimentos para expandir serviços, aumentar capacidades e estabelecer parcerias estratégicas.

“O crescimento do tema ESG está evidente em todos os lugares. Investidores, bancos e empresas firmaram uma série de alianças, comprometendo-se a reduzir suas próprias emissões de carbono e as de seus portfólios. Esse crescimento tem impulsionado o financiamento de desenvolvimentos e melhorias em métodos de produção mais limpos, cadeias de suprimento sustentáveis, padrões de consumo de empresas responsáveis e, de maneira geral, mudanças de comportamento em direção à sustentabilidade empresarial”, explica a autora.

De acordo com o relatório, as empresas enfrentam desafios na priorização e comunicação eficiente de ações de ESG, devido à complexidade. Outra questão surge na medição imprecisa de ESG, com empresas e consultorias oferecendo classificações, amplamente utilizadas por investidores e acadêmicos. A dificuldade em vincular o desempenho ESG ao financeiro e o debate sobre o impacto nas empresas, que podem preferir externalizar custos, como poluição, são pontos centrais, dada a complexidade da relação, que pode variar dependendo das dimensões avaliadas ou de fatores externos.

“Embora a sustentabilidade e o ESG tenham se tornado mais populares, ganhando tração dentro das organizações, a implementação de uma estratégia sustentável ainda é repleta de dúvidas e desafios. Muitos executivos acreditam que ações simples, como a divulgação de um relatório de sustentabilidade, são suficientes e se frustram quando não conseguem obter resultados dessa forma”, finaliza Adriana.

O relatório ISG Provider Lens™ Sustainability and ESG 2023 para o Brasil avalia as capacidades de 81 fornecedores em cinco quadrantes: Strategy and Enablement Services, Technology Solutions and Implementation Services – IT, Technology Solutions and Implementation Services – OT, Data Platforms and Managed Services e Rating and Benchmarking Services.

O relatório nomeia Accenture, IBM e Wipro como Líderes em quatro quadrantes cada, enquanto Capgemini, Deloitte, EY, PWC e SAP são nomeadas como Líderes em três quadrantes cada. EcoVadis, KPMG, Siemens e WayCarbon são nomeadas Líderes em dois quadrantes cada, enquanto Agrotools, Bain & Company, BCG, Bloomberg, CDP, DEEP, ESG Book, FactSet, ISS ESG, LSEG Data & Analytics, Moody’s ESG, MSCI, S&P Global e Sustainalytics são nomeadas Líderes em um quadrante cada.

Além disso, a Schneider Electric é nomeada como Rising Star — uma empresa com um “portfólio promissor” e “alto potencial futuro” pela definição do ISG — em dois quadrantes, enquanto GreenPlat, RepRisk e TIVIT são nomeadas como Rising Stars em um quadrante cada.

‘A limitação do futuro digital não é tecnológica, mas ética’, diz autor de livro sobre o legado da tecnologia digital no mundo

Durval Jacintho é Engenheiro Eletrônico e Mestre em Automação Industrial; tem mais de 37 anos de carreira e compartilha impressões sobre transformações tecnológicas, ética, responsabilidade e complexidades humanas

Entusiasta da tecnologia, da transformação e do futuro digital, Durval Jacintho é consultor sênior de tecnologia digital e telecomunicações. Engenheiro Eletrônico e Mestre em Automação Industrial, ele também tem MBAs no currículo e profundo conhecimento técnico e tecnológico, voltando-se diversas vezes para a inovação. Com tanto para compartilhar, Jacintho participa ativamente de uma agenda para desenvolver estratégias e soluções tecnológicas para empresas, a fim de assegurar a conformidade organizacional e a implementação das melhores práticas de governança corporativa. Também é uma referência quando o assunto é inteligência artificial.

Para ele, é importante que todos conheçam o universo da tecnologia, pois “hoje utilizamos diversas delas, principalmente via internet, mas nem sempre sabemos sobre a infraestrutura, qual foi o esforço para chegar até aqui e quem criou tudo isso”. Jacintho diz que, dessa forma, também é possível avaliar o custo-benefício das tecnologias para as empresas, funcionalidades, aplicações e riscos de utilização.

Ele cita, por exemplo, o uso da Inteligência Artificial Generativa pelas empresas. “Pela grande capacidade de gerar dados, imagens, áudios e vídeos, a cada dia vemos novas ferramentas e aplicativos de IA, como se fosse uma corrida ao ouro do século XXI das empresas startups e big techs”, comenta Jacintho, acrescentando que a Inteligência Artificial também é responsável por movimentar diversos setores da economia e tem o potencial de colocar mais empresas de tecnologia entre as de maior valor de mercado, mencionando a líder Apple, que alcançou o valor recorde de três trilhões de dólares.

Aliás, de acordo com uma pesquisa do Observatório Febraban, feita pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE), o avanço da Inteligência Artificial tem gerado o medo do desemprego para 43% dos brasileiros. Para pessoas na faixa etária entre 18 e 26 anos, da geração Z, que trabalham com tecnologia, programação e internet, a porcentagem é ainda maior: 52%. De acordo com o estudo, eles estão preocupados que a atividade em que atuam passe a ser realizada por robôs.

Mas, para Durval Jacintho, isso está longe de acontecer. “O mundo não vai se transformar abruptamente com essa nova tecnologia de propósito geral, tal como ocorreu com as antecessoras, a máquina a vapor, a eletricidade e a microeletrônica. A universalização da adoção requer tempo, treinamento e recursos, como ocorreu com o celular e a internet. Então, empregos serão transformados e o ser humano sempre estará no comando”, defende ele, cuja preocupação volta-se mais ao uso ético da tecnologia, principalmente após a chegada e o uso das redes sociais.

“A ética é fundamental em qualquer campo e na tecnologia não é diferente. Eu digo que a ética é o limite da tecnologia. A privacidade na nova era da tecnologia digital é uma preocupação real, porque as pessoas passaram a se expor mais, seja por vaidade, necessidade de pertencimento a um grupo de afinidade ou por solidão na vida íntima. Isso leva a um risco muito alto de exposição de dados pessoais e dá grande poder às big techs, donas das plataformas de redes sociais”, comenta. A fala de Durval Jacintho vai ao encontro de uma pesquisa recente da ElectronicsHub, que mostrou que o brasileiro passa, em média, 22,37% do dia conectado às mídias sociais, como Instagram, TikTok e outras.

“Por isso surgiram as leis de proteção de dados, como a LGPD no Brasil. Já tivemos escândalos de violação de privacidade com multas milionárias, como ocorreu com a da Cambridge Analytica, que coletou, sem autorização, dados pessoais de 87 milhões de usuários do Facebook e os usou para a divulgação direcionada de propaganda política na campanha eleitoral de Donald Trump em 2016”, comenta o engenheiro, complementando que, com a inteligência artificial, “até o direito à privacidade dos mortos passa a ser questionado, como na polêmica propaganda da Volkswagen sobre a Kombi com a Elis Regina, revivida com ajuda da IA, e sua filha Maria Rita.”

Para Jacintho, entretanto, a tecnologia digital é capaz de provocar experiências afirmativas também. “A mais positiva é a possibilidade de conexão de pessoas, em qualquer lugar do mundo. Com as redes satélites levando internet globalmente, ninguém está mais isolado. Além disso, ela pode contribuir, por exemplo, para a agenda ESG quanto à prevenção de incidentes ambientais e otimização de áreas agrícolas. No social, podemos destacar as novas formas de trabalho, pois sem tecnologia não teríamos trabalhado na pandemia; a produtividade e otimização do tempo das pessoas, com a semana de 4 dias já sendo uma realidade; e a medicina, que só aumenta a expectativa de vida das pessoas. Na governança, temos as inúmeras informações de gestão, monitoração e controle que a ciência de dados possibilitou”, explica Durval que, contudo, considera a forma mais perigosa do uso da tecnologia acontecendo em uma guerra. “Amplia-se a capacidade de destruição, que já não é pequena.”

Livro discute transformação digital e complexidades humanas

Para defender todas essas ideias e debater questões sobre inteligência artificial, transformação digital e complexidade humana, Durval Jacintho escreveu o livro “Eu Mudei o Mundo – A Tecnologia Digital em Análise”, lançado pela Editora Laços. “Há muito tempo eu sonhava em escrever sobre transformação digital, mostrando a história das tecnologias e impactos no mundo atual. Mas eu queria algo que não fosse somente para técnicos ou profissionais da área, então me inspirei no romance ‘O mundo de Sofia’, de Jostein Gaarder, que fala de filosofia para adolescentes utilizando uma ficção. Assim, contei a história da tecnologia usando uma robô humanoide, a professora DigTec, que se apresenta como representante da tecnologia. Minha personagem é uma criação futurista da inteligência artificial, totalmente autônoma e com grande conhecimento e capacidade de argumentação, ela é singular. Entretanto, entra em crise existencial ao ser programada para lidar com sentimentos humanos, o que a tornaria mais empática em seu trabalho. Para se tratar, DigTec recorre à psicoterapia”, explica o autor.

De acordo com Jacintho, a obra “destina-se a estudantes e pessoas que procuram compreender as tecnologias digitais desenvolvidas a partir da Terceira Revolução Industrial. Também dialoga com profissionais do setor que buscam se atualizar sobre o legado da tecnologia digital em relação aos avanços e o futuro das relações sociais, as formas de trabalho, consumo, os mecanismos de poder e impactos econômicos e ambientais.”

“O livro tem três objetivos principais: explicar aos leigos o que são essas tecnologias, suas histórias e criadores; refletir sobre os impactos positivos e negativos delas nas nossas vidas, os limites da tecnologia e as questões éticas envolvidas e, por fim, discutir questões como: a inteligência artificial vai dominar o mundo? Um robô pode lidar com sentimentos humanos? Quem são os responsáveis pelas externalidades negativas da tecnologia?”, finaliza Jacintho.

TGT e ISG vão reconhecer as melhores empresas fornecedoras de tecnologias de 2023 do Brasil em cerimônia de premiação

Evento também deve anunciar resultado do prêmio Paragon Awards 2023, que reconhecerá os melhores cases de tecnologia da América do Sul

No próximo dia 9 de novembro, a TGT e a ISG devem reunir, em São Paulo, executivos das principais empresas fornecedoras de tecnologias para a 6ª edição do ISG Provider Lens™ Awards Ceremony, evento global que reconhece as companhias líderes no mercado de fornecimento de serviços de tecnologia. A cerimônia segue a agenda do ISG (Information Services Group) global de premiações que acontecem de forma sequenciada em países como Estados Unidos, França, Alemanha, Brasil, Londres e Austrália.

Nesta edição, serão entregues um total de 121 prêmios. Entre as empresas listadas, estão: Accenture, AeC, Algar Tech, Aoop, Ascenty, Assesso, AWS, Best.Projects, Brivia, BRLink, BRQ, Darede, dataRain Consulting, DXC Technology, Edge UOL, EVEO, Extreme Group, G&P, GhFly, HVAR Consulting, Ingram Micro, Inmetrics, inov.TI, IPsense, ISH, Iteris, Kaspersky, Lattine Group, Logicalis, MadeinWeb, Movti, NTT Ltd, Objective Group, OSF Digital, Prime Control, Qualiserve, Scala Data Centers, Skymail, Sofist, Spassu, ST IT Cloud, Takoda Data Centers, TIVIT, T-Systems, Under, Unisys, V8 Tech, Valtech e Vericode.

Além das empresas líderes, também será anunciado o resultado do prêmio Paragon Awards 2023, que acontece pela primeira vez na América Latina, reconhecendo os melhores cases de tecnologia. O Paragon Awards vai destacar a evolução da indústria de serviços de tecnologia, com foco na aplicação de novas abordagens de serviços e tecnologia digital, como o uso de automação, soluções cognitivas e inteligência artificial.

Entre as empresas finalistas na categoria Excelência na América do Sul, estão a Kyndryl com um case de um renomado fabricante de automóveis, a Megawork Consultoria com um case de um grande varejista no Brasil, a MIGNOW com um case de uma empresa financeira de renome que oferece serviços e soluções bancárias, a T-Systems do Brasil com um case de um renomado fabricante de veículos, e a senhasegura com um case de uma empresa farmacêutica líder de mercado. Na categoria Inovação, estão a Monitora Soluções Tecnológicas com case de uma grande cadeia de hotéis e apartamentos, a Prime Control com case de uma empresa centrada na moda e na tecnologia, a Teleperformance com case de um proeminente grupo varejista, a Vericode com case de uma empresa brasileira de infraestrutura do mercado financeiro, e a Teltec Solutions com case de um ativo fornecedor de soluções alimentícias.

Já categoria Transformação estão as empresas Enkel TI com case de uma importante empresa do setor de alimentos, o Grupo FCamara com case de uma distribuidora e atacadista de produtos alimentícios, a Spassu com case de uma estatal brasileira de petróleo e gás, a Logicalis com case de uma empresa de inteligência de dados, e a Dedalus com case de uma empresa de tecnologia e serviços de saúde. Na categoria Sustentabilidade Ambiental estão as empresas ST IT Cloud com case de uma multinacional da área farmacêutica e de ciências da vida, a TIVIT com case de uma empresa líder em agronegócios e alimentos, Yaman com case de um fornecedor abrangente de vantagens e benefícios, a Darede com case de uma empresa de soluções de energia.

Vânia Moralez, Head of Sales da TGT powered by ISG, explica que, para esta edição, o objetivo foi buscar cases que trouxessem novas soluções às demandas do mercado e que reforçassem as parcerias entre clientes e fornecedores, ajudando a impulsionar os negócios em escala e ao longo do tempo. “A avaliação explorou as motivações e desafios para as empresas, bem como a criatividade e inovação da solução e o impacto para o negócio”. O corpo de jurados para os cases da América do Sul foi composto por grandes nomes do mercado, como Tatiana Medina, diretora de TI e Digital da Mills e presidente do conselho consultivo CIONET; Ricardo Guerra, CIO do Itaú Unibanco; Denis Caldeira de Almeida, Board Member no Grupo Cimed; e Renata Marques, CIO Latin America na Natura &Co.

Além das premiações, o evento contará ainda com a realização da segunda edição do ISG Provider Lens™ Insight Forum, no qual consultores e analistas da TGT e ISG apresentarão tendências do mercado de serviços de TIC e do posicionamento de tais fornecedores, com informações oriundas das pesquisas ISG Provider Lens™ e das interações de consultoria com empresas clientes nos últimos 12 meses. A programação contará com seis sessões de 45 minutos cada, abordando os tópicos mais relevantes do momento, como Salesforce Ecosystem Partners, com Mauricio Ohtani; Multi Cloud and Private/Hybrid Cloud, com Pedro Maschio; Cybersecurity Solutions & Services, com David Pereira; Roundtable AWS, Oracle, Microsoft and Google Ecosystem Partners, com Adriana Frantz, Cristiane Tarricone e Mauricio Ohtani; Generative Al & Analytics, com Marcio Tabach; SAP Ecosystem Partners, com Pedro Maschio.

A TGT Consult é a empresa responsável pela realização e produção dos estudos ISG Provider Lens™ no Brasil desde 2018, quando os estudos passaram a incluir o Brasil no radar de análises globais de fornecedores de tecnologias. A parceria TGT e ISG, apenas em 2023, conduziu 20 pesquisas ISG Provider Lens™ focadas no mercado brasileiro, cobrindo um amplo espectro de serviços de TIC e centenas de fornecedores.

Nova ferramenta de testes da Prime Control garante a proteção de dados e segue as normas da LGPD

A solução TDM (Test Data Management) é utilizada por testadores e desenvolvedores para gerar dados descaracterizados e testar sistemas de forma eficiente

A qualidade dos dados de teste é fundamental para garantir a integridade e a cobertura necessárias nos testes de software, porém a geração desses dados é uma atividade desafiadora e, muitas vezes, os testadores não possuem tempo suficiente para gerá-los de forma eficiente. Neste contexto, uma solução encontrada pela Prime Control, empresa brasileira especialista em desenvolvimento e testagem de software, foi o Test Data Management (TDM).

O TDM gera dados sintéticos considerando as características de uma massa real, permitindo também aplicar técnicas de mascaramento e criptografia. Essa massa de dados de testes é utilizada para testar os softwares e sistemas de forma consistente, com ampla cobertura e de forma segura. O especialista em Teste de Performance e BI na Prime Control, Rafael Boaventura Bomfim, esclarece que esses dados sintéticos simulam dados reais de produção e, para isso, eles devem estar completos e devidamente formatados.

“Não se trata de um robô único que serve para todo mundo. Direcionamos a solução para o cliente, personalizamos a solução para cada necessidade, entramos no negócio e entendemos o problema. A partir disso, transformamos isso em uma solução nossa. A automação gera a massa de dados que o cliente precisa”, explica Rafael.

Segundo o especialista, essa automação aumenta a velocidade com que os softwares são entregues e garante uma melhor qualidade do produto. Testes mais precisos e abrangentes podem identificar potenciais problemas antes da implantação do sistema, reduzindo o tempo e os custos associados a correções de erros após o lançamento.

A solução pode ser usada, por exemplo, por bancos e instituições financeiras para testar sistemas de forma eficiente. O TDM disponibiliza dados realistas que refletem as características do ambiente de produção e permite que os usuários customizem cenários de testes específicos. Isso permite que as equipes de teste simulem diversas situações, como transações de clientes, de forma controlada.

Além disso, a solução protege dados sensíveis, garantindo a proteção das informações durante os testes de software e evitando violações de privacidade. A gestão dos dados obedece a uma série de regulamentações, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). “Uma vez que a gente faz o entendimento do processo, é muito importante seguir o compliance da empresa. Por isso, a gente trabalha em parceria com o cliente para seguir com rigidez essas normas”, destaca o especialista da Prime.

Fonte: Mondoni Press

Ataques de ransomware e técnicas de engenharia social são principais ameaças destacadas no último relatório da parceria TGT ISG

Brasil computa mais de 285 mil ataques cibernéticos em 2022; especialista adverte que abordagem estratégica é fundamental para continuidade dos negócios

No Brasil, a demanda por serviços e produtos de segurança cibernética está crescendo de forma significativa. O país ocupa a segunda posição na América Latina em termos de ataques cibernéticos, ficando atrás apenas do México. Segundo dados do Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (CERT), os ataques cibernéticos tiveram um pico em 2020 e apresentaram uma queda no ano seguinte, mas voltaram a crescer em 2022. O Brasil registrou um aumento de 21% nas tentativas de ataques cibernéticos no segundo semestre de 2022, e o ano passado computou mais de 481 mil ataques no país.

A nova versão do estudo ISG Provider Lens™ Cybersecurity – Solutions and Services, produzida pela parceria TGT ISG, revela que o mercado de fornecedores de segurança cibernética no Brasil evoluiu, uma vez que as empresas precisaram adaptar sua abordagem de segurança e a arquitetura de suas soluções para melhor atender às crescentes necessidades dos clientes em relação à segurança de última geração. De acordo com o relatório da TGT ISG, há uma tendência em tecnologias de gerenciamento de identidade e acesso (IAM), detecção e resposta estendida (XDR), serviços técnicos de segurança cibernética e consultoria e serviços de segurança gerenciados (MSS).

“Atualmente, organizações no Brasil e no mundo enfrentam diversos desafios de segurança cibernética, incluindo ataques de ransomware, técnicas de engenharia social e ameaças internas”, revela David Pereira de Paulo, distinguished analyst e autor da TGT ISG. “Não basta mais apenas atualizar o antivírus para garantir a segurança da informação. É necessário adotar uma abordagem mais ampla e estratégica para enfrentar esses desafios”.

O especialista enfatiza que, para gerenciar com eficiência os riscos de segurança cibernética, as organizações devem se manter atualizadas com as últimas tendências e tecnologias em MSS e investir nas soluções e conhecimentos necessários para proteger seus sistemas e dados. “A cibersegurança é uma questão estratégica para garantir a continuidade dos negócios e a confiança dos clientes. É essencial estar preparado para enfrentar as ameaças e minimizar os impactos dos ataques”, afirma o autor.

Leia também:

O modelo “as-a-Service” do cibercrime está alimentando os ataques ransomware

No Brasil, as novas ameaças destacadas no relatório são o aumento dos ataques baseados em dispositivos da Internet das Coisas (IoT) e os ataques à cadeia de suprimentos. Dispositivos IoT podem ser vulneráveis e atraentes para cibercriminosos, e para se proteger, as empresas devem garantir segurança adequada para esses dispositivos. Já os ataques à cadeia de suprimentos visam fornecedores terceirizados para obter acesso às redes dos clientes, o que pode ser especialmente perigoso para organizações que dependem muito de parcerias externas.

Além disso, o estudo indica que, diante dos ataques crescentes, as empresas se deparam com inúmeros obstáculos no processo de proteção contra tais ameaças. “Erro humano é um ponto crítico a ser abordado”, adverte David. Os funcionários muitas vezes se tornam um elo fraco nas defesas de segurança cibernética. “Clicar inadvertidamente em e-mails de phishing, utilizar senhas fracas ou cair em golpes de engenharia social são situações comuns que podem comprometer a segurança”, destaca ele. Para enfrentar esse risco, as empresas devem fornecer treinamento de conscientização em segurança aos funcionários e implementar políticas e procedimentos rigorosos.

As restrições orçamentárias também se apresentam como um desafio para muitas organizações. “As soluções de segurança cibernética podem ser onerosas e isso dificulta a alocação suficiente de recursos”, afirma David. Essa limitação financeira pode impedir o investimento em novas tecnologias e a contratação de profissionais especializados em segurança cibernética.

De acordo com dados da pesquisa “2023 Cybersecurity Buyer Behavior Study” da ISG, ataques de phishing foram reportados por 89% das empresas com orçamentos menores de segurança cibernética, contra 65% em empresas com no mínimo 1% do orçamento voltado para cybersecurity. O mesmo pode ser observado no caso de malwares ou vírus, com 73% das empresas reportando ataques deste tipo em menores orçamentos, contra 53%.

Mesmo assim, a pesquisa aponta que a alocação eficiente de recursos é mais importante do que apenas aumentar o orçamento de cibersegurança. Com base no processo de pesquisa e entrevista com executivos e representantes das empresas, foi possível entender que organizações com menor orçamento concentram decisões no CIO e CISO, enquanto aquelas com maior orçamento descentralizam as decisões para outros líderes. Isso revela que as organizações com menor investimento em cibersegurança e, consequentemente, mais incidentes precisam reavaliar sua abordagem organizacional em relação à cibersegurança, em vez de apenas olhar a perspectiva de gastos.

Leia também:

Setor Financeiro é o segundo mais atingido por ataque de ransomwares

O relatório ISG Provider Lens™ Cybersecurity – Solutions and Services 2023 para o Brasil avalia as capacidades de 79 fornecedores em seis quadrantes: Identity & Access Management (IAM), Extended Detection & Response (XDR), Security Service Edge (SSE), Strategic Security Services, Technical Security Services e Managed Security Services – SOC.

O relatório nomeia a IBM como Líder em quatro quadrantes, enquanto a Accenture, ISH e Logicalis são indicadas como Líderes em três quadrantes cada. Agility, Broadcom, Capgemini, Deloitte, Microsoft, NTT Ltd. e PwC são nomeadas Líderes em dois quadrantes cada, enquanto Cato Networks, Cirion, Cisco, CrowdStrike, Edge UOL, E-TRUST, EY, Forcepoint, Kaspersky, Netskope, Okta, OpenText, Palo Alto Networks, RSA, senhasegura, Stefanini, Trend Micro, T-Systems, Unisys, Versa Networks, VMware, Wipro e Zscaler são nomeadas Líderes em um quadrante cada.

Além disso, Claranet, Fortinet, HPE (Aruba), Kyndryl, NTT Ltd. e OpenText são nomeadas como Rising Stars – empresas com um “portfólio promissor” e “alto potencial futuro” pela definição do ISG – em um quadrante cada.

Versões personalizadas do relatório estão disponíveis na ISH, Kaspersky e T-Systems.

https://www.ish.com.br/ish-eleita-lider-de-mercado-pela-quarta-vez-consecutiva/

https://go.kaspersky.com/isg-eng.html

https://www.t-systems.com/br/pt/security/gated-content/whitepaper-cybersecurity-solutions-and-services-brazil-2023

Fonte: Mondoni Press

Newly, o seu portal de tecnologia.

Compliance, Inteligência Artificial e uma abordagem colaborativa para cibersegurança no Brasil

Especialista em Risco & Compliance garante que as melhores práticas em segurança da informação são um grande aliado da TI na busca por divisas e para desengavetar projetos

Compliance é a série de medidas e regras que as corporações implementam e devem seguir para estar em compliance com um framework, e colaboraram para a mitigação dos riscos. Esses riscos podem incluir questões regulatórias, tributárias, trabalhistas, concorrenciais e reputacionais, mas são principalmente os riscos de integridade do negócio, relacionados a fraudes, corrupção e criminalidade, que demandam ações por parte das empresas. Também precisamos considerar que na medida em que a tecnologia avança, como a Inteligência Artificial, novos cenários precisam ser projetados.

“A aplicação das melhores práticas de segurança em mercados não tão maduros, como é o caso do brasileiro, é um grande desafio a ser superado. Os CISOs (Chief Information Security Office) ou responsáveis pela segurança da informação nas empresas, sabem que nem sempre são prioridade na divisão do orçamento das companhias, e por mais que todos saibam a importância da segurança da informação, em tempos de cintos cada vez mais apertados, muitas vezes seus projetos não viram prioridade”, avalia Isabel Silva, especialista em Risco & Compliance e diretora de Novos Negócios na Add Value Security.

Mesmo assim, as empresas brasileiras já deram um passo importante em direção ao compliance. A consultoria Deloitte e a Rede Brasileira do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) realizaram uma pesquisa, divulgada no fim 2022, para avaliar como as empresas brasileiras tratam o compliance. A coleta de dados ouviu 113 empresas, 58% das quais com faturamento acima de R$ 500 milhões anuais (39% estão listadas em bolsa, e 17% contam com capital estrangeiro).

Leia também: Segurança corporativa: como garantir um ambiente saudável e seguro no trabalho remoto

Os números indicaram que 88% têm um setor interno que tem como atribuição comandar o compliance, e 37% possuem uma área específica para o tema. Entre as empresas ouvidas, 89% consideraram que o compliance melhorou os resultados financeiros (37% muito, 52% pouco), e 73% preveem ampliar investimentos.

“Na realidade compliance é um grande parceiro da TI e segurança da informação na busca por orçamento. Com as novas obrigatoriedades e regras que entram em vigência, projetos de segurança costumam ser desengavetados ou terem prioridades. Já passamos por várias regulações tais como a ISO 27001 (sistema de gestão de segurança da informação), a PCI DSS (padrão de segurança de dados para a indústria de cartões de pagamento) e a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), cada vez mais direcionados as melhores práticas  de segurança da informação,  e temos também tecnologias em pleno desenvolvimento como a Inteligência Artificial, por exemplo, que ainda ficam à margem das normativas, mas que futuramente podem ser contempladas em novas versões das normas. Logo, adaptações na arquitetura de cibersegurança deverão ser realizadas” explica Isabel.

Leia também: Mais de 10 milhões de senhas são vazadas mensalmente no Brasil, revela plataforma de cibersegurança

IA e Compliance

Os sistemas de aprendizado das soluções que utilizam IA,  estão preparar detectar discrepâncias em padrões, de usuários ou de redes. A IA pode ser usada de forma preditiva para monitoramento de riscos e analisar fluxos em tempo real de dados nas mais diversas atividades empresariais.

“A Tecnologia vem sempre como uma aliada. A Inteligência Artificial juntamente com a expertise humana, pode realizar grandes avanços no compliance e segurança da informação, tanto nos órgãos públicos, quanto em empresas privadas. Ainda que arestas tenham de ser aparadas, existe um potencial importante para melhorias no cenário das conformidades regulatórias, análise de impacto e fornecimento de alternativas”, salienta Isabel.

Fonte: Capital Informação

Newly, o seu portal de tecnologia.

Dia Mundial das Redes Sociais: Conexões e tendências de consumo são destaque para usuários

Estudo da Ecglobal revela que Instagram lidera como a plataforma mais acessada, enquanto TikTok se destaca na interação consumidor-marcas

No Dia Mundial das Redes Sociais, comemorado em 30 de junho, a Ecglobal, empresa do ecossistema Haus do Grupo Stefanini, apresenta os resultados de seu mais recente estudo “Conexões Autênticas que empoderam Marcas” Com uma amostra diversificada de 572 entrevistados de todas as regiões, classes e gêneros, o levantamento revelou dados interessantes sobre a expansão da conexão para marcas além do entretenimento.

A pesquisa abrangeu pessoas com idades entre 18 e 75 anos, refletindo a variedade de perfis presentes nas redes sociais. O estudo destacou a relevância do Social Commerce, com as redes sociais se tornando espaços informativos para aprendizagem, entretenimento e interação com marcas.

Dentre as plataformas mais acessadas, o Instagram lidera o ranking, sendo utilizado diariamente por 74%. O número sobe para 86% se considerado o acesso uma vez ao dia, com a Gen Z atingindo 92%. Em seguida, temos o Facebook, com 65% de acesso frequente, seguido pelo YouTube, com 64%. O TikTok também ganhou destaque, alcançando uma taxa de acesso de 42%, enquanto o Twitter registrou 33% de uso contínuo.

Leia também: 4 benefícios da Inovação tecnológica para as empresas

Os motivos que levam as pessoas a acessarem essas redes são variados. A manifestação de interesses em entretenimento, a conexão com o círculo mais próximo e a busca por conhecimento foram os principais fatores mencionados. O TikTok e o Instagram são as ferramentas mais utilizadas para essas conexões.

No universo dos influenciadores, o Instagram, o Twitter e o TikTok são os canais preferidos para acompanhá-los, com 39%, 36% e 33% de preferência, respectivamente. No entanto, é importante destacar que 20% dos entrevistados consideram que há um excesso desse tipo de conteúdo. A confiança nesses influenciadores também foi questionada, pois o fato de receberem pagamento para promover produtos pode comprometer a imparcialidade das recomendações.
Para o público de 60 a 75 anos, a questão da confiabilidade das notícias ainda é uma barreira no Facebook e no WhatsApp, de acordo com 78% dos entrevistados nessa faixa etária. Por outro lado, o TikTok se destacou na interação entre consumidores e marcas, graças ao formato de vídeos curtos e à variedade de conteúdo. Já o Instagram foi referenciado por sua exposição de produtos e serviços, bem como pela facilidade de contato com as marcas. O Twitter se destaca pela velocidade na divulgação de informações sobre lançamentos e promoções.

A interação online está diretamente relacionada às experiências com as marcas e à sensação de pertencimento. A qualidade dos produtos, o relacionamento próximo com as marcas e a sensação de participação foram os principais fatores motivadores para interagir e falar sobre marcas nas redes sociais, conforme relatado por 50%, 48% e 36% dos entrevistados, respectivamente.

Leia também: Inteligência artificial e humana: como essa combinação será fundamental para o sucesso dos negócios?

Além das redes sociais, as comunidades estão se tornando um novo espaço onde as pessoas sentem-se à vontade e encontram um canal seguro e confiável para expressar ideias, compartilhar perspectivas e ajudar a melhorar as coisas por meio de opiniões. Mais de 60% afirmam que a comunidade é um ótimo lugar para descobrir novidades e se conectar com pessoas do mesmo interesse.

Para mais de 40% dos respondentes a busca por opinião sincera e recomendações sobre produtos a partir da perspectiva dos consumidores reais está entre os motivadores de acesso. Metade da amostra, afirma que participar de comunidades online de marcas ajuda a adquirir conhecimento e obter informações verdadeiras.

“As redes sociais se tornaram uma poderosa ferramenta de aprendizado e entretenimento. A nossa rede proprietária adiciona uma nova camada a esse cenário, aproximando o diálogo e ouvindo atentamente a opinião dos consumidores sobre temas importantes através de suas comunidades temáticas. Acreditamos que as redes sociais têm um papel fundamental na construção de relacionamentos significativos e as comunidades chegam para conectar as marcas com seus consumidores e criar de oportunidades de negócios cada vez mais personalizadas.”, ressalta e Adriana Rocha, Co-CEO e fundadora da Ecglobal.

Sobre a Ecglobal

A Ecglobal é uma empresa brasileira que integra o Ecossistema Haus do Grupo Stefanini, com operações no exterior – países da América Latina e Estados Unidos -, e oferece uma plataforma colaborativa, com tecnologia própria, para criar comunidades e redes sociais que ajudem marcas e consumidores no engajamento, colaboração e cocriação de melhores produtos e experiências, a partir dos dados proprietários das companhias. Atualmente, a Ecglobal tem mais de 1 milhão de consumidores ativos em sua plataforma, sendo 600 mil no Brasil.

Fonte: DFREIRE Comunicação e Negócios

Newly, o seu portal de tecnologia.

Automação impulsiona as vendas de SAP no mercado intermediário, revela estudo TGT/ISG

Relatório ISG Provider Lens™ – Brazil SAP Ecosystem 2023 indica que programa RISE with SAP tem contribuído para projetos mais curtos, impulsionando vendas neste segmento

O uso de automação entre os clientes SAP está em constante crescimento, permitindo que os integradores de sistemas melhorem a produtividade e as margens de lucro. Essa tecnologia proporciona um crescimento da receita superior ao crescimento do número de funcionários equivalentes em tempo integral. Isso é o que indica o novo relatório ISG Provider Lens™ – Brazil SAP Ecosystem 2023, produzido pela ISG e distribuído pela TGT Consult.

Para os clientes que aguardam o upgrade para o SAP S/4HANA, a automação pode ser benéfica, reduzindo o tempo de implementação e os custos envolvidos. No entanto, embora o programa RISE with SAP tenha impulsionado o número de projetos, não necessariamente resultou em um aumento significativo na receita dos integradores de sistemas. Apesar disso, os principais integradores estão comprometidos em impulsionar o RISE with SAP em 2023, reconhecendo seu potencial e os benefícios que ele pode oferecer aos clientes.

No que diz respeito às implementações, o relatório indica que as greenfield, que envolvem a criação de novos ambientes, estão em crescimento, impulsionadas pela busca por inovação. O RISE with SAP tem contribuído para projetos mais curtos no ecossistema da SAP, impulsionando as vendas, principalmente, no mercado intermediário. Dos projetos realizados, 62% são greenfield (implementações em ambientes completamente novos) e 38% são brownfield (migrações de sistemas existentes).

Leia também:

+ Competição entre empresas não se dá apenas entre cadeias de suprimento, mas sim entre ecossistemas de fornecedores e clientes

“Algumas grandes contas consideram a abordagem lift-and-shift inadequada porque não agrega valor aos negócios. Essas empresas preferem uma avaliação de longo prazo para substituir um código personalizado por SaaS ou por novas aplicações personalizadas para agregar valor à modernização. As empresas podem até chegar a um ponto em que decidem reescrever tudo iniciando um novo design do negócio, uma abordagem de projeto greenfield, que se torna difícil de justificar”, comenta Pedro Bicudo Maschio, analista líder da ISG e autor do estudo.

Para o SAP S/4HANA Transformation Midmarket, a maioria dos projetos são greenfield, adotando a abordagem RISE with SAP para simplificar o gerenciamento do ambiente SAP após a implementação. “A maioria desses clientes estão atualizando ERPs concorrentes que usam tecnologias antigas de cliente/servidor e não podem ser executados na nuvem. Pelo menos três fornecedores de serviços neste mercado relataram ter uma meta de vendas específica para substituir antigos ERPs por RISE with SAP”, explica o autor.

Um destaque do relatório é a constatação de que muitos clientes têm dificuldade em compreender a vantagem do RISE with SAP, o que leva muitas empresas a adiarem a adoção do SAP S/4HANA na nuvem. “Essas empresas acreditam que todas as nuvens são iguais e não veem a necessidade imediata de migrar para o RISE with SAP. É interessante observar que aproximadamente três em cada quatro clientes de nuvem pública utilizam várias nuvens, pois gerenciar diferentes provedores de nuvem tem se tornado mais conveniente”.

Leia também:

+ Quatro tendências para o futuro das telecomunicações

Os estudos de caso de adoção do SAP revelam que 60% deles indicam benefícios relacionados a custos, enquanto apenas 8% relatam benefícios voltados para os negócios. Além disso, os estudos mostram que as soluções em nuvem se diferenciam em diversos aspectos, como custo, desempenho, segurança e ferramentas de automação.

“As grandes empresas adotam uma abordagem mais cautelosa ao migrar para o SAP S/4HANA, priorizando a conversão das lógicas e integrações existentes, a consultoria especializada para melhorar o desempenho do negócio e a qualidade dos resultados. Elas também valorizam a conversão automatizada da aplicação e a migração para a nuvem, demonstrando menos interesse no programa RISE with SAP”.

O relatório aborda também a escassez de mão de obra, relatada por muitos fornecedores. “O ambiente de trabalho, as oportunidades de treinamento, o bem-estar e o plano de carreira se tornaram fatores diferenciadores na atração de profissionais qualificados. No contexto brasileiro, a nuvem corporativa pode ser uma opção mais econômica do que a nuvem pública”, conclui o autor.

O relatório também examina como a Business Technology Platform (BTP) baseada em nuvem da SAP pode oferecer aos clientes mais opções de integração com aplicativos nativos da nuvem. Nos dias 01 e 02 de junho, aconteceu o SAP Sapphire 2023, evento global com especialistas, demonstrações e experiências ao vivo e contou com a presença de David Pereira de Paulo, analista líder da TGT/ISG.

O sistema BTP, que reúne dados e funções analíticas, foi destaque no evento. “Ela utiliza inteligência artificial e permite o desenvolvimento de aplicativos, automação e integração de ambientes. Além disso, possibilita aos clientes desenvolverem soluções de forma mais rápida”, acrescenta David.

Leia também:

+ LGPD incentiva melhores práticas na proteção de dados

O relatório ISG Provider Lens™ SAP Ecosystem 2023 para o Brasil avalia as capacidades de 44 fornecedores em quatro quadrantes: SAP S/4HANA System Transformation – Large Accounts, SAP S/4HANA System Transformation – Mid Market, Managed Application Services for SAP ERP e Managed Platform and Cloud Services for SAP ERP.

O relatório nomeia Accenture, Atos, Capgemini, NTT DATA, Softtek, T-Systems e Wipro como Líderes em três quadrantes cada, enquanto Infosys e Tech Mahindra são nomeadas como Líderes em dois quadrantes cada. BCI Consulting, Essence, IBM, Kyndryl, Megawork, MIGNOW, Numen, Stefanini e TIVIT são nomeadas Líderes em um quadrante cada.

Além disso, Globant, Meta, MIGNOW e T-Systems são nomeadas como Rising Stars – empresas com um “portfólio promissor” e “alto potencial futuro” pela definição do ISG – em um quadrante cada.

Versões personalizadas do relatório estão disponíveis na BCI Consulting, Exed Consulting, NTT Data e T-Systems.

Fonte: Mondoni Press