business agility

lucas-rodrigues-prime-robot

RH e Business Agility: por onde começar?

Lucas Rodrigues – Head of Sales and Marketing Operations da Prime Robot

*Por Lucas Rodrigues

Em resposta à transformação digital, o Business Agility, mindset capaz de mudar pessoas, cultura, valores e hábitos de uma empresa, tem conquistado cada vez mais espaço e destaque no mercado. O estudo “2020 The Business Agility Report”, da Accenture, certificou o conceito como uma tendência global. Pouco depois, na América Latina, um relatório publicado pela MIT Technology Review sinalizou o aumento da maturidade da Agilidade nas companhias.

Segundo o panorama “A Agilidade na América Latina”, o setor de Recursos Humanos (RH), considerado como suporte para a transformação necessária, representa apenas 14% das áreas que têm sido gradualmente agregadas na adoção da filosofia ágil. Diante deste dado, convido os gestores do setor a repensarem a seguinte questão: Será que as equipes têm usado suas habilidades com o foco na estratégia da empresa?

Se os desafios da companhia estão estacionados em processos burocráticos, com pouca participação e envolvimento de pessoas e equipes, é um sinal de alerta para  a necessidade de mudanças. É crucial que os gestores de RH reconheçam em que momento a empresa está, quais são as habilidades dos funcionários e entendam o momento certo de envolvê-los em novos desafios.

É preciso entender quais são os processos que podem ser otimizados e os “porquês” de fazer tais mudanças. Neste ponto, saliento que as companhias podem começar a introdução do Business Agility no RH por meio de ações e artifícios simples, como, por exemplo, implantando ferramentas de gestão de serviços, que auxiliam na inovação da forma de trabalho, na adaptação de novos colaboradores, na flexibilidade de processos e a  viabilizam a velocidade no aprendizado e na tomada de decisão.

Embora existam várias ferramentas de gestão de serviços como a KPI, OKR, PDCA, entre outras, selecionei 3 recursos que são pouco comentados no Brasil e que podem revolucionar o dia a dia do setor de Recursos Humanos nas empresas. Confira: 

Visual Thinking

É uma forma de organizar pensamentos e melhorar a capacidade de comunicação e participação das equipes. Apropriado para criar reuniões produtivas, elimina hierarquias que prejudicam o debate de ideias, contribuindo para que o time não se sinta ameaçado.


Leia Também:

+ Automação: primeira revolução humana e o setor de RH

+ Itaú Unibanco incorpora startup Emergee, especializada em métodos para agilidade nos negócios

O recurso consiste em utilizar uma combinação de imagens, símbolos, sinais e palavras-chaves que interajam para representar de maneira holística e compreensível uma determinada realidade. Além de ideal para solucionar problemas, a ferramenta facilita a compreensão de uma ideia e motiva o trabalho em equipe.

Análise Swot pessoal

Ótimo para ajudar os times no planejamento de metas, este recurso possibilita que a equipe reconheça os fatores que podem facilitar ou dificultar o alcance das mesmas.

Para fazer um bom planejamento pessoal é muito importante fazer uma autoanálise, de modo a conhecer o seu estado atual e definir seu estado desejado. Para isso, é extremamente importante planejar as ações ou metas individuais partindo de um lugar de fala e um olhar de quem irá entregar a meta. Os líderes pecam todos os dias em criar metas e objetivos partindo apenas da sua perspectiva ou hierarquia.

A Análise Swot Pessoal será aliada da equipe de RH, no sentido de ajudar a dar clareza sobre as metas estabelecidas, apoio na construção de planos de ações concisos, empáticos e congruentes com seus objetivos.

Tribos

Consiste na organização da equipe como se cada célula definida para um projeto assumisse o seu papel como líder de uma tribo. Assim, os colaboradores são separados em Tribos, sendo que cada uma possui autonomia completa e um líder é responsável por garantir que todos trabalhem em direção aos mesmos resultados. Os ganhos dessa técnica são autonomia e flexibilidade para colocar em prática um modelo preciso e rápido de conclusão de tarefas.

Vale ressaltar que em relação aos benefícios que esses tipos de recursos viabilizam ao setor, também podemos citar o ganho de produtividade, engajamento da liderança, manutenção de talentos e cultura organizacional disruptiva. Ademais, friso que o panorama da América Latina revelou que 87% das empresas que adotaram o Business Agility registraram melhora na produtividade das equipes e mais de 30% afirmou que houve evolução na disciplina das áreas administrativas. 

*Lucas Rodrigues é Head of Sales and Marketing Operations da Prime Robot, frente de automação da Prime Control.

Newly, o seu portal de tecnologia

itau-emergee-agility

Itaú Unibanco incorpora startup Emergee, especializada em métodos para agilidade nos negócios

Com aquisição, banco intensifica e acelera frente de trabalho voltada à transformação digital de processos, com time dedicado dentro da área de Pessoas

O Itaú Unibanco anuncia a incorporação, em setembro, da empresa Emergee, referência em métodos para agilidade nos negócios (Business Agility). O movimento é parte do esforço do banco para dar cada vez mais velocidade na transformação cultural e tecnológica, fundamental para a sua estratégia de centralidade no cliente.

Os profissionais da empresa se juntarão à estrutura denominada Escritório de Transformação, dentro da área de Pessoas do banco. Eles farão parte do time responsável por nutrir uma cultura ágil em todas as áreas do Itaú Unibanco a partir de novos modelos de trabalho, híbridos e descentralizados, permitindo que o banco tenha capacidade de continuar inovando em campos como escalabilidade, flexibilidade e especialização de seus produtos e serviços. Para isso, os especialistas atuarão nas frentes de educação executiva e consultoria interna, sempre com foco em agilidade, complexidade e práticas emergentes, temas estes que colocaram a Emergee em destaque no mercado nacional e internacional de agilidade.

Leia Também:

+ Transformação Digital: DotBank passa a contar com plataforma Omnichannel

+ Média nacional de transformação digital aumentou em 2021, aponta novo Índice ABEP-TIC de Oferta de Serviços Públicos Digitais

Para Valéria Marreto, diretora da área de Pessoas responsável pelo Escritório de Transformação, a incorporação permitirá à organização acelerar e ampliar a implementação de metodologias de trabalho mais alinhadas à atual realidade do mercado.

“Nossos clientes esperam que sejamos tão ágeis e efetivos quanto as melhores startups com as quais eles já interagem inclusive em outros setores, e essa aquisição nos permitirá avançar rapidamente nesse sentido, dentro do conceito “phygital”, em que unimos o atendimento físico e digital como parte de uma experiência completa com o Itaú.”

Para o fundador da Emergee e líder do time que se junta ao banco, Alexandre Magno, este é o contexto ideal para quem quer participar de grandes e desafiadoras transformações.

“Entendemos que quanto mais qualidade houver nas iniciativas de transformação digital, maior será o impacto do nosso trabalho na sociedade. Este é um fator que sempre esteve no centro de nossos valores na Emergee, por essa razão embarcar neste desafio com o Itaú Unibanco faz muito sentido para a nossa empresa.”

FONTE: Mclair

NEWLY, O SEU PORTAL DE TECNOLOGIA