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Dia do Consumidor: especialista diz que data é momento de investir em fidelização de clientes

Glauco Soares Filho, da RPE

Diretor de negócios da RPE recomenda que empresas de varejo invistam mais em CRM, inteligência artificial e crédito direcionado para garantir sucesso nas vendas de forma contínua e não apenas em datas especiais

O Dia do Consumidor, realizado anualmente em 15 de março, é marcado por promoções intensas e traz diversas oportunidades para as empresas além do aumento nas vendas. Para Glauco Soares Filho, diretor de negócios e cofundador da RPE, a data é uma chance para as empresas investirem em Customer Relationship Management (CRM). De acordo com a pesquisa “Líderes de Negócios e Perspectivas para 2024”, conduzida pelo Instituto Data-Makers em parceria com a agência CDN, 39% dos líderes empresariais indicaram a intenção de realizar investimentos em sistemas de gestão de vendas. 

“O Dia do Consumidor é muito usado para estimular o relacionamento com o cliente, inclusive com programas de incentivo e loyalty. É muito importante utilizar as ferramentas de CRM, aplicando dados e inteligência artificial para direcionar ofertas específicas aos clientes, também com linhas de crédito para aumento do ticket de venda. Essa abordagem é uma excelente maneira de aumentar as vendas e fidelizar os clientes que, por exemplo, têm um limite de crédito subutilizado, podendo passar meses sem visitar o varejo. Nesse contexto, é viável fazer ofertas direcionadas para reativar o uso do limite de crédito para aqueles consumidores que não estão utilizando o potencial de compra disponível”, explica o especialista.   

Segundo ele, isso possibilita direcionar ofertas precisas, impulsionando não apenas a cesta de compras física, mas também o carrinho de compras online. “Ao convidar os clientes a participarem desse processo, aproveitamos um período de estabilidade e vendas, desvinculado de festas ou eventos comemorativos. Essa época se revela propícia para fortalecer relacionamentos e, além disso, é possível empregar programas de cashback e fidelidade como incentivos”, complementa. 

Uma pesquisa conduzida pela Nuvemshop revelou que, no intervalo de 12 a 15 de março de 2023, as pequenas e médias empresas alcançaram um faturamento total de R$ 37,4 milhões. Comparativamente, em 2022, as vendas atingiram a marca de R$ 28,5 milhões. 

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Falando em datas comemorativas, somente no Natal do ano passado, a RPE registrou 4 milhões de transações. A capacidade máxima de processamento atingiu 1.200 transações por minuto. Em relação à integração e às interações com os sistemas, registrou-se um total de mais de 120 milhões de requisições API, com uma média de 789 requisições por segundo. 

Tokenização como tendência 

Em momentos como esses, de datas comemorativas e comerciais, os benefícios da tokenização de pagamentos, processo que substitui números de cartões por tokens para reduzir riscos, assim como de outras tecnologias voltadas para o setor de varejo, são reforçados por conta dos acessos intensos a sites, aplicativos e pontos de venda. Esse processo traz eficiência operacional e segurança, substituindo números de cartões por tokens para reduzir riscos. Além disso, protege a privacidade do consumidor com a segurança necessária, auxilia com a conformidade para as normas, contribui para a redução de custos e para a consciência ecológica. 

“Os períodos comemorativos costumam ter um número de vendas exponencial, então fazemos uma reunião com parte dos nossos clientes para, junto com a área de Tecnologia deles, entendermos o plano apresentado para o período, seja de monitoria, de time ou de canais de relacionamento. Esse é um ponto importante para garantir a eficiência no atendimento”, explica Glauco. 

Sobre a RPE 

A RPE – Retail Payment Ecosystem é uma empresa nacional criada em João Pessoa (PB), que desde 2015 tem atuado para oferecer um ecossistema de pagamento completo e orientado a potencializar negócios do varejo e garantir acesso ao crédito a quem mais precisa. Por meio de parcerias focadas em combinar o melhor da tecnologia, inteligência e produtos, a RPE conta com soluções de emissão e processamento de cartões, bank as a service e todos os serviços financeiros agregados necessários à operação, tudo em uma única plataforma. 

Baseada em compromisso, empatia, transparência, confiança e lealdade, a entrega da RPE une as duas pontas – varejistas e seus consumidores – a um só objetivo: gerar crescimento e impulsionar vendas como parte de um movimento que também prioriza qualificar e empoderar famílias ao consumo de alimentos, moda e serviços. Entre os 70 clientes estão redes como Caedu, Grupo Pereira, Muffato, Pague Menos, Tenda Atacado e Oscar Calçados. Já são mais de 70 milhões de consumidores ativos, com cerca de 250 milhões de transações financeiras e mais de R$ 15 bilhões processados anualmente no ecossistema da empresa. Saiba mais em: www.rpe.tech.

Fonte: Mondoni Press.

Transformando cliques em vendas: como a experiência dos clientes impulsiona o crescimento do digital

Felipe Pavoni, trusted advisor na Prime Control

Segundo especialistas, o caminho para uma jornada do cliente positiva é investir em ferramentas de monitoramento em tempo real

O e-commerce tem crescido exponencialmente no Brasil desde a pandemia. Segundo levantamento da NielsenIQEbit, o país contabilizou um número superior a 50 milhões de consumidores online apenas no início de 2023, refletindo um acréscimo de 6% em relação ao período correspondente no ano anterior. Os varejistas digitais aproveitam grandes datas, como a Black Friday e o Dia do Consumidor, para atrair clientes para as lojas e movimentar a economia. 

De acordo com informações da NuvemShop, os e-commerces de pequeno e médio porte registraram um movimento financeiro de aproximadamente R$703 milhões nos três primeiros meses de 2023. O Dia do Consumidor, comemorado no dia 15 de março, foi um dos grandes motores para esse crescimento expressivo de vendas.

Para os comerciantes online, a dica para momentos assim é investir em uma boa plataforma de vendas, já que as promoções promovidas pela maioria das empresas aumentam o fluxo dos sites – o que pode ser um grande problema se a interface não for bem desenvolvida. Como consequência, a experiência do usuário se torna negativa e o cliente abandona o site antes de finalizar a venda. 

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Especialistas em tecnologia declaram que, além de uma boa plataforma de e-commerce, soluções de monitoramento do usuário em tempo real são essenciais em busca dessa melhor jornada para seu cliente. Felipe Pavoni, trusted advisor da Prime Control, empresa especializada em qualidade digital, destaca que toda empresa que está no digital precisa utilizar ferramentas tecnológicas para melhorar a experiência dos clientes. 

“Muitas vezes a empresa gasta dinheiro com campanhas de marketing maravilhosas, investindo para trazer fluxo para o site, mas no momento que o cliente chega na plataforma, a informação que ele estava buscando não está lá, ou ele chega na página errada e acaba abandonando. Isso gera uma péssima experiência. Então, as empresas que têm uma visão clara e olham, do começo ao fim, para a jornada do cliente, são as que mais têm sucesso no digital”, afirma o especialista. 

Segundo ele, existem ferramentas gratuitas para as pequenas empresas, como o Google Analytics, e ferramentas mais sofisticadas que possuem monitoramento da experiência digital (em inglês, Digital Experience Monitoring). A solução de monitoramento do usuário em tempo real é capaz de identificar e solucionar problemas antes que eles prejudiquem os usuários. Para não perder clientes durante datas como o Dia do Consumidor, as lojas de e-commerce podem investir em soluções práticas como essa. 

Segundo Pavoni, somente soluções de monitoramento em tempo real são capazes de entender os pontos que causam problemas, deixando a jornada do cliente mais fluida e melhorando a experiência. “Imagine qualquer jornada de compra, cadastro ou uma transação no internet banking. Se a gente não monitorar e entender quais são os pontos de abandono, não conseguimos otimizar e facilitar a vida do cliente. O usuário não deve ter um treinamento e ser especialista na nossa plataforma para conseguir fazer uma compra ou pagar um boleto. Precisa ser o mais intuitivo possível”, explica. 

Além do aumento de conversões e de receita, essa solução oferece clareza sobre o porquê de os usuários não estarem convertendo e insights valiosos para tomadas de decisões estratégicas baseadas em dados da experiência real. Informações como essas são capazes de prever crises e, consequentemente, salvar negócios. Para as lojas de e-commerce, investir na qualidade digital é necessário para construir (e manter) o nome da empresa. 

Sobre a Prime Control 

Especializada em experiência digital de qualidade, a Prime Control marca presença no mercado de consultoria digital há 15 anos. Desde 2008, a empresa trabalha com a máxima de que qualidade define os resultados. Com a meta de entregar projetos de sucesso e mostrar aos clientes opções inteligentes para fazer mais e melhor, a Prime Control acredita que relacionamento e escuta ativa são as chaves para relações de longo prazo. “O nosso desejo é o sucesso do cliente, então sempre buscamos alternativas para impactar positivamente o negócio e celebrar as conquistas com eles”, afirma Samantha Lopes, customer success manager na Prime.

Fonte: Mondoni Press.

Sociedade, governo ou indústria: quem terá maior controle da inteligência artificial no futuro?

Por Durval Jacintho*

No futuro, quem terá maior influência e controle da inteligência artificial? Essa é uma inquietude a respeito do alcance e domínio da IA sobre os humanos que gera uma disputa de poder recorrente. Aliás, com a popularização do ChatGPT – lançado pela empresa OpenAI em novembro de 2022 -, na modalidade de IA Generativa, ela alcançou o domínio público devido a versatilidade e capacidade criativa – prerrogativa até então dos seres humanos -, principalmente para a geração de conteúdo em formato de texto, áudio e vídeo.

Podemos reconhecer que o tema é complexo devido aos impactos ainda incertos de uma tecnologia de propósito geral, ainda mais porque ela gera consequências em todos os segmentos sociais e econômicos. Para começar, podemos analisar a questão utilizando o conceito de vetores e observando as forças que atuam sobre todos os aspectos da IA. Considerando a atuação e influência dos stakeholders, ações essas que podem mudar os rumos desta tecnologia e todas as suas criações, chegamos aos vetores de poder econômico, poder político e poder social.

Vetor do poder econômico

O vetor econômico representa o poder da indústria de tecnologia sob a liderança das big techs, empresas que controlam as redes sociais, os serviços de busca na internet, os aplicativos e as compras online, entre outros serviços que utilizam a inteligência artificial. Uma dimensão deste vetor é medida pelo faturamento das maiores empresas americanas e chinesas de tecnologia. O número supera U$ 1 trilhão, maior que o PIB da Holanda em 2022. São também empresas líderes em valor de mercado entre as listadas na Bolsa de Valores dos Estados Unidos. Entre as cinco maiores do mundo em 2023, quatro são big techs, sendo a Apple a maior, cujo valor acionário chegou a 3 trilhões de dólares.

Em 2022, em meio a uma derrocada do mercado de ações liderada pela tecnologia, as cinco maiores, chamadas de FAMAG (Facebook, Amazon, Microsoft, Apple e Google) investiram US$ 223 bilhões em pesquisa e desenvolvimento (P&D), contra US$ 109 bilhões em 2019. Como a IA exige grandes investimentos em capital humano para pesquisa, treinamento dos grandes modelos de linguagem (LLM – Large Language Models em inglês), hardware e software, a concentração de poder só tende a aumentar nesta tecnologia. Integram também o vetor do poder econômico as startups – que muitas vezes atuam em parceria com a big techs –, os centros de pesquisa em tecnologia e os fabricantes de componentes eletrônicos, hardware e software.

No momento, este vetor é o mais influente pelo pioneirismo em lançar produtos e serviços de inteligência artificial. Porém, seu protagonismo muda rapidamente de mãos dentro da indústria conforme os avanços tecnológicos. Até 2022, a OpenAI, criadora do ChatGPT, era uma empresa desconhecida fora do meio tecnológico. Os stakeholders deste vetor estão em uma ferrenha disputa de liderança e tendem a se opor à regulamentação da IA, que lhes exigiria mais responsabilidade sobre os conteúdos publicados e mais custos para controle. Entretanto, diante das pressões pelos potenciais riscos e danos que a IA pode causar, muitas empresas se empenham na autorregulação, criando códigos internos de conduta ou aderindo à manifestos em favor da ética e IA responsável.

Vetor do poder político

O vetor político se configura pela ação dos três poderes da república – executivo, legislativo e judiciário – e demais entes reguladores públicos e setoriais. Esse poder geralmente demonstra muita força devido a capacidade impositiva e da ação dos agentes estatais no controle, fiscalização e penalização dos demais agentes. Considerando que somente 30% da população mundial vive em regimes plenamente democráticos, se tornam recorrentes as discussões sobre o tema, pois a indústria sempre está à frente dos demais vetores e tende a desafiar regras e imposições regulatórias.

Nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden assinou uma ordem executiva em novembro de 2023 em defesa da IA responsável, colocando diretrizes e barreiras no uso e desenvolvimento de grandes modelos de linguagem, que devem estar sujeitas a supervisão antes de seu lançamento. Na China, país importante na criação da tecnologia digital e com controle estatal centralizado, o órgão regulador da internet adotou medidas provisórias para reger os serviços da IA Generativa, com objetivo de criar uma lei geral para sua utilização. Iniciativas em prol da regulação da Inteligência Artificial também podem ser conferidas na Europa e no Reino Unido.

Na América Latina, somente o Peru publicou, em julho de 2023, sua lei de promoção do uso da inteligência artificial para o desenvolvimento econômico do país. Todavia, esse é um regramento muito principiológico e sumário, que não estabelece obrigações para os desenvolvedores da tecnologia. No Brasil, segue em fase de emendas no Senado Federal o Projeto de Lei PL 2338/23, que representa um avanço em termos de regulação de IA por equilibrar a proteção de direitos fundamentais humanos baseados em princípios éticos com o estímulo ao desenvolvimento tecnológico responsável. Entretanto, o projeto recebe críticas de alguns especialistas em IA, que enfatizam a dificuldade de regulação de uma tecnologia em estágio inicial de aplicações, e em contrapartida, sugerem investimentos em educação digital e reflexão da sociedade sobre o uso responsável da inteligência artificial.

Vetor do poder social

O vetor social representa as entidades da sociedade civil, das organizações não governamentais (ONGs), da imprensa, do meio acadêmico, das demais empresas e pessoas físicas consumidoras e de agremiações religiosas interessadas. É o vetor de poder mais heterogêneo e pouco escutado nas discussões sobre inteligência artificial, mas que pode ser decisivo com a união de forças em ação. Menos visível, age com base nos benefícios que a tecnologia pode trazer, resguardando valores fundamentais. Aliás, é no vetor do poder social que a maioria da população está inserida, então ela demanda do Governo a regulamentação e da Indústria a concepção de produtos regida pela “ética by design”, a fim de preservar direitos e privacidade nas aplicações da IA.

Algumas questões relativas aos impactos diretos e externalidades da IA colocadas pelos stakeholders da Sociedade são a perda de empregos para a IA, uma das maiores ameaças em todos os setores e agentes da sociedade. Segundo a OCDE – Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, que incluiu 38 países, até 27% dos empregos atuais podem ser substituídos pela IA, principalmente para trabalhadores cujas atividades podem ser facilmente automatizadas.

Outra questão é o direito autoral de criadores de conteúdo e do uso de imagens de artistas que são geradas pela IA para reduzir os altos custos de produções cinematográficas e produção de shows. Este debate resultou em uma greve de roteiristas e atores de Hollywood, que foi liderada pelo Sindicato de Atores com 160 mil associados. Também podemos discutir o legado digital de uma pessoa falecida, que pode ser trazida novamente à vida pelo uso de ferramentas de IA. É uma discussão no meio jurídico sobre a titularidade entre herdeiros, a responsabilidade civil e os lucros auferidos pelo uso da imagem de pessoas recriadas pela IA.

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Por fim, temos os vieses discriminatórios causados pelos algoritmos de IA, como a utilização de bases de dados incompletas, desatualizadas ou incorretas, gerando tratamento assimétrico entre grupos sociais. Por isso, a sociedade exige transparência, privacidade e explicabilidade dos algoritmos de IA. E temos ainda as fake news, que se tornam mais críveis com o uso das ferramentas de IA que permitem a geração de áudio e vídeos de alta resolução de uma pessoa a partir de textos apócrifos, como a oferecida pelo aplicativo FakeYou.

Por outro lado, os stakeholders deste vetor usufruem de vários benefícios  da IA, como na saúde, com o uso e alcance da utilização da IA no diagnóstico de doenças e procedimentos cirúrgicos e aceleração no desenvolvimento de fármacos e vacinas; da educação, na geração de conteúdo individualizado por aluno de acordo com a necessidade, assim como ambientes de aprendizagem colaborativos para professores, por meio de algoritmos e otimização dos sistema de gestão educacional; no sistema financeiro, na segurança e prevenção de fraudes, concessão de crédito e relacionamento com clientes; e em todos os processos produtivos das organizações.

As resultantes vetoriais

Diante de tantos agentes que podem modular os vetores na disputa pelo domínio, uso e controle da IA, concluímos que as principais resultantes vetoriais que irão definir o futuro da IA dependem da confluência dos interesses, negociação e benefícios logrados pelos vetores Governo, Indústria e Sociedade. São elas: regulação, mercado, pactos éticos-culturais e sustentabilidade.  

A regulação é medida pela somatória dos interesses e ações dos agentes dos vetores Governo e Indústria, que pode mover-se de intensidade e sentido de acordo com a efetiva participação da Sociedade na discussão. Já o mercado é decisivo para o futuro da Indústria, desde que esta atenda aos interesses do vetor Sociedade, que geralmente tem em suas mãos um trunfo: a seleção dos produtos e serviços de IA que aceita consumir, ainda que compulsoriamente, já que está submetida ao uso de diversas aplicações da IA sem anuência ou autorização prévia de dados. Por exemplo, os consumidores do mercado se impõem à tecnologia quando não encontram respostas para seus anseios e necessidades.

Já os pactos ético-culturais são formados pela somatória da ação de agentes dos vetores Sociedade e Governo, que atuam reativamente quando os produtos e serviços oferecidos pela Indústria provocam desvios éticos e afrontam valores culturais, além de uso criminoso da IA. Nestes casos, a Sociedade demanda ação imediata de entes governamentais por legislação que penalize os desvios. Por fim, a sustentabilidade é decisiva no futuro da IA, pois quanto maior a convergência dos três vetores apresentados, maior será o benefício para todos. Para a Indústria, a sustentabilidade será alcançada pela perpetuidade das empresas; para o Governo, será a estabilidade política e econômica necessária para enfrentar as grandes transformações que a tecnologia da inteligência artificial antevê; e para a Sociedade, será um futuro no qual esta tecnologia contribua para ampliar a produtividade, a segurança, a saúde, a mitigação dos impactos ambientais e em definitivo a qualidade de vida de todos. Que este futuro seja de uma IA inclusiva, acessível a todos e que seu uso ocorra com responsabilidade, transparência e ética.

Durval Jacintho é Engenheiro Eletrônico e Mestre em Automação Industrial pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e consultor internacional em tecnologia pela DJCon, com 37 anos de experiência C-Level no mercado de tecnologia e telecomunicações. Conselho de Administração certificado pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) e membro da Comissão de Ética do IBGC e da Comissão de Inovação do Capítulo São Paulo Interior. Integra o Comitê de Gestão do Hub da Gestão e o Chief.group.

Fonte: Mondoni Press

Cloud computing pode ser diferencial competitivo de quem está ingressando

Ao fazer parte de iniciativas voltadas para Tecnologia, é possível aprender habilidades técnicas e comportamentais importantes para o setor, além de encontrar uma comunidade engajada de colegas e profissionais como referência

O Brasil possui 8,6 milhões de desempregados, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, a PNAD Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para alguns, uma maneira de driblar esse número é tentar uma carreira na área de Tecnologia, já que sobram oportunidades, mas faltam profissionais capacitados. De acordo com o estudo Panorama de Talentos em Tecnologia, feito pelo Google for Startups com o apoio da Abstartups e da Box 1824, desde 2021 até 2025, aproximadamente 53 mil profissionais irão se graduar em Tecnologia, em diferentes áreas. Contudo, a demanda projetada é de 800 mil profissionais, o que está gerando um déficit de 530 mil talentos durante estes quatro anos. Dessa forma, apostar em setores de TI no currículo, como cloud computing, pode ser um diferencial competitivo interessante. 

“Com a crescente adoção de serviços em nuvem por empresas de todos os setores, há uma demanda crescente por profissionais capacitados em cloud. Além disso, a nuvem é uma tecnologia em constante evolução, o que significa que os especialistas em cloud têm muitas oportunidades de desenvolvimento de carreira”, explica Ana Letícia Lucca, especialista em Estratégia de Carreira, que destaca que, para atuar com computação em nuvem não é preciso cursar uma universidade. “Para ingressar na área de cloud é preciso ter conhecimentos comprovados através de cursos ou certificações na área”.

Ana Letícia também é CEO da Escola da Nuvem, uma organização social sem fins lucrativos cujo propósito é capacitar jovens a partir de 16 anos e em situação de vulnerabilidade social para carreiras em cloud computing. Lá, os alunos selecionados passam por trilhas de aprendizado em habilidades técnicas e comportamentais, além de receberem acompanhamento de carreira para conseguirem o primeiro emprego na nuvem em vagas de entrada. “Nossa metodologia contempla, além da parte teórica, uma prática muito próxima ao que os alunos encontrarão no mercado. Temos a preocupação em deixá-los o mais preparados possível para a realidade”, explica Ana. 

Como são as aulas na Escola da Nuvem?

Josely Castro é instrutora de habilidades técnicas na Escola da Nuvem e ensina Fundamentos AWS aos alunos. Antes de assumir a posição, ela também passou pela trilha de aprendizado da Escola, sendo hoje ex-aluna. “Como professora, a Escola me deu a oportunidade de repassar tudo o que eu aprendi durante o curso. Aceitei esse desafio e gostei muito”, conta ela, que dá aulas tanto para pessoas que já são familiarizados com a área de Tecnologia, quanto para aquelas que não conhecem o setor ou que estão em transição de carreira. “Para os alunos que estão migrando de área, que nunca pensaram em se tornar profissionais de Tecnologia, existe uma certa dificuldade de entender termos técnicos, então eu analiso a aula e tento destrinchá-la para que eles entendam e se sintam à vontade. Também procuro deixá-los preparados para o mercado. Eles têm que olhar com os próprios olhos, mas eu também trago a minha visão”, explica. 

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De acordo com Josely, “a área de Tecnologia não é fácil, mas não se pode desistir. A transição [de carreira] pode ser rápida, mas também pode demorar. Cada um tem o seu tempo, a sua história, uma facilidade ou dificuldade para entender certo assunto. Então, eu tento deixá-los tranquilos quanto a isso. Conto um pouco da minha história, dou exemplos de pessoas que eu conheço que fizeram essa mesma transição e hoje estão trabalhando na área de Tecnologia; de pessoas que não desistiram por conta das dificuldades. Porque existe, sim, uma dificuldade. É difícil, e eu falo muito isso para eles, porque quero que entendam que não vai ser fácil, mas que é muito bom quando você faz o que você gosta”, comenta. 

E, embora existam iniciativas que visam driblar este cenário, ainda existem barreiras para o ingresso na área de Tecnologia, como a própria inclusão das pessoas em situação de vulnerabilidade, pessoas negras e mulheres, principalmente no momento da contratação. De acordo com a pesquisa #QUEMCODABR, a proporção de pessoas brancas na área da Tecnologia é maior em comparação com a sociedade brasileira. Enquanto menos da metade da população é branca (45,2%), a área de Tecnologia é composta majoritariamente por pessoas dessa cor (58,3%). Já quando pensamos nas pessoas negras, elas representam 53,9% da população, mas compõem apenas 32% da área de Tecnologia. Além disso, ao analisar a diversidade das equipes de tecnologia, percebe-se que em 32,7% delas não há nenhuma pessoa negra. E em 68,5% delas, as pessoas negras representam o máximo de 10%. Os dados foram coletados entre novembro de 2018 e março de 2019. 

Para Josely, apesar das dificuldades, é possível “se alimentar com elas e a partir disso crescer. Quando você ultrapassa uma dificuldade, consegue se tornar um profissional melhor, mais requisitado no mercado de trabalho e só vai subindo a escadinha”, comenta, destacando a importância de estar perto de profissionais que trilham o mesmo caminho que se deseja alcançar. 

“Na Escola da Nuvem você encontra muitos e bons desafios, além de pessoas que realmente gostam do que fazem e estão ali para transmitir conhecimento, compartilhar um pouco da própria trajetória. E muito conteúdo prático, muito conteúdo que nenhum curso pago vai dar. Para mim, a melhor parte é ajudar uma pessoa a se desenvolver, a crescer como pessoa, principalmente porque lá na Escola da Nuvem temos aulas de soft skills também”, finaliza a instrutora. Dentre as habilidades pessoais de um profissional de Tecnologia estão comunicação e escuta ativa, capacidade de liderança, entusiasmo para a criatividade, inovação e experimentação, observação crítica e gosto pelo trabalho em equipe.

Fonte: Mondoni Press

IA em nuvem é investimento estratégico a longo prazo para impulsionar a inovação nas empresas

*Por Jefferson Camargo

A inteligência artificial está transformando diversos setores da sociedade, desde a medicina até as finanças, proporcionando avanços significativos em várias indústrias. À medida que a tecnologia continua avançando e os fornecedores de nuvem oferecem soluções cada vez mais sofisticadas, é importante acompanhar as oportunidades e abraçar a IA na nuvem para alcançar o sucesso em um mundo cada vez mais digital. No entanto, a implementação de projetos baseados em inteligência artificial pode apresentar desafios, especialmente quando se trata dos custos envolvidos. 

A implementação da IA na nuvem pode parecer um desafio financeiro inicial, mas ao analisar suas vantagens, fica claro que é um investimento estratégico com benefícios significativos a longo prazo. As possibilidades de economia, acesso à tecnologia avançada, flexibilidade, redução de custos operacionais e a democratização da IA são razões que mostram por que os custos não devem ser um impedimento para aproveitar os benefícios da inteligência artificial na nuvem, mas encarados como um investimento estratégico para impulsionar a inovação, aprimorar a competitividade e obter vantagens significativas no mercado atual. Segundo o relatório 2023 AI Index Report do Stanford Institute for Human-Centered Artificial Intelligence (HAI), em 2022, o investimento privado global em IA não passou dos US$ 91,9 bilhões, representando uma queda de 26,7% em relação a 2021.

O aumento significativo das demandas por soluções tecnológicas avançadas tem levado as empresas a reconhecerem a necessidade de aprimorar a eficiência, excelência dos processos e a produtividade, pois temem ficar para trás no mercado. A fim de reduzir os custos, algumas empresas estão considerando a possibilidade de migrar para soluções locais para construir recursos de inteligência artificial/machine learning. No entanto, elas estão cautelosas em relação a essa decisão, como mostra o estudo já mencionado, pois não querem perder competitividade em termos de capacidades de IA/ML em comparação com seus concorrentes.

Nesse cenário, as soluções em nuvem surgem como uma opção atraente para as empresas que precisam fortalecer sua infraestrutura para a integração de IA/ML. Essas soluções oferecem benefícios de escalabilidade, agilidade e acesso a tecnologias de ponta, ao mesmo tempo em que ajudam a controlar os custos de forma mais eficiente. Dessa forma, as empresas podem aproveitar os recursos da nuvem para impulsionar suas iniciativas de IA/ML sem comprometer sua competitividade no mercado.

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Por natureza, a IA requer recursos computacionais significativos para executar algoritmos complexos e lidar com grandes volumes de dados. No passado, essa infraestrutura de hardware estava restrita a grandes corporações com orçamentos substanciais. Mas tudo mudou com o surgimento da computação em nuvem. Agora, até mesmo pequenas startups e empreendedores têm a chance de aproveitar o poder da IA sem precisar investir em equipamentos caros e servidores de última geração.

Embora algumas pessoas possam se preocupar com os custos associados à implementação da IA na nuvem, é essencial ver esse investimento como uma estratégia de longo prazo, uma vez que as vantagens superam os desafios financeiros iniciais. A computação em nuvem apresenta várias razões para não se deixar intimidar pelos custos. Entre elas, destaca-se a economia de escala, no qual você paga somente pelo que realmente usa, o que gera uma economia significativa em comparação com a aquisição e manutenção de infraestruturas locais que muitas vezes acabam ociosas. Além disso, ao optar pela nuvem, você tem acesso à tecnologia de ponta, pois os provedores estão em constante competição para oferecer as melhores soluções de IA, mesmo que seu orçamento seja limitado.

A agilidade e escalabilidade são outras vantagens da nuvem, permitindo ajustar os recursos conforme a demanda, o que possibilita uma rápida escalabilidade à medida que seu projeto de IA cresce. Além disso, ao migrar para a nuvem, você elimina gastos com manutenção de infraestrutura, energia elétrica e refrigeração de servidores, reduzindo os custos operacionais.

Outro ponto relevante, é que ela permite que sua equipe se concentre no core business, desenvolvendo e aprimorando a própria IA e otimizando o desenvolvimento do seu produto ou serviço, sem se preocupar com a infraestrutura de TI. De certa forma, a democratização da IA é uma realidade com a nuvem, tornando-a mais acessível a uma variedade de setores e empresas, independentemente do tamanho ou dos recursos financeiros.

Essa mudança para a IA generativa pode ser um momento crítico para as empresas que ignoram o potencial valor dessa tecnologia para o seu setor e seus negócios. Por exemplo, fabricantes com cadeias de suprimentos alcançando 90% de eficiência devido à IA generativa terão uma vantagem significativa sobre aqueles que operam com apenas 60% de eficiência. Eles poderão oferecer cronogramas de produção mais rápidos, proporcionar melhores experiências aos clientes e funcionários, além de garantir maior qualidade a custos e preços mais baixos.

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Entretanto, a realidade é que a IA generativa será um investimento significativamente elevado. Pois será necessário adquirir CPUs, GPUs e sistemas de armazenamento, e provavelmente mais do que se imagina inicialmente. Isso marcará um ponto de inflexão em inovação e gastos para aquelas empresas que estão totalmente comprometidas com a IA generativa e acreditam na história que mencionei antes.

Muitas empresas cometeram muitos erros que prejudicaram o valor que poderiam ter obtido da computação em nuvem. Elas dependiam excessivamente de simples migrações, ignorando melhores caminhos para uma infraestrutura em nuvem mais econômica. Pensavam que a computação em nuvem era apenas uma medida para economizar custos, e não uma forma de investimento. Agora, as empresas estão pagando o preço por isso, pois precisam voltar atrás e corrigir problemas que deveriam ter sido tratados desde o início. Em outras palavras, estão migrando as mesmas cargas de trabalho para a nuvem duas vezes.

Por isso, meu conselho é encarar a IA pelo que ela realmente é: um investimento estratégico que pode definir o valor da empresa em algum momento. Não economize nesse investimento. Faça as coisas da maneira certa desde o início. Tenho certeza de que não haverá uma segunda chance para corrigir esse assunto.

*Jefferson Camargo é empreendedor e executivo com uma carreira dedicada à Tecnologia da Informação. Como co-fundador e CEO da Kumulus, ele tem se concentrado em áreas como Gestão de Equipes, Administração de Serviços Gerenciados e Cloud Computing.

Fonte: Mondoni Press.

Inteligência Artificial: entre o bem e o mal

A nossa história se confunde com o surgimento de novas tecnologias. Da descoberta do fogo à internet, muitas pessoas ficam receosas com cada avanço que damos diante do desconhecido, até entenderem a melhor forma de utilizar essa nova ferramenta. O avanço da Inteligência Artificial (IA) pode ser a grande inovação da nossa era, assim como foi a eletricidade em outros tempos, mudando nossos hábitos, trabalho, relacionamentos e empresas. 

O que mais chama a atenção nessa tecnologia é a rápida evolução e melhorias que surgem sem necessariamente haver uma intervenção humana. No português claro e inclusivo, a IA é um sistema que aprende a partir dos dados recebidos. Se você não costuma consumir carne, por exemplo, a IA não deve lhe apresentar opções de churrascaria. 

É essa capacidade de aprendizado automatizado que faz com que a IA se desenvolva aceleradamente. Estamos diante de uma tecnologia duplamente desconhecida da maioria das pessoas. E se por um lado não sabemos como ela funciona, por outro não sabemos qual o seu limite. 

Em vista disso, diversos líderes globais de empresas de tecnologia já compartilharam as suas preocupações sobre o assunto. E isso acontece em um momento raro na nossa história em que vários criadores dessas tecnologias estão criticando os avanços de suas criaturas. O mais recente movimento nesse sentido reuniu 350 executivos – entre eles o CEO da OpenAI, criadora do ChatGPT – para manifestar as suas preocupações sobre o avanço da IA no mundo. “Mitigar o risco de extinção pela IA deve ser uma prioridade global ao lado de outros riscos em escala social ampla, como pandemias e guerra nuclear”, afirmou a carta do grupo. 

Leia também: O que a Inteligência Artificial deve transformar no mercado ainda em 2023?

Por outro lado, o Brasil está entre os quatro países que mais confiam em sistemas de IA, de acordo com o estudo “Trust in Artificial Intelligence”, da KPMG. Mas antes de qualquer conclusão sobre o que fazer, é preciso entender como essa nova tecnologia está sendo utilizada em algumas empresas. 

A capacidade de realizar tarefas e processos repetitivos pode ser considerada a primeira manifestação da IA que impactou o mercado. Isso porque os seus mecanismos são capazes de indicar ao consumidor produtos e serviços que se encaixam com determinado perfil, além de melhorar o atendimento, como no caso dos chatbots, reduzindo o tempo de espera e melhorando a eficiência do relacionamento. 

Já nos serviços financeiros, a IA pode ser utilizada para analisar dados de transações identificando possíveis fraudes ou antecipando produtos financeiros de acordo com o histórico de cada pessoa. Além disso, a tecnologia automatiza processos de empréstimo e crédito, tornando a decisão da instituição financeira mais rápida ao mesmo tempo em que identifica possíveis riscos de não pagamento. 

Outro setor com relevantes impactos é o da saúde. A tecnologia tem grande habilidade em aperfeiçoar diagnósticos e até antecipar tratamentos. Com muitos dados de diferentes pacientes, o sistema pode fazer correlações e identificar padrões de alguma doença de maneira mais rápida e assertiva. Um banco de dados de radiografias, por exemplo, pode antecipar um tratamento pelo reconhecimento de mudanças mínimas entre diferentes imagens. 

A Inteligência Artificial no Brasil 

O desenvolvimento da Inteligência Artificial ainda está concentrado nas mãos de poucas empresas, principalmente nos EUA e na China. Empresas como Google, Meta, Microsoft, IBM, Amazon, Alibaba, Tencent e Huawei investem intensamente na tecnologia. Não à toa são líderes globais. 

No Brasil, o desenvolvimento de IA ainda é incipiente, mas já existem empresas brasileiras promissoras com potencial para colocar nosso País no ranking acima. Contudo para que isso aconteça, é necessário um esforço coordenado do setor público e privado para incentivar a pesquisa e o desenvolvimento dessa tecnologia. Um bom exemplo desse trabalho são os cursos e iniciativas colaborativas que o Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) vem realizando nos últimos anos. 

Entre o bem e o mal 

Assim como toda tecnologia, a IA precisa de pessoas que utilizam a ferramenta com responsabilidade, sob pena de transferirmos à inovação os nossos piores defeitos, como preconceitos, ódios, maus comportamentos e divisões sociais. 

Precisamos de uma regulação que garanta transparência e fiscalização sem necessariamente impedir o inevitável – sua aplicação e aperfeiçoamento – já que estamos em um mundo com cada vez mais acesso a conhecimento e informação online. 

Para que isso funcione em uma economia cada vez mais global em serviços digitais precisamos rapidamente de um esforço internacional que caminhe de maneira coordena entre os países. Caso contrário teremos ainda mais desigualdades sociais e econômicas entre as nações, derivadas do acesso às novas tecnologias. 

*Vitor Magnani é Presidente do Movimento Inovação Digital (MID).

Fonte: Sing Comunicação de Resultados.

Principais desafios enfrentados pelos times de TI e como superá-los

*Por Otto Pohlmann, CEO da Centric Solution 

É inegável que a transformação digital vivida mais intensamente nos últimos anos mudou a maneira como nos relacionamos uns com os outros e, como não poderia deixar de ser, com a própria tecnologia. Se antes os profissionais de TI eram vistos apenas como parte de uma atividade de suporte dentro das empresas, hoje se consagram figuras de peso em qualquer companhia, carregando o potencial de revolucionar processos internos e impactar significativamente qualquer negócio.  

No entanto, frente a uma sociedade que depende cada vez mais dos avanços tecnológicos e aspira por inovações digitais em todos os segmentos, os desafios que envolvem a área não são poucos. Manter-se atualizado em meio à velocidade na qual as novidades surgem deve ser, por exemplo, tarefa corriqueira. A célebre frase: “Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades” faz mais sentido do que nunca. 

Um levantamento feito pela TOTVS em parceria com a H2R Pesquisas Avançadas mostrou que 85% das empresas ampliaram os investimentos em TI durante a pandemia e que três em cada quatro organizações incluíram a área em discussões de negócio. A pesquisa Tendências em Tecnologiaque ouviu 414 executivos, também aponta que 76% dos empresários consideram a tecnologia como algo estratégico para suas empresas. 

Nesse contexto, mais do que pensar apenas nas oportunidades inerentes ao cenário, é preciso conhecer os principais desafios que acompanham o outro lado da moeda para aliar a força da TI aos negócios com excelência. Então, convém ressaltar algumas dicas: 

Importância da segurança da informação  

Gestores de TI precisam cada vez mais se atentar ao número de ameaças existentes à segurança de seus clientes, servidores e processos. Para isso, é preciso desenvolver políticas, práticas, treinamentos e até mesmo promover a mudança comportamental entre os colaboradores. Os líderes podem implementar uma cultura organizacional voltada à ciberproteção, que consiste em fazer os times entenderem a importância de proteger os ativos de TI, de se anteciparem aos possíveis ataques e falhas que podem comprometer qualquer negócio. 

Promover os benefícios da cloud computing 

Projetos que usam os benefícios do cloud computing têm potenciais ímpares, portanto articular a adesão a essa tecnologia é crucial atualmente. Isso porque migrar pelo menos parte da infraestrutura de TI para a nuvem reduz custos de manutenção, atualização e suporte e permite acesso a servidores mais robustos por uma fatia de preço. Além disso, é possível escalar o negócio mais facilmente quando a oportunidade surgir, alavancando a capacidade de atendimento sem precisar aumentar a operação na mesma medida. 

Leia também: Tecnologia de nuvem: cinco passos para uma migração eficiente

Ferramentas para potencializar o atendimento ao cliente 

Pensar em maneiras de diminuir a distância entre qualquer tipo de empresa e seus clientes é um modo de qualificar as relações. Isso também está ao alcance da tecnologia. Com a inteligência artificial cada vez mais em alta e (em uso), soluções para automatizar e otimizar o atendimento ganham a cena. Os chatbots são um exemplo. Correspondendo às expectativas de cada negócio, é preciso em pouco tempo compreender as necessidades e disponibilizar soluções completas. 

Gestão da informação 

A gestão de informações adequada favorece a logística e as inovações nos negócios. Por isso, transformar dados brutos em conteúdo gerencial é um dos grandes desafios da era da informação. Assim, por meio de captação, armazenamento e tratamento de dados, a tecnologia pode e deve proporcionar o melhor desempenho para cada companhia 

Como se vê, atualmente, as equipes de TI são o motor principal dentro de diferentes organizações e o mercado já percebeu o poder envolvido de potencializar a produtividade e a rentabilidade dos negócios. Dessa maneira, à medida que o futuro exige maior atuação desse pilar estratégico nas empresas, os profissionais precisam entregar cada vez mais eficiência operacional, melhorando a experiência do usuário, sempre. Afinal de contas, apesar dos desafios intrínsecos à área, a tecnologia informatiza e transforma. 

*Otto Pohlmann é CEO da Centric Solution, empresa de tecnologia que fornece soluções completas para atender aos requisitos de segurança e da LGPD, com foco em implementação, treinamento e suporte, a fim de ajudar a sustentar o desenvolvimento de negócios de todos os portes e setores

Sobre a Centric Solution 

Empresa de tecnologia que iniciou as atividades em 2005 e oferece soluções completas com foco em implementação, treinamento e suporte para ajudar a sustentar o desenvolvimento de empreendimentos de todos os portes e ramos de atividade. Adota ferramentas voltadas a helpdesk, service desk, active directory, cloud, IT security, network performance, compliance, data protection, aplicações e remote app. Também realiza treinamentos, desenvolvimento de projetos e monitoramento em tempo real, 24 x 7, de processos, negócios, redes, link e sistema de missão crítica. Com sede em São Paulo e uma equipe de 20 colaboradores, a Centric ultrapassou a marca de 3 mil clientes. Entre eles estão Banco Safra, Crefisa, Unimed, CPFL e 60% do mercado hoteleiro.

Fonte: NB Press Comunicação.

Suas campanhas de marketing digital estão em conformidade com a LGPD?

* Por Patrick Marquart, diretor de Vendas Corporativas da Upstream, especialista global em automação de mobile marketing

Após constantes vazamentos de dados privados em todo o mundo, os países passaram a instituir legislações, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), para garantir a segurança e a privacidade dos usuários. 

Desde que a LGPD foi criada no Brasil, as empresas iniciaram uma corrida para adequar seus negócios às novas normas e, assim, proteger os dados pessoais de seus clientes. Isso significa – entre outros procedimentos – garantir que a organização tenha o consentimento dos usuários para se comunicar com eles e lidar com suas informações da maneira mais segura, só compartilhando tais dados com outras instituições com o consentimento expresso do cliente para esse fim.

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Apesar das dificuldades, mais de 94% das empresas entrevistadas já estão tomando providências para se adequar à nova lei, de acordo com a pesquisa Panorama de Proteção de Dados Pessoais no Brasil, divulgada no início deste ano pelo Fórum Empresarial LGPD. Mas ainda levará tempo até que as novas normas sejam totalmente implementadas. Entre os respondentes do levantamento, 4,4% acreditam que só conseguirão concluir a adaptação no próximo ano e 3,8% ainda nem começaram a estabelecer novas políticas de proteção de dados. Enquanto isso, medidas punitivas, ou seja, sanções de até 2% da receita (ou até R$ 50 milhões por infração), já começaram a ser aplicadas.

A atenção das empresas precisa ser constante, pois até coisas simples, como se comunicar com usuários inscritos sem a opção de cancelar a assinatura a qualquer momento, violam a nova legislação. Felizmente, já existem soluções de marketing prontas para ajudar os negócios on-line a continuarem fazendo publicidade sem ter problemas com a justiça. Um bom exemplo são as plataformas de automação de mobile marketing projetadas para oferecer a melhor jornada ao consumidor por meio de marketing personalizado, de acordo com a personalidade e as necessidades dele, sem depender de cookies de terceiros. 

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Esse tipo de ferramenta auxilia as organizações na coleta de dados primários, que é permitida pela lei desde que consentida pelo indivíduo, ajudando-as a realizar uma comunicação direcionada ao seu cliente, além de aumentar sua base de usuários. Tais artifícios também oferecem várias opções de autorizações, que podem ser facilmente configuradas pelos consumidores com base em suas preferências, tanto no que diz respeito à coleta de dados de terceiros, quanto após o opt-in. Com eles, as instituições também podem incluir opções de cancelamento de assinatura em todas as comunicações, com páginas prontas que encaminham o usuário para esse fim. Essas soluções garantem a conformidade com a LGPD e qualquer outra norma correlata, como a europeia GDPR, para que as lojas online possam focar seus esforços nas vendas. 

Embora se adaptar às novas legislações e normas possa parecer complicado, é uma etapa necessária para proteger os dados dos indivíduos. E não se assuste, pois como mostrei anteriormente, existem formas de se comunicar com os clientes de maneira segura sem perder a eficácia.

Fonte: RPMA Comunicação

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Grandes empresas gastam 41% do orçamento de TI com Débito Técnico

Especialista alerta que o problema se baseia em erros ou baixa qualidade na codificação que não foram identificados e resolvidos antes do lançamento 

Conhecido como uma das maiores ameaças para a inovação, o débito técnico (technical debt) é o termo usado para baixa qualidade e erros em código de programas que já foram lançados. Ele é uma consequência de desenvolvimentos feitos em um curto período de tempo, que influenciam a qualidade futura do programa. Para o especialista da Prime Control, Guilherme Medeiros, melhorar os testes em todas as fases do desenvolvimento do produto e garantir as condições necessárias para uma validação adequada são formas de evitar esse problema. 

O especialista explica que, muitas vezes, para entregar o código dentro do prazo estabelecido e agilizar o lançamento do programa, os desenvolvedores acabam deixando passar certos erros. Isso é chamado de débito técnico imprudente intencional: quando a equipe entrega o software mesmo conhecendo as falhas presentes no código. “O problema é fruto de um desenvolvimento feito em um prazo insuficiente para se realizar as validações necessárias que geralmente são uma resposta à pressão do time-to-market, influenciando a qualidade futura do programa”, afirma. 

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Também pode acontecer da equipe escolher utilizar uma linguagem de programação ou ferramentas novas, o que acaba resultando em falhas não esperadas. Esta situação é denominada de débito técnico imprudente não-intencional. Já o débito técnico consciente intencional é quando os desenvolvedores lançam o projeto reconhecendo os erros, com a promessa de corrigi-los posteriormente. Em um outro cenário, o débito técnico consciente não-intencional acontece quando a equipe só percebe os erros depois que finalizam o programa.  

Esse problema é reconhecido por líderes de TI como uma das maiores ameaças à inovação, de acordo com relatório feito pela OutSystems. O estudo The Growing Threat Of Technical Debt (A Crescente Ameaça do Débito Técnico, em tradução livre) também relata que o problema custa milhares de dólares às empresas, inibindo sua capacidade de crescimento e inovação. As grandes empresas gastam 41% de seu orçamento em TI no débito técnico. Mesmo sendo um risco que afeta todos os tipos de organizações, o débito técnico ainda é pouco reconhecido – e, às vezes, até ignorado. 

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O especialista da Prime Control explica que a resolução desse problema é simples, embora que desafiadora: investir tempo e recursos adequados em tempo de desenvolvimento e planejar o impacto de um potencial erro em produção. “O mais importante é que toda equipe trabalhe em conjunto com a meta de aperfeiçoar a programação e evitar débitos técnicos de qualquer espécie. “Imagine que é como se nós estivéssemos fazendo um bolo e cada um é responsável por uma parte. Se você não fizer a sua corretamente, o resultado não ficará agradável”, diz.  

A Prime Control, empresa paranaense especializada em testes e qualidade de software, é reconhecida pela sua excelência no trabalho em equipe. O CEO da companhia, Everton Arantes, afirma que tem investido na retenção de talentos e na formação de pessoas. O Prime Hero Academy é o programa da empresa que foca no treinamento, contratação e aceleração de carreiras. A cada 3 meses, a especialização capacita até 300 pessoas por edição em média, com um significativo percentual de contratação ao final. Para a Prime Control, capacitar pessoas é a principal solução para evitar dificuldades como o débito técnico. 

Fonte: Mondoni Press

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Prime Control lança tecnologia inovadora durante Febraban Tech

Empresa apresenta nova solução focada em gestão de testes, performance e qualidade de software voltado para o setor financeiro

A Prime Control, empresa brasileira especializada em testes e qualidade de software, vai apresentar nesta edição da Febraban Tech uma tecnologia que promete agilidade no processo de criação e manutenção de um software – uma ferramenta que pode revolucionar o setor financeiro digital. 

A tecnologia, denominada Intelligent Quality Dashboard (IQD), foi desenvolvida para a análise e acompanhamento da qualidade do software. O IQD é dividido em três tipos: gestão de defeitos e testes, gestão de performance de execução de testes e gestão de automação de testes. 

O produto será apresentado por especialistas da Prime durante a Febraban Tech 2022, o maior evento de tecnologia e inovação do setor financeiro na América Latina. De 9 a 11 de agosto, na Bienal de São Paulo, o encontro reúne as principais lideranças das instituições financeiras e tecnológicas do Brasil em painéis de debates e na feira de exposições, com o tema central “A nova realidade global e a transformação acelerada”.

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A Head de Business Agility e R&D na Prime, Ana Maria Côrrea, explica que é possível acessar com rapidez o ciclo de vida do software e transformar dados existentes em um dashboard com visão personalizada pelo cliente. Com isso, a plataforma possui todo o histórico disponível pelo cliente, o que auxilia na tomada de decisão. ‘’Geramos gráficos e os transformamos em informações que mostram caminhos de como está o ciclo de desenvolvimento do produto, seu processo e a performance da equipe’’, afirma Ana. 

Por meio do dashboard, a Prime Control atua com foco no produto, processo e equipe. Ao combinar essas frentes, é possível mostrar o caminho para que o cliente tome as melhores decisões em relação à melhoria da qualidade desses pilares ou até mesmo aprimore o processo de desenvolvimento e de manutenção dos produtos. 

“Com essas visões, o cliente consegue ver de forma automática, com dados históricos de seus indicadores atualizados em tempo real. Isso auxilia uma ágil tomada de decisão dos gestores de Quality Assurance em relação a melhoria do processo, produto e pessoas”, explica a Head de Business Agility e R&D. O IQD também se destaca pela sua arquitetura fácil e flexível, que cria visões e filtros para qualquer tipo de informação. Além disso, a plataforma possui a possibilidade de melhorar a performance da equipe, já que dispõe de informações sobre defeitos e bugs, tempo de correção, atendimento e pós-atendimento. 

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Serviço:

Febraban Tech

Data: De 9 a 11 de agosto

Local: Bienal de São Paulo, no Parque Ibirapuera

Horário: das 9h às 18h

Estande Prime Control: Estande 67 

Inscrições: https://febrabantech.easyeventos.com.br/22/insc/home/inicio