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RPA e soluções financeiras: como a automação contribui para o setor de RH

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Lucas Rodrigues – Head of Sales and Marketing Operations da Prime Robot

*Por Lucas Rodrigues

Segundo um prognóstico da Forrester, o mercado mundial de software de Robotic Process Automation (RPA) deve alcançar a marca dos US$ 2,9 bilhões até o final deste ano e, conforme indica o relatório “Forest analysis: robotic process automation worldwide”, mais de 90% das grandes empresas terão implementado alguma forma de automação de RPA até o fim de 2022.

Aqui, gostaria de lembrá-los que, quando falamos de automação, estamos falando de transformação digital. Partindo deste ponto, uma pesquisa efetuada pela KPMG revelou que até maio deste ano mais de 70% das companhias promoveram pelo menos um projeto para a digitalização e modernização do departamento de Recursos Humanos (RH) e que 32% dos líderes almejam ampliar o investimento em RPA até 2025.

Afora os processos de contratação e onboarding de colaboradores, uma área de Recursos Humanos que também pode se beneficiar com a automação é a de soluções financeiras, que dispõe de uma grande variedade de documentos e de métodos repetitivos. 

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Além de facilitar a identificação de Notas Fiscais de Serviço, que variam de acordo com cada prefeitura, o RPA pode auxiliar com o tratamento de documentos mal escaneados ou fotografados com baixa qualidade e interpretar,  por meio de soluções de reconhecimento de imagem e texto, Notas Fiscais de produtos e pedidos de reembolso, acelerando a inserção de dados nos sistemas integrados de gestão empresarial, os chamados ERP’s.

A automação na área de soluções financeiras também pode ser utilizada para baixa de faturas, extração de pedido de compras em portais de vendas, inclusão de pedidos no ERP e, por meio do reconhecimento de padrões de documentos de entrada e análise de regras de negócios, validar pagamentos de reembolsos.

Basicamente, é possível afirmar que toda atividade extremamente repetitiva pode ser facilitada pelo RPA e, apesar de muito se dizer que os robôs substituirão o trabalho humano, não é isso que estamos vendo acontecer no mercado. A automação tem gerado ótimos ganhos para as companhias, pois o capital humano fica livre para executar ações que fortaleçam o crescimento da empresa e tarefas mais nobres, tais como cuidar dos colaboradores.

Apesar de a não padronização dos processos e do mercado brasileiro de entrada de notas fiscais dificultarem a implantação do RPA, as companhias devem investir na automação de soluções financeiras para mitigar erros, reduzir custos e estar em compliance com a LGPD. 


*Lucas Rodrigues é Head of Sales and Marketing Operations da Prime Robot, frente de automação da Prime Control

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RPA e soluções financeiras: como a automação contribui para o setor de RH

*Lucas Rodrigues – Head of Sales and Marketing Operations da Prime Robot

*Por Lucas Rodrigues

Segundo um prognóstico da Forrester, o mercado mundial de software de Robotic Process Automation (RPA) deve alcançar a marca dos US$ 2,9 bilhões até o final deste ano e, conforme indica o relatório “Forest analysis: robotic process automation worldwide”, mais de 90% das grandes empresas terão implementado alguma forma de automação de RPA até o fim de 2022.

Aqui, gostaria de lembrá-los que, quando falamos de automação, estamos falando de transformação digital. Partindo deste ponto, uma pesquisa efetuada pela KPMG revelou que até maio deste ano mais de 70% das companhias promoveram pelo menos um projeto para a digitalização e modernização do departamento de Recursos Humanos (RH) e que 32% dos líderes almejam ampliar o investimento em RPA até 2025.

Afora os processos de contratação e onboarding de colaboradores, uma área de Recursos Humanos que também pode se beneficiar com a automação é a de soluções financeiras, que dispõe de uma grande variedade de documentos e de métodos repetitivos. 

Além de facilitar a identificação de Notas Fiscais de Serviço, que variam de acordo com cada prefeitura, o RPA pode auxiliar com o tratamento de documentos mal escaneados ou fotografados com baixa qualidade e interpretar,  por meio de soluções de reconhecimento de imagem e texto, Notas Fiscais de produtos e pedidos de reembolso, acelerando a inserção de dados nos sistemas integrados de gestão empresarial, os chamados ERP’s.

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A automação na área de soluções financeiras também pode ser utilizada para baixa de faturas, extração de pedido de compras em portais de vendas, inclusão de pedidos no ERP e, por meio do reconhecimento de padrões de documentos de entrada e análise de regras de negócios, validar pagamentos de reembolsos.

Basicamente, é possível afirmar que toda atividade extremamente repetitiva pode ser facilitada pelo RPA e, apesar de muito se dizer que os robôs substituirão o trabalho humano, não é isso que estamos vendo acontecer no mercado. A automação tem gerado ótimos ganhos para as companhias, pois o capital humano fica livre para executar ações que fortaleçam o crescimento da empresa e tarefas mais nobres, tais como cuidar dos colaboradores.

Para iniciar a adesão desta tecnologia, sugiro que os gestores de RH realizem um benchmarking com empresas que já implementaram automação de soluções financeiras e façam um mapeamento dos processos que tomam tempo significativo do time, assim, descobrirão quais atividades podem ser automatizadas. Depois, é interessante separar quais dessas tarefas envolvem o dinheiro dentro da empresa e o por último, digitalizar todos os documentos e processos para que o acesso a eles seja facilitado e não ocorram perdas.

Apesar de a não padronização dos processos e do mercado brasileiro de entrada de notas fiscais dificultarem a implantação do RPA, as companhias devem investir na automação de soluções financeiras para mitigar erros, reduzir custos e estar em compliance com a LGPD. 

Para finalizar, sugiro a realização de workshops para iniciar processos de conscientização na companhia e também a contratação de um analista de negócios para mapear processos da empresa e criar um roadmap de oportunidades. 


*Lucas Rodrigues é Head of Sales and Marketing Operations da Prime Robot, frente de automação da Prime Control

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RH e Business Agility: por onde começar?

Lucas Rodrigues – Head of Sales and Marketing Operations da Prime Robot

*Por Lucas Rodrigues

Em resposta à transformação digital, o Business Agility, mindset capaz de mudar pessoas, cultura, valores e hábitos de uma empresa, tem conquistado cada vez mais espaço e destaque no mercado. O estudo “2020 The Business Agility Report”, da Accenture, certificou o conceito como uma tendência global. Pouco depois, na América Latina, um relatório publicado pela MIT Technology Review sinalizou o aumento da maturidade da Agilidade nas companhias.

Segundo o panorama “A Agilidade na América Latina”, o setor de Recursos Humanos (RH), considerado como suporte para a transformação necessária, representa apenas 14% das áreas que têm sido gradualmente agregadas na adoção da filosofia ágil. Diante deste dado, convido os gestores do setor a repensarem a seguinte questão: Será que as equipes têm usado suas habilidades com o foco na estratégia da empresa?

Se os desafios da companhia estão estacionados em processos burocráticos, com pouca participação e envolvimento de pessoas e equipes, é um sinal de alerta para  a necessidade de mudanças. É crucial que os gestores de RH reconheçam em que momento a empresa está, quais são as habilidades dos funcionários e entendam o momento certo de envolvê-los em novos desafios.

É preciso entender quais são os processos que podem ser otimizados e os “porquês” de fazer tais mudanças. Neste ponto, saliento que as companhias podem começar a introdução do Business Agility no RH por meio de ações e artifícios simples, como, por exemplo, implantando ferramentas de gestão de serviços, que auxiliam na inovação da forma de trabalho, na adaptação de novos colaboradores, na flexibilidade de processos e a  viabilizam a velocidade no aprendizado e na tomada de decisão.

Embora existam várias ferramentas de gestão de serviços como a KPI, OKR, PDCA, entre outras, selecionei 3 recursos que são pouco comentados no Brasil e que podem revolucionar o dia a dia do setor de Recursos Humanos nas empresas. Confira: 

Visual Thinking

É uma forma de organizar pensamentos e melhorar a capacidade de comunicação e participação das equipes. Apropriado para criar reuniões produtivas, elimina hierarquias que prejudicam o debate de ideias, contribuindo para que o time não se sinta ameaçado.


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O recurso consiste em utilizar uma combinação de imagens, símbolos, sinais e palavras-chaves que interajam para representar de maneira holística e compreensível uma determinada realidade. Além de ideal para solucionar problemas, a ferramenta facilita a compreensão de uma ideia e motiva o trabalho em equipe.

Análise Swot pessoal

Ótimo para ajudar os times no planejamento de metas, este recurso possibilita que a equipe reconheça os fatores que podem facilitar ou dificultar o alcance das mesmas.

Para fazer um bom planejamento pessoal é muito importante fazer uma autoanálise, de modo a conhecer o seu estado atual e definir seu estado desejado. Para isso, é extremamente importante planejar as ações ou metas individuais partindo de um lugar de fala e um olhar de quem irá entregar a meta. Os líderes pecam todos os dias em criar metas e objetivos partindo apenas da sua perspectiva ou hierarquia.

A Análise Swot Pessoal será aliada da equipe de RH, no sentido de ajudar a dar clareza sobre as metas estabelecidas, apoio na construção de planos de ações concisos, empáticos e congruentes com seus objetivos.

Tribos

Consiste na organização da equipe como se cada célula definida para um projeto assumisse o seu papel como líder de uma tribo. Assim, os colaboradores são separados em Tribos, sendo que cada uma possui autonomia completa e um líder é responsável por garantir que todos trabalhem em direção aos mesmos resultados. Os ganhos dessa técnica são autonomia e flexibilidade para colocar em prática um modelo preciso e rápido de conclusão de tarefas.

Vale ressaltar que em relação aos benefícios que esses tipos de recursos viabilizam ao setor, também podemos citar o ganho de produtividade, engajamento da liderança, manutenção de talentos e cultura organizacional disruptiva. Ademais, friso que o panorama da América Latina revelou que 87% das empresas que adotaram o Business Agility registraram melhora na produtividade das equipes e mais de 30% afirmou que houve evolução na disciplina das áreas administrativas. 

*Lucas Rodrigues é Head of Sales and Marketing Operations da Prime Robot, frente de automação da Prime Control.

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4 Tecnologias que vão revolucionar o setor de RH

*Por Ciro Arendt

Em 2019, um estudo realizado pela KPMG revelou que 67% dos executivos do setor de Recursos Humanos (RH) estavam propensos a aplicar capital na transformação digital. Com a pandemia, o investimento das empresas em Tecnologia da Informação (TI) aumentou e departamentos como o de RH precisaram se reinventar. De acordo com a pesquisa Transformação na Gestão de Pessoas, 74% das empresas fomentaram no mínimo uma ação pela digitalização e modernização do setor entre abril de 2020 e maio de 2021.

Segundo o relatório, mais de 95% dos entrevistados acreditam que a tecnologia é capaz de minimizar os gastos da área de RH e 97% das companhias que, durante a pandemia, realizaram admissões por meio da internet, planejam preservar a digitalização dos processos. Tal dado nos permite afirmar que nos próximos anos o setor passará por grandes transformações. Ao meu ver, 4 tecnologia vão revolucionar o RH, sendo elas:

Natural Language Understanding (NLU)

Por viabilizar o processamento de linguagem natural, possibilita que os robôs se comuniquem de forma muito similar a dos seres humanos, aprimorando a experiência do usuário com os bots e fornecendo soluções em tempo ágil.

Text to Speech e Speech to Text (TTS/STT)

Quando aliada a NLU, a TTS/STT, que converte voz em texto e vice-versa, permite o desenvolvimento de scripts para que os robôs sejam capazes de acompanhar um dicionário léxico. 

Esta tecnologia auxiliará as empresas no envio de mensagens automáticas para dialogar com milhares de candidatos e responder, instantaneamente, perguntas efetuadas por e-mails, chats e ligações telefônicas.

Inteligência Artificial e Machine Learning (IA e ML)

Por analisar informações e reconhecer padrões, os sistemas que funcionam por meio de IA e ML, são capazes de aprender com seres humanos e expandir conceitos com base em dados sementes. Tal capacidade tornará as predições e conversas muito mais interessantes e intrigantes, podendo sugerir novos conceitos e até substituir recrutadores.

Além disso, robôs que operam por meio da IA e da ML dispõem de artifícios ágeis que aprimoram a experiência das pessoas. Entre eles, podemos citar a entrega de soluções em tempo real e  insights sobre métricas da força de trabalho.

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Visão computacional

Devido ao fato de viabilizar o reconhecimento facial e a leitura de documentos inteligentes, esta tecnologia permitirá a realização de onboarding de colaboradores com muito mais facilidade.

Para se ter uma ideia, será como abrir uma conta em um banco digital. Os selecionados farão sua própria selfie e enviarão os documentos. A partir deste ponto, receberão, por meio de biometria, acesso às instalações das empresas, equipamentos eletrônicos e benefícios, entre outros, através de uma carteira digital.

Ademais, a adoção de tecnologias no setor de Recursos Humanos resultará na valorização de cargos Business Partners, possibilitando que os recrutadores foquem em cuidar e nutrir  talentos atraídos, com o objetivo de desenvolver pessoas e inspirá-las a trabalharem nas empresas.

A automação para o RH pode começar de modo simples com a eliminação de tarefas repetitivas e digitalização de processos que consomem muito tempo e drenam a energia do time como, por exemplo, as incontáveis pesquisas no LinkedIn, mensagens que precisam ser respondidas e onboarding de colaboradores. 

Tal qual mostra a figura abaixo, retirada do relatório “Source: Forecast Analysis: Hyperautomation Enablement Software, Worldwide” do Gartner, com a transformação digital de automação de tarefas (task automations), poderemos observar avanços significativos no desempenho e assertividade dos processos. 

 Crédito: reprodução/Gartner

À medida que combinamos as tecnologias que eu citei com esse avanço incremental, podemos chegar à inovação transformacional que nos aguarda num futuro próximo, em que vamos digitalizar inclusive as entrevistas e conversas com candidatos com o apoio de IA.

Para finalizar, digo aos gestores de RH que é hora de pensar grande. Certamente, será necessário começar com um processo simples que já funciona e ir automatizando aos poucos, mas é crucial começar agora. Por meio de pequenas inovações incrementais chega-se a um salto transformacional. São essas ações incrementais que vão melhorar o dia a dia do time e revolucionar o setor.

*Ciro Arendt é Head de Inovação da Prime Control

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Automação: primeira revolução humana e o setor de RH

*Por Ciro Arendt

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Ciro Arendt – Head de Inovação da Prime Control

A revolução digital – a qual gosto de chamar de primeira revolução humana porque retirará as pessoas do trabalho repetitivo e lhes devolverá o direito humano de viver – está baseada em automação de processo, que nos próximos dois anos, ganhará efetivamente espaço no coração das empresas. Corroborando com esta afirmação, a McKinsey & Company divulgou que, até 2025, a automação por software substituirá cerca de 149 milhões de trabalhos full-time.

Por serem habilitados para efetuar tarefas repetitivas de forma mais eficiente, os robôs são capazes de transformar os âmbitos de uma empresa, assegurando a otimização de tempo, de artifícios e o aumento da produtividade. Para a área de Recursos Humanos, a adoção da automação viabiliza que os profissionais do setor deixem de realizar atividades reiterativas e passem a atuar em funções que nutram e desenvolvam os talentos presentes na organização.

Como Head de Inovação da Prime Robot, frente de hiperautomação da Prime Control, conheço robôs que são aptos para acelerar procedimentos de RH descomplicando processos de recrutamento, seleção e entrevista. Além de “varrer” o LinkedIn para selecionar candidatos compatíveis com as vagas disponíveis, há automações que também são capazes de traçar perfis comportamentais e cruzar informações com os ideais das empresas até 300 vezes mais rápido que um recrutador.

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Para a próxima década, este tipo de tecnologia mudará drasticamente a forma como profissionais de RH trabalham. Hoje, há um grande contingente de pessoas atuando como hunters, mas no futuro haverá um contingente de business partners, que ajudarão na evolução do time em termos de desenvolvimento humano e organizacional. Isso auxiliará as empresas a reterem talentos ao longo do tempo.

Para finalizar, destaco um ponto para o qual eu também tenho me atentado, que é o fato de a tecnologia artificial acelerar os processos de RH com insights sobre possíveis futuros funcionários, algo que tem sido um grande diferencial, posto que para os próximos anos, os softs skills serão elementos determinantes no sucesso de profissionais e empresas. Neste tópico, já é possível observarmos organizações como Google, Tesla e outras grandes multinacionais contratando não por hard skills, mas por comportamento.

Embora um recente estudo global da PwC tenha apontado que mais de 40% das atividades profissionais realizadas por humanos poderiam ser automatizadas, uma previsão feita pelo Gartner já indicou que, até 2022, o mercado mundial de hiperautomação terá um aumento de mais de 20%, alcançando a marca dos US$ 600 bilhões.

* Ciro Arendt é Head de Inovação da Prime Control

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Inteligência Artificial e Gestão Talentos – Atrair, Reter e Alavancar

Por Florian Scheibmayr

Ao longo dos últimos anos as ciências exatas avançaram também aos departamentos de Recursos Humanos, área que resistiu longamente ao que já era fato nos outros setores empresariais – a hegemonia dos dados e das conclusões tiradas a partir de fatos e evidências.

Florian Scheibmayr – Consultor da TGT Consult

Hoje as plataformas modernas de Gestão de Capital Humano (HCM) ou Gestão da Experiência Humana (HXM), além da cobertura dos processos tradicionais de RH, já oferecem vários algoritmos que auxiliam e facilitam o trabalho desses gestores. Porém, parece que há uma lacuna nestas ferramentas, pois empregam algoritmos, muitas vezes já empregando Inteligência Artificial (IA), primordialmente na atração do talento, isto é, em mecanismos de busca e triagem, e na retenção em ofertas de treinamentos, aprendizagens, caminhos de carreiras e níveis de satisfação, mas pouco no que deveria ser o lógico, no uso do talento dentro no contexto da criação de valor da empresa.

Talento humano é, para muitas empresas, aquilo que a diferencia dos outros.
E por outro lado, seu principal centro de custo. Por que, então, não temos melhores ferramentas analíticas para o emprego dos nossos talentos?
Não se trata das ferramentas de gestão de força de trabalho tradicionais, com a divisão em turmas, cobertura de férias, definição de níveis hierárquicos e caminhos de escalação, mas um gerenciamento de talentos numa granularidade individual. Um determinado gestor pode ser ótimo em tempos regulares, e se desespera frente ao caos. Já outro, somente mostra sua total competência e valor em situações caóticas. Há profissionais que negociam bem, outros sabem motivar a equipe, um é detalhista, um outro visionário. Todas essas habilidades e competências podem fazer a diferença, quando usados na hora e ocasião certas.

Qual executivo não gostaria ter um painel de informação interativo dos seus talentos, informando a em real time sua alocação, respondendo a inquietação se estes recursos valiosos estão alocados no melhor lugar onde eles podem agregar o maior valor e diferenciação? Ou no sentido oposto, saber qual é o nível de restrição, como, por exemplo, carga de trabalho, níveis de fadiga mental ou estresse. Compondo desta maneira, qual é a verdadeira força que a empresa tem ao seu dispor e com quais suas reservas. Esta informação, aplicada a capacidades técnicas, é o dia-dia para os profissionais de Supply Chain, ou para usar o nome mais contemporâneo, Planejamento Integrado de Negócios (IBP – Integrated Business Planning).

Acreditamos que aqui há um amplo espaço para a evolução das ferramentas HCM e HXM, empregando técnicas de AI e machine learning como um suporte de decisão de pessoal. Essas tecnologias podem processar evidências que permitirão auxiliar num melhor aproveitamento de talentos e avaliação dos colaboradores, uma vez que elas não contam com as subjetividades presentes na análise da ótica humana.

Já existem algumas iniciativas interessantes para explorar este campo, como, por exemplo, no mundo de Contact Center, o behaviorial pairing, que é um mecanismo que seleciona ao nível de indivíduo qual o melhor agente de atendimento para cada cliente.  Pode ser um bom início, para um mercado carente por capturar o valor da melhor utilização de seus talentos, onde ele faz a maior diferença.

*Florian Scheibmayr é consultor da TGT Consult, empresa brasileira de pesquisa e consultoria em tecnologia.

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