Redação Newly

Como a Indústria 4.0 pode salvar a indústria brasileira?

Por Alexandre Pierro

Alexandre Pierro – Sócio-fundador da PALAS

A pandemia do novo coronavírus está causando um verdadeiro estrago na indústria brasileira. Com boa parte do comércio de portas fechadas, a demanda pelos produtos despencou. Somado a isso, existe a grande dificuldade para conseguir insumos e matérias-primas nacionais e principalmente importadas devido às restrições logísticas e a alta do dólar. Muitas encaram ainda a dificuldade de conseguir capital de giro no sistema financeiro.

Segundo uma pesquisa da CNI – Confederação Nacional da Indústria, 79% das indústrias afirmam ter sofrido redução nos pedidos. Cerca de 53% apontam que a queda foi intensa. Os dados mostram que 86% das empresas estão com dificuldade para receber insumos e 83% enfrentam problemas na logística de transporte, tanto de produtos como de matérias-primas. Três em cada quatro empresas consultadas (73%) enfrentam dificuldades para honrar os pagamentos de rotina. Diante desse contexto, inovar parece ser a única saída para a sobrevivência de muitas indústrias brasileiras – que já agonizavam muito antes da pandemia.

Nesse sentido, a chamada Indústria 4.0 deve finalmente ganhar mais atenção dos empresários brasileiros. O termo, que foi usado pela primeira vez pelo governo alemão em 2012, engloba uma série de tecnologias que utilizam conceitos de sistemas cyber-físicos, Internet das Coisas e Computação em Nuvem. Seu principal atributo é a criação de fábricas inteligentes, que criam uma cooperação mútua entre seres humanos e robôs em tempo real. Essas tecnologias trazem inúmeras oportunidades para a geração de valor aos clientes e um aumento significativo de produtividade.

Mais de 50% das empresas na China, Estados Unidos e União Europeia já estão adaptadas à Indústria 4.0. No Brasil, segundo dados da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), menos de 2% das organizações do país estão verdadeiramente inseridas nesse conceito, o qual tem capacidade para movimentar US$ 15 trilhões nos próximos 15 anos, o que representa aproximadamente oito PIBs do Brasil (ano base 2019). Contudo, com a pandemia, a tendência é que mais indústrias brasileiras busquem a modernização a fim de aumentar sua vantagem competitiva.

Cabe destacar ainda que o conceito de Indústria 4.0 não é restrito apenas às indústrias. Diversas empresas dos segmentos de comércio e serviços, por exemplo, também vem adotando as tecnologias da Indústria 4.0. Outro ponto importante é que não necessariamente a adoção ao conceito de Indústria 4.0 está atrelada a altíssimos investimentos. Muitas dessas tecnologias tem baixo custo e promovem grandes ganhos de produtividade, eficiência e até em segurança da informação. A grande questão está em fazer uma implementação adequada e inteligente das tecnologias certas para cada tipo de operação.

E, se tem algo em que os especialistas em inovação são unanimes, é que a pandemia acelerou o futuro. Se antes as empresas planejavam a adoção dessas tecnologias num prazo de cinco ou dez anos, agora, esse tempo caiu drasticamente, dado que, se não se anteciparem, correm o sério risco de não sobreviverem até lá. É claro que ainda é muito cedo para entender os impactos reais da pandemia no médio e longo prazo, mas o que as crises anteriores mostram é que o período subsequente tende a ser de um grande impulso de inovação e progresso. Foi assim com outras pandemias e até com as guerras.

Inclusive, a própria ISO – International Organization for Standardization, que foi fundada logo após a Segunda Guerra Mundial, a fim de reconstruir as empresas que estavam devastadas, vem acompanhando esse tema de perto. Se voltarmos um pouco no tempo, em meados de 1980, a ISO publicou a ISO 9001, que estabelece padrões e requisitos mínimos de qualidade, que era necessário para o contexto da época, onde as montadoras e indústrias de transformação precisavam se reinventar, conseguindo assim um salto de competitividade. Mais recentemente, com a crise dos bancos, em 2008, a ISO iniciou estudos sobre inovação que culminaram no lançamento da ISO 56002, de gestão da inovação, que promete ser agora o grande alicerce na reestruturação das empresas no pós-pandemia.

De modo geral, a recuperação das indústrias brasileiras passará, inevitavelmente, pela  busca por mais agilidade, inovação e valor agregado. Uma alta performance das empresas nacionais pode atribuir maior autonomia ao país, reduzindo a dependência da importação de alguns produtos estrangeiros. Além disso, a redução de custos, a otimização dos processos e a minimização dos erros e desperdícios pode fazer com que as nossas indústrias tenham muito mais condições para aumentar a vantagem competitiva. Só assim daremos um salto rumo ao progresso que as indústrias do país precisam.

 

Alexandre Pierro é sócio-fundador da PALAS e um dos únicos brasileiros a participar ativamente da formatação da ISO 56.002, de gestão da inovação.
Sobre a PALAS:
www.gestaopalas.com.br | (11) 3090-7166
A PALAS é uma consultoria de inovação e gestão pioneira na implementação da ISO 56002. Nossa equipe participou ativamente do processo de formatação dessa norma e conquistou a primeira certificação da América Latina. Somos também a primeira consultoria certificada no Brasil. Oferecemos treinamentos, consultorias e implementação de normas ISO com o propósito de preparar as empresas para o futuro.

 

 

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Hype ou Realidade: quais são as verdadeiras oportunidades do 5G?

Pesquisa realizada pela Allot revela que operadoras em todo o mundo estão preocupadas com o aumento do tráfego relacionado a aplicações IoT

São Paulo, maio de 2020 – No mundo das telecomunicações, se as pessoas não estão falando sobre o Covid-19, provavelmente estão falando sobre o 5G. A promessa de tal serviço sem fio é apresentada para fornecer conectividade barata, rápida e onipresente, aumentando em dez vezes as velocidades de conexão nos serviços 4G atuais. No entanto, a realidade é que o 5G não é mágico, como a publicidade em torno dele diz ser.

5G é o padrão de tecnologia de quinta geração para redes celulares. A principal vantagem é que ele tem maior largura de banda, permitindo que as novas redes expandam consideravelmente o serviço além dos telefones móveis para o serviço geral da Internet, para conectividade tradicionalmente fixa à casa, escritório, fábrica e outros locais de trabalho. Supõe-se que as novas redes 5G concorrem com as tecnologias de dados via cabo como Internet por meio de cabos coaxtecnologia móveçiais/ópticos ou par trançado, e habilite novos modelos de Internet das Coisas (IoT) e Machine-to-Machine (M2M).

Mesmo com a promessa do 5G, transições semelhantes mostraram, por mais de uma vez, que os problemas com congestionamento e QoE serão os mesmos ou piores. Isso se dá porque a tecnologia móvel tem provado repetidamente que o modelo “Se você construir … eles virão” como verdadeiro. Por exemplo, se você construir uma nova rodovia ou adicionar faixas, mais pessoas usarão seus carros – aumentando a demanda e gerando mais tráfego. Essa regra se aplica às telecomunicações – à medida que a largura de banda se torna mais disponível, o consumo aumenta.

Para entender melhor as atitudes do setor de telecomunicações em relação ao 5G, A Allot, fornecedora líder de soluções inovadoras de inteligência e segurança de rede para provedores de serviços em todo o mundo, realizou uma pesquisa com os gerentes de engenharia de dezenas de CSPs. Confira os dados concluídos:

  • 51% dos CSPs (Provedores de Serviços de Comunicação Inteligente) pesquisados temem que o tráfego DDoS no 5G seja maior, 50% acham que o congestionamento continuará sendo um problema e 66% estão preocupados com o fato de a IoT gerar mais tráfego DDoS de saída.
  • 48% dos CSPs relatam que o DDoS é responsável por 3-5% do tráfego de sua rede e outros 11% relatam que são responsáveis por 6-10%. Existe uma grande preocupação de que o aumento da implantação da IoT a torne ainda pior. Mais da metade dos CSPs pesquisados preveem que o 5G aumentará ainda mais o tráfego DDoS.

A corrida para lançar a tecnologia 5G está bem encaminhada, mas as empresas de telecomunicações em todo o mundo estão preocupadas com o fato de o 5G não ser a bala de prata prevista. O investimento é enorme e não está claro quais casos de uso renderão um alto ARPU.

Então, também por meio da pesquisa, a Allot reuniu três dicas de como os CSPs (Provedores de Serviços de Comunicação Inteligente) podem aproveitar novos serviços 5G e monetizar da maneira mais eficaz para maximizar o ROI:

  1. SLAs garantidos por QoE com alocação dinâmica de recursos

Nas redes 4G, a operadora aloca quotas de consumo de tráfego para os usuários sem considerar quais aplicativos são usados. Já nas redes 5G, o foco muda do tamanho do pacote mensal fornecido pelo operador para garantir a qualidade da experiência. Isso é feito cortando ou alocando recursos de ponta a ponta para obter a experiência necessária para aplicativos específicos.

Por exemplo, diferentes fatias podem ser fornecidas para downloads de arquivos que não são sensíveis à latência e para jogos na nuvem, que são sensíveis à latência. Para manter a QoE no mesmo nível, essas fatias devem atender a diferentes requisitos com diferentes níveis de preços para diferentes usuários.

  1. Oferta de pacotes de serviços personalizados com base em inteligência de rede granular

A diferenciação entre uma variedade de pacotes de serviços personalizados e a determinação do preço deles exige DPI uma inspeção profunda de pacotes, empregando algoritmos de aprendizado de máquina e inteligência artificial, como os implementados pela Allot. A garantia de QoE permite que os CSPs compensem o crescimento inesperado da demanda.

  1. Serviços de segurança para proteção contra novas vulnerabilidades

No domínio da segurança, há uma oportunidade ainda maior para as operadoras de rede. As redes 5G têm maior vulnerabilidade de segurança devido a uma combinação de vários fatores:

  • muitos mais dispositivos IoT na rede 5G;
  • a largura de banda por dispositivo será muito maior e a rede possui um design distribuído com muitos pontos de conexão com a internet;

Além de recursos de segurança baseados em rede que incluem vários elementos interessantes e relevantes: proteção contra malware, fornecida com nossa solução NetworkSecure, Proteção DDoS, fornecida com a nossa oferta DDoS Secure, e proteção de firewall, que faz parte da nossa oferta IoTSecure.

Thiago Souza, responsável pela operação brasileira da Allot, explica que a transição para o 5G representa uma enorme oportunidade para as operadoras, pois o uso principal é o provisionamento de acesso de banda larga sem fio fixa para pequenas e médias empresas e clientes. “Com a tecnologia de suporte correta, as empresas do setor podem diferenciar suas ofertas e oferecer serviços premium. Também podem aumentar as receitas implementando recursos avançados de segurança na rede 5G, fornecendo proteções avançadas e um conjunto atraente de serviços em toda a rede”.

 

Sobre a Allot:
A Allot Ltd. (NASDAQ, TASE: ALLT) é uma provedora líder de soluções inovadoras de inteligência e segurança de rede para provedores de serviços em todo o mundo, melhorando o valor para seus clientes. Nossas soluções são implementadas globalmente para análise de redes e aplicações, controle e configuração de tráfego, serviços de segurança baseados em rede e muito mais. As plataformas de serviços múltiplos da Allot são usadas por mais de 500 operadoras móveis, fixas e em nuvem e mais de 1000 empresas. Nossa solução de serviço de segurança baseada em rede, líder da indústria, alcançou mais de 50% de penetração por alguns provedores de serviços e já é usada por mais de 21 milhões de assinantes na Europa. Allot. See. Control. Secure. Para mais informações, visite: www.allot.com.
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Ousadia ou morte: não há meio termo para o setor bancário

Edgardo Torres-Caballero - Diretor Geral da Mambu para LATAM
Por Edgardo Torres-Caballero, Diretor Geral LATAM para Mambu*

O setor financeiro e, mais especificamente, o negócio dos bancos, mudou tremendamente ao longo da última década. A tecnologia tornou-se parte fundamental do negócio e foi absorvida pelos bancos para a oferta de novos produtos e serviços. Mas isso foi apenas o começo. O que veremos nos próximos dez anos fará com que os bancos como os conhecemos hoje pareçam algo da era glacial. Isso porque, no passado, os bancos eram construídos para durar e, agora, precisam ser construídos para mudar e evoluir constantemente.  

Essa necessidade vem do fato de que o mercado vem sendo ocupado por novos entrantes, que estão reinventando a oferta de serviços com processos automatizados, fluídos e, principalmente, com novas experiências que estão deixando para trás os desajeitados processos manuais com os quais nos acostumamos. E não falamos de poucas empresas. Na América Latina, hoje, temos muito mais fintechs do que instituições bancárias em funcionamento. Somente no Brasil, são 377 fintechs operando, contra 27 bancos.

E essa relação é mais ou menos a mesma em outros países: 

 

País

Fintechs

Bancos tradicionais

México 394 50
Brasil  377 27
Colômbia  124 44
Chile  112 27
Argentina 110 77

Todas estas empresas estão criando novos serviços e oferecendo novas, e melhores, experiências aos clientes. Muitos destes serviços estão sendo criados do zero, construído para atender ao desejo do cliente que, cada vez mais acostumado com a experiência oferecida por empresas como Amazon e Google, hoje vê seus bancos com outros (e mais exigentes) olhos. 

Para a grande maioria dos bancos tradicionais, a rapidez com que esta mudança vem acontecendo é uma ameaça, e séria. Os pesados investimentos realizados por eles em sua estrutura legada de TI surgem hoje como uma camisa de força, ou uma bola de ferro presa ao concreto. O desafio que se coloca hoje a estas instituições é justamente transformar o que é visto hoje como ameaça em oportunidade e vantagem competitiva.

E para isso, é preciso uma nova abordagem. Ousada, é verdade, mas a única possível diante da onda de mudanças que o setor terá pela frente. Quando se fala em tecnologia, quem quiser sobreviver e se manter no mercado, vai precisar aprender a configurar e integrar, ao invés de codificar e customizar; terá que aprender a trabalhar com cloud elástica, ao invés de usar workloads on-premise; e terá que melhorar continuamente. 

Em um setor imprevisível como o bancário, a agilidade deixa de ser algo “bom para se ter” e se transforma em item básico de sobrevivência. E não estamos falando apenas da capacidade de fazer escolhas a partir de um espectro limitado de opções. Não. Os bancos que quiserem atender às demandas de seus clientes precisarão ser ágeis de verdade, e isso será mais importante, até, do que a escala conseguida por alguns deles. Estamos falando de: 

  • Reinventar as experiências fim a fim de seus clientes, oferecendo serviços bancários móveis, rápidos e fáceis de usar; 
  • Não contar mais com dados armazenados em silos, mas utilizá-los para criar relações com os clientes com comunicação mais rápida e simples; 
  • Usar a criatividade e a tecnologia para amenizar a complexidade de controle de grandes estruturas legadas criada por novas regulações; 
  • Projetar novos serviços bancários que tirem vantagem o novo panorama de tecnologia. 

Pode parecer um desafio enorme, e os riscos envolvidos por vezes servem como justificativa para que alguns membros do board queiram distância deles. Por outro lado, é preciso levar em conta também que os grandes bancos contam com cartas importantes na manga para este jogo: 

  • Uma base de clientes já existente, cujos relacionamentos já existentes devem facilitar a oferta de novas iniciativas e serviços;
  • Uma situação financeira sólida, que lhes permite financiar inovação sem a necessidade de investimento externo; 
  • Um grande volume de dados de clientes, que permitem prever demandas e criar novas ofertas; 
  • Marcas reconhecidas e que têm a confiança dos consumidores.

Por mais que o novo momento pareça querer deixar de lado os bancos tradicionais, eles contam hoje com ativos significativos. Seu grande desafio está em combiná-los com a agilidade apresentada hoje pelas fintechs e bancos digitais, parecendo-se mais com estes do que com os bancos que nossos pais costumavam frequentar. Para isso, é preciso que estas instituições se livrem das amarras criadas por suas estruturas legadas. 

Um caminho para isso é a adoção de um conceito chamado composable banking, uma nova abordagem que prevê o desenvolvimento e a prestação de serviços financeiros baseados na montagem rápida e flexível de sistemas independentes, que ofereçam desde score de crédito até inteligência artificial. Ela tem ajudado instituições tradicionais a oferecer novas experiências aos seus clientes, competir com as fintechs e responder a esta necessidade de mudança, sem abrir mão de seus ativos construídos ao longo de décadas. 

O fato é que não é possível prever o futuro, mas pouca gente duvida que o ritmo das mudanças deve se acelerar cada vez mais e, para enfrentá-las, é preciso centrar o foco na conquista da agilidade. É ela que fará a diferença. Não importa onde o banco estiver, ele precisará responder rapidamente às mudanças no mercado, novas demandas dos clientes, ações dos concorrentes, o surgimento de novas regulamentações e a escalada de tecnologias inovadoras. 

Agilidade será a senha para o futuro e ela não deve estar apenas no final do processo de projeto de arquitetura, por exemplo. Ela deverá permear toda a organização. Essa é a escolha que os bancos têm de fazer hoje.

 

 

Edgardo Torres-Caballeroé Diretor Geral da Mambu para LATAM. Há mais de 20 anos Torres-Caballero lidera crescimento e transformação nas Américas, no comando de operações de grandes companhias, como a HP, bem como de diversas companhias de software europeias na região. No setor público, atou como secretário adjunto (Dezembro, 2003) do Departamento de Desenvolvimento Econômico e de Comércio (DEDC) de Porto Rico e em diversas organizações sem fins lucrativos (ligadas a TIC), na Câmara do Comércio e compôs o quadro de diretores de Organizações Públicas e Associações de Indústria. É formado em Relações Internacionais, Econômicas e estudos Latino-Americanos pela George Washington University (USA). Torres é pós-graduado em Comércio Internacional e Gestão pela Fundação Getúlio Vargas (Brasil). Foi eleito um dos 40 executivos mais bem-sucedidos antes dos 40 anos de idade em Porto Rico pela Caribean Business em 2004, e foi reconhecido como Homem de Negócios de Sucesso pelo El Vocero, em 2007.  

 

 

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Vazamento de dados afetou 43% das empresas da América Latina em 2019: saiba como evitar

Ataques cibernéticos e falhas de segurança colocam em risco informações sigilosas de empresas e clientes. Especialista destaca cuidados na hora da contratação de um data center para PMEs brasileiras garantirem segurança na operação

Quando o assunto é segurança de dados, as pequenas e médias empresas não passam imunes aos ataques. Só em 2019, de acordo com levantamento da empresa de segurança cibernética Kaspersky, 43% das empresas deste porte na América Latina sofreram ataques que resultaram no vazamento de informações. O número alarmante mostra que para estes negócios, a segurança é ainda uma situação crítica. Além do vazamento de conteúdo sigiloso, essa situação pode colocar em risco a credibilidade do negócio, resultando ainda em penalidades com prejuízo financeiro.

Jean Jader Martins, diretor comercial da Global Gate DC, empresa do grupo Bludata especializada em infraestrutura e armazenamento de dados, destaca que a situação evidencia ainda a falta de investimentos neste setor. “As PMEs muitas vezes possuem estrutura enxuta e optam por armazenar dados em nuvem pública, esquecendo que ainda são responsáveis em garantir a segurança e continuidade do seus negócios e respectivos stakeholders. Nestes ambientes é muito mais comum ocorrer vazamento de dados, se comparado com estruturas privadas, onde a camada de segurança é uma preocupação constante, assim como as infraestruturas “on premises”. Outra questão é a necessidade de investimento constante em processos, sistemas, equipes, certificações e estrutura de suporte e monitoramento 24x7x365”, avalia.

Para o executivo, o fato de grandes empresas e instituições – como o próprio Exército brasileiro e Banco do Brasil (previdência) nas últimas semanas – sofrerem ataques que culminam em vazamento de dados sensíveis, evidencia que para PMEs a situação é ainda mais complexa. “A privacidade e segurança das informações é algo muito sensível e que exige expertise por parte das empresas. Para evitar esse tipo de problema o mais indicado é a contratação de serviços especializados, empresas certificadas, que cumprem rigorosos requisitos para a oferta do armazenamento de dados, backup e sistemas de recuperação de desastres”, diz.

O que levar em consideração na hora de escolher o fornecedor de Armazenamento de dados

Jean lista algumas características que tornam um fornecedor de cloud privada um bom investimento para PMEs que buscam proteger suas informações:

– Atendimento personalizado: para empresas de pequeno e médio porte, um ponto assertivo é contar com uma equipe para desenhar o projeto de armazenamento, backup, desastres e infraestrutura. Assim, será possível prever gastos e possível aumento de espaço de armazenamento, bem como ajustes ao longo do projeto;

– Proximidade: fornecedores brasileiros tendem a ser mais abertos para o atendimento, com estruturas de suporte e monitoramento 24×7 que acompanham toda a entrega de serviços, níveis de SLA de resposta e solução, o que facilita a resolução de qualquer eventual problema e tranquiliza a PME que nem sempre pode contar com esta estrutura;

– Certificação de estrutura: existe um ranking internacional que classifica as fornecedoras de cloud privada em tiers. No Brasil, apenas 40 empresas possuem tier III, um dos mais elevados, que garante alto grau de segurança e disponibilidade. Antes de fechar negócio é importante verificar se o fornecedor conta com a certificação;

– Certificação profissional: as pessoas por trás do suporte dos fornecedores também precisam ser certificadas em inúmeras disciplinas, de arquitetos de infraestrutura que trabalham na concepção dos ambientes, engenheiros de cibersegurança, analistas e auditores de segurança de informação.

Sobre a empresa
A Global Gate Data Center é uma empresa do grupo Bludata e a primeira de Santa Catarina a conquistar certificação Tier III para sua estrutura de data center. A companhia é especializada em soluções de nuvem privada, hosting, colocation, disaster recovery (DRaaS) e backup as a service (BaaS).  O Grupo Bludata tem mais de três décadas de atuação é e especializado no desenvolvimento de softwares de gestão, open banking, internet banking e processamento de dados.

 

 

 

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Hacking.Rio cria hackathon online global para desenvolver soluções de combate à covid-19

Hacking.Help reunirá alunos, professores e mentores de toda área do conhecimento de países de língua portuguesa

O Hacking.Rio, maior Hackathon da América Latina, lançou seu primeiro hackathon online para reunir e desenvolver soluções para os problemas que a sociedade enfrenta devido à pandemia do novo coronavírus. O evento acontece de 22 a 24 de maio, serão 48 horas de duração em que os participantes terão acesso a mentorias e conteúdos educacionais exclusivos para aperfeiçoar as iniciativas até a entrega de um Mínimo Produto Viável (MVP). As inscrições são gratuitas e abertas para alunos de ensino médio, técnico e superior de qualquer área de conhecimento e de todos os países de língua portuguesa, como Portugal, Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Macau, inclusive aqueles que não possuem grande familiaridade com tecnologia.

A chamada para inscrições também busca mentores técnicos com experiência em hackathons e professores que nunca participaram de um evento como esse. “Nós queremos capacitar profissionais que ainda não tiveram contato com essa metodologia para que possam aplicá-la em outros projetos educacionais que queiram desenvolver futuramente. De forma que gere muitos benefícios futuros”, diz Lindalia Junqueira, fundadora e CEO do Hacking.Rio e da Ions Innovation.

Serão seis clusters com diferentes verticais voltados para o combate à COVID-19: saúde, educação, empregabilidade, assistência social, cooperativismo e logística, sendo que cada um terá seu próprio hackathon que contará com o suporte de mentores técnicos e especialistas do respectivo segmento. Cada cluster terá uma premiação de R$ 5 mil reais, sendo R$2.500 para o primeiro,  R$ 1.500 para o segundo e R$ 500 para o terceiro, somando um total de R$ 30 mil em prêmios para alunos participantes. Ainda haverão os prêmios: Melhor Mentor e Melhor Universidade. “O nosso objetivo é gerar impacto social e educacional, para que os jovens que, neste momento estão em casa totalmente desmotivados possam desenvolver soluções que de fato tenham impacto”, explica Lindália.

O Hacking.Help terá uma jornada 100% online em uma plataforma com salas virtuais, em que as equipes poderão se comunicar via chat ou videoconferência e terão acesso à webinários já gravados sobre propriedade intelectual, principais ferramentas de código, modelagens de solução para resolver problemas e mais. Durante os dois dias de evento as equipes deverão cumprir diversos desafios. Cada cluster será avaliado por uma banca de pelo menos 5 jurados, sendo portanto, mais de 30 jurados. Entre eles, estão especialistas como: Ana Fontes, Presidente da Rede Mulheres Empreendedoras, Amure Pinho, Presidente da Associação Brasileira de Startups e Fábio Póvoa, cofundador da Movile e investidor de Venture Capital.

O evento conta com o apoio de empresas como a Souza Cruz, Santander Universidades, Rede D’or, Provider IT e Sescoop/RJ e parceria de mais de 50 universidades e instituições de ensino, sendo 25 no Brasil e 25 no exterior como IME, UFRJ, UERJ, IBMEC, PUC-RIO, SENAC, ESTÁCIO e UNISUAM.  As inscrições podem ser feitas até o dia 20/05 por meio do site: http://hackingrio.com/hackinghelp/ 

Sobre o Hacking.Rio:

O Hacking.Rio é o maior Hackathon da América Latina e festival de cultura digital, onde reúne especialistas em negócios para pensar, debater e gerar soluções de alto impacto para problemas reais enfrentados pela sociedade em pelo menos 15 clusters setoriais, áreas como educação, mobilidade, saúde, turismo, energia, economia criativa, sustentabilidade entre outros. Mais de mil desenvolvedores, programadores, designers, especialistas em marketing digital e empreendedores se inscrevem anualmente para participar de 42 horas de maratona e desenvolvimento de novas tecnologias.

A segunda edição em 2019 do evento teve mais de 3500 participantes entre hackers, bizdevs, mentores, ativadores, palestrantes, pesquisadores, expositores, voluntários, apoiadores, comunidades de tecnologias, sendo mais de mil inscrições para participar dos Hackathons.

 

Serviço:

Hacking.Help 2020

Data: 22 de maio à 24 de maio

Inscrições: https://www.sympla.com.br/hackinghelp-2020__837748

Informações: http://hackingrio.com/hackinghelp/

Um mundo mais digital e solidário pós-pandemia

Braulio Lalau de Carvalho (*)

Se hoje publicasse um livro sobre 2020, certamente ele abordaria cinco temas principais: os desafios impostos pela pandemia do novo coronavírus, a mudança de comportamento do consumidor, os aprendizados do trabalho remoto, o poder da transformação digital e o novo normal. Em semanas, o mundo virou de cabeça para baixo e mergulhamos numa crise jamais imaginada em pleno século XXI. A Covid-19 chacoalhou as estruturas físicas e emocionais, que nos fizeram descobrir novas formas de convivência social, mesmo à distância.

Para garantir a segurança dos colaboradores e a manutenção das nossas operações, criamos um comitê de crise para discutir planos de contingência e a transferência da maioria da equipe para o home office, exceto aqueles ligados à cadeia de serviços essenciais. Um desafio e tanto fazer a migração dos agentes porque também precisávamos garantir que eles tivessem a infraestrutura necessária para trabalhar sem riscos. Investimos em várias soluções de segurança

Braulio Lalau de Carvalho – CEO da Orbitall, empresa do Grupo Stefanini.

para evitar ataques cibernéticos, garantir o sigilo e a integridade das informações, além de manter o contato frequente com a equipe para saber como as pessoas estavam.

A primeira fase de todo esse processo de adequação à nova realidade versava sobre o cuidado com os nossos colaboradores. Ao garantir que estavam bem, passamos à segunda etapa, que era justamente aprender a trabalhar remotamente com eficiência. No início, chegamos a questionar se este modelo daria certo, afinal as pessoas têm perfis e dinâmicas diferentes. Para nossa grata surpresa, o nível de produtividade de alguns deu um salto e conseguimos manter o ritmo de atividade, sempre muito próximos aos nossos clientes para entender as necessidades e apresentar soluções rápidas.

Foi nessa fase que percebemos como coisas simples do dia a dia acabam passando despercebidas. A pandemia nos trouxe um olhar diferente sobre a vida, sobre as pessoas e sobre a própria corporação. Há muito tempo não presenciava um clima tão grande de solidariedade e de colaboração entre as diversas empresas do grupo. Existe uma troca maior de experiência, que contribui para a evolução contínua dos negócios e conquista de novos clientes, mesmo em tempos de incerteza.

O home office quebrou paradigmas e mostrou resultados fantásticos. Tanto que já pensamos em transferir parte da operação para o trabalho remoto, após a pandemia. A Covid-19 nos fez enxergar novas possibilidades e acabou acelerando o processo de transformação digital em muitas empresas, o que também gerou oportunidades para companhias como a nossa. A tecnologia assumiu novamente seu protagonismo ao permitir que vários segmentos mantivessem seus trabalhos de maneira remota e em segurança. Também colaborou no processo de reinvenção de muitas empresas para que pudessem sobreviver a mais uma crise, dessa vez contra um inimigo invisível e, muitas vezes, implacável.

Sabemos que as coisas nunca mais serão como antes. Novos hábitos foram adquiridos, assim como novos formatos de negócios, que tendem a se manter cada vez mais colaborativos, como prevê o mundo digital. A transformação será muito mais rápida. Tudo a partir de agora terá um olhar diferente. E quem vai sair na frente? Quem enxergar isso primeiro e entregar uma proposta diferenciada, que realmente solucione os problemas do cliente.

Esse é o momento de testar novos modelos, olhar para o futuro e pensar em alternativas para atuar diante do novo normal. A pandemia tirou muitos profissionais da zona de conforto, estimulou a criação de squads para pensar em novas ofertas e desafiou a nossa criatividade. Assumimos mais riscos e responsabilidades para nos transformar e ajudar no processo de digitalização de muitas empresas.

A partir de agora, a tendência é que haja mais investimentos em automação para liberar os profissionais que atuam em atividades repetitivas, principalmente nas áreas de back office, para trabalharem em posições mais estratégicas. A democratização do digital e a hiperconectividade, aceleradas pela pandemia, vieram para ficar. Caminhamos em uma nova direção: a de mudança de comportamento do consumidor, que vem exigindo das empresas mais transparência e agilidade nas respostas e tomada de decisões.

Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) aponta que algumas lojas virtuais chegaram a registrar um aumento de mais de 180% em vendas de alimentos, bebidas, beleza e saúde. É provável que, no pós-pandemia, o e-commerce se consolide como uma alternativa mais acessível para boa parcela da população, que antes tinha receio de utilizar as transações virtuais, mas se acostumou com sua praticidade.

Se antes havia resistência às soluções digitais, o mundo atual mostrou que elas passaram de projetos futuros para a lista de prioridades das empresas. O que poderia levar anos para ser implementado precisou virar em alguns dias. A pandemia passará, mas o digital estará entre nós de maneira definitiva.

(*) Braulio Lalau de Carvalho é CEO da Orbitall, empresa do Grupo Stefanini, referência em soluções digitais.

Crowdfunding de investimento: A regulamentação no Brasil

* Por Fernando Kjekshus Rosas, coordenador da área de Direito Bancário e Investimento Estrangeiro do BVA Advogados, e Beatriz Nundes Cloud, estagiária do BVA Advogados

Fernando Kjekshus Rosas – Coordenador da área de Direito Bancário e Investimento Estrangeiro do BVA Advogados

crowdfunding de investimentos foi instituído no Brasil em 2017 por meio da Instrução CVM nº 588 (“Instrução”), também denominada marco regulatório do crowdfunding de investimento. Tal mecanismo tem sido uma ótima alternativa para a captação de recursos financeiros por empresas para o desenvolvimento e aprimoramento de suas atividades.

Após decorridos 2 anos da instituição da regulamentação do crowdfunding no Brasil, verificou-se um aumento da utilização de tal mecanismo e um aumento na captação de recursos por tal meio. De acordo com a Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”), durante o ano de 2019 foram captados R$ 59.043.689, um aumento de 28% em relação aos R$ 46.006.340 levantados em 2018[1].

Considerando que o marco regulatório do crowdfunding foi um instrumento inicial para regulamentação de tal modalidade de investimento, alguns pontos não estavam de acordo com as necessidades práticas das plataformas de crowdfunding e dos investidores. Diante de tal cenário, a CVM propôs a revisão da Instrução CVM nº 588 com o objetivo de adequar a Instrução às necessidades e realidades do crowdfunding conforme praticado no Brasil.

Beatriz Nundes Cloud – Estagiária do BVA Advogados

Identificamos que as alterações propostas pela CVM foram pautadas por duas finalidades, sendo elas a proteção do investidor vulnerável e o desenvolvimento e aprimoramento do crowdfunding como modalidade de captação de recursos e investimentos, com foco nas sociedades empresárias de pequeno porte, as quais encontram maior dificuldade para obtenção de recursos nos modelos tradicionais de financiamento.

Dito isto, abordaremos as principais alterações propostas pela CVM no edital de audiência pública SDM 02/2020. A primeira delas, trata-se da expansão dos limites, sendo eles: (i) aumento do limite máximo de captação; (ii) aumento do limite máximo do valor de investimentos a ser realizado por ano-calendário; (iii) aumento do limite máximo de receita bruta anual para uma sociedade utilizar as plataformas de crowdfunding como meio de captação de recursos; e (iv) aumento do limite máximo de receita bruta anual de grupo econômico.

No tocante ao aumento do limite máximo de captação, a Instrução atualmente prevê o  valor máximo de R$ 5.000.000,00 por captação, ao passo que a alteração propõe a expansão do valor máximo para R$ 10.000.000,00 por captação. De outro lado, em relação aos investimentos por investidores considerados não qualificados, nos termos da Instrução, a CVM propõe aumentar o limite permitido para investimentos, passando de R$ 10.000,00 por ano para R$ 20.000,00 por ano.

Quanto ao limite máximo do valor da receita bruta anual da sociedade apta para utilizar as plataformas de crowdfunding, a Instrução estabelece que pode ser de no máximo R$ 10.000.000,00, contudo, as plataformas estavam encontrando dificuldades para disponibilizar novas ofertas, tendo em vista que muitas empresas que viam no crowdfunding uma alternativa viável de obtenção de capital, não estavam de acordo com o valor máximo estabelecido na Instrução CVM. Visando afastar as dificuldades enfrentadas pelas plataformas e pelas empresas interessadas em levantar capital via crowdfunding, na minuta proposta a CVM triplicou o valor máximo da receita bruta anual, sendo o novo valor máximo de receita bruta anual de R$ 30.000.000,00.

Além disso, na hipótese de a empresa ser controlada por outra pessoa jurídica ou fundo de investimento, a CVM propôs a expansão do limite máximo da receita bruta anual do conjunto de entidades que estejam sob controle comum para R$ 60.000.000,00, isto é, seis vezes o que a Instrução atualmente propõe. A expansão em questão atribui maior flexibilidade para empresas nascentes dentro de grupos econômicos maiores e empreendimentos imobiliários que contem com incorporadoras mais desenvolvidas.

Neste primeiro aspecto abordado, vemos com bons olhos as alterações propostas pela CVM no sentido de fomentar o mercado de crowdfunding, após o período inicial de “testes” dentro dos limites mais restritivos anteriores. Com a implementação dos novos limites a serem instituídos com a edição da nova Instrução, entendemos que o mercado de crowdfunding irá passar por um processo de solidificação como alternativa de obtenção de capital para uma nova gama de empresas, e ajudando ainda no próprio desenvolvimento e aprimoramento de tal mercado.

No âmbito de atribuir uma maior proteção aos investidores, a CVM adotou 3 medidas para alcançar referida proteção, tais medidas são: (i) aumento da segurança associada à titularidade do valor mobiliário ofertado, uma vez que na alteração proposta a CVM passa a exigir a escrituração de valores mobiliários emitidos por meio de crowdfunding; (ii) incrementar a estrutura das plataformas; e (iii) aprimorar o regime informacional dos valores mobiliários ofertados e dos riscos a ele associados.

Quanto ao aprimoramento da estrutura da plataforma, a CVM propôs mudanças para melhoria da segurança concedida pela plataforma em razão do papel fundamental que a plataforma exerce, uma vez que ela é a principal responsável por garantir o cumprimento da Instrução. As mudanças propostas foram: (i) o aumento do valor do capital social mínimo para que tais plataformas pleiteiem o seu registro junto à CVM, que passa a ser R$ 200.000,00 e (ii) no momento em que as captações realizadas pela plataforma atingir o valor de R$ 15.000.000,00  haverá a obrigação da plataforma contratar um profissional permanentemente responsável pelo cumprimento de todas as normas e condições estabelecidas na Instrução.

Além das alterações acima, a CVM inovou ao apresentar a proposta de intermediações secundárias dentro das plataformas de investimento, a medida permitirá que os investidores que possuam valores mobiliários do mesmo emissor possam negociar tais valores por meio da plataforma, devendo ser observadas condições específicas, como a obrigação da plataforma de manter histórico de volume e preço das negociações realizadas para cada sociedade empresária de pequeno porte disponível para os investidores do mesmo valor mobiliário e para a CVM.

E ainda, foi apresentada uma expansão das possibilidades de divulgação da oferta, anteriormente era vedado a veiculação de material de cunho publicitário na divulgação de oferta pública, enquanto que, a minuta apresentada propõe que a oferta pública possa ser divulgada livremente, com o objetivo de permitir a divulgação de dados sobre a oferta e sobre o emissor para despertar o interesse dos investidores.

Em linhas gerais, verifica-se que as alterações propostas pela CVM são positivas e necessárias para que o crowdfunding continue se desenvolvendo no Brasil e que o número de investidores e empresas beneficiados por tal mecanismo continue aumentando.

Especialista alerta contra golpes na internet em tempos de quarentena

A partir de ações simples usuários podem evitar sofrer crimes virtuais nesse período de pandemia

Por causa da pandemia da Covid-19 (coronavírus) o país vive um momento sensível, onde muita gente tem procurado por descontos oferecidos por empresas e benefícios concedidos pelo Governo. Nesse contexto, golpistas estão se aproveitando para tentar roubar dados e informações de brasileiros.

Segundo uma empresa que desenvolve aplicativos de segurança, mais de 4,5 milhões de brasileiros haviam acessados links falsos em relação ao auxílio emergencial nas primeiras semanas após o anúncio do programa. Chamado popularmente de “coronavoucher”, o benefício de R$ 600 está sendo destinado para ajudar famílias que estão com pouca ou nenhuma renda por causa da pandemia.

Além de golpes envolvendo o serviço do Governo, também foram identificadas fraudes relacionadas a ofertas em serviços de streaming, promessa de aumento na franquia da internet, ovos de Páscoa grátis e até mesmo pessoas se passando por funcionários de saúde e pedindo dinheiro para as vítimas. Os canais utilizados pelos criminosos são o telefone, e-mail e principalmente o WhatsApp, aplicativo mais popular do país.

Sylvia Bellio, especialista em infraestrutura de TI e CEO da it.line, empresa eleita por quatro vezes consecutivas a maior revendedora da Dell Technologies no Brasil, lembra que um golpe específico também tem aumentado nesse período de pandemia. Por causa das restrições de movimentação e fechamento de comércios e serviços não essenciais, muitas pessoas têm apostado nas videoconferências como método de trabalho ou para conversar com amigos e família. Nesse cenário, um programa de vídeo chamadas foi alvo de criminosos e sofreu invasões e uma disseminação de links falsos.

“Nesse caso, é muito importante tomar cuidado com o que está sendo baixado. Os fraudadores viram que o programa está fazendo sucesso e criaram falsificações dele. Por isso é importante encontrar o site oficial para realizar o download”, afirma.

Sylvia pontua que os criminosos se aproveitam da baixa desconfiança das pessoas e da fragilidade da segurança de seus aparelhos para aplicarem os golpes.

“O Brasil é infelizmente um dos países que mais sofrem crimes virtuais do mundo. Então, é preciso realizar campanhas de conscientização e debater o assunto, já que com medidas básicas é possível diminuir muito a possibilidade de ser vítima de crimes cibernéticos”, argumenta.

Como se proteger

Sylvia comenta que além dos links falsos (que geralmente usa a tática chamada phishing, que copia uma página verdadeira e rouba as informações das pessoas), golpes como pedidos de códigos de verificação e arquivos com vírus são muito comuns para roubar informações. Ela salienta que é preciso ficar atento a todas as plataformas onde há uma troca de dados. A especialista dá dicas para cada serviço:

Aplicativos

  • Desconfie de links com promoções enviados por números desconhecidos em meios não convencionais, como o WhatsApp e SMS. Isso também vale para e-mails de endereços desconhecidos e estranhos;
  • Não confirme dados pessoais ou repasse códigos recebidos por SMS para pessoas no telefone. Esse golpe tem sido muito comum, sendo que ele é utilizado para clonar o WhatsApp. Depois de ter acesso ao aplicativo, os criminosos geralmente pedem dinheiro para contatos próximos da vítima ou realizam a extorsão para devolver o acesso;
  • O número de aplicativos falsos em relação ao “coronavoucher” se multiplicaram. Em caso de dúvida, acesse os sites do Governo para verificar qual o nome da aplicação oficial. Muitas vezes, o próprio site do Governo possui um link direto para baixar o programa;
  • Use o método de segurança de verificação em duas etapas em todos os aplicativos e redes que permitem. A verificação em duas etapas é um procedimento que garante a segurança de suas informações porque cria duas senhas diferentes para acessar uma conta, o que complica a vida de fraudadores. O sistema é importante porque impossibilita que o criminoso use o recurso de “esqueci minha senha” para modificar o acesso à conta da vítima. A verificação em duas etapas pode ser usada no WhatsApp, redes sociais e e-mails.

E-mail

  • A caixa de Spam é uma boa forma de filtrar conteúdos fraudulentos. Contudo, ela nem sempre é 100% efetiva. Portanto, é importante ficar atento ao endereço da pessoa que enviou o e-mail;
  • Evite baixar qualquer arquivo de remetentes desconhecidos, mesmo sendo empresas e serviços;
  • Não responda e-mails que pedem confirmações de informações pessoais como RG, CPF, conta bancária, telefone e etc.

Redes sociais

  • O conteúdo postado nas redes sociais dá muitas pistas para intrusos, por essa razão é recomendado não publicar endereços residenciais, telefones, data de nascimento, placa do carro, fotos da frente da casa, passagens aéreas, documentos em geral, ou mesmo marcar os lugares públicos que frequenta. Há muitas informações importantes que podem ser cruzadas por algoritmos e facilitar a ação de pessoas mal-intencionadas;
  • Gerencie as configurações de privacidade das redes sociais e buscadores que você utiliza. Através das configurações é possível filtrar o acesso e utilização dos dados pelas empresas.

Sites

  • Observe se a página que você está utilizando possui as letras “https” e um cadeado na parte esquerda antes do link, que são indicativos de autenticidade;
  • Se for fazer compras ou alguma transação bancária pela internet, evite utilizar Wi-Fi público.  Caso essa situação possa se apresentar, tenha previamente um aplicativo de VPN instalado no celular ou computador. O VPN é uma rede virtual privada que praticamente impossibilita o acesso a seus dados na internet;
  • Antes de fazer compras virtuais, cheque se a empresa possui CNPJ válido, endereço, telefone para contato e razão social. De acordo com a Legislação, um empreendimento online no Brasil precisa mostrar essas informações aos clientes.

Por último, a especialista em infraestrutura de TI comenta que todos os aparelhos, seja computador, celular ou tablet, precisam possuir programas específicos de segurança como antivírus. Ela complementa dizendo que depois de instalado, os programas devem estar sempre atualizados. Isso vale também para aplicativos de celular.

“As atualizações servem justamente para coibir novas formas de golpes que são inventadas a todo o momento. Essa dica serve, ainda, para o próprio software do aparelho, que precisa estar sempre em sua última versão disponível”, finaliza.

 

*Sobre Sylvia Bellio

Iniciou a carreira no setor financeiro, atuando como gerente da área administrativa de grandes instituições bancárias.

Diretora Geral da it.line – empresa eleita por quatro anos consecutivos o Maior Canal de Vendas Dell Technologies do Brasil.

Com mais de 15 anos de experiência no mercado de tecnologia conduz sua equipe de arquitetos de soluções e executivos de negócios para se posicionem lado a lado com os profissionais de TI na busca de soluções para resolver os desafios de negócios das empresas.

Agraciada, através de sua empresa, por anos consecutivos com os mais conceituados prêmios da Dell Computadores.

É autora dos livros “Simplificando TI” e “Impressões Digitais”

Introduziu no Brasil fabricantes como: Dot Hill Systems de armazenamento FC; EqualLogic armazenamento Iscsi; Force10 de networking; Compellent de armazenamento FC|ISCI.

Tem papel de destaque no empoderamento feminino dentro do universo da tecnologia.  É a única mulher a compor o conselho das empresas parceiras da Dell no Brasil. Participou de diversas edições do Dell World e das últimas edições do Dell Women’s Entrepreneur Network.

A arte da negociação em tempos turbulentos

*Por Claudio Zini

Quem imaginaria que em 2020 um vírus abalaria todas as estruturas comerciais e econômicas em âmbito mundial. Inúmeras empresas já tinham seus planos traçados para o decorrer do ano, muitas com margens altas de crescimento nos negócios. Porém, agora, tudo precisará ser revisto e com extrema cautela para não prejudicar clientes, fornecedores e colaboradores.

Essa não é a primeira crise que o mundo enfrenta. Passamos por um caos econômico em 2008, mas claro, sem comparações com o que vivemos atualmente. Na época, inúmeras empresas quebraram, milhares de profissionais perderam seus empregos – até então estáveis – e tiveram que rever planos para o futuro. Demorou, entretanto, tudo foi se encaixando novamente.

Saber negociar é uma questão de sobrevivência, principalmente, nessa época em que o coronavírus tem abalado todas as estruturas, sejam empresariais, econômicas, sociais e familiares. E agora, mais do que nunca, o instinto de negociação precisa se fazer presente. Cada dificuldade vencida nos prepara para um caminho ainda mais tortuoso que está por vir. Esse é o ciclo da vida e dos negócios. O que não nos derruba, sempre nos fortalece. E é em períodos de tormenta que se encontram as melhores oportunidades.

Um fator importante e que deve ser analisado é que a negociação precisa ser boa para todos os lados envolvidos. Encontrar um ponto de equilíbrio ao negociar é a grande vitória. O processo de negociar está diretamente ligado a ouvir. Mas precisamos ouvir com agressividade e intensidade. Assim, será possível driblar a resistência ocasionada durante um processo de negociação.

Na gestão de uma empresa, se não soubermos negociar com nossos colaboradores, todos os processos podem ser comprometidos. As melhores metas envolvem, necessariamente, pessoas, ou seja, semear. É fundamental que a geração de receita futura esteja aliada à cultura de inovação. E inovar é abraçar o futuro. Os resultados e os lucros de uma negociação são conquistados quando o futuro se torna presente.

Em uma estratégia de negociação o fator primordial para obtenção de êxito é perceber a mudança e adaptar-se a ela com rapidez antes da concorrência. Estipular valores é uma maneira de trazer à tona a consciência coletiva.

Todos já estavam passando por uma época de sobrevivência com o PIB de mais ou menos 1%. Para esse ano, a expectativa é que o índice feche a -4%. Os pedidos das empresas irão cair, com certeza, elas reduzirão a jornada de trabalho, mas continuarão prezando pela excelência de seus serviços. Tudo passa. Pode demorar, mas passará. Temos que ter essa certeza para traçar as melhores estratégias. O ano de 2021 será um período bom, já que a tendência é que após uma queda acentuada, o crescimento tende a ser vigoroso.

Confira 10 dicas para obter êxito nas negociações em tempos turbulentos (e na vida): 

1 – Se colocar no lugar do outro 

Em toda negociação, para que haja sucesso, nós temos que nos colocar no lugar da outra pessoa. E é exitoso quando conseguimos convencer a pessoa de que entendemos seus problemas.

2 – Empatia 

Ser empático é fundamental. Tente analisar o processo de negociação da maneira mais abrangente possível.

3 – Venda soluções 

Não se pode vender apenas o produto, mas a solução completa para os clientes. Há todo um ciclo de negociação envolvido desde a fábrica, passando por fornecedores e parceiros, com o objetivo centrado em fornecer ao cliente o que tem de melhor a um custo competitivo.

4 – O poder do convencimento 

Quando um líder necessita colocar uma ideia em prática isso também é considerado uma negociação, pois se ele conseguir convencer que quem está no comando é a pessoa que vai executar, é sucesso na certa.

5 – Ouça com agressividade 

Não devemos escutar, mas sim ouvir com agressividade. Ofereça o palco para o cliente, mas saiba que quem domina uma conversa é aquele que faz as perguntas.

6 – Moeda de troca 

Negociação é uma troca. Portanto, sempre se pergunte o que você tem a oferecer ao outro. E então, busque a informação para ofertar algo útil a quem se está negociando.

7 – Devagar e sempre 

Ofereça tudo o que puder. Mas com calma e aos poucos. Ou a pessoa não dará o devido valor às suas concessões.

8 – Vivendo e aprendendo 

Nunca perdemos em uma negociação. Segundo William Ury, antropólogo e especialista em negociação, ou ganhamos ou aprendemos.

9 – Abrace o problema do cliente

Uma negociação fantástica é também aquela em que abraçamos o problema do cliente e temos paixão por resolvê-lo.

10 – Aja com suavidade 

Nas negociações devemos ser suaves com as pessoas, evidenciando seus pontos positivos, bem como ser duro e exigentes com o problema que precisa ser resolvido.

*Claudio Zini é diretor-presidente da Pormade Portas

Startups de tecnologia criam soluções para ajudar empresas na quarentena

Instanteaser, Moki Sistemas e VTEX apresentam novos serviços com vantagens para pequenos e grandes negócios 

A pandemia do novo coronavírus pegou o mundo todo, literalmente, de surpresa. Para minimizar a propagação do vírus, o isolamento social foi colocado em prática, impactando diretamente a vida das pessoas, assim como de empresas que tiveram que fechar suas portas como medida de prevenção e segurança. Nesse cenário, a economia está sendo diretamente afetada, pois houve uma grande queda nas receitas de empresas, assim como na fonte de renda de grande parte da população. Pensando em minimizar esses impactos, startups da área de tecnologia criaram soluções inovadoras para reverter esse cenário.

Multiply, da Instanteaser

A Instanteaser, startup com soluções para vídeos de alta performance,  primeira empresa da América Latina a receber o selo de parceiro oficial para YouTube Ads, do Google e reconhecida internacionalmente por seus projetos audiovisuais, acaba de lançar um serviço voltado à franqueados e pequenas empresas: o Multiply.

“Sabemos que franqueados são empresas que têm pouco conteúdo personalizado e canais de comunicação saturados de informação. Com o Multiply cada franqueado pode customizar suas informações de forma prática e falando diretamente com o seu público-alvo, gerando mais negócios e atingindo mais pessoas”, explica Bernardo Landeira, co-founder da Instanteaser.

A plataforma funciona através de vídeos em digital first de até 30 segundos, produzidos em motion design com alta performance, customização, escala e agilidade. Assim, cada franqueador pode alterar fotos e textos para personalizar a mensagem com informações atualizadas constantemente. Os vídeos podem ser divulgados nas mídias sociais de cada empresa, como WhatsApp, Instagram, Facebook e Youtube, entre outros canais.

Checklists gratuitos, do Moki Sistemas

Com o objetivo de ajudar as empresas diante da pandemia do novo coronavírus, que tem afetado diversos setores e para garantir mais segurança de funcionários e clientes dos serviços essenciais, o Moki, hub de dados, reconhecido pela sua gestão de informações utilizada para apoio a tomada de decisões mais assertivas nas empresas, criou uma série de checklists gratuitos que podem ser baixados em seu site. Além disso, durante dois meses, o software estará disponível gratuitamente para empresas que se inscreverem, com o objetivo de auxiliá-las na consolidação de informações de seus negócios diante da crise.

“Usamos a nossa expertise para disponibilizar checklists importantes para cada modelo de negócio, diante dessa crise que estamos enfrentando. O último lançamento sobre a retomada de operações, visa possibilitar mais controle sobre as operações das empresas que estão fechadas por cerca de 2 meses, para que estejam preparadas para o retorno. Apuramos diversas informações de clientes e pesquisas, e chegamos ao que é necessário para cada modelo de negócio no momento”, informa Guilherme Werneck, CEO do Moki.

Retomada de operações 

Diante do isolamento social, muitas empresas pararam suas operações, visando combater a propagação da Covid-19. Ainda que a loja esteja fechada, a fábrica parada e os maquinários desligados é importante manter o controle das atividades. Para auxiliar nesse processo, o Moki disponibiliza o checklist de vistoria de operação e preparação para a retomada. Assim, mesmo durante o isolamento, todos podem manter o controle sobre suas atividades e começar a se planejar para estarem prontos quando for autorizada a retomada de operação de lojas, fábricas e escritórios.

Supermercados 

Ainda nesse cenário, os  supermercadistas enfrentam novos desafios  para garantir que suas mega-operações estejam funcionando da maneira correta, com processos de segurança e higiene mais severos. Pensando nisso, a APAS (Associação Paulista de Supermercados) criou uma cartilha de orientação com medidas de  prevenção contra o Coronavírus e para facilitar nesse controle, o Moki, desenvolveu um modelo de checklist gratuito que engloba os principais pontos da cartilha e informações fornecidas por clientes e mais pesquisas.

Delivery 

As entregas em domicílio, principalmente no setor de alimentação, têm crescido exponencialmente no Brasil. Desde que o isolamento social entrou em vigor, o serviço alcançou um novo patamar. Uma pesquisa da Galunion em parceria com o Instituto Qualibest realizada em abril de 2020 no Brasil, mostra que 90% dos brasileiros estão evitando comer fora neste momento. O checklist gratuito criado pelo Moki contém perguntas sobre legislação, presença em plataformas que facilitem esse tipo de serviço, embalagem, entregas e procedimento de segurança para os entregadores, campanhas de marketing e comunicação para os clientes sobre prevenção.

Loja Integrada, plataforma da VTEX

A Loja Integrada, plataforma de e-commerce do grupo VTEX, multinacional brasileira de tecnologia para varejo multi-canal com mais de 2.500 clientes no mundo, lançou, junto com a PayU e Elo, uma parceria para pequenos e médios empreendedores poderem criar lojas virtuais de forma rápida e gratuita.

Uma das vantagens é a taxa de 1,99% nas transações à vista durante os primeiros três meses para as bandeiras Visa, Master e Elo, além de preços promocionais em transações parceladas. Além disso, é possível criar e manter o e-commerce na plataforma da Loja Integrada com isenção em alguns planos durante dois meses.

Os benefícios são destinados a novos clientes e passam a valer no dia da contratação do serviço, sendo possível começar a vender no mesmo dia. Ainda há dois meses de gratuidade na mensalidade na versão paga na Loja Integrada. Supermercados e farmácias têm também isenção de mensalidade.